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A massagem cicatricial é utilizada, quando ocorre complicações no processo cicatricial, como: Fibrose, aderências, retrações. Por isso é de suma importância que o processo de cicatrização esteja completo, sem crosta, descamação para que a massagem não seja um agente agressor e que piore o processo de cicatrização, causando uma lesão. Em alguns casos a pele pode levar de 6 meses até 1 ano, para se reparar totalmente em um trauma grande, e com algumas complicações. Porém espera-se que em um processo cicatricial normal o reparo seja de 10 a 15 dias para o reparo externo, sem complicações. Fibrose desorganizada: Este tipo de fibrose é comum encontrada quando o processo cicatricial está ocorrendo, ou seja, ela nos mostra que o tecido está tentando reparar aquela lesão e por isso as células teciduais migram de forma desorganizada, ate que depois ela se organize sozinha. Neste caso não intervimos, pois o processo cicatricial não acabou e esse tipo de fibrose pode desaparecer depois do tecido totalmente reparado. Porém se acaso a cicatriz já esteja reparada, sem crosta, sem descamação, já tenha passado de 30 a 40 dias de reparação, e essa fibrose não ter desaparecido, deste modo entraremos em ação com a massagem cicatricial. Para esta massagem utilizaremos as demais técnicas: • Deslizamento • Rolamento • Pinçamento • Pinça com rotação da prega • Mobilização transversa • Fricção O deslizamento é realizado com o polegar, onde em uma extremidade um polegar irá segurar o tecido, enquanto o outro polegar irá realizar o deslizamento por toda a cicatriz. Rolamento: Irá realizar uma prega na pele e com a ajuda dos polegares e dos demais dedos irá realizar o rolamento dessa prega. Sempre que realizar esse movimento é importante que a prega seja feita na intenção de unir as bordas, e também deve ser realizada por toda a extensão da cicatriz. Pinçamento: Com os dedos (polegar e indicador) em formato de pinça, traciona a pele para cima e solto, realizado em toda a extensão da pele. Pinça com rotação da prega: A pinça é realizada como descrito acima, porém neste caso irá tracionar a pele no seu limite e realizar movimentos de rotações. Mobilização transversas: Com os dedos (polegar e indicador) das duas mãos é realizado uma prega da cicatriz, onde os movimentos realizados serão em direções transversas. A borda da cicatriz deve estar no meio. Para esse tipo de massagem não a contraindicações, pois é realizada em um processo cicatricial completo. Fricção: Com a digital do polegar, faço uma tração na pele e mobilizo aquela região. DICAS: Realize a massagem não somente na cicatriz, mas em todo seu redor, pois podemos encontrar aderências, fibroses, retrações, por toda a extensão da área cortada. A pressão dessa massagem é de moderada a forte. Deslizamento A- fricção. B- pinçamento com rotações Rolamento Pré auriculares Submentoniana Mandibular Região maxilar Cervical Supra clavicular Infra clavicular Linha epitroclear Esterno Região axilar Mamilo Região inguinal Fossa poplítea O objetivo da massagem no edema linfático é drenar o excesso de fluido acumulado nos espaços intersticias, de forma a manter o equilíbrio das pressões tissulares e hidrostáticas. O sistema linfático é um sistema de mão única, ou seja, não é viável os movimentos inversos ao da drenagem, pois não obterá resultados. Existem diversos tipos de drenagem linfática, sendo discutida no estudo de hoje a drenagem em deslizamento. Para iniciarmos a drenagem é importante que o profissional realize o “bombeamento” dos linfonodos, podendo ser feito de dois modos: 1. Uma mão sobre a outra, irá nas regiões onde encontramos os linfonodos e irá realizar movimentos suaves com os dedos, como se fosse uma onda. 2. O segundo modo, o profissional poderá realizar movimentos circulares nas regiões dos linfonodos. Os linfonodos são bombeados de 10 a 15x cada. Após bombear todos os linfonodos da área que iremos drenar, precisaremos entender a direção que iremos realizar a drenagem. A drenagem é sempre feita de distal para proximal, ou seja, em uma drenagem de corpo todo, iniciaremos pelo segmento mais distal do corpo, os membros inferiores. Deste modo a sequencia agora será de proximal para distal. Você pode estar se perguntando, mas não era de distal para próximal? No caso do segmento sim, mas ao drenar os membros inferiores, iniciaremos a drenagem pela coxa, pois assim evitaremos um acumulo de linfa nesta região. A pressão exercida na drenagem linfática é de 40mmHg, ou seja, é uma pressão leve, o trajeto deve ser realizado devagar e sequenciado, ou seja, uma vez iniciado não deve ser pausado. Irá ser feito o deslizamento da coxa na porção mais inferior, ou seja, acima do joelho. Com as duas mãos, uma de cada lado do segmento, os dedos com exceção dos polegares devem estar sempre juntos, percorrendo toda a região indo em direção a região inguinal, onde irei bombear 3x, essa sequencia de deslizamento é feita 7x. Perna: inicia-se o movimento nos maléolos, e levo até a fossa poplitea. Nesse caso podemos fazer um bracelete com as mãos caso o volume da perna seja menor, e é interessante que o membro esteja elevado em torno de 45 graus, pois desse modo, facilita o bracelete e a gravidade ajuda durante a drenagem para o retorno da linfa. (7x bombeio 3). Pés: Dreno primeiro a região da planta do pé, levando até a região do calcanhar (7x ) Dedos: dedo por dedo, levo até a região dos maléolos. Para finalizar o membro inferior anterior, dreno direto dos pés até a região inguinal. Região posterior Na região posterior, são os mesmos princípios, se acaso foi possível a drenagem da perna porção posterior junto com a anterior, não é necessário a realização da mesma. Coxa posterior: Solicito ao paciente uma flexão do joelho com rotação externa, essa posição facilita o acesso da região inguinal. (7x bombeio 3) Perna posterior: o mesmo movimento ate chegar na fossa poplitea: (7x bombeio 3x) Glueto: A maioria dos profissionais drenam para o lado, pelo fato da drenagem medial ser muito invasiva, mas, se acaso o paciente não se importe, uma mão sai do glueto para lateral, ate chegar na região inguinal, enquanto a outra passa pela região medial do glúteo ate a região inguinal (7x bombeio 3). Região Sacral: É a parte de abdome inferior, que é dividido por uma linha imaginaria do umbigo. Deste modo a drenagem é feita lateral, para a região medial. Região de costa superior, acima da linha imaginaria do umbigo. Deslizar a mão até região axilar e/ou região supraclavicular, podendo dividir ou escolher um trajeto só. Abdômen inferior: Uma mão fica mais mediana e inferior, e a outra mais lateral, se unindo na região inguinal. Abdome superior: A mão acoplada no abdome e a outra no flanco, uma mão subirá pela lateral, e a outra irá circundar a mama, levando para região axilar ou clavicular. Membro superior: Braço: as mãos do profissional irão formar novamente um bracelete, iniciando o movimento de baixo para cima, levando a linfa para a região axilar. Antebraço: Movimento distal para proximal, levo até a linha epitroclear e bombeio. Mão: Mão em forma de sanduiche, dreno a região de palma da mão. Dedos: Drenar um por um, e depois fazer o MS, inteiro até a axila. Região Facial Linfonodos: 1. Supra clavicular 2. Cervicais 3. Submentonianos 4. Submandibulares 5. Pré auriculares Todas as linfas serão direcionadas para a região supra clavicular. A região cervical, será drenada na supra clavicular. Labio supra e infra, drenado na região mentoniana. Bochecha, drenada para região sub mandibular Nariz, pálpebra superior e inferior, região pré auriculares Frontal,é drenado nos linfonodos, pré auriculares. Finalizar, levando tudo para a região pré auriculares, bombeando todos os linfonodos. De acordo com o livro Fisioterapia DermatoFuncional, é contra indicados para pessoas com processos infecciosos, neoplasias, trombose venosa profunda, erisipela, entre outras.