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Avicultura de corte - programa de luz para frangos de corte; nutrição e maneja da alimentação de frangos de corte; manejo pré-abate; abate e qualidade da carcaça de aves

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Programa de luz para frangos de corte
Vantagens do uso de luz artificial
➔ estimula o consumo de ração
➔ permite o consumo compensatório nos dias quentes
➔ favorece o ganho de peso
➔ antecipa a idade de abate das aves
➔ melhora a conversão alimentar
Desvantagens do uso de luz artificial
➔ pode induzir o aumento na incidência de Síndrome de Morte Súbita (SMS) e Ascite
nos lotes (excesso de fotoperíodo) (possíveis causas: genética, temperatura muito
baixa ou grandes oscilações, manejo, grandes altitudes, mas não é o caso do Brasil,
nutrição)
➔ reduz a produção de melatonina (excesso de fotoperíodo)
➔ aumento do gasto de energia elétrica (excesso de fotoperíodo)
observações:
● as desvantagens podem ser minimizadas com o emprego de um programa de luz
eficiente e intermitente
● quando a síndrome é aguda, a ave morre em decúbito dorsal, quando é crônica, a
ascite se instala
De acordo com o protocolo de bem estar na criação de frangos de corte (UBA, 2008):
➔ a iluminação deve ser uniforme em todo o aviário, respeitando a distância
necessária entre as lâmpadas
➔ todas as aves criadas sob luz artificial devem ter um período de escuro de pelo
menos 4h a cada 24h; no caso dos pintinhos, na primeira semana de vida trabalha
com apenas 1h de escuro; na última semana que antecede o abate também trabalha
com 1h de escuro
➔ o programa de luz recomendado é o intermitente
◆ aviário com fotoperíodo natural durante o dia: proporcionar fornecimento de
luz artificial à noite, entre períodos de escuro
◆ aviário com fotoperíodo artificial durante o dia (dark house): proporcionar
fornecimento de luz artificial durante o dia e à noite, entre períodos de escuro
Intensidade de luz recomendada
➔ 1ª semana: 20-25 lux
➔ 2ª e 3ª semana: 10-15 lux
➔ após 21 dias de idade: 5-10 lux
➔ mas, na prática, principalmente para aviários de pressão positiva, trabalham com 20
a 25 lux durante a criação
Considerações para elaboração de um programa de luz
➔ necessidade de um temporizador (timer)
➔ estação do ano em que as aves são criadas
➔ sexo alojado
➔ programa de alimentação e tipo de ração utilizada (densidade/granulometria)
➔ peso e idade de abate das aves
➔ linhagem utilizada
➔ registros de doenças metabólicas na granja ou região
➔ peso das aves aos 7 dias de idade
lâmpadas muito grandes devem ser evitadas pois é necessário um espaço entre as
lâmpadas no aviário
Nutrição e Manejo da Alimentação de Frangos de Corte
Nas formulações de ração deve-se visar:
➔ qualidade
➔ atendimento das exigências nutricionais
➔ redução de custo
Obtenção das exigências nutricionais
➔ Tabelas Brasileiras para Aves e Suínos, 4ª ed, 2017, DZO-UFV (disponível em três
idiomas)
➔ manuais de criação das linhagens comerciais
➔ níveis práticos estabelecidos pelas empresas avícolas (estação experimental)
Obter as composições bromatológicas dos ingredientes também é importante ➞ através de
TBAS e análises laboratoriais.
Uso de programas computacionais para formulação de rações também é interessante.
Principais ingredientes utilizados
➔ Fontes de energia (50 - 65% da ração):
◆ milho
◆ sorgo (tanino limitava a utilização do sorgo, mas agora já existem variedades
com menor concentração de tanino)
◆ óleo e gordura (sebo bovino, óleo de soja degomado, óleo de vísceras de
aves)
➔ Fontes de proteínas (25 - 45% da ração):
◆ farelo de soja (utilizada em maior quantidade)
◆ farinha de carne e ossos (normalmente não passa de 5% na formulação)
◆ farinha de penas e vísceras
➔ Fontes minerais:
◆ Ca: calcário calcítico
◆ P: fosfato bicálcico
◆ Na e Cl: sal comum iodado
◆ Fe, Zn, Se, Mn, I e Cu: suplemento mineral
➔ Vitaminas:
◆ lipossolúveis: A, D, E e K
◆ hidrossolúveis: B1, B2, B6, B12, ácido pantotênico, ácido fólico, ácido
nicotínico, biotina
◆ colina (não pode vir misturada no pré-mix de vitaminas pois leva à oxidação)
➔ Aminoácidos industriais:
◆ metionina
◆ lisina
◆ treonina
◆ triptofano
◆ e outros
➔ Aditivos:
◆ substâncias incorporadas na ração que não apresentam efeitos nutricionais
➔ Medicamentos (preventivos ou curativos):
◆ anticoccidiano ➞ prevenir coccidose (Eimerias spp)
● Ionóforos: monensina, salinomicina, maduramicina, lasalocida
● químicos/sintéticos/quimioterápicos: nicarbazina, robenidina,
amprolium, diclazuril
● antibióticos: avilamicina, bacitracina Zn, clorexidina, colistina,
virginiamicina, nitrovin
obs: a nicarbazina deve ser utilizada na fase inicial pois dificilmente nessa fase as aves têm
problemas de incremento calórico ➞ a nicarbazina aumenta os processos de incremento e
pode levar à morte na fase adulta
➔ Promotores de crescimento:
◆ antibióticos: avilamicina, bacitracina Zn, clorexidina, colistina, virginiamicina,
nitrovin
◆ alternativos aos antibióticos:
● probióticos: suplementos alimentares a base de microrganismo vivos
utilizados na ração para promover o balanço da microbiota intestinal
● prebióticos: ingredientes alimentares que favorecem o crescimento e
desenvolvimento de bactérias benéficas
● mananoligossacarídeos (MOS): ligam-se às fímbrias das bactérias
patogênicas, inibindo a colonização destas no TGI
● frutoligossacarídeos (FOS): estimulam o crescimento e multiplicação
de bactérias benéficas (exclusão das bactérias patogênicas através
de competição por sítios de adesão)
● simbióticos
➔ Enzimas:
◆ fitase: catalisa o desdobramento do ácido fosfórico do inositol, liberando o
ortofosfato para ser absorvido
◆ protease
◆ carboidrases: a amilase atua sobre o amido e as outras atuam sobre os
polissacarídeos não amiláceos (PNA = pectinas, hemicelulose e
oligossacarídeos)
◆ lipase
➔ Pigmentantes:
◆ naturais: carophill (DSM), urucum, glutenose/protenose, páprica, calêndula
(novus)
➔ Antioxidantes:
◆ BHT (atualmente não é tão necessário em rações industriais)
➔ Adsorventes:
◆ funcionam como agentes sequestrantes de micotoxinas (aflatoxina, fumosina,
zearalenona, ocratoxina)
◆ aluminossilicato de Ca/Na, carvão ativado, zeólita, argila, bentonita
obs: O MAPA proíbe o uso de hormônios.
Frango Bio
● trabalham com lotes
menores
● enriquecimento
ambiental
● fotoperíodo mais
natural
Programas de alimentação e exigências nutricionais
➔ Os níveis de energia aumentam da ração pré-inicial até a ração final (em torno de
10%) e os níveis de proteína diminuem em torno de 28 - 30%. Então, a ração vai
ficando cada vez mais barata em relação ao custo do produto, porém o consumo é
cada vez maior.
➔ É comum as empresas fazerem a mesma ração pré-inicial e inicial para machos e
fêmeas e a partir da ração de crescimento I começarem a diferenciar as rações entre
os sexos.
➔ As exigências nutricionais dos machos é em torno de 20% superior, mas os níveis
nutricionais na dieta podem ser de 8-10% superiores apenas. O consumo dos
machos é 10% maior que o das fêmeas.
Razões para utilização da ração pré-inicial
➔ grande potencial de desenvolvimento na primeira semana (o pintinho quadruplica
seu tamanho) e a prioridade é para o desenvolvimento de órgãos e funções vitais
(sistema cardiovascular, pulmonar, esquelético, imune e digestivo)
➔ aos 7 dias de vida o intestino mede aproximadamente 1m (aumento de
aproximadamente 10cm/dia na 1ª semana)
➔ anatomia e fisiologia diferenciada do trato digestivo (sistema digestivo imaturo)
➔ dificuldade de digestão e absorção de alguns nutrientes
➔ uso de ingredientes de maior digestibilidade
➔ dificuldade de sobrevivência em ambientes frios
➔ o peso do pinto aos 7 dias apresenta correlação positiva com o peso ao abate
➔ alimento exógeno (ração) estimula secreção de enzimas, melhorando a eficiência de
utilização do vitelo (saco vitelínico), o que confere aumento da resposta imunológica
➔ período curto de utilização, baixo consumo na primeira semana e conversão
alimentar próximo a 1,0
➔ ração mais cara, mas com custo benefício vantajoso
Formas de ração
➔ farelada
➔ peletizada (é uma ração mais cara, mas resulta em maior conversão alimentar)
➔ peletizada e triturada
➔ micropeletizada ou minipeletizada
Vantagens do uso da ração peletizada
➔ melhor custo benefício
➔melhora a qualidade: maior controle microbiológico e maior digestibilidade dos
nutrientes
➔ evita a seleção de partículas da ração pelas aves (desbalanceamento)
➔ menor tempo gasto para ingestão da ração
➔ melhora na eficiência da utilização dos nutrientes
➔ melhora no abastecimento e fluxo da ração nos comedouros
➔ melhora no desempenho das aves
➔ reduz o desperdício da ração
➔ melhora na conversão alimentar
Cuidados com o uso da ração peletizada
➔ problemas metabólicos podem aumentar quando não se controla o consumo de
ração e o crescimento das aves
➔ necessidade de restrição alimentar por determinados período faz-se necessário
No passado era comum trabalhar com ração ensacada. Atualmente é mais comum o uso de
ração a granel e as empresas exigem que as granjas tenham silo.
Manejo pré-abate
Manejo na retirada de aves para o abate
➔ a técnica é conhecida por apanha ou pega das aves
➔ é uma prática que resulta em estresse para as aves (barulho e movimentação de um
número maior de pessoas) e também para o pessoal que está envolvido na pega
➔ requer cuidados específicos: evitar mortes, contusões, escoriações, traumatismo e
garantir o bem-estar das aves
Recomendações
➔ alimentação suspensa por um período de 8 a 10 horas antes do momento do abate,
ou de 6 a 8 horas antes da pega das aves
➔ restrição de água apenas no momento da pega
➔ suspender os bebedouros e comedouros no momento da pega
➔ presença de um encarregado responsável pelo trabalho
➔ pensar no bem-estar dos trabalhadores, garantindo repercussão na qualidade final
da ave
➔ realizar trabalho de treinamento das demais pessoas envolvidas na etapa da pega e
do transporte das aves
➔ realizar o planejamento adequado, avaliando as condições das caixas a serem
usadas, garantindo qualidade ao final da cadeia produtiva do frango
➔ realizar subdivisões prévias no lote
➔ cercar grupo de aproximadamente 200 aves de cada vez
➔ ideal: realizar a pega de 2 aves por vez, abrangendo as asas com as mãos
➔ conduzir as caixas para o interior e o exterior do aviário por deslizamento com
auxílio de trilhos
➔ adequar o número de aves (desnidade) por caixa em função da idade, sexo, época
do ano, hprário da retirada, volume da carga, distância percorrida até o abatedouro,
condições climáticas (ambientais) na plataforma de abate e momento do abate ➞
máximo: 25 kg/caixa
➔ molhar as aves logo após o carregamento e antes do transporte, quando a pega for
realizada em períodos quentes
A mortalidade de aves até chegar na plataforma de abate não deve ser superior a 0,1%
Abate e qualidade da carcaça de aves
Fluxograma do abate
sugere-se que as aves fiquem no máximo 30 minutos aguardando na plataforma de abate
(mais que isso pode gerar mortes)
Possíveis causas de perda de qualidade da carcaça no abatedouro
Outros problemas:
● abscesso, esfolamento e escoriações na carcaça são observados (pode ser causado
por pega incorreta)
● escoriações na carcaça desvalorizam o produto (causados por alta densidade de
criação ou pega incorreta)
● jejum ineficiente causa contaminação da carcaça
● desuniformidade de carcaça (problemas principalmente de manejo na criação)
● miopatia peitoral profunda ➞ devido a ineficiência de expansão do tecido fibroso
circundante do músculo do peito (é um problema de melhoramento genético, pois o
frango tem um crescimento muito rápido e faz pouco exercício)

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