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A imagem e o Esquema Corporal do Sujeito com Necessidades Especiais - FICHAMENTO

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Disciplina: Psicomotricidade
Docente:
Discente: Karolaine Vitoria
Data:27/10/2020
Fichamento
FERREIRA, Carlos Alberto Mattos; ALVES, Cristina Nacif. A imagem e o esquema
corporal do sujeito com necessidades especiais. In: Ferreira, Carlos Alberto Mattos;
RAMOS, Maria Inês Barbosa. Psicomotricidade: educação especial e inclusão
social, 2ª edição, Rio de Janeiro- RJ, Wak Ed., 2012.
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A imagem e o Esquema Corporal do Sujeito com Necessidades Especiais.
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“O conceito de necessidade traz, como qualquer outro conceito, em virtude de
polissemia dos signos, suas contradições: ou remete àquilo que é indispensável,
essencial (portanto, necessário), ou à falta do que é necessário (privação, precisão,
pobreza, falta de).” Pág
27
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“A visão de mundo hegemônica pressupõe padrões que negam a diferença e,
inevitavelmente implicam discriminações, indicam caminhos de exclusão/ inclusão, que
revelam as relações de poder- estar incluído ou excluído – estabelecidos no processo
histórico – social. Incluir e excluir são frutos da dinâmica fundada nas relações sociais.”
Pág 27
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“O ser aceito reflete uma imagem de satisfação, de adequação, de que ser sujeito de si
mesmo, o que gera o sentimento de fazer parte, de estar incluído, de potência diante da
vida e do corpo. Ao passo que o não ser aceito- se não representa uma opção, mas uma
imposição – resulta em uma imagem de defeito, de menos valia, impropriedade, o que
suscita uma postura de incômodo e sofrimento diante de não participação dos padrões
eleitos como aceitáveis e valorizados como adequados” Pág
28/29
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“Uma sociedade inclusiva pressupõe sistemas inclusivos: o educacional, o de saúde, o
de legislação e direitos humanos, o de moradia, o de lazer etc.” Pág
29
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“[...] A inclusão repousa em princípios, como ética: aceitação e respeito às diferenças;
valorização das diversas formas de sentir, pensar e agir no mundo; acesso aos bens e aos
serviços disponíveis; aprendizagem que garanta o pleno desenvolvimento; procura
inquieta por novas possibilidades de ação que elevem a qualidade e o bem-estar social”
Pág 29
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As imagens, os Corpos e os Comportamentos
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“[...] Essa hegemonia da imagem e do comportamento corresponde à degradação do
status do sujeito que não se adapta à categoria da supremacia visual. Assim o silencio se
instala nas relações interpessoais, as nuanças cedem lugar às mensagens unívocas e
mesmo brutais, porque são preconceituosas e excludentes.” Pág 29
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“A liberdade não consiste apenas em agir, mas também na ação consciente em direção a
um objetivo claro e bem definido. Ser livre é colocar algo em movimentos, fazer cessas
um processo mal assentado, desestabilizar o que aí está – certezas e verdades -,
instaurando um novo processo de edificação sustentando por novas bases capazes de
suprimir a distância entre o individual e o plural” Pág
29
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“No registro excludente, a noção individualista moderna evita tudo aquilo que possa
advir do mundo imprevisível da diferença, da ousadia do outro, parecendo dispor de
uma segurança inabalável, sem admitir que a identidade da vida, da história, da nação,
do grupo e do individuo se alimenta e vive dos seus outros, de suas diferenças.” Pág 30
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“Isso quer dizer que a emergência da identidade depende da experiencia e do olhar do
sujeito no mundo e sobre o mundo. Nesse sentindo, a linguagem pode dar ao sujeito a
possibilidade de relacionar-se com o mundo, com as coisas do mundo. [...] O homem é
um ser social, e a linguagem é o instrumento da rede de relações que produzem a cultura
e a história” Pág
31
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“Assim, a construção do sujeito (seus modos de sentir, pensar e agir) baseia-se na
experiencia que se acumulo em um espaço e em um tempo específicos – o sujeito
integrado em uma dada cultura estabelece critérios que orientam os comportamentos e
as visões do mundo – e na vivência imediata, cuja impressão é assimilada às pressas,
produzindo efeitos imediatos no pensamento de cada um e evidenciando as marcas
deixadas pelas “coisas” na ação que gera o futuro” Pág
32
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“Os comportamentos humanos são frutos de um processo de desenvolvimento que
envolve a interação do sujeito com meio físico e social em que vive. Tal interação se dá
pela mediação possibilitada por dois tipos de elementos: os instrumentos e os signos.”
Pág32
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A partir de sua inserção em um dado contexto cultural, das relações que estabelece com
os membros de seu grupo familiar e da participação em práticas culturais, a criança
incorpora as formas de comportamento e vai se constituindo em pessoa, formando sua
identidade, e assim orienta sua ação no mundo.” Pág 32
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“A ação humana funda-se na cooperação entre indivíduos” Pág 33
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“[...] A tão anunciada inclusão social como direito é negada. E uma das razões
provavelmente se liga à baixa tolerância com relação às diferenças de ser e de estar no
mundo e com o mundo e, consequentemente, à invisibilidade das injustiças decorrentes
de um modelo hegemônico” Pág
33/34
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“A inclusão social remete ao aprofundamento dos conflitos existentes entre as posições
de cada um e o papel das obrigações que se impõem nas relações organizadas
socialmente.” Pág
34
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Educação Inclusiva: Um Processo de Construção Permanente
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“Para que as necessidades educacionais de todos os alunos – incluem-se aqui os
portadores de deficiências e quaisquer outros que tenham seu acesso à educação
impedido ou dificultado –seja garantidas, de forma que todos se apropriem dos
conhecimentos e das habilidades escolares, impõe-se a implementação de novas
políticas públicas que abarquem adaptações indispensáveis, a saber: adaptações de
acesso relativas às condições físicas, materiais e de comunicação necessárias para que o
aluno possa participar do processo educacional com autonomia; adaptações curriculares
em relação ao currículo regular estabelecido para o conjunto dos alunos, envolvendo
modificações nos objetivos, nos conteúdos, nas atividades e nas estratégias de
avaliação, com o objetivo de atender às necessidades educacionais dos alunos,
permitindo-lhes, mediante estratégias diversas, a ampliação de suas possibilidades e a
construção de seu conhecimento.” Pág
34
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“O conceito de necessidades educacionais especiais assim apreciado harmoniza-se com
os pressupostos teóricos do referencial socio-histórico proposto por Vygotsky. Segundo
ele, o desenvolvimento do aluno deve ser avaliado sobre os seus aspectos qualitativos, e
não sobre os quantitativos.” Pág
35
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“O panorama educacional revela – apesar dos esforços na luta contra a exclusão social e
na busca da qualidade na educação – a presença dos modelos metateóricos mecanicista
e organicista e nas práticas pedagógicas correntes e fornece uma visão reduzida e
limitada do processo de desenvolvimento e de aprendizagem do aluno – o que contribui,
no que diz respeito ao portador de deficiência, para um enfoque teórico e prático
fundamentado ou na deficiência primária do aluno ou no seu caráter evolutivo.” Pág
35
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“Segundo essa perspectiva, para o espaço escolar torna-se fértil, deve-se desafiar o
intelecto do aluno. A escola tem de se ocupar da prática de colocar o pensamento de
seus alunos em movimento, proporcionando-lhes a base para o acesso ao conhecimento
construído e acumulado pela humanidade ao longo do tempo, possibilitando-lhes, assim,
a criação de novos conhecimentos, que farão a história posterior.” Pág 36
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“O modelo socio-histórico como referência para a concepção de educação torna
possível a superação da visão naturalística de homem, pois toma o signo linguístico
como produção cultural que afeta radicalmente a natureza biológica do psiquismo.”
Pág
37
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“Segundo Vygotsky, as crianças portadoras de deficiência desenvolvem mecanismos
compensatórios de suas funções, cuja nova organização orienta o funcionamento
psicológico na superação dos limites impostos pela deficiência.
Pág
38
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“À medida que a criança portadora de deficiência passa a ser vista como aquela que usa
e precisa usar diferentes instrumentos para ter garantido o seu desenvolvimento pleno, a
educação especial precisa desempenhar a tarefa de colocar à disposição do aluno a
diversidade de instrumentos peculiares, de forma que se viabilize o desenvolvimento de
seu processo social e cultural, ou seja, a criança portadora de deficiência tem o direito
ao acesso a instrumentos especialmente desenvolvidos para ela e a educação especial, o
dever de criar esses instrumentos.”
Pág
38
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“A educação deve servir de base para a criança organizar o conhecimento e as
experiencias em uma ação que faz sentido para ela e para todos os envolvidos, dando
uma forma a um sistema estruturado que objetiva a aprendizagem bem-sucedida, não
apenas para o aluno mas também para o professor, e precisa ser realimentando por um
processo de avaliação constante, permitindo modificações sistemáticas e eficazes na
direção das metas traçadas.” Pág
39
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