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Aval: Garantia de Pagamento

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AVAL
AVAL – é a garantia de pagamento firmado por terceiro. Pode ser prestada por um estranho ou mesmo por quem já se haja anteriormente obrigado no título. A pessoa que dá tal garantia recebe o nome de avalista.
O avalista deve ser capaz, mas se o aval for dado por pessoa incapaz esse fato não prejudica a letra de câmbio em virtude da autonomia da letra de cambio.
É um instituto de típico do direito cambiário, embora tenha alguns traços comuns da fiança, com esta não se confunde, pois a fiança é uma obrigação acessória do direito civil que pressupõe a existência de outra obrigação principal.
O aval é uma obrigação formal, independente e autônoma, surgindo com a simples aposição da assinatura ao título, tornando inadmissível ao avalista arguir falta de causa, opondo defesa de natureza pessoal só admissível ao aceitante.
O aval deve ser dado por escrito, no verso ou anverso da letra ou da folha anexa a esta (alongamento).
O aval se exprime por uma expressão (“bom para aval” ou outra equivalente), seguida do nome do avalista. O aval deve indicar a pessoa por quem se dá, na falta dessa indicação, se no anverso (frente), entende-se que o aval é pelo sacador.
O avalista é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele avalizada, podendo o credor acionar qualquer deles e, no caso de o fazer em relação ao avalista, esse não pode requerer que, em primeiro lugar, seja acionado o avalizado, já que a obrigação que ele assumiu é autônoma e independente, apesar de ser do mesmo grau do avalizado. Na fiança, o fiador poderá requerer que, em primeiro lugar, seja executado o afiançado. (Benefício de ordem), conforme previsão dos arts. 827, 828 e 839 do código civil.
AVALISTAS SIMULTÂNEOS E SUCESSIVOS
Admite-se que duas ou mais pessoas apareçam na letra, figurando como avalistas do mesmo obrigado. Esses avalistas podem ser simultâneos ou sucessivos. Entendem-se simultâneos quando todos os avalistas garantem diretamente o avalizado (nesse caso cada um irá responder pela parte que lhe cabe nos moldes do Direito Civil); sucessivos quando um avalista garante um outro avalista (o avalista que pega tem direito de cobrar toda a dívida do que lhe é anterior). Não havendo declaração de sucessividade, os avais dados entendem-se simultâneos.
Em se tratando de avalistas simultâneos, o que paga só pode reaver dos demais avalistas a quota que lhe cabe na divisão da dívida por todos; a solidariedade entre os avalistas, no caso é a do direito comum e não a cambiária. Já nos avais sucessivos o avalista que paga tem o direito de cobrar toda a importância do que lhe está anterior; não há assim, repartição da dívida entre todos os avalistas, pois se trata de solidariedade cambiária.
AVAL AO SACADO
	O aval dada ao sacado trazendo sempre uma declaração expressa (em aval do sacado ou equivalente) para mostrar a quem o avalista deseja equiparar a obrigação que vai assumir na letra, esse aval só se torna efetivo se o sacado aceitar a letra. Se o sacado não aceitar a letra, o aval é insubsistente, por inexistir obrigação do sacado; aceitando-a com modificação, a obrigação do avalista irá apenas ao limite da restrição, do mesmo modo que acontece com a obrigação do aceitante que restringe a ordem que lhe é dada.
CANCELAMENTO DO AVAL
Se o avalista pagar a importância da letra ao endossatário ou avalista posterior, pode riscar do título o seu aval, bem como os dos endossadores e avalistas posteriores.

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