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resumo da fisiologia da bomba cardíaca

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Resumo da bomba cardíaca – Baseado no livro Tratado de fisiologia 
veterinária (Bradley G. Klein). 
Iniciando o processo, precisamos entender primeiramente que o coração é uma 
bomba com 4 câmaras importantes e que ele tem dois momentos para que a 
ejeção de sangue ocorra: a sístole e diástole, ou seja, a contração e o 
relaxamento. 
Um ventrículo de um cão de porte grande, consegue armazenar até 60L de 
sangue durante a diástole, mas durante a sístole, cerca de 30L desse sangue 
será ejetado para a aorta e 30L irão permanecer no corpo. Respectivamente, 
esses volumes são chamados de volume diastólico final e volume sistólico final, 
onde um menos o outro resulta no volume ejetado. 
Pra entender como funciona tudo, sempre pensar que o sangue vai na 
direção da menor pressão. 
Para que ocorra a passagem de sangue dos ventrículos para os grandes vasos, 
a pressão ventricular deve ser maior do que a pressão dos vasos para que as 
valvas se abram. Então, para ejetar o sangue de um ventrículo esquerdo, esse 
ventrículo tem que ter uma pressão maior do que a pressão aórtica para abrir a 
valva aórtica. À medida que a pressão ventricular continua a diminuir, a ejeção 
chega ao final e, com um refluxo de sangue da aorta para o ventrículo, as valvas 
se fecham. O fechamento da valva aórtica demarca o fim da sístole e o início da 
diástole ventricular. 
No início da diástole ventricular, o ventrículo esquerdo estava com a pressão 
similar a da aorta, mas para a diástole, o musculo ventricular tem que relaxar até 
que a pressão fique próxima ao do átrio esquerdo. Mas nesse momento, eu não 
tenho a passagem de sangue do átrio para o ventrículo, porque para que isso 
aconteça, eu preciso que o ventrículo diminua sua pressão até que esta fique 
menor que a do átrio. Essa primeira fase de diástole ventricular é chamada de 
relaxamento isovolumétrico, exatamente porque as pressões estão similares 
e não há troca de sangue. 
Assim que a pressão ventricular esquerda diminui, a valva mitral é empurrada 
pela pressão maior no átrio esquerdo e ocorre primeiro um enchimento rápido 
de sangue e depois um enchimento mais lento, chamado diástase. Um ponto 
importante, é que durante esse processo da passagem do sangue, o átrio não 
contraiu. O átrio só irá contrair no final da diástase, quando começa o impulso 
pelo nó sinusal e ele joga o resto de sangue para o ventrículo, ou seja, 80 a 90% 
do enchimento ventricular ocorre antes da sístole atrial. A sístole atrial “completa” 
os ventrículos que estão quase cheios. 
Em uma animal em repouso, um ventrículo que não recebeu o sangue vindo da 
contração atrial, consegue bombear um volume normal de sangue, sem 
problemas. Mas, isso tem outro significado quando o animal está em exercício. 
Por conta do aumento da FC, o ventrículo tem menos tempo de enchimento 
diastólico, portanto é fundamental o papel da sístole atrial para um 
 
 
preenchimento correto dos ventrículos. Na clínica, a fibrilação atrial (ritmo 
atrial irregular) é um problema que leva a intolerância ao exercício, exatamente 
por uma possível falha nessa função importante. O preenchimento pela sístole 
atrial também se torna importantes em animais com defeito de valva, como o 
estreitamento da valva mitral. 
No final da sístole atrial, os átrios começam a relaxar, diminuindo a pressão atrial 
levemente. Então, a musculatura ventricular começa a se contrair e um pequeno 
refluxo sanguíneo vai para o átrio, fechando a valva mitral. Isso marca o fim de 
uma diástole ventricular e o início de uma sístole ventricular.

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