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Aula 07 - Farmacotécnica II - Soluções

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Aula 07 – Farmacotécnica II 
• Definição: 
São formas farmacêuticas líquidas obtidas pela dispersão molecular de um ou mais solutos em 
um solvente ou mistura de solventes, podem ser obtidas por expressão, extração ou através de 
misturas eutéticas. 
→ Geram soluções verdadeiras, solução extrativa, no caso da expressão, faz-se e então 
se retira a solução ou usando mistura eutética, onde se tem algumas substância que ao ser unidas, 
reduz-se o ponto de fusão, permanecendo em temperatura ambiente na forma líquida, impedindo 
que seja visualizado a diferença entre quem é o soluto e o solvente. 
• Classificação 
Soluções reais: solução de xarope simples, solução de conservantes, água de cal (tem o uso de 
soluto insolúvel parcialmente na água e na forma como é preparado, se tem a obtenção de solução, 
deixando de lado um resíduo, obtendo uma solução diluída de hidróxido de cálcio na água, preparada 
por meio de uma dispersão em que apenas uma parte foi dissolvido, ficando o excedente como 
resíduo, e o que resta, serve para repor, sendo uma solução especial) 
Pseudo-soluções ou soluções micelares: se utiliza para soluções como óleos essenciais que não 
dissolvem bem, fazendo com que se reduza o tamanho da micela, fazendo com que se assemelhe 
com uma solução, desta forma, as soluções micelares funcionam como tensoativo, através de 
agitação mecânica intensa e o tensoativo como solubilizante 
Extrativas: se tem uma droga colocada em contato com o solvente, obtendo a solução extrativa e 
restando um resíduo, envolvendo os mais distintos mecanismos, como o de aquecimento e 
separação. 
→ Podem ser chás, tinturas, digestos, extratos ordinários, extrato fluido, moles e secos 
(simples ou padronizados), envolvendo diversos processos, como decocção ou infusão, digestão, 
maceração, percolação, turbólise, entre outros, e fatores que influenciam na obtenção, como 
tamanho e textura da droga, solubilidade da classe química de interesse, solvente, tempo de contato, 
temperatura e fluxo de solvente através da água. 
Vias de administração: oral, parenteral, retal, oftálmica, nasal, bucal, tópica, otológica, pulmonar e 
vaginal. 
 → É importante destacar as diferenças entre as preparações administradas, como a 
impossibilidade da administração de chás por via parenteral (usa água para injetáveis, maior cuidado, 
não possui flavorizantes, edulcorantes etc.), portanto, se pode até administrar glicose por via oral, 
contudo não se pode fazê-la por via parenteral. Assim, cada via utiliza de determinadas formas de 
preparar, visto que, existem diversas maneira de exigir qualidade e características. Enxaguante bucal 
(fluoreto de clorexidina e triclozan – imunossupressor, interação entre os dois, podendo 
desencadear resposta autoimune) 
Podem ser classificados em medicamentos, cosméticos, saneantes/domissanitários, alimentos ou 
para fins analíticos. 
• Vantagens 
Tem como vantagens, a forma farmacêutica líquida, a biodisponibilidade em que o produto na forma 
de solução é muito mais biodisponível (já está na forma de dispersão molecular), permitindo uma 
boa absorção. Além disso, se tem homogeneidade, que em qualquer fração da dose se tem a 
mesma concentração do fármaco, tal como a variedade de vias de administração. É de fácil 
deglutição e se grande flexibilidade na dose, não precisando reconstituir, ou agitar a preparação, 
apresentando flexibilidade por meio da dosagem em gotas de acordo com o peso do paciente. 
Existem também acessórios com medição para administração de doses específicas, contudo, tem-
se que considerar as falhas e a variação na dosagem, como a viscosidade, chegando até o copo 
medida, que mesmo assim apresenta dificuldades. Então utilizam-se dosadores parecidos com 
seringas, com a ausência da adaptação do bico com agulha e adaptador para a boca dos frascos. 
• Desvantagens 
Causa percepção direta do sabor, porque estando dissolvida, se tem o estímulo direto das papilas 
gustativas, como o prazilquantel. Estabilidade química e microbiológica comprometidas, sendo menor 
que formas farmacêuticas em suspensão, emulsão e formas sólidas, então a contaminação por 
microrganismo e a contaminação química dessas preparações. Outro ponto problemático é que se 
precisa fazer uma solução, possuindo solvente ou sistema de solventes com capacidade de dissolver 
o princípio ativo na concentração necessária para fazer o efeito, então se a concentração é em 
gotas, se analisa e percebe altas concentrações. Alguns fármacos apresentam decomposição e 
solubilidade altas em água, e então, tem-se a necessidade de obter a melhor forma da preparação, 
demandando cossolventes ou a substituição desse solvente. 
Outro detalhe é que a forma farmacêutica líquida é volumosa, então se utilzia flaconete (dose única), 
sendo ruim para a indústria também, quando se fala no armazenamento, e quando se corre o risco 
de quebra, tem-se que os produtos próximos também são comprometidos. A medida de dose e 
a flexibilidade não induz a facilidade na medida e dosagem correta, é importante salientar que todo 
medicamento possui uma faixa terapêutica, podendo ser tóxico. 
• Solubilidade 
É a qualidade daquilo que é solúvel, ou seja, que pode se dissolver ao entrar em contato com uma 
substância solvente. 
 
A sacarose precisa de meia parte de solvente em água para dissolver uma parte, ou seja, 1 grama 
de sacarose precisa de 0,5 mL de água para dissolver, portanto, a medida é de gramas/mL. Os 
valores são como a definição de intervalo, podendo ser traduzido em outras unidades. 
A solubilidade é muito alterada pela temperatura, e à medida da solubilidade nem sempre aumenta 
mediante a evolução da temperatura. O lutrol 127, polímeros do tipo tribloco, que dissolvem bem 
em água gelada e que com o aumento da temperatura, se tem a formação de uma forma 
gelatinosa. 
 
Então é importante destacar que o iodo em temperaturas mais altas, se volatiliza, casos como a 
dipirona também, o xarope se aquecido demais, carameliza 
• Componentes 
Se tem o ativo, responsável pela atividade farmacológica e tóxica, sendo necessário analisar casos 
em que outros componentes da preparação que também podem causar reações adversas. 
Solvente (s) – com ou sem solubilizante, sendo no caso de sol. Parenterais, se tem o uso apenas 
de ativo e solvente. Contudo, algumas outras preparações utilizam de conservantes, corantes (não 
sendo obrigatório, quando necessário para diferencia produtos e para disfarçar a mudança de cor 
do princípio ativo com o passar do tempo, como xampu de cetoconazol utilizados no tratamento 
contra caspa, que ao ser oxidado, tem a cor alterada sem que isso comprometa sua ação 
terapêutica) e é importante destacar o caso da vitamina C ou dipirona, que ao se usar corante, se 
inviabiliza a visualização da degradação, comprometendo a ação do medicamento. Flavorizantes ou 
aromatizantes, que são usados exclusivamente para via oral, fazendo parte da percepção do sabor 
e em situações em que se precisa fazer a medida do volume grande com a solução muito fluida, 
se usa a ação de agentes espessantes, como a mistura com microcelulose sódica, diminuindo a 
velocidade de degradação, porque diminui o fator de frequência de colisões, podendo ser de 
natureza iônica, sendo sintética ou natural, desde que seja compatível com a solução em que se é 
empregado. 
 → Exemplos de solventes: água, etanol, propilenoglicol, glicerol, macrogóis, sorbitol 70% 
(via oral ou tópica), óleos vegetais, óleos minerais, acetona, éter, éter de glicóis etc. em que esses 
últimos a partir dos óleos minerais, são de uso tópico. 
Diazepam em meio aquoso possui baixa solubilidade em água, precisando de muitos componentes 
que permitam isso, com pequena proporção de água. O gardenal na forma de gotas, em que o 
fenobarbital é uma molécula de natureza ácida, que precisa do hidróxido de sódio para se solubilizar, 
porém em pH alcalino e em meio aquoso, se decompõe rápido, principalmente em meiocontendo 
gás carbônico, então faz-se uma associação com etanol e propilenoglicol, permitindo que ele seja 
dissolvido. No caso do rapamune, que contém sirolimus, contendo fosfal 50 pg, possuindo vários 
componentes com a ausência de água, que posteriormente irá formar uma solução oral de 
natureza oleosa, sendo utilizado na preparação de lipossomas, contudo neste caso, se tem como 
produto a solução oral oleosa. 
No caso do salbutamol que compõe solução para inalação, quem tem a atividade é o salbutamol e 
se utiliza sua forma como sulfato, o que permite boa solubilidade em água, que em um litro de 
solução se tem 210 mg de sulfato de salbutamol, sendo apenas 175 mg de salbutamol. 
 → Exemplos de conservantes: tem-se os conservantes antimicrobianos, com a ausência 
do triclosan (porque atua como imunossupressor), a partir dos descritos abaixo. 
 
Não se pode utilizar fenóis como conservantes em preparações que contenham ferro, devido as 
possíveis alterações na coloração. Na grande maioria das vezes, para uso oral, se usa parabenos, 
sorbatos e benzoatos, para uso tópico tem-se os fenóis, álcoois benzílicos, usando também para 
uso parenteral. Alguns derivados organossulfurados, como o timerosal, que é um potente 
antimicrobiano. 
 → Exemplos de antioxidantes: ácido ascórbico, sais e ésteres, sulfitos, BHA/BHT, ésteres 
do ácido gálico – presentes nos taninos, em que se faz os seus ésteres, se tornando solúvel em 
água, NDGA – ácido nor-dihidroguairético e tocoferóis. 
 → Corantes: que podem ser naturais ou sintéticos e a sua utilização é regulada pela 
legislação sanitária brasileira quanto a concentração e restrições de uso. É importante considerar a 
frequência de uso, ainda mais se o medicamento for de uso contínuo, devido à retenção de altas 
quantidades de corantes no organismo. 
 → Flavorizantes e aromatizantes: responsáveis por conferir sabor e odor agradáveis ao 
produto, corrigindo o sabor original. 
• Agentes isotonizantes 
Usados em soluções hipotônicas, então quando a concentração do fármaco não é o suficiente 
para equilibrar a pressão osmótica do produto com aquela existente no sangue ou lágrima, sendo 
a mais comum o cloreto de sódio, o nitrato de sódio, dextose, sulfato de zinco e ácido bórico. Por 
exemplo, em pessoas hipertensas, se evita o cloreto de sódio. 
• Técnicas 
 
 
Tritura, aquece, diminui viscosidade e agita, então ao se ter menor concentração para ser dissolvida, 
se tem a mais rápida dissolução, o aumento da temperatura ( de 25 para 40), facilita a dissolução. 
Triturar favorece a dissolução, não sendo obrigatoriamente se deve utilizar todos esses aspectos. 
• Preparo da solução 
Dissolver é a operação farmacêutica principal, em que como operações preliminares, pode ser 
necessário filtrar, prensar, concentrar, sedimentar, decantar etc. dependendo das características de 
solubilidade das estruturas. Destacando que a filtração não se destina a retirada do ativo, como o 
que acontece com o Minoxidil durante a sua preparação, que no uso de um cossolvente, a 
problemática pode dissolver, claro que dentro dos parâmetros de solubilidade dele, não podendo 
ser aplicado na preparação de xarope simples. 
• Isotonização 
Como o ensaio biológico é mais complicado, compreendeu-se que a temperatura de congelamento 
fica cada vez menor em maiores concentrações de eletrólitos. Então a temperatura de 
congelamento da lágrima é menor que 0 graus devido a presença de componentes. É importante 
avaliar a concentração do soluto em relação a equivalência do NaCl, a chamada solução a 0,9% 
sendo isotônica de cloreto de sódio. O equivalente em NaCl diz qual a quantidade de cloreto de 
sódio que possui o mesmo poder de isotonização que 1 grama da substância. A solução isotônica 
de ácido bórico deve 
• Clarificação e Filtração 
Não se utiliza carvão na preparação, apenas na clarificação, o óxido de magnésio tende a precipitar 
a substância, principalmente se contiver espécies doadoras de elétrons. Na maior parte das vezes, 
a polpa de papel é suficiente. A albumina do ovo era submetida à temperatura mais elevada, retendo 
as impurezas da preparação. 
Como técnicas adicionais se tem a solubilização micelar através do uso da beta-ciclodextrina, sendo 
polissacarídeo que se organiza com 5,6 ou 7 moléculas, podendo ser complexada com HPMC. Essa 
substância possui uma cavidade com superfície apolar e nos seus extremos, se tem superfície 
polar, podendo guardar na cavidade o que é apolar e o que é polar, permanecer na porção de 
fora da cavidade. Tal técnica usa o piroxicam, que é complexado com a B-ciclodextrina, na 
proporção 1:1, dependendo do peso molecular da substância do fármaco, desde que, se a força de 
formação do complexo seja menor do que a sua capacidade de dissolver nos fluidos intestinais, 
porque o material ficaria preso na ciclodextrina e não se tem a absorção do fármaco. 
Nestes casos, se usam os fatores de equivalência, então qual seria a quantidade de complexo 
administrado para obter determinada quantidade de fármaco.

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