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UFRJ 1 Heloisa Teixeira Firmo hfirmo@poli.ufrj.br 2562-7991 Tema 3 - Mercado (Oferta de Energia Elétrica): As Usinas Hidrelétricas UFRJ 2 Sumário 1. Bibliografia. 2. Características de uma usina hidrelétrica. 3.Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. 4. Cálculo do volume de um reservatório. UFRJ 3 1. Bibliografia INTERNET Site da Eletrobras, do MME, do ONS, ABRH etc Usinas Hidrelétricas, Gerhard P. Schreiber Manuais ELB (Inventário, PCH, Viabilidade) site Eletrobras Centrais Hidrelétricas – Dimensionamento de Componentes Zulcy de Souza UFRJ 4 2. Características de uma UHE. Estudos energéticos: viabilidade econômica de uma UHE – despesas anuais com juros do capital investido, custo da operação , manutenção e encargos administrativos X Renda proporcionada com a venda da energia Potência = cte * H * Q (estudos hidrológicos, otimização projeto, equipamentos etc) UFRJ 5 2. Características de uma UHE. Potência instalada – somas das potências dos geradores, máxima potência gerada na UHE. Energia assegurada correspondente a 95 % de permanência ; garantida 95% do tempo (risco de déficit 5%). UFRJ 6 2. Características de uma UHE. Fator de capacidade = potência firme Potência instalada Fator de reserva = potência instalada UHE Demanda máxima mercado UFRJ 7 2. Características de uma UHE. Fator que liga usina ao mercado : Fator de reserva = potência instalada da usina Demanda máxima do mercado Se máxima do mercado é 100, coloca-se na usina 110 a 120. Dá-se 10 ou 20% acima do valor da potência máxima de reserva. Interligação : firmar a energia da usina . Ex. Tucuruí teve aumento de 50% na produção após interligação UFRJ 8 2. Características de uma UHE. A seguir, serão apresentados alguns gráficos dos tipos de usinas versus potências disponíveis e demandas (considerando um mercado isolado). UHE a Fio d´água Dmáx <= P mín 0 50 100 150 200 250 300 350 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 % tempo Po tê nc ia Potência Dmáx FA p mín UHE com regul. Dmax < Pmed 0 50 100 150 200 250 300 350 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 % tempo Po tên cia (M W) Potência Dmáx P med p mín UHE com regul. Máx. Dmáx = P méd 0 50 100 150 200 250 300 350 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Potência Dmáx P med p mín UHE com máx regul. e complementação por outra fonte de energia (Dmáx > Pméd) 0 50 100 150 200 250 300 350 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 % tempo Po tên cia (M W) Potência Dmáx P med p mín UFRJ 13 3. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. Quanto à sua principal utilização em termos da curva de carga: UHE de base: trabalha em geral, ininterruptamente. Exemplo: nucleares, eólicas, hidrelétricas a fio d’água (Santo Antonio e Jirau, no rio Madeira). UHE de ponta: garante nos horários de ponta . Por exemplo, termelétricas a gás e hidrelétricas com grandes reservatórios. UFRJ 14 3. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. Quanto à capacidade de regularização do reservatório: UHE a fio d´água: quando não possui reservatório com dimensões que lhe permitam grandes regularizações, porém ela pode fazer regularizações em nível horário e diário. UFRJ 15 3. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. Quanto à capacidade de regularização do reservatório: UHE com regularização: quando as vazões de estiagem do rio são inferiores à necessária para fornecer a potência para suprir a demanda máxima do mercado consumidor e ocorrem com risco superior ao adotado no projeto. Regularização de reservatórios pode ser semanal, mensal, semestral, anual, plurianual, etc. . UFRJ 16 3. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. Quanto à capacidade de regularização (potência, vazão, queda) do reservatório: UHE com regularização: Regularização de reservatórios pode ser: semanal; mensal; semestral; anual; plurianual, etc. . UFRJ 17 http://www.ons.org.br/download/biblioteca_virtual/palestras/2009_04_02_COPPEAD.pdf Perda de regularização dos reservatórios. UFRJ 18 3. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. Quanto ao modo de criar o desnível: - usina de represamento: a barragem represa o rio efetuando a concentração do desnível e a casa de força se encontra diretamente ao pé da barragem; - usina de desvio: da barragem sai um canal aberto, ou um túnel adutor ou uma tubulação, que conduz a água à chaminé de equilíbrio e desta às turbinas, na casa de força, por tubulações forçadas ou por túnel forçado; - usina de derivação: a barragem represa um rio e a água é conduzida por um canal ou túnel para a encosta ou vale de outro rio, onde são construídos a chaminé de equilíbrio, a tubulação forçada e a casa de força. UFRJ 19 3. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. Usina de represamento: a barragem represa o rio efetuando a concentração do desnível e a casa de força se encontra diretamente ao pé da barragem. Aproveitamento com tomada d’água e casa de força integrados na mesma estrutura (UHE Esperança) . Fonte: Manual inventário, Eletrobras. UFRJ 20 3. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. Usina de represamento: o arranjo das usinas de represamento depende da altura da barragem e da topografia local. Usinas com baixa queda. O represamento não aumenta muito a seção transversal do rio e, por isso, durante as enchentes, a velocidade da água é relativamente grande, provocando trubilhonamento. Exemplo: UHEs Canoas I e II pois foram as primeiras, no Brasil, a utilizar turbinas do tipo bulbo, próprias para baixas quedas (ambas possuem quedas no entorno de 15 m). UFRJ 21 3. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. Exemplo: UHE Porto Colômbia (vert. TA, muro de transição, flexão no eixo para evitar vórtices e evitar diminuição na energia gerada). Foi construída para aproveitar o alto grau de regularização de descargas, promovido pelo reservatório da Usina de Furnas. A usina de Porto Colômbia é a única hidrelétrica de baixa queda no Sistema FURNAS, aproximadamente 20m. UHE Porto Colombia 320 MW http://www.furnas.com.br/ UHE Porto Colombia 320 MW http://www.polmil.sp.gov.br/unidades/cpfm/hidreletrica_ colombia.htm UHE Porto Colombia 320 MW http://www.polmil.sp.gov.br/unidades/cpfm/hidreletrica_colombia .htm UHE Porto Colombia 320 MW http://www.polmil.sp.gov.br/unidades/cpfm/hidreletrica_colomb ia.htm UFRJ 26 3. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. Usina de desvio: da barragem sai um canal aberto, ou um túnel adutor, ou uma tubulação, que conduz a água à chaminé de equilíbrio (ou não) e desta às turbinas, na casa de força, por tubulações forçadas ou por túnel forçado. UFRJ 27 . Exemplo: Aproveitamento Hidrelétrico de Ponte de Pedra explora uma •queda líquida de projeto de 243,25 m ; •vazão de projeto de 80,7 m3/s do rio Correntes; •potência instalada final de 176,1 MW Situa-se no rio Correntes, divisa entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 3. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. UFRJ 28 . Exemplo: Aproveitamento Hidrelétrico de Ponte de Pedra O eixo do barramento está localizado a cerca de 8,0 km a noroeste da sede municipal de Sonora, a aproximadamente 1,0 km a montante do local denominado “Sumidouro”, onde o rio Correntes desaparece completamente, passando a constituir-se em um rio subterrâneo que volta a surgir na superfície do terreno a cerca de 330,0 m a jusante . 3. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. . http://www.ppesa.com.br/oprojeto.htm. http://www.ppesa.com.br/fotinhos/pages/P2190045_jpg.htm . UFRJ 32 . http://www.quata.com.br/ . Nesta a detonação atingiu-se um lençol freático que estava localizado acima do túnel, vê-se claramente a água caindo do teto desta galeria, milhões de m3 de água saíram deste lençol foi necessário um bombeamento de vários dias para que fosse detonado novamente. . Contendo as fissuras Nesta foto a 1400 metros de profundidade, a tubulação de ar esta fechada (o ventilador que manda ar para dentro do túnel parou inesperadamente) e os trabalhadores foram retirados imediatamente, UFRJ 35 . . http://www.ppesa.com.br/fotinhos/pages/P2190045_jpg.htm . UFRJ 38 . . UFRJ 40 . UFRJ 41 . UFRJ 42 . UFRJ 43 . . UFRJ 45 3. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. Usina de derivação: a barragem represa um rio e a água é conduzida por um canal ou túnel para a encosta do vale de outro rio, onde são construídos a chaminé de equilíbrio, a tubulação forçada e a casa de força. UFRJ 46 4. Cálculo do volume de um reservatório. Se apenas para geração hidrelétrica: Barragem e cálculo do volume útil (Rippl , vazão máxima regularizável). UFRJ 47 http://www.fcth.br/Cursos/cursos/phd5706/capacidade_de_reservatorios.pdf Potência e energia UFRJ 48 UFRJ 49 UFRJ 50 http://www.facens.br/alunos/material/Pedrazzi0038/pedrazzi_cap12.pdf UFRJ 51 O intervalo de tempo compreendido entre os instantes correspondentes aos pontos C e E chama- se período crítico. As ordenadas DG representam os máximos déficits de água durante os períodos críticos. O maior valor da ordenada GD no diagrama de Rippl corresponde ao volume útil do reservatório para atender ao abastecimento de água. Potência e energia UFRJ 52 Potência e energia http://www.epe.gov.br/mercado/Documents/S%C3%A9rie%20Estudos%20de%20Energia/20081201_1.pdf UFRJ 53 http://www.fcth.br/Cursos/cursos/phd5706/capacidade_de_reservatorios.pdf Estudos energéticos de aproveitamentos hidrelétricos UFRJ 54 4. Cálculo do volume de um reservatório. Dimensionar o volume dos reservatórios de com finalidades múltiplas •Abastecimento urbano e agrícola •controle de nível d’água e cheias •geração hidrelétrica •recreação e lazer •piscicultura e aquicultura •navegação 55 Volume Morto Altura para evitar arraste de sedimentos na tomada d’água Submergência mínima da tomada d’agua Volume útil de regularização Compensação de perdas Controle de cheias (espera) Amortecimento de cheias Ondas, recalque e etc 4. Cálculo do volume de um reservatório. UFRJ 56 Volume de Controle de Cheias Volume de Espera (conflito com geração e abastecimento) Volume de Amortecimento de Cheias 4. Cálculo do volume de um reservatório. UFRJ 57 Resultados 0.00 10.00 20.00 30.00 40.00 50.00 60.00 0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00 Tempo (h) Va zã o (m ³/s ) 733.00 735.00 737.00 739.00 741.00 743.00 745.00 747.00 749.00 751.00 Qa (m³/s) Qe (m³/s) NA (m) O efeito da regularização das vazões: O surgimento de uma restrição de controle de cheia Meses Chuvosos Guarda-se água nos reservatórios Meses Secos Utiliza-se água dos reservatórios Vazão Natural Vazão Operada Rio sem regularização Vazão máxima na cheia Vazão mínima na seca Rio com regularização Vazão média anual Fonte: palestra Paulo Diniz ONS – DRHIMA-Poli/UFRJ, 2011 58 Após anos de regularização das vazões e de falta de fiscalização do poder público, começa a ocorrer a ocupação irregular da calha natural de cheia do rio. O surgimento de uma restrição de controle de cheia Calha natural de cheia do rio preservada Calha natural de cheia do rio ocupada Bacia do rio Paraíba do Sul a jusante da UHE Funil: cidade de Barra Mansa Neste contexto, é imposta sobre a operação do reservatório a montante uma restrição de vazão defluente máxima Fonte: palestra Paulo Diniz ONS – DRHIMA-Poli/UFRJ, 2011 59 Restrições de controle de cheia Bacia do rio Paraíba do Sul Barra Mansa – Ocupação da Calha Natural de Cheia do rio Fonte: palestra Paulo Diniz ONS – DRHIMA-Poli/UFRJ, 2011 60 Restrições de controle de cheia Bacia do rio Paraíba do Sul Guararema – Ocupação da Calha Natural de Cheia do rio 61 t Q-RESTR Q-DEFL Q-AFL Operação dos sistemas de reservatórios de forma a amortecer cheias e evitar danos por inundação em locais a jusante VOLUME DE ESPERA NÍVEL MAX NORMAL Q-RESTR local sujeito a inundação O que é Prevenção de Cheias no SIN Fonte: palestra Paulo Diniz ONS – DRHIMA-Poli/UFRJ, 2011 62 UFRJ 63 Otimização do Volume de Espera Geração x Controle de Cheia UFRJ 64 4. Cálculo do volume de um reservatório: questões ambientais. http://www.amazonia.org.br/arquivos/26382.doc UFRJ 65 A seguir... Circuito hidráulico de geração. Um circuito hidráulico de geração pode ser composto das seguintes estruturas: canal /conduto de adução; tomada d’água; conduto adutor; chaminé de equilíbrio; conduto ou túnel forçado; casa de força; e canal ou túnel de fuga.
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