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Maria Luiza Maia – M2 2021 EMBRIOLOGIA Embriologia do trato gastrointestinal INTRODUÇÃO Inicia na quarta semana de desenvolvimento Dobramento cefalocaudal e das paredes laterais e incorporação de parte do saco vitelínico Fechado na extremidade cranial pela membrana bucofaríngea e na extremidade caudal pela mem- brana cloacal Endoderma do intestino primitivo origina o epi- télio e as glândulas do TGI Ectoderma do estomodeu e do proctodeu respectivamente origina o epitélio das extre- midades cranial e caudal ESÔFAGO Começa a se desenvolver na quarta semana de gestação Primeiramente há o desenvolvimento das pregas traqueoesofágicas Se origina no intestino anterios na parte caudal da faringe tendo um formato tubular As pregas traqueoesofágicas se unem formando o septo trqueoesofágico, que divide o tubo larin- gotraqueal (primórdio do sistema respiratório) da orofaringe/esôfago O mesênquima dos arcos faríngeos caudais ori- gina o músculo estriado da camada muscular ex- terna do terço superior do esôfago e o mesên- quima esplâncnico circunjacente origina o músculo liso do terço inferior do esôfago O endoderma cresce e ajusta o calibre esofágico até mais ou menos a sétima semana de gestação A partir da oitava semana o tubo é recanalizado Malformações Atresia esofágica – falta de recanalização eso- fágica, pode estar associada à fístula traqueoes- ofágica, a uma separação incompleta do tubo la- ringotraqueal e a outras anomalias congênitas como como a atresia anorretal e anomalias do sis- tema urogenital O bebê com essa atresia se mostra polidrâm- nio, babando excessivamente e não consegue se alimentar, a correção é cirúrgica com taxa de sobrevida de 85% Estenose esofágica – recanalização incompleta do esôfago ou deficiência do desenvolvimento de vasos sanguíneos, é observado um estreitamento em uma região esofágica Esôfago curto – o esôfago não alcança o tama- nho ial e parte das vísceras se deslocam superi- ormente pelo hiato esofágico ESTÔMAGO Começa a se desenvolver a partir da quarta se- mana com uma ligeira dilatação no local do estô- mago primitivo e na quinta e sexta semana são evidenciadas a pequena e grande curvatura O estômago se trata de um alargamento fusi- forme da porção caudal do intestino anterior e orientado no plano mediano e expandido dorso- ventralmente O esôfago fica preso pelos mesogastros ventral e dorsal primitivo Faz uma rotação de 90º ao longo do seu eixo lon- gitudinal no sentido horário, aí a margem ventral se move para direita e dorsal se move para a esquerda Maria Luiza Maia – M2 2021 EMBRIOLOGIA Desenvolvimento da bolsa omental – separa o es- tômago da parede abdominal dorsal garantindo a mobilidade do estômago, no mesogastro dorsal primitivo surgem fendas que se coalescem para formação de uma cavidade única, a rotação do estômago puxa o mesogastro e aumenta a bolsa ficando a bolsa entre o estômago e a parede ab- dominal posterior Malformações Estenose pilórica hipertrófica congênita – hiper- trofia do piloro causando uma obstrução da pas- sagem do alimento O bebê começa a expelir o conteúdo gástrico e o tratamento é a piloromiotomia FÍGADO E VESÍCULA BILIAR Se originam a partir de um brotamento ventral (divertículo hepático) que surge da porção caudal do intestino anterior O divertículo se expande para o septo transverso se dividindo em cordões hepáticos (cranial) e ve- sícula biliar (caudal) O pedículo que liga o ducto hepático e cístico ao duodeno vai se tornar o ducto biliar DUODENO Começa a se desenvolver do intestino anterior e médio e do mesênquima esplâncnico Cresce em forma de C e se projeta ventralmente Na 5 e 6 semana ocorre uma proliferação celular e a recanalização apenas na 8 semana Malformações Estenose duodenal – oclusão parcial da luz por falta de uma recanalização completa Atresia duodenal – oclusão completa da luz do du- odeno PÂNCREAS Origina a partir dos brotos pancreáticos ventral e dorsal (células endodérmicas da porção caudal do intestino primitivo), no caso o broto pancreá- tico ventral forma o processo ucinado e parte da cabeça do pâncreas Com a rotação dos órgãos os brotos se fundem formando o pâncreas Os ductos dos brotos se anastomosam formando o ducto pancreático A secreção de insulina começa na 10 semana de gestação e as células beta pancreáticas fetais hipertrofiam quando há o processo de diabetes gestacional ALÇA INTESTINAL Alongamento do intestino médio formando uma alça intestinal ventral em forma de U ao redor da artéria mesentérica superior Possui um ramo caudal e cranial A alça roda 90º no sentido anti-horário em torno do eixo da artéria mesentérica superior Assim, o ramo cranial (intestino delgado) para a direita e o ramo caudal (intestino grosso) para a esquerda Com a rotação há o alongamento e a formação das alças intestinais Na 10 semana a alça intestinal que tinha aden- trado para a região umbilical retorna para o ab- dome e lá o intestino grosso rotaciona 180º no sentido anti-horário, cólons descendente e sig- moide se movem para o lado direito e o ascen- dente se torna reconhecida com o alongamento da parede abdominal posterior Malformações Onfalocele congênita – persistência dos compo- nentes intestinais na porção do cordão umbilical, a correção é cirúrgica Hérnia umbilical – fechamento umbilical imper- feito, a cirurgia socorre a partir da do 5 ano de idade, até então é esperado que o corpo entr nos moldes normais Gastroquise – defeito na parede abdominal, ex- trusão das vísceras adominais Maria Luiza Maia – M2 2021 EMBRIOLOGIA Malrotações do intestino – a rotação incompleta faz com que a alça do intestino não retorne cor- retamente para o abdome Obstrução duodenal Vôlvulo Obstrução da artéria mesentérica superior CECO E APÊNDICE Dilatação da porção da porção caudal da alça in- testinal média formando o divertículo cecal A partir desse divertículo o apêndice aumenta de comprimento rapidamente e após o nascimento a parede do seco cresce de maneira desigual e o apêndice passa a se apresentar na face mediana do ceco RETO E CANAL ANAL Se original a partir do intestino posterior O septo urogenital divide a cloaca e depois produz invaginações na parede cloacal A membrana cloacal se rompe por apoptose A luz anorretal é temporariamente fechada por um tampão epitelial e após a recanalização há a formação da fosseta anal Os 2/3 superiores do canal anal – intestino posterior 1/3 inferior do canal anal – fosseta anal Malformações DEFEITOS NO PROCESSO DE DIVISÃO DO SEPTO Atresia membranosa do ânus – membrana anal persistente Estenose anal – estreitamento do canal anal Agenesia anorretal com ou sem fístula – com fístula há uma ligação do canal anal com a bexiga ou com a uretra (menino) ou com a vagina (me- nina) Atresia retal – separação do reto e ânus (falta de recanalização ou suprimento sanguíneo defei- tuoso)
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