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TUTORIA - SAÚDE DA MULHER - SP2.2

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LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
 
 
 
 
Patrícia, agora com 50 anos, é casada há trinta anos e tem três filhos, um com 25, outra com 
24 e o último com 17 anos. Nunca teve abortamentos. Desde o nascimento de seu caçula, 
trabalha apenas em casa, fazendo doces e salgados para festas. Anteriormente era auxiliar de 
produção em uma metalúrgica. Começou sua adolescência (telarca e pubarca) aos 12 anos, 
surgindo logo após a menarca (13 anos). Os primeiros ciclos menstruais eram irregulares, 
mas depois foram estabilizando-se em períodos de 28 dias, com 4 dias de menstruação, em 
média. Iniciou sua vida sexual com 17 anos e logo depois casou-se com Doca, metalúrgico, 
que a apresentou para seu gerente e conseguiu seu emprego na indústria. Doca gosta muito de 
Patrícia e é correspondido. Sempre tiveram uma vida amorosa e de parceria, e se considera um 
indivíduo conciliador. Durante anos a fio, todos os meses, nos dois dias que antecediam sua 
menstruação e nos três seguintes, Patrícia parecia transformar-se em outra pessoa, 
irritando-se à toa, chorando por qualquer motivo e discutindo muito com o marido, por 
qualquer motivo. Há alguns anos esta situação melhorou depois que Patrícia passou a ser 
medicada com anovulatórios. Há dois anos, entretanto, a relação dos dois parece ter piorado. 
Apesar de agora os períodos menstruais de Geralda (?) estarem mais distanciados, ela tem 
estado mais triste, as vezes chorosa e sente-se desanimada até de manter suas relações 
sexuais. Doca, por sua vez, pensa: o que fazer? Eu gosto tanto dela… 
 
 
 
 
• Anovulatórios: é a não liberação do ovócito secundário. Ocorrem pelo desequilíbrio 
hormonal das glândulas relacionadas ao eixo hormonal reprodutivo (hipotálamo, 
hipófise, ovário) e tireóide; 
• Telarca: início do desenvolvimento mamário na mulher; 
• Pubarca: surgimento de pelos pubianos; 
 
 
 
 
• Patrícia, 50 anos; 
• Casada há 30 anos, possui 3 filhos; 
• Nunca teve abortamentos; 
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
• Trabalhava como auxiliar de produção em uma metalúrgica; 
• Telarca e pubarca aos 12 anos, menarca (13 anos); 
• Início da vida sexual aos 17 anos; 
• Nos dois dias antes da sua menstruação e nos três dias seguintes, Patricia irritava-se à 
toa, chorava por qualquer motivo e discutia muito com o seu marido; 
• Apresentou melhora depois que passou a ser medicada com anovulatórios; 
• Apesar dos periodos menstruais de Patricia estarem mais distanciados, ela tem estado 
mais triste, as vezes chorosa e sente-se desanimada até de manter suas relações 
sexuais. 
 
 
1. Existe relação da menopausa com o início da menarca? 
Não existe nenhuma relação científica comprovada entre a menarca e a menopausa. A 
explicação é a seguinte: a mulher nasce com número de células pré-estabelecidas. A 
menopausa é cientificamente quando os ovários não têm mais ovário para liberar e 
acaba a produção do estrogênio estradiol, que é o hormônio mais atuante na fase 
reprodutiva da vida feminina. Então, se ela já nasce com um número pré-determinado 
de células, é isso que determina a idade em que ela entra na menopausa. 
 
2. Qual é a relação da idade com os sintomas apresentados? 
Os sintomas apresentados por Patrícia são característicos do início da menopausa 
levando em consideração a idade, logo essa se encontra no limite do declínio da 
produção hormonal. 
 
3. Por que os primeiros ciclos menstruais podem ser irregulares? 
Os primeiros ciclos menstruais podem ser irregulares e é normal que ocorra nos 
primeiros dois anos, visto que é um período em que, na maioria das mulheres, está 
ocorrendo um processo de adaptação, por isso é frequente uma irregularidade no ciclo, 
até um certo tempo, devido a uma imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário que 
ocasiona ciclos sem ovulação, 
 
4. O que caracteriza a menopausa? 
A menopausa é caracterizada pelo declínio fisiológico dos hormônios reprodutivos, 
sendo considerada dessa forma, responsável pelo fim da fase reprodutiva da vida 
mulher. Nesse contexto, geralmente acontece a partir dos 45 anos de idade. Além disso, 
normalmente as mudanças relatadas pela mulher nessa fase são ausência da 
menstruação, suores intensos, ansiedade, irritabilidade, alterações de humor, entre 
outros. 
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
 
5. A menopausa faz parte do ciclo? 
A menopausa não faz parte do ciclo menstrual, mas sim do climatério. 
 
6. Qual o conceito de climatério? 
Climatério é o termo que se utiliza para designar o período de transição da mulher, que 
sai da sua fase fértil até chegar em sua última menstruação que se dá o nome de 
menopausa. 
7. Existe relação do envelhecimento com a menopausa? 
O envelhecimento é um processo fisiológico que reduz naturalmente a produção de 
hormônios envolvidos na menopausa, que é a redução dos hormônios reprodutivos. 
 
8. Qual é a ação hormonal no humor de Patrícia? 
O ciclo menstrual possui oscilações hormonais fisiológicas, com isso a queda de 
estrogênio e o aumento da progesterona, no período da TPM, comumente deixa as 
mulheres mais irritadiças. 
 
9. Por que os ciclos têm maior tempo em tantos outros tem menos? 
A duração dos ciclos menstruais são variáveis para cada mulher, sendo afetados por 
fatores intrínsecos (fatores genéticos) e extrínsecos (dieta, sedentarismo, etilismo, 
tabagismo, estresse) 
 
10. Como ocorre o ciclo menstrual posterior à menarca? 
O ciclo menstrual é dividido em três etapas: fase folicular, ovulatória e lútea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
CONCEITOS INICIAIS: 
 
 
 
1. Entender o ciclo menstrual a partir da menarca; 
 
• O ciclo menstrual é consequência da interação entre três entidades anatômicas: 
hipotálamo, hipófise e ovário. 
• 
HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-GÔNADAS 
• HIPOTÁLAMO: produz uma série de hormônios, como: hormônio liberador de 
gonadotrofinas (GnRH), hormônio liberador do hormônio de crescimento (GHRH), 
hormônio liberador de corticotrofinas (CRF), hormônio liberador de tireotrofinas (TRH). 
Em relação à produção do GnRH, o hipotálamo é influenciado tanto por sinais 
extrínsecos e intrínsecos ao SNC, quanto pelo controle do ovário por mecanismos de 
feedback. Além disso, o próprio GnRH controla sua produção. O GnRH exerce o papel 
de controle da secreção de gonadotrofinas, induzindo a liberação dessas 
substâncias pela hipófise anterior. 
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
• Na mulher, o GnRH é liberado de forma pulsátil, sendo sua periodicidade e amplitude 
críticas para determinar a liberação correta e fisiológica do FSH e LH (produzidos na 
adenohipófise). 
• Na menina, o centro hipotalâmico encontra-se bloqueado até o período da 
puberdade, quando ocorre sua liberação por razões ainda não bem estabelecidas, 
supondo-se haver a participação de fatores ambientais, dos opióides endógenos, do 
peso corporal e da quantidade de gordura corporal, entre outros. 
• A secreção do GnRH varia em frequência e amplitude em todo o ciclo menstrual, o 
que é imprescindível para um ciclo normal. 
→ A fase folicular se caracteriza por pulsos frequentes e de pequena amplitude. 
Na fase folicular tardia, há um aumento da frequência e na amplitude destes 
pulsos. 
→ Durante a fase lútea, há um aumento gradativo do intervalo entre os pulsos, 
ou seja, há uma diminuição progressiva da frequência dos pulsos. A 
amplitude nessa fase é maior do que na fase folicular, mas diminui 
progressivamente no transcorrer de duas semanas. Assim, há uma redução 
progressiva da amplitude dos pulsos na fase lútea, mas estes apresentam 
amplitude maior do que na fase folicular. 
 
 
 
• A modificação na frequência de pulso do GnRH permite a variação do FSH e do LH 
durante todo o ciclo menstrual. Mas ela não é o único determinante da produção 
hipofisária.Outras influências hormonais, como a dos esteroides sexuais e dos 
peptídeos ovarianos podem modular o efeito do GnRH. Além disso, existem, ainda, 
situações endógenas e fatores ambientais bem documentados, que interferem na 
secreção adequada de GnRH, a saber: exercícios físicos, estresse, ansiedade, fobias 
e dietas radicais. Tais condições podem levar à regulação incorreta do eixo hipófise-
ovário e, consequentemente, à amenorreia secundária. 
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
• 
• 
 
 
 
• HIPÓFISE: dividida em adeno-hipófise e neuro-hipófise. 
 
 
 
• O GnRH age nas células gonadotróficas da hipófise anterior, estimulando-as a 
sintetizar e secretar na corrente sanguínea tanto o FSH quanto o LH. 
• A secreção de FSH caracteriza-se por um aumento na fase folicular inicial, um platô 
na fase lútea e acentuada elevação na fase lútea tardia. 
• A secreção de LH é, essencialmente, caracterizada por um pico no meio do ciclo 
menstrual. Ou seja, as gonadotrofinas são secretadas de forma pulsátil, com 
frequência e amplitude que variam de acordo com a fase do ciclo. Os hormônios 
esteroides, como o estradiol e a progesterona, ou fatores ovarianos não-esteroides, 
como a inibida, são os moduladores da secreção de LH e FSH. 
• OVÁRIOS: além da produção de óvulos, sintetiza e secreta hormônios esteroides 
sexuais – estrogênios, androgênios e progesterona – com padrão de controle preciso 
que, em parte, é determinado pelas gonadotrofinas hipofisárias, FSH e LH. Os 
ovários representam a principal fonte produtora de estrogênios na menacme. Para tanto, 
eles possuem dois tipos de células: teca e granulosa. Elas interagem entre si para que 
haja formação dos esteroides. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
é responsável pela secreção dos hormônios 
folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH). 
 
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
 
 
CICLO MENSTRUAL 
 
• Ciclo menstrual = conjunto de eventos endócrinos interdependentes do eixo 
hipotálamo-hipófise-ovário (HHO) e as consequentes modificações fisiológicas no 
organismo, visando à preparação para a ovulação e para uma futura gravidez. 
• Por convenção, o 1º dia da menstruação é considerado o 1º dia do ciclo. Durante cada 
ciclo menstrual, dois processos reprodutivos principais ocorrem: 
✓ Maturação folicular por estímulo hormonal e liberação de um óvulo a partir de 
um dos ovários. 
✓ Preparação do útero para receber o embrião, caso ocorra fertilização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• O ciclo menstrual é dividido em dois principais ciclos que ocorrem simultaneamente: 
o ovariano e o ciclo endometrial (menstrual). 
 
• CICLO OVARIANO: pode ser dividido em três fases: fase folicular, fase ovulatória e 
fase lútea. 
→ FASE FOLICULAR: também chamada de fase proliferativa ou estrogênica. 
Corresponde a primeira fase do ciclo menstrual e ocorre do primeiro dia da 
menstruação até o dia do pico de LH. É uma fase estimulada por FSH, onde 
ocorre o desenvolvimento dos folículos até a ovulação. O resultado final desse 
desenvolvimento folicular é, comumente, um único folículo maduro viável, o qual 
passará pelos estágios de folículo primordial, folículo primário, folículo pré-
antral, antral e pré-ovulatório (Este processo ocorre ao longo de 10 a 14 dias). 
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
 
→ Durante a vida fetal, em torno da 20ª semana de gestação, existem 
aproximadamente sete milhões de folículos primordiais. Cada um deles 
contém um oócito “paralisado” na prófase da primeira divisão meiótica 
(diplóteno), até que o processo de ovulação se inicie. Este pool de folículos 
imaturos vai se reduzindo dramaticamente, até que, ao nascimento, cada ovário 
possui cerca de um milhão de folículos primordiais. Por ocasião da menarca, 
eles se restringirão a 300.000 a 400.000 folículos em ambos os ovários. Durante 
a menacme, em cada ciclo menstrual, quase 1.000 folículos são recrutados 
e quase a totalidade deles sofre atresia, pois, em geral, apenas um é 
predestinado à ovulação. Desta forma, durante a vida reprodutiva apenas 
400 a 500 folículos serão ovulados. Na época da menopausa, o ovário será 
constituído basicamente por estroma denso, com apenas raros oócitos 
dispersos remanescentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• FASE OVULATÓRIA: somente o folículo que atinge seu estágio final de maturação 
é capaz de se romper. O marcador fisiológico mais importante da aproximação da 
ovulação é o pico de LH do meio do ciclo, o qual é precedido por aumento acelerado 
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
do nível de estradiol. Sabidamente, o folículo pré-ovulatório produz, com a síntese 
crescente de estradiol, seu próprio estímulo ovulatório. 
• O pico de estradiol = pico de LH = ovulação. 
• No momento da ovulação, dentro do microambiente do folículo dominante, ocorrem três 
fenômenos principais: 
1. Recomeço da meiose do oócito que estava paralisado na fase diplóteno da 
prófase I, que se inicia pelo pico de LH; 
2. Luteinização: 12 a 24 horas antes da ovulação, ocorre um aumento da 
progesterona; 
3. Ovulação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• FASE LÚTEA: também chamada de fase secretória. Uma vez liberado o oócito, a 
estrutura dominante passa a se chamar corpo lúteo. Antes da ruptura do folículo e 
liberação do óvulo, as células da granulosa começam a aumentar de tamanho e 
assumem um aspecto caracteristicamente vacuolado, associado ao acúmulo de um 
pigmento amarelado, a luteína. Ocorre a luteinização das células da teca e da 
granulosa. O corpo lúteo dura cerca de 12 dias. Se não houver fecundação, o corpo 
lúteo se degenera e perde sua característica lipídica, dando origem ao corpo 
albicans (corpo branco). Caso ocorra gravidez, o hCG mantém o funcionamento 
lúteo até que a esteroidogênese placentária se estabeleça plenamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• CICLO ENDOMETRIAL: ocorre em duas fases: proliferativa ou estrogênica e 
secretória ou progestacional. 
→ FASE PROLIFERATIVA OU ESTROGÊNICA: 
✓ 4 a 7 dias após a menstruação, o endométrio começa a se proliferar 
novamente, tentando renovar a camada funcional. 
✓ Ocorre antes da nova ovulação. 
✓ Proliferação de células epiteliais e do estroma endometrial. 
→ FASE SECRETÓRIA OU PROGESTACIONAL: 
✓ O endométrio se prepara para a chegada do embrião. 
✓ Aumento de glicogênio, glândulas, aporte sanguíneo, lipídios e acúmulo de 
substâncias secretoras. 
✓ Progesterona: causa inchaço e desenvolvimento secretor acentuado do 
endométrio. 
 
 
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Conceituar climatério e menopausa, relacionando com o eixo hipotálamo-hipófise-
ovário; 
 
• O climatério é definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o período de 
vida da mulher compreendido entre o final do período reprodutivo até a senilidade, 
considerado o período não reprodutivo. Apresenta duração variável, mas em geral, 
ocorre entre 40 a 65 anos. 
• Dentro deste período de climatério ocorre a menopausa, que é um marco dessa fase 
e corresponde ao último ciclo menstrual espontâneo da mulher, reconhecida após 
12 meses consecutivos de amenorreia. Se dá em média aos 51 anos de idade, sendo 
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
considerada como menopausa precoce quando se estabelece antes dos 40 anos de 
idade, e tardia após os 55 anos. 
OBS → Climatério é um período. Menopausa é uma data. 
 
 
 
• Entre 40 e 50 anos de idade, o ciclo sexual geralmente torna-se irregular, e a ovulação 
muitas vezes não ocorre. Depois de alguns meses a alguns anos, o ciclocessa 
totalmente. O período durante o qual o ciclo cessa e os hormônios femininos caem a 
quase zero é denominado menopausa. 
• A causa da menopausa é o “esgotamento” dos ovários. Em torno dos 45 anos de 
idade, apenas uns poucos folículos primordiais continuam a ser estimulados por 
FSH e LH e a produção de estrogênios pelos ovários diminui à medida que o número 
de folículos primordiais se aproxima de zero. Quando a produção de estrogênio cai 
abaixo de nível crítico, os estrogênios não conseguem mais inibir a produção das 
gonadotropinas FSH e LH. Como consequência, o GnRH é liberado com frequência e 
amplitude máxima e as gonadotropinas FSH e LH (principalmente FSH) são 
produzidas depois da menopausa em quantidades elevadas e contínuas, mas, 
como os folículos primordiais remanescentes ficam atrésicos, a produção de estrogênios 
pelos ovários cai quase a zero. 
• Com um menor número de unidades foliculares e com as que sobraram não 
funcionando adequadamente, ocorre uma redução nos níveis de inibina, um produto 
das células da granulosa, que exerce um importante feedback negativo sobre a 
secreção de FSH (inicialmente da inibina B e, posteriormente, da inibina A). Com a 
diminuição deste estímulo, os níveis de FSH se elevam. 
• Apesar dos níveis elevados de FSH, o crescimento dos folículos envelhecidos 
torna-se cada vez mais resistente à estimulação deste hormônio, o que torna a fase 
folicular do ciclo cada vez mais longa e os ciclos menstruais irregulares, até que o 
crescimento folicular não mais acontece e as últimas unidades são depletadas. Os 
níveis de estradiol, entretanto, só começam a cair cerca de seis meses a um ano 
antes da parada completa do desenvolvimento folicular. Antes disso, estes valores 
podem encontrar-se até elevados, devido à superestimulação ovariana pelo FSH. 
 
FATORES INFLUENCIADORES: 
• A idade da ocorrência da menopausa parece geneticamente programada para cada 
mulher, através do número de folículos ovarianos, mas inúmeras condições podem 
influenciar no envelhecimento ovariano, como: 
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
✓ Fatores socioeconômicos → mulheres que têm longas jornadas de trabalho e 
exercem atividades estressantes têm mais chances de entrar na menopausa mais 
cedo; 
✓ Paridade → mulheres nulíparas têm menopausa mais precocemente, enquanto o 
aumento da paridade correlaciona-se à menopausa mais tardia devido a diminuição 
do número de ciclos menstruais ovulatórios; 
✓ Tabagismo → a idade da instalação da menopausa é antecipada de 12 a 18 meses 
devido a deficiência estrogênica causada pelo tabaco; 
✓ Altitude → mulheres que vivem em países de altas altitudes podem apresentar 
menopausa de maneira mais precoce; 
✓ Nutrição → déficits nutricionais e baixo peso; 
✓ Fatores cirúrgicos e medicamentos → quimioterapia, radioterapia, cirurgias 
ovarianas e histerectomia. 
 
SINTOMAS DO CLIMATÉRIO: 
✓ Manifestações menstruais → oligomenorreia. 
✓ Manifestações neurogênicas e vasomotoras → ondas de calor (fogachos), 
sudorese, calafrios, palpitações, cefaleia, tonturas, parestesia, insônia, perda da 
memória e fadiga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
✓ Manifestações psicogênicas → diminuição da autoestima, irritabilidade, 
labilidade afetiva, sintomas depressivos, ansiedade, dificuldade de concentração e 
memória, dificuldades sexuais e insônia. 
✓ Manifestações ósseas → perda óssea e diminuição da calcificação devido a 
queda de estrogênio, que diminui a atividade dos osteoblastos e aumenta a 
atividade dos osteoclastos. Osteopenia e osteoporose. 
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
✓ Manifestações no metabolismo lipídico → os níveis de LDL aumentam, 
enquanto o HDL diminui. 
✓ Manifestações urogenitais → a deficiência de estrógeno causa alterações na 
bexiga e na uretra. Pode ocorrer com prolapsos genitais, sintomas vaginais como 
ressecamento, sangramento e dispareunia, e sintomas uretrais como disúria, 
frequência e urgência miccional. 
✓ Manifestações na pele → diminuição do colágeno e, consequentemente, na 
redução da síntese de ácido hialurônico, resultando na diminuição do conteúdo de 
água. Ocorre também perda de elasticidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
 
3. Conceituar a tensão pré-menstrual e pós-menstrual identificando as alterações de 
humor (causas e tratamentos); 
TENSÃO/SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL (TPM/SPM) 
 
CONCEITO: 
• Conjunto de sintomas físicos, psicológicos e comportamentais que aparecem antes da 
menstruação (afecções psiquiátricas e clínicas). 
 
EPIDEMIOLOGIA 
• 75% das mulheres relatam alterações pré-menstruais menores ou isolados; 
• A prevalência dos sintomas é de 75% a 80% nas mulheres em idade reprodutiva e com grande 
variação no número, duração e gravidade dos sintomas; 
• No Brasil, em um estudo realizado em ambulatório de ginecologia, 86% referiam irritabilidade, 
17% cansaço, 62% depressão e cefaleia, 95% apresentavam mais de um sintoma e 76% 
associação de sintomas físicos e psíquicos. 
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
1. Afetivos e comportamentais: 
• Ansiedade; 
• Tensão; 
• Tristeza; 
• Nervosismo; 
• Labilidade emocional. 
2. Somáticos e físicos: 
• Edema; 
• Sensibilidade nas mamas ou mastalgia; 
• Retenção de líquidos e inchaço abdominal; 
• Mudança de apetite, desejo por carboidratos; 
• Acne; 
• Cefaleia; 
• Cólica pélvica e lombalgia. 
 
FISIOPATOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
• Deve ser sempre individualizado e aplicado de acordo com a intensidade e o tipo de 
sintoma apresentado. 
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
• Embora a TPM não seja uma doença, seu tratamento beneficia a mulher, melhorando 
sua qualidade de vida e a qualidade da vida daqueles que convivem com ela. 
• Hábitos de vida: Em casos de sintomatologia leve, inicia-se terapia não-
medicamentosa, baseada em: 
→ Exercício físico regular e higiene do sono; 
→ Se possível, eliminar cigarro, álcool ou outras drogas; 
→ Redução da ingestão de sal (sódio) = redução do edema e da sensação de 
inchaço. 
→ Diminuição da cafeína = pode ajudar a reduzir irritabilidade, ansiedade, tensão 
e insônia. 
 
• Suplementos Nutricionais: são suplementos indicados nos casos leves ou como 
adjuvantes: 
→ Vitamina B (40 a 100 mg/dia); 
→ Carbonato de cálcio (1.200 a 1.600 mg/dia); 
→ Vitamina E (400 a 60 UI/dia); 
→ Magnésio (200 a 360 mg até 3 vezes/dia). 
 
• Diuréticos: 
→ A espironolactona (dosagem de 25 a 100 mg/dia) durante a fase lútea = pode 
ajudar a reduzir o edema, a sensação de “inchaço” e a turgidez mamária 
(Atenção ao risco de hipercalemia). 
 
• Anti-inflamatórios Não-hormonais (AINH): aliviam diversos sintomas físicos, 
principalmente a dor (dor pélvica, mastalgia, cefaleia). Deve-se atentar aos riscos 
potenciais de úlcera gástrica e lesão renal. 
 
• Pílula Anticoncepcional: pode trazer alívio para alguns sintomas físicos, como edema, 
cefaleia, desconforto mamário e dor abdominal. Em contrapartida, deve-se atentar para 
a exacerbação desses sintomas pelo próprio uso da pílula. 
 
• Psicoterapia: Muitas pacientes relatam melhora de sua sintomatologia após se 
submeterem a diversas modalidades psicoterapêuticas (terapia cognitivo-
comportamental (TCC)). 
 
• Antidepressivos: 
→ Estudos duplo-cegos randomizados sugerem que inibidores da recaptação 
da serotonina e a supressão da ovulação são as terapêuticas mais efetivas. 
→ Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) trazem melhora 
dos sintomas em mais de 60% dos casos. 
→ A paroxetina pode ser eleita quando predominarem insônia e ansiedade; 
→ Antidepressivos como a fluoxetina, a paroxetina ou a sertralina são mais 
eficazesna redução da irritabilidade, depressão e outros sintomas da TPM. 
 
• Ansiolíticos: pode ser utilizado quando se apresentam insônia, tensão e ansiedade (Há 
relato de benefício dos benzodiazepínicos na TPM). 
 
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
• Agonista de GNRH: inibe a hipófise e, portanto, a estimulação ovariana, gerando 
anovulação e grande melhoria da sintomatologia. 
→ Os agentes mais utilizados são leuprolida depot (Lupron®) ou goserrelina 
(Zoladex®) que, conforme a dosagem, podem ser aplicados por via subcutânea 
em intervalo mensal, trimestral e semestral. 
→ O grande problema de tal terapia é o estado de hipoestrogenismo induzido 
(“menopausa medicamentosa” com secura vaginal, ondas de calor, osteoporose 
e aumento de peso). 
 
• Fitoterápicos: pode ser útil nas pacientes com sintomatologia leve ou que prefiram 
tratar-se com medicações naturais. 
→ O uso de fitoterápicos, tais como a passiflora, a erva-de-são-joão ou extrato de 
agnus castus. 
 
• Acupuntura: Algumas mulheres referem alívio de sintomas físicos e psíquicos da TPM 
após sessões de acupuntura, o que ainda permanece bastante controverso na 
literatura. 
 
• Cirurgia: último recurso para a mulher que tem sintomas graves que não conseguem 
ser controlados com outros tratamentos. A remoção dos ovários elimina os ciclos 
menstruais e, com isso, elimina os sintomas da TPM. Contudo, a remoção dos 
ovários tem os mesmos efeitos que a menopausa 
TENSÃO PÓS-MENSTRUAL 
 
• A fase da ovulação também pode trazer alterações, como dificuldade de concentração e 
de aprendizado. O artigo, disponível no site da Brain and Cognition, relata que ratas com 
altos níveis de estrogênio, o que em mulheres acontece durante a ovulação, 
demoraram mais para associar sons a eventos novos num experimento (estrogênio age 
no cérebro para inibir capacidades cognitivas, o que pode tornar as mulheres um pouco 
menos enigmáticas). 
https://revistapesquisa.fapesp.br/tens%C3%A3o-p%C3%B3s-
menstrual/#:~:text=Tem%20grande%20fama%20a%20fase,de%20concentra%C3%
A7%C3%A3o%20e%20de%20aprendizado. 
 
• Apesar de raro, algumas mulheres podem “sofrer” com os incômodos da TPM ainda por 
alguns dias após a menstruação. 
 
• Enquanto a Tensão Pré-Menstrual é causada pelo pico do hormônio luteinizante durante 
a ovulação, juntamente com o aumento da progesterona, e subsequente queda para que 
haja a menstruação; esses sintomas “PÓS” podem estar relacionados a algum 
desequilíbrio hormonal, como uma deficiência nos níveis de testosterona (hormônio 
masculino), que rege o humor. 
https://drabartyragranata.com.br/news/tensao-pos-menstrual/ 
 
https://revistapesquisa.fapesp.br/tens%C3%A3o-p%C3%B3s-menstrual/#:~:text=Tem%20grande%20fama%20a%20fase,de%20concentra%C3%A7%C3%A3o%20e%20de%20aprendizado
https://revistapesquisa.fapesp.br/tens%C3%A3o-p%C3%B3s-menstrual/#:~:text=Tem%20grande%20fama%20a%20fase,de%20concentra%C3%A7%C3%A3o%20e%20de%20aprendizado
https://revistapesquisa.fapesp.br/tens%C3%A3o-p%C3%B3s-menstrual/#:~:text=Tem%20grande%20fama%20a%20fase,de%20concentra%C3%A7%C3%A3o%20e%20de%20aprendizado
https://drabartyragranata.com.br/news/tensao-pos-menstrual/
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
 
4. Conhecer o diagnóstico e tratamento do climatério; 
 
• O climatério/transição menopáusica é considerado um período de profundas 
modificações sistêmicas na vida da mulher, sendo um fenômeno endócrino 
consequente da falência dos folículos ovarianos, com redução da secreção do 
estradiol, interrupção definitiva dos ciclos menstruais e surgimento dos sintomas 
característicos dessa fase. 
• Apresenta-se em quatro fases: 
→ Pré-menopausa = menstruação contínua durante os últimos 12 meses; 
→ Peri-menopausa = período que antecede a menopausa, quando não se verifica 
ainda um período de amenorreia que atinja 12 meses consecutivos; 
→ Menopausa = ocorre com a interrupção menstrual permanente; 
→ Pós-menopausa = inicia-se um ano após a amenorreia. 
 
O DIAGNÓSTICO DO CLIMATÉRIO É ESSENCIALMENTE CLÍNICO: 
→ No Brasil, a menopausa ocorre, em média, aos 51 anos de idade. Sendo assim, 
mulheres nessa faixa etária ou acima dela, com período de amenorreia maior que 
um ano, enquadram-se no diagnóstico de climatério pós-menopáusico. 
→ As ondas de calor (fogachos), que são a sintomatologia mais característica do 
período, ocorrem em cerca de 75% das mulheres, podendo ocorrer mesmo antes 
da menopausa. 
→ Na perimenopausa, já se denota alterações na função ovariana, a presença de 
irregularidade menstrual nessa fase é característica. Quando associada a ondas 
de calor e a outros sinais da síndrome menopausal, não há dificuldades 
diagnósticas. Entretanto, quando somente irregularidades menstruais são 
encontradas, devem-se considerar outros fatores que podem causar dúvida 
diagnóstica. 
→ Nesse contexto, pode-se prescindir da dosagem do FSH, visto que, quando os 
níveis se encontram acima de 30 um/mL são indicativos de falência ovariana. 
→ Outras situações em que essa dosagem é necessária incluem mulheres com 
irregularidades menstrual e usuárias de contraceptivos hormonais combinados na 
perimenopausa. 
→ Os valores de pH vaginal de 6 a 7,5 são bastante sugestivos de menopausa 
(normal= 4 a 4,5) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TRATAMENTO: 
• TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL (TRH): 
 
• A TRH com estrogênio (melhor para minimizar os fogachos) permanece como a 
primeira linha de tratamento para o manejo dos sintomas vasomotores e suas 
consequências e, deve ser indicada para mulheres com menos de 60 anos que 
estejam na perimenopausa ou com menos de dez anos de menopausa (que não 
apresentem contraindicações formais para o seu uso). 
• A reposição hormonal pode ser por esquema puro estrogênico ou combinado a 
progesterona. 
• A TRH deve ser combinada com atividade física, alimentação saudável, combate ao 
tabagismo e ao excesso de peso. 
• Em mulheres que possuem útero = a TRH estrogênica deve ser sempre 
combinada com progesterona, de forma cíclica ou contínua, afim de proteger o 
endométrio (hiperplasia, câncer de endométrio). 
• Em pacientes histerectomizadas a reposição deve-se apenas por estrogênio. 
• A administração diária de estrogênio, em pequenas quantidades, normalmente 
reverte os sintomas, e, ao diminuir a dose gradativamente, é provável que as 
mulheres na pós-menopausa possam evitar sintomas graves. 
• A decisão de se iniciar a TRH deve ser feita em conjunto com o paciente, 
abordando-se os riscos e benefícios e, individualizando vias, doses (menor dose 
efetiva), posologia e tempo de manutenção de acordo com o perfil e as comorbidades 
de cada paciente. 
→ Deve-se observar o tempo de instalação da menopausa, a presença de sintomas 
vasomodorados a intensos e uma estratificação de risco CV com base na idade 
da paciente, pressão arterial, níveis de colesterol séricos, tabagismo e diabetes. 
• VIA ORAL: por meio do metabolismo de primeira passagem hepática, está associado à 
ativação do SRAA e ao aumento dos fatores pré-trombóticos circulantes. Em pacientes 
hipertensas ou com riscos de eventos tromboembólicos, incluindo-se as obesas, é 
preferível que se opte por uma via parental, como a transdérmica. A via oral também 
pode potencialmente elevar os níveis de triglicerídeos séricos, o que não foi demonstrado 
na via transdérmica. 
• VIA VAGINAL: primeira opção para pacientes que apresentam isoladamente síndrome 
geniturinária da menopausa, com o benefício de não estar associada a aumento dos 
níveis séricos de estrogênico, quando utilizado em baixas doses. 
→ A paciente deve ser orientada de que a interrupção do uso acarretará 
retorno dos sintomas de atrofia. 
 
• OUTRAS OPÇÕES: além dos esquemas de estrogênios puros ou dos 
estroprogestativos (combinados), existem outras opções de TRH. 
• 
→ A tibolona é um esteróidesintético proveniente do noretinodrel, derivado da 
19-nortestosterona, com propriedade estrogênica, progestagênica e 
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
androgênica. Ao contrário da terapia hormonal combinada tradicional, a tibolona 
não estimula o tecido mamário. 
 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: 
 
 
• TERAPIA NÃO HORMONAL: 
 
• FARMACOLÓGICA: 
✓ Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) são eficazes nas 
queixas vasomotoras, os mais usados na terapêutica são Desvenlafaxina, 
Venlafaxina, Paroxetina, Escitalopram e Citalopram. 
 
 
 
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✓ Inibidores seletivos da recaptação da serotonina e noradrenalina são as primeiras 
opções de tratamento das ondas de calor; 
✓ Esses medicamentos apresentam impacto negativo sobre a libido; 
✓ A gabapentina é uma opção não hormonal secundária ao alívio dos sintomas 
vasomotores por ter efeito direto no centro termorregulador do hipotálamo. 
• NÃO FARMACOLÓGICAS: 
✓ Medidas comportamentais, especialmente a perda de peso (ligação com a 
obesidade); 
✓ Prática regular de atividade física; 
✓ Diminuição do estresse; 
✓ Técnicas de respiração; 
✓ Cessação do tabagismo; 
✓ Uso de roupas leves. 
 
5. Conhecer os prós e contras da indicação da reposição hormonal; 
 
BENEFÍCIOS: 
• A TRH demonstrou ação sobre o ganho de massa óssea, reduzindo a evidência de 
fratures osteoporóticas na pós-menopausa, incluindo pacientes com osteopenia. 
Porém, a reposição hormonal não deve ser indicada como terapêutica principal ou 
somente com o intuito de se prevenir a osteoporose e suas consequências, visto que, 
após a sua suspensão, os níveis de massa óssea caem drasticamente. 
• Redução estaticamente significativa de DM2 nas populações tratadas com reposição 
hormonal. 
• Em relação ao peso corporal, sabe-se que no primeiro ano pós-menopausa há uma 
tendência de ganho de peso e redistribuição da gordura corporal. 
• Hipótese de que a TRH, quando iniciada após a transição menopausal, tenha impacto 
positivo sobre o humor. 
• 
RISCOS: 
• Um dos assuntos mais controversos em relação à TRH é o risco de doenças 
cardiovasculares (DCV), a maior associação é na reposição combinada (estrogênio 
conjugado e medroxiprogesterona). Nas mulheres que iniciaram TRH no período de 
transição menopáusica ou próximo dela, tiveram incidência significativamente menor de 
DCV. 
• Mulheres pós-menopáusicas assintomáticas não devem ser tratadas, pois quando 
tratadas muitos anos após a menopausa há aumento de DCV. 
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
• A HAS não constitui contraindicação, mas deve-se preferir a via transdérmica para se 
evitar o metabolismo de primeira passagem hepática do estrogênio e, quanto aos 
progestogênios a escolha deve recair sobre aqueles com menor perfil androgênico. 
• Risco de eventos tromboembólicos conhecidamente associados à estrogenioterapia 
por via oral. Esse risco surge nos primeiros dois anos do inicío da TRH e parece diminuir 
substancialmente ao longo do tempo. 
• Risco de desenvolver CA de mama: há de fato aumento no diagnóstico de câncer de 
mama nas mulheres usuárias de TRH com estrogênio e progesterona, porém o 
fenômeno começou a ser observado após o quinto ano de uso da terapia e não houve 
aumento nas taxas de mortalidade global entre os grupos. As pacientes que fizeram o 
uso de TRH com estrogênio isolado não apresentaram aumento de risco de câncer de 
mama em um período de sete anos. Apesar disso, ainda não está claro o papel da 
progesterona no aumento do risco dessa patologia. 
 
 
 
 
 
LARA NATHÁVIA | TUTORIA- SAÚDE DA MULHER | P4 – 2021.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. Identificar os critérios de avaliação clínica do climatério (índice de kupperman), 
tratamento farmacológico e não farmacológico. 
• O Índice menopausal de Kupperman foi criado em 1953 pelos médicos alemães 
Kupperman e Blat com base na observação clínica dos pacientes. 
• Passou a ser usado como referência por médicos para avaliar os sintomas climatérios 
das pacientes. 
• Consiste na avaliação de vários sintomas, medidos de acordo com a intensidade 
de acometimento referida pela paciente. 
• Consiste na avaliação de 11 sintomas ou queixas: 
• Sintoma vasomotor- ondas de calor, insônia, parestesia, nervosismo/impaciência, 
tristeza/depressão, vertigem/tontura/fraqueza/cansaço, artralgia/mialgia, cefaleia, 
palpitações e zumbido. 
• Para cada sintoma é estabelecido um peso diferente, o índice varia de leve (</= 
a 19) e moderado (entre 20 e 35) e acentuado (>35), de acordo com o índice obtido. 
• 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
• Apostila MedCurso 2019 – Ginecologia Volume 1 e 3. 
• GUYTON, A.C. e Hall J.E. Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13a ed., 
2017 
• FREITAS FM, Menke CH, Rivoire WA, Passos EP. Rotinas em ginecologia. 6a Ed. 
Porto Alegre: ARTMED, 2011. 
• Muramatsu, Clarice H., et al. Consequências da síndrome da tensão pré-menstrual na 
vida da mulher. Revista da Escola de Enfermagem da USP 35.3 (2001): 205-213. 
• https://diretrizes.amb.org.br/_BibliotecaAntiga/tensao_pre_menstrual.pdf

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