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FISIOP_U1-T1 T2 T3

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FISIOPATOLOGIA GERAL
FLC 0271/2
Nutrição
Ementa:
Processos fisiopatológicos. Doença e enfermidade. Osteoporose.
Osteoartroses. Fisiopatologia da dor. Fisiopatologia do trauma e da infecção.
Conceito de homeostase. Miopatias degenerativas. Fisiopatologia cardíaca, do
sistema digestório e respiratória. Fisiopatologia do sistema endócrino, dos
tumores, das doenças reumáticas e auto-imunes, das doenças do sistema
nervoso central, doenças infectocontagiosas e queimados.
Objetivo:
Aprender a origem e o desenvolvimento da fisiopatologia propriamente dita,
suas modificações e os principais desenvolvedores dessa ciência.
Abordar conceitos de saúde e doença, os quais tornam-se importantes e
auxiliarão a melhor compreender a responsabilidade e atribuições acerca desse
magnífico sistema
Entender como acontece o desenvolvimento e a evolução humana.
Tratar de algumas das principais doenças, seus mecanismos fisiopatológicos e
desfechos clínicos, a fim de introduzir e fortalecer os conceitos de patologia e
fisiologia.
Conceituar inflamação e reparo para a base do processo de tratamento e cura
das doenças.
BASE DA FISIOLOGIA E PATOLOGIA
Tópico 1
Patologia
Deriva do grego 
pathos = doenças, sofrimento e 
logos = estudo. 
>> Quanto ao termo patologia, cabe destacar que apesar do
seu significado, não se estuda todos os aspectos relacionados
apenas às doenças, pois está focado em analisar as alterações
que podem provocar, seja em nível celular, tecidual e/ou aos
órgãos propriamente ditos.
Segmento da Patologia:
 Etiologia: estuda as causas gerais e origens de um
determinado fenômeno. Já associado à área da medicina,
esse termo se atribui a compreender a causa das doenças,
podendo ser determinado por fatores intrínsecos ou
adquiridos.
 Patogenia ou patogênese: refere-se à origem ou evolução
de um determinado processo de morbidade. É o processo
de eventos relacionados a estímulos iniciais da doença
(nosogenia, patogênese, patogenesia).
 Alterações morfológicas: é uma área que se refere a
interpretar a existência de alterações estruturais nas células
e tecidos, as quais podem ser caracterizadas pela presença
de determinada doença ou diagnósticos (processos
etiológicos ou origem etiológica). É o que pode ser
visualizado macro ou microscopicamente.
 Exemplo de lesão macroscópica: fratura óssea –
deformidade estrutural ou visceral. Quanto à presença de
lesão microscópica podemos citar as alterações de cunho
hemático – anemia falciforme, a qual se relaciona a uma
deformidade estrutural, só que associada à alteração
celular.
PROCESSO PATOLÓGICO
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS – esse termo esta relacionado as 
consequências funcionais das alterações morfológicas (sinais e 
sintomas);
Tosse / Mal estar Febre
Dor lombarDor torácica
Alteração
parâmetros clínicos
Fisiologia
Deriva do grego physis = natureza e 
logos = estudo
>> É uma área que sinaliza se as funções e o processo de
funcionamento do corpo dos seres vivos (humanos) estão
adequados, principalmente relacionando-os aos processos
físico-químicos.
>> Esse funcionamento pode estar relacionado aos aspectos
circulatórios, bioquímicos, respiratórios, metabólicos,
temporais, morfológicos, ecológicos, nutricionais, físicos,
dentre outros.
Fisiopatologia
>> Estuda os distúrbios funcionais e significados clínicos. A
natureza das alterações morfológicas e sua distribuição nos
diferentes tecidos influenciam o funcionamento normal e
determinam as características clínicas, tanto no seu curso
(evolução) como no prognóstico da doença.
>> O termo fisiopatologia refere-se à junção dos processos
normais e patológicos que acontecem no corpo humano,
integrando as diversas áreas como Biologia, Anatomia,
Fisiologia, Histologia e outras áreas específicas de cada
segmento (órgão) ou função.
O termo “fisiologia” foi cunhado pelo médico francês Jean
François Fernel (1497-1558), o qual descreveu que essa
especialidade é o estudo que visa compreender as funções
corporais.
Conceito
>> Podemos perceber que
doença não é apenas o
desaparecimento de uma
ordem fisiológica, mas o
aparecimento de uma nova
ordem vital, gerando um
sentimento de sofrimento e
de impotência, sentimento de
vida contrariada
(CANGUILHEM, 2006).
SAÚDE – pode ser compreendido
como estado de saúde íntegra, “o
estado de completo, harmônico e
equilíbrio relacionado ao bem-estar,
físico, mental e social, e não apenas a
ausência do fator doença e
enfermidade”. Pois uma vez
havendo o desequilíbrio de algum
desses termos (bem-estar, físico,
mental e social), o sujeito (pessoa)
fica predisposta a desenvolver
alguma enfermidade (doença).
Conceito
DOENÇA – pode ser compreendido como doença, qualquer
desvio, irregularidade ou interrupção da estrutura ou função
de uma parte, órgão ou sistema do corpo, que se manifesta
por um conjunto de características manifestado por sinais ou
sintomas.
Dalmolin et al. (2011) descrevem que as doenças podem ser
divididas em várias subcategorias, e as mais comuns se
referem às seguintes:
 infecções;
 doenças degenerativas;
 distúrbios nutricionais;
 disfunções metabólicas;
 distúrbios imunológicos;
 neoplasmas;
 distúrbios psiquiátricos;
 dentre outras.
Métodos de estudo em Fisiopatologia
Estrutura do Corpo Humano
A homeostase celular (Homeostasia), é a capacidade
das células se manterem em condições estáveis no meio
interno, quando estas células sofrem alterações, perdem a
homeostase (equilíbrio interno), gerando instabilidade e
alterações nas suas funções, provocando o adoecimento das
células.
SHERWOOD, 2011.
Precisamos de um meio interno e externo para a
concretização de todas as funções vitais à vida e para que os
órgãos e células funcionem corretamente. A atividade
permanente dos nossos órgãos assegura a manutenção deste
equilíbrio.
HALL; GUYTON, 2017.
Essas reações são chamadas de metabolismo,
subdividido em Catabolismo e Anabolismo.
Tópico 2
Dor, Agressão, Defesa, Adaptação 
e Lesão
Reações que surgem no processo 
Patológico
DOR
Estudar a fisiologia da dor é o processo de entender como
acontece a dor: como o cérebro recebe essa informação,
processa e entende que é uma agressão, para o organismo
reagir. Sabe-se que a dor é uma sensação “desagradável”.
Nem sempre a sensação desagradável é dolorosa. Tudo
depende de como o cérebro interpreta essa sensação.
A palavra “dor”, vem do latim “dolore”, trazendo o
significado de sofrimento. É uma sensação em que nosso
cérebro nos avisa sobre algo que está em risco, SINAL DE
ALERTA.
“Dor fisiológica” é um reflexo protetor do organismo,
para evitar uma injúria ou dano tecidual. Frente à lesão
tecidual a dor patológica providenciará condições para
cicatrização.
SHERWOOD, 2011.
Estimulação de um nervo 
que provoca 
manifestação de dor ou 
reflexo evidente.
Dor é relativa
Medicamento 
mais 
consumido no 
mundo
Analgésico
Transdução
•Transdução dos estímulos mecânicos e químicos 
nocivos em sinais elétricos nos nociceptores.
transmissão
•Sinais neuronais são transmitidos pela medula 
vertebral aos centros mais elevados quando são 
reconhecidos como “dor”.
Modulação
•O sistema nervoso pode alterar a sensibilidade à 
dor pela inibição ou facilitação.
Dor Nociceptiva
Essas estruturas, são os terminais
nervosos, livres do sistema
nervoso periférico que fornecem
um rápido aviso para o sistema
nervoso central quando há uma
lesão ou sinal de perigo
(agressão). A função básica dos
nociceptores, é de transmitir
impulsos e informações aos
neurônios de ordem superior,
sobre a presença de algum
agravo ou lesão apresentada no
tecido.
Dor Nociceptiva
• Dimensão da Dor
CONHECER A DOR OU SOFRIMENTO, SERVE COMO MEDIDA
PARA BASEAR O TRATAMENTO OU A CONDUTA TERAPÊUTICA
Física
Social
Espiritual
Psicológica
Dor Total
“Dor como o 5º Sinal Vital”
-Pulso
-PA
-Temperatura
-Freq. Respiratória
-Dor
Existem cinco classes de nociceptores os quais já possuem seus conceitos
previamente definidos e um que ainda esta em estudo, são eles:
Quimioceptores: São nociceptores que reagemaos estímulos químicos que nossos
tecidos liberam quando estão inflamados, ou apresentam doenças. Quando sofremos
uma lesão, seja traumática, inflamatória ou isquêmica, substâncias como a serotonina,
enzimas proteolíticas, bradicinina e a histamina são liberadas no sangue, fazendo com
que os quimioceptores detectem.
Termoceptores: São receptores de dor que são ativados quando há uma possível lesão
ou elemento de elevada temperatura.
Mecanorreceptores: Toda pressão mecânica que ultrapasse o limite no simples toque
até causar uma lesão, como um impacto, vibração ou a deformação de algum tecido
do nosso corpo, ativa os mecanorreceptores.
Nociceptores silenciosos: Este tipo de nociceptores, diferentemente do anterior, são
considerados inativos. São ativados somente em momentos de ameaça potencial.
Nociceptores polimodais: ainda são um desafio para os cientistas.
 A partir do momento em que os nociceptores detectam
sensações, disparam estímulos elétricos (potencial de ação). Esse
primeiro processo de detecção do estímulo e o envio ao SNC é
chamado de transdução.
>> A continuidade do processo, que é a transferência da
informação até o tálamo, é feita por neurônios chamados de
neurônios de segunda ordem. É nesse processo que acontece
o reconhecimento da dor. Já a transferência da informação do
tálamo ao córtex cerebral é feita por neurônios chamados de
terceira ordem.
- No sistema nervoso, as fibras exercem a função de conduzir
impulsos nervosos e ocorrem em dois tipos: dendritos e
axônios.
>> Os dendritos são prolongamentos finos, curtos e
ramificados, cuja função é receber os estímulos do ambiente
de outros neurônios ou de células sensoriais e conduzi-los ao
corpo celular (região mais volumosa do neurônio). A maior
parte dos impulsos nervosos que alcançam o neurônio são
captados pelos dendritos, mais especificamente pelas suas
projeções: as gêmulas (ou espinhas) (HALL; GUYTON, 2017).
AGRESSÃO, DEFESA, ADAPTAÇÃO, 
LESÃO
Lesão ou processo patológico, na visão de Hall e Guyton (2017), é o conjunto de alterações
morfológicas, moleculares e/ou funcionais que surgem nos tecidos após agressões. As
lesões podem ser dinâmicas: começam, evoluem e tendem para a cura ou para a
cronicidade (um estado ainda mais crítico e maiores complicações, aas vezes irreversível).
Existem algum passos cronológicos entre a invasão de um microorganismo e suas
consequências, a saber:
Causa (Fator vs invasão de algum microorganismo);
Período de Incubação (geralmente sem manifestações);
Período Prodrômico (Sinais e sintomas inespecíficos);
Período de estado (Sinais e sintomas típicos);
EVOLUÇÃO (Cura → sem sequela ou → com sequela / Cronificação / Complicações / Óbito).
>> É importante salientar que toda lesão se inicia no nível
molecular. Os mecanismos de defesa, quando acionados,
podem gerar lesão no organismo. Isso é compreensível tendo
em vista que os mecanismos defensivos em geral são destinados
a matar (lesar) invasores vivos
HALL; GUYTON, 2017.
>> A literatura descreve que existem alguns passos
cronológicos entre a invasão de um microrganismo e suas
consequências, a saber:
o Causa (fator vs invasão de algum microrganismo).
o Período de Incubação (geralmente sem manifestações).
o Período Prodrômico (sinais e sintomas inespecíficos).
o Período de estado (sinais e sintomas típicos).
o EVOLUÇÃO (Cura → sem sequela ou → com sequela /
Cronificação /Complicações / Óbito).
As etapas anteriormente pontuadas, segundo Cabrita e
Abrahão (2014), resumem-se na ocorrência da:
 agressão;
 defesa;
 adaptação;
 lesão.
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES
>> As lesões celulares, podem ser consideradas em dois
grupos: lesões letais e não-letais. As lesões não-letais, são
aquelas compatíveis com a recuperação do estado de
normalidade após cessada a agressão; a letalidade/não-
letalidade está frequentemente ligada à qualidade, à
intensidade e à duração da agressão, bem como ao estado
funcional ou tipo de célula atingida. As agressões podem
modificar o metabolismo celular, induzindo o acúmulo de
substâncias intracelulares (degenerações), ou podem alterar
os mecanismos que regulam o crescimento e a diferenciação
celular (originando hipotrofias, hipertrofias, hiperplasias,
hipoplasias, metaplasias, displasias e neoplasias).
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES
>> Em relação as lesões letais, estas são representadas pela
necrose (morte celular seguida de autólise) e pela apoptose
(morte celular não seguida de autólise). As alterações do
interstício (da matriz extracelular) englobam as modificações
da substância fundamental amorfa e das fibras elásticas,
colágenas e reticulares, que podem sofrer alterações
estruturais e depósitos de substâncias formadas in situ ou
originadas da circulação (HALL; GUYTON, 2017).
CÉLULA NORMAL
(HOMEOSTASIA)
ADAPTAÇÃO
LESÃO CELULAR
Morte celular
Estresse
Aumento da
demanda
Estímulo
nocivo
incapacidade
 Adaptação
Situações de agressão celular ou de estresse para a célula,
determinam um aumento da demanda funcional, ou seja, mais
trabalho ou esforço da célula. Ela pode então modificar sua
capacidade de trabalho, reorganizando suas organelas. Nesse
caso, a célula prossegue como uma célula normal.
Em outros casos, a célula não consegue se adaptar a agressão
e/ou ao aumento da demanda funcional e ocorrem alterações
denominadas de degenerações.
As degenerações são processos reversíveis e, quando
desencadeados por uma agressão leve ou moderada, podem
evoluir para a cura, com o retorno à normalidade da célula.
Por outro lado, se a agressão for severa e persistente, a
degeneração progride até o ponto em que a célula envolvida
morre. A distinção entre o ponto em que a célula ainda pode
se recuperar e aquele no qual a lesão é irreversível e leva a
célula à morte ainda é arbitrário.
Adaptação Celular 
(Alteração do volume celular)
• Hipertrofia
• Atrofia ou Hipotrofia
(Alteração da taxa de divisão celular)
• Hiperplasia
• Hipoplasia
(Alteração da diferenciação)
• Metaplasia
(Alteração do crescimento e diferenciação celular)
• Neoplasia
Adaptação Celular
 Fisiológica
Não implica na morfologia e função
Célula muscular – hipertrofia ou atrofia
 Patológica
Pode ser não letal ou letal
 Adaptação do volume celular:
Hipertrofia é o aumento do tamanho das células e
consequentemente do tecido e/ou órgão (amento na
quantidade de massa tissular funcional). A hipertrofia, na
maioria das vezes, é causada por demanda funcional maior ou
estimulação hormonal (aumento de carga de trabalho imposta
a um órgão ou parte do corpo).
Atrofia (Hipotrofia)
Diminuição na demanda de trabalho ou condições adversas,
sendo que a maioria das células é capaz de reverter
fisiologicamente o seu tamanho em níveis mais baixos,
tornando-se mais eficientes quanto ao seu funcionamento
compatível com a sobrevida.
Essa etapa pode ser considerada uma atividade de
compensação. As causas gerais de atrofia podem ser
agrupadas em até cinco categorias, a saber: desuso,
desnervação, perda de estímulo endócrina, nutrição
inadequada e isquemia ou diminuição do fluxo sanguíneo.
Hiperplasia: o referido termo traz o significado da presença de
crescimento de um tecido ou órgão pelo aumento do número
de células. Tal evento ocorre em células com capacidade de
mitose (divisão celular que resulta na formação de duas
células geneticamente idênticas à célula original) quando
estimuladas para maior atividade.
Hipoplasia (hipo = escassez; plasia = formação): formação
deficiente de parte ou totalidade de um órgão ou tecido.
Há diminuição do número de células, porém, estas conservam
morfologia e função normais; o tecido ou órgão é que tem o
volume e a função diminuídos.
Podem ser Fisiológicas e patológicas
 Fisiológicas: involução do timo e das gônadas no climatério,
do miométrio no pós-parto
 Patológicas: hipoplasia da medula óssea por agentes
tóxicos ou infecções (AIDS, febre amarela, etc.)
Consequências: reversíveis, salvo as congênitas.
Metaplasia (meta = mudança; plasia= formação): uma célula
adulta passa a adquirircaracterísticas de outro tipo de célula
adulta. Pode se desenvolver em tecidos expostos a
prolongados traumatismos ou a irritações crônicas.
É a transformação de uma célula ou tecido em outro com
características diferentes. A metaplasia pode ser considerada
uma adaptação da célula a estímulos adversos, podendo ainda
ser considerada um evento passível de reversão, na qual o tipo
de célula adulta é substituído por outro tipo de célula adulta.
Ex.: a célula cilíndrica dos epitélios respiratórios pode adquirir
características de célula escamosa (semelhante a do epitélio
cutâneo). Esse processo é denominado de metaplasia
escamosa.
Displasia: são alterações citológicas atípicas no tamanho e
forma das estruturas celulares. O referido termo na maioria
das vezes é utilizado para descrever o surgimento de
anomalias durante o desenvolvimento de um órgão ou tecido
corporal, ocorrendo uma proliferação celular, resulta em
células com tamanho, forma e características variadas (a
exemplo disso, células cancerígenas).
A displasia implica em uma alteração inequívoca do programa
de crescimento e diferenciação celular.
INFLAMAÇÃO E REPARO
>> Caracteriza-se como sendo uma resposta de defesa do
organismo frente a um agente agressor, cujo objetivo é
promover a cura e/ou reparo. A magnitude desse processo,
esta vinculada e regulada por fatores como pró e
antinflamatórios. A inflamação por si só, é considerada um
processo altamente benéfico e essencial para a sobrevivência
humana, uma vez que em conjunto com a ação de hormônios e
outras moléculas sinalizadoras, são responsáveis pela
regeneração e reparo das estruturas ora danificadas.
INFLAMAÇÃO E REPARO
Todo processo de reparação tecidual causa o aparecimento de 5 
sinais cardeais que podem variar com o tamanho e 
profundidade da lesão:
o Rubor;
o Calor;
o Edema (Tumor);
o Dor;
o Perda ou limitação funcional.
Tipos de Inflamação
1. Aguda: é uma resposta rápida a fim de “recrutar” céls. sg,
predominantemente os leucócitos e Ptn plasmática,
responsáveis por chegar ao local da lesão e iniciar o processo de
reparo. Ocorre aumento do fluxo sanguíneo com dilatação da
arteríola, ação hormonal da serotonina e histamina,
posteriormente ação das Ptn. C3 e C5, causando edema;
neutrófilos polimorfonucleares emigram para o local da lesão e
são ativados, aptos a eliminar o agente lesivo.
• Estímulo para a inflamação aguda
- Infecções
- Traumas
- Necrose tissular
- Corpos estranhos
- Reações imunológicas
>> A resposta inflamatória deve cessar uma vez que atinja seu
objetivo, devolvendo a homeostase ao tecido. Caso a inflamação
não cesse por diversos motivos, irá se instalar a cronicidade,
levando a doenças inflamatórias crônicas ou autoimunes.
Tipos de Inflamação
• Crônica: causada pela permanência do agente agressor,
aumento dos graus de celularidade e a persistência de
neutrófilos ativados ou mortos no tecido. A transição da
inflamação aguda para crônica é variável, podendo ocorrer
diretamente sem evidências de inflamação aguda ou em
ataques recorrentes, tendo como principal característica
morfológica a infiltração de céls. mononucleadas e
fenômenos proliferativos como novos vasos.
• Principais causas:
- Infecções persistentes por microrganismos de baixa toxicidade
(micobacterium tuberculosis);
- Exposição a agentes tóxicos (endógenos ou exógenos);
- Doenças autoimunes (artrite reumatoide, lúpus)
MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO E SUAS FUNÇÕES
SISTEMA OSTEOARTICULAR
Tópico 3
PARTICULARIDADES DO TECIDO ÓSSEO
• Aproximadamente 40% do nosso corpo é formado por músculos, que
rodeiam o esqueleto e permitem a movimentação;
• Com o tecido muscular e o tecido esquelético, temos o sistema
esquelético-articular.
• Nosso sistema ósseo, é formado por 206 ossos com uma infinidade de
formatos (achatados, irregulares, cuboides, longos, etc);
• Os ossos possuem função principal de proteger estruturas internas
sensíveis como o cérebro e a medula espinhal.
• Os ossos servem como alavancas para nos manter em movimento bípede.
A estrutura óssea ainda tem uma grande função de armazenar sais de
cálcio que podem ser absorvidos pelo sangue, quando houver falta no
organismo.
TORTORA; DERRICKSON, 2011.
PARTICULARIDADES DO TECIDO ÓSSEO
• O tecido ósseo possui seu próprio sistema de vasos
sanguíneos, vasos linfáticos e nervos.
• Os vasos sanguíneos são responsáveis em levar nutrientes aos
ossos;
• Já os vasos linfáticos são responsáveis em remover os restos
metabólicos da atividade celular;
• Os nervos tem a função de fazer o contato entre as células
ósseas e o cérebro.
SISTEMA ÓSTEO-ARTICULAR
• O tecido ósseo, possui grande
capacidade de adaptação aos
estímulos mecânicos associados à
atividade fisiológica, apresenta a
chamada força-tensil e compressiva.
Esta força é uma íntima ligação entre
os cristais de cálcio e o colágeno do
osso, que faz com que o osso seja
resistente. Estas estruturas de cristais
de cálcio e colágeno formam uma
trama de tecidos que parecem os
tijolos de uma parede.
TORTORA; DERRICKSON, 2011.
CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO
• O tecido ósseo é composto de osteócitos, osteoclastos e osteoblastos.
• Os osteócitos, são células maduras e responsáveis pela matriz óssea, pela
formação do osso e com a forma de aranha, responsável pela sua sustentação.
• Os osteoclastos, são células gigantes multinucleadas, responsáveis pelo processo
de reabsorção ou decomposição do osso, nos casos de remodelamento, através da
osteólise. O endurecimento ósseo só acontece em virtude da presença do
colágeno, que além da dar dureza, permite certa flexibilidade, fazendo com que o
osso não se torne quebradiço;
• Já os osteoblastos, são células derivadas do colágeno e de proteínas. Estas
proteínas são fundamentais no processo de mineralização, óssea, feita pelos
osteoblastos (HALL; GUYTON, 2017).
ETAPAS DO PROCESSO DE 
OSSIFICAÇÃO
• O processo pelo qual o osso é formado segundo o
entendimento de Hall e Guyton (2017), é chamado de
“ossificação” (ossi = osso; ficação = fabricação), a qual ocorre
em quatro etapas principais:
1. Formação inicial de ossos no embrião e feto;
2. Crescimento dos ossos durante a infância e a adolescência
até atingir a fase adulta;
3. Remodelamento ósseo (substituição do tecido ósseo por
tecido jovem);
4. Reparo de fraturas durante a vida.
TIPOS DE TECIDO ÓSSEO
A formação óssea, é uma das etapas importantes do ser humano
por estar atrelada a independência futura desse ser, permitindo
sua locomoção, sustentação e equilíbrio.
Dependendo do tamanho e da distribuição dos espaços, as
regiões de um osso podem ser classificados como compactas ou
cortical e esponjosas. Cerca de 80% do osso propriamente dito,
é compacto e 20% é esponjoso.
TORTORA; DERRICKSON, 2011.
Legenda:
Bone Anatomy (Anatomia óssea);
Spongy bone - Contains red marrow (Osso esponjoso - Contém 
medula vermelha);
Compact bone (Osso compacto);
Blood vessels in bone marrow (Vasos sanguíneos na medula óssea);
Blood stem cell (Células-tronco do sangue);
Red Blood cells (Glóbulos vermelhos);
White Blood cells (Glóbulos brancos);
Platelets (Plaquetas).
MEDULA ÓSSEA
A medula óssea, é formada de gordura e de substâncias
responsáveis pela formação das células sanguíneas. Sem a
medula óssea, seria impossível nosso corpo sobreviver, pois é a
medula que produz todas as células sanguíneas o tempo todo,
ou seja, durante toda a nossa vida (HALL; GUYTON, 2017).
OSTEOPOROSE
Síndrome clínica considerada como um dos distúrbios
metabólicos que acomete a estrutura óssea, em especial a sua
formação, onde há falta de depósitos normais de sais de cálcio e
redução nas proteínas ósseas, tornando-os frágeis e susceptíveis
a fraturas (quebradiços).
CÁLCIO é o elemento estrutural do sistema esquelético e uma
deficiência de cálcio na alimentação pode reduzir a resistência
óssea e levar a osteoporose.
Vitamina D auxilia na melhor absorção do cálcio por parte dos
ossos.
Fisiologia do controle Hormonal dos níveis de Ca no sangue
OSTEOPOROSE – FATORES 
DESENCADEADORES:O aumento absoluto e relativo da população idosa e os hábitos pouco
saudáveis dos infantes e adolescentes estão levando a um aumento muito
grande da incidência de Osteoporose (OP).
Segundo Souza (2010), são múltiplas as causas para o aparecimento e/ou
desenvolvimento da OP e estas podem ser classificadas em primárias,
secundárias e idiopáticas.
 A OP primária, quando as causas são naturais (menopausa e senilidade).
 A OP secundária, quando há uma causa primária (certos medicamentos,
outras doenças, sedentarismo etc.).
 Já a OP idiopática, as causas desconhecidas.
Legenda: Healthy bone (Osso saudável); Osteoporosis (Osteoporose).
Fonte: Disponível em: https://www.odtmag.com/contents/view_breaking-news/2017-06-23/awareness-adherence-
key-to-improved-osteoporosis-care/
Legenda: Normal Bone (Osso normal); Osteoporosis (Osteoporose).
Fonte: Disponível em: https://drgayed.com/what-is-osteoporosis-or-osteopenia-and-what-do-you-need-to-
know-6faecfa91486?gi=6825eee12a2d
OSTEOPOROSE - COMPLICAÇÕES
OSTEOPOROSE – TIPOS DE FRATURAS
Os tipos de fraturas incluem as seguintes:
Parcial: uma ruptura incompleta através do osso, como uma
fissura.
Completa: ruptura completa do osso. Significando que o osso
esta quebrado em dois ou mais fragmentos.
Fechada (simples): o osso fraturado não rompeu a pele.
Aberta (composta): as extremidades fraturadas do osso
projetam-se através da pele.
OSTEOPOROSE – PROCESSO DE 
REPARAÇÃO DAS FRATURAS
O processo de reparação de uma fratura é delicado, pois enquanto não
acontece a calcificação do local, o osso não pode suportar peso. O processo
de fixação do osso envolve o recrutamento das células inflamatórias, a
liberação de citocinas para a ativação das células progenitoras, formando
inicialmente, o calo ósseo.
Este processo dura cerca de sete dias, em média. Após este período inicia a
fixação do cálcio que dará dureza e resistência ao osso, e este processo pode
durar semanas (DALMOLIN et al. (2013); HALL; GUYTON, 2017).
Fonte: <http://missfittylizzienursing.blogspot.com/2016/04/anti-inflammatory-dieting-for-
lower.html>.
OSTEOPOROSE – FATORES LIMITANTES 
PARA REPARAÇÃO DAS FRATURAS
• A cicatrização de uma fratura pode ser interrompida por
diversos fatores e/ou mecanismos, tais como:
• Deslocamento de fragmentos podem retardar a cicatrização;
• Imobilização inadequada podem gerar movimento das partes
ósseas, bloqueando a formação do calo ósseo entre as duas
partes do osso;
• Infecções podem acontecer geralmente em fraturas expostas,
impedindo a formação do calo ósseo;
• Doenças prévias ou deficiências nutricionais de cálcio ou
fósforo, e outros nutrientes podem impedir a formação óssea.
OSTEOARTRITE
 Também chamada de doença articular degenerativa, está
relacionada as articulações, com consequente alterações
estruturais do tecido ósseo e processo inflamatório recorrente.
 É a doença mais comum em pessoas acima de 65 anos. Rezende,
Campos e Pailo (2013), descrevem que a Osteoartrite (OA) é a
forma mais comum de doença articular e esta possui os seguintes
fatores de risco que podem potencializar a existência da referida
doença, tais como: gênero, idade, trauma, uso excessivo, genética e
obesidade, contribuindo para iniciar o processo de lesão nos
diferentes componentes articulares.
 A doença não tem cura, mas, tem controle pela dieta, exercícios
físicos, uso de órteses, e a administração de medicamentos.
Extremidades ósseas em contato (esfregando-se) 
Articulação normal 
Erosão óssea
Membrana sinovial 
inflamada e inchada
OSTEOARTRITE – VARIAÇÕES (GRAU)
• A osteoartrite possui algumas classificações conforme seu
estágio evolutivo, são estes:
• Grau I: provável diminuição do espaço articular, com possível
osteófitose;
• Grau II: osteófitos bem definidos e possível diminuição do
espaço articular;
• Grau III: múltiplos osteófitos, clara diminuição do espaço
articular e possíveis deformidades nas extremidades ósseas;
• Grau IV: grandes osteófitos, intensa diminuição do espaço
articular, esclerose grave e extremidades ósseas com
deformidades definidas.
REZENDE; CAMPOS; PAILO, 2013.
Referência Bibliográfica
Básica:
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abordagem visual (online Plataforma Pearson). São Paulo: Pearson Education
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Complementar:
MAURER, Martin H.. Fisiologia Humana Ilustrada (online Plataforma
Pearson):.2.ed. Barueri: Manole, 2014.
ANGELO, I. da C. (Org.) . Patologia Geral (online Plataforma Pearson) :.São
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DALMOLIN, Fabíola et al. Biomecânica óssea e ensaios biomecânicos - fundamentos 
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HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 13. ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
PORTH, Carol Mattson; KUNERT, Mary Pat. Fisiopatologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
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REZENDE, Márcia Uchôa de; CAMPOS, Gustavo Constantino de; PAILO, Alexandre Felício. 
Conceitos atuais em osteoartrite. Acta Ortopédica Brasileira, [s.l.], v. 21, n. 2, p.120-122, 
abr. 2013.
SHERWOOD, Lauralee. Fisiologia Humana das Células aos Sistemas. 7 ed., São Paulo: 
Cengage Learning, 2011.
TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo humano: fundamentos de anatomia e 
fisiologia. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
Obrigada!
Até o próximo encontro na segunda-feira 31 de maio.

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