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Prof. Dr. Nelson Inácio UNIDADE III Fisiologia O sistema respiratório é um conjunto de órgãos responsáveis pela captação do oxigênio do ar através da incorporação nas hemácias e da eliminação do gás carbônico retirado das células e expirado pelas vias aéreas superiores. Sistema respiratório – introdução Fonte: adaptado de: https://s5.static.brasiles cola.uol.com.br/img/20 19/04/orgaos-do- sistema-respiratorio.jpg Cavidade nasal Narina FaringeEpiglote Laringe Cavidade pleural Pulmão Diafragma Traqueia Pulmão Brônquios primários Vias respiratórias superiores Vias respiratórias inferiores Sistema respiratório – introdução Fonte: Adaptado de Buonfiglio (2020). Cavidade nasal Cavidade bucal Epiglote Glote Esôfago Laringe Faringe Traqueia Brônquio direito Pulmão direito Pulmão esquerdo Bronquíolo Brônquio esquerdo Bronquíolo Alvéolo Fonte: adaptado de: https://static.mundoeducacao.bol.uol.com.br/mundoeducacao/co nteudo_legenda/8b55e5fecfa4dc92958fa12d687d2736.jpg Cavidade nasal: o primeiro local por onde o ar passa e ocorrem a lubrificação, o aquecimento e a filtração do ar. Faringe: passagem comum aos sistemas digestório e respiratório. Laringe: conexão entre a faringe e a traqueia. Na laringe é possível perceber a epiglote, que é uma tampa que se fecha para a traqueia, evitando que o alimento entre no sistema respiratório. Sistema respiratório – anatomia Cavidade nasal Lábios Mandíbula Língua Laringe Cavidade oral Úvula Faringe Epiglote Esôfago Traqueia: é um tubo formado por cartilagens hialinas. Ramifica-se dando origem a 2 brônquios, brônquios primários, que se dirigem a um dos pulmões. Brônquios: cada um se dirige a um pulmão, pela região do hilo. Brônquios secundários e terciários: ramificações após os brônquios. Primários, ainda possuem cartilagem, porém seus diâmetros vão diminuindo até virarem bronquíolos. Bronquíolos terminais: já não possuem cartilagem e se ramificam até a zona respiratória. Sistema respiratório – anatomia Fonte: adaptado de: https://static.mundoedu cacao.bol.uol.com.br/m undoeducacao/conteud o/images/pulmao.jpg Brônquio principal Brônquio secundário alvéolos Brônquio terciário Brônquíolo terminal Brônquíolo Alvéolos pulmonares: A zona respiratória possui vários sacos alveolares. São semelhantes a pequenas bolsas e são o local onde ocorrem as trocas gasosas. Há cerca de 300 milhões de alvéolos nos pulmões! Cada pulmão é revestido por uma membrana chamada de pleura. Sistema respiratório – alvéolos pulmonares Fonte: https://s3.static.brasilescol a.uol.com.br/img/2019/04/p ulmoes.jpg Trocas gasosas – Fornecer oxigênio (O2) e eliminar dióxido de carbono (CO2). Equilíbrio ácido-base – Regulação do pH através da excreção ou retenção de CO2. Equilíbrio térmico – Modulação da frequência respiratória controla a perda de H2O e calor. Olfato – Células quimiorreceptoras localizadas no teto das cavidades nasais são responsáveis por captar estímulos olfativos. Aquecimento, umidificação e filtração do ar – Processamento do ar realizado na zona de condução das vias aéreas. Importante para condicionar o ar antes de chegar à zona respiratória (trocas gasosas). Vocalização/fonação – Movimento do ar pelas pregas vocais, criando vibrações. Defesa contra partículas e patógenos inalados – Mecanismos de defesa do epitélio respiratório capaz de aprisionar e destruir substâncias potencialmente nocivas antes que elas possam entrar no corpo. Sistema respiratório – funções O sistema respiratório está constituído pela: - porção condutora, formada pelas vias aéreas superiores e árvore traqueobrônquica, encarregadas de acondicionar e conduzir o ar até o interior dos pulmões; - pela porção respiratória, em que efetivamente se realizam as trocas gasosas; - uma porção de transição, interposta entre as duas primeiras, em que começam a ocorrer trocas gasosas, porém em níveis não significativos. Sistema respiratório – trajeto do ar Fonte: https://www.anatomiaemfoco.com.br/wp- content/uploads/2018/07/sistema-respiratorio- troca-gas.jpg Sistema respiratório – trajeto do ar Cavidade nasal Epiglote Laringe Traqueia Bronquíolo Brônquios Diafragma Faringe Pleura Pulmões Alvéolos pulmonares Rede de capilares sanguíneos Fonte: adaptado de: http://www.netxplica.com/figuras_netxplica/exanac/biologia/sistema.respiratorio.arealeditores.png Inspiração – processo ativo, contração dos músculos, aumenta o volume interno, diminui a pressão e atrai o ar para dentro do tórax. Expiração – processo passivo, relaxamento dos músculos, diminui o volume interno, aumenta a pressão e expulsa o ar de dentro para fora. Sistema respiratório – inspiração x expiração Costelas se elevam Músculos intercostais contraem Costelas abaixam Músculos intercostais relaxam inalado Pulmão exalado Diafragma Inalação Diafragma contrai (move-se para baixo) Exalação Diafragma relaxa (move-se para cima) Fonte: adaptado de: https://static.wixstatic.com/m edia/78f829_fa008d10368c4 e37af40435821105ea0.jpg Ao se contrair, o diafragma desloca-se para a cavidade abdominal, criando pressão negativa no interior do tórax. A abertura da glote, nas vias aéreas superiores, conecta o mundo exterior ao sistema respiratório. Como os gases fluem da maior para a menor pressão, o ar move-se para os pulmões, vindo do meio externo. O volume do pulmão aumenta na inspiração, e o O2 é levado para o pulmão, enquanto, durante a expiração, o diafragma relaxa, a pressão no tórax aumenta e o CO2, além de outros gases, fluem, passivamente, para fora dos pulmões Sistema respiratório – trajeto do ar Fonte: Buonfiglio (2020). Oxi-hemoglobinas – hemoglobinas carregadas de O2, vermelho vivo. Carboxi-hemoglobinas – carregadas de CO2, são azuladas – cianóticas. Glóbulos vermelhos Fonte: adaptado de: https://www.sobiologia.com.br/figur as/Fisiologiaanimal/respiracao7.jpg Molécula de hemoglobina Glóbulo vermelho Grupo heme O oxigênio se fixa ao grupo heme da molécula de hemoglobina Nos pulmões, quando as moléculas de oxigênio movimentam-se do ar alveolar para o sangue capilar, elas se ligam à hemoglobina; quando o sangue chega aos tecidos-alvo, as moléculas de oxigênio dissociam-se da hemoglobina e se difundem para as células. Para a hemoglobina atuar no transporte de oxigênio, é necessário que a ligação ao oxigênio ocorra de forma reversível – ou seja, fortemente o suficiente para captar grandes quantidades de oxigênio nos pulmões, mas não tão forte que não seja possível a liberação do oxigênio nos tecidos consumidores. Glóbulos vermelhos Quando os capilares sanguíneos que envolvem os sacos alveolares chegam a essa região, vêm carregados de sangue venoso (rico em gás carbônico). Ao se encontrarem com a fina membrana dos alvéolos, ocorre a troca: O CO2 que está no sangue venoso entra nos alvéolos. O O2 que está nos alvéolos entra nos capilares sanguíneos. Essa troca ocorre por difusão passiva. O sangue sai dos pulmões como sangue arterial. Sistema respiratório – hematose Fonte: adaptado de: https://www.coladaweb.com/wp- content/uploads/2017/06/20170629-hematose.png Alvéolos Capilares Sangue venoso Glóbulo vermelho Capilar sanguíneo Alvéolo pulmonar Sangue arterial Pequena circulação (pulmonar) – sangue venoso do coração para os pulmões, volta ao coração. Grande circulação (sistêmica) – sangue arterial vai para a artéria aorta, segue para o corpo e volta ao coração. Lado direito – sangue venoso. Lado esquerdo – sangue arterial. Circulação sanguínea Pulmão PulmãoArtéria pulmonar Veia pulmonar Artéria aorta Átrio esquerdoÁtrio direito Ventrículo direito Ventrículo esquerdo Veia cava CorpoSangue arterial Sangue venoso Fonte: adaptado de: http://aneste.org/sistema-circulatrio-de-forma-geral-podemos-dizer-que-o- sistema/16275_html_6276935d.png Sistema respiratório – volumes respiratórios Volume da corrente = ar que entra e sai do pulmão em uma respiração normal (500 mL). Volume de reserva inspiratória = ar que pode ser inspirado além da capacidade normal (3000 mL). Volume de reserva expiratória = máximo de ar que pode ser expirado além de uma expiração normal (1100 mL). VC VC VRI VC VRI VRE Fonte: adaptado de: https://player.slideplayer.com.br/11/3467894/ data/images/img26.jpg Fonte: adaptado de: https://player.slideplayer.com.br/11/3467894/data/ images/img27.jpg Fonte: adaptado de: https://player.slideplayer.com.br/11/3467894/da ta/images/img28.jpg Volume residual = ar que permanece nos pulmões após uma expiração forçada (1200 mL). A frequência respiratória normal é de 12 – 20/min, totalizando uma média de 16 RPM. Sistema respiratório – volumes respiratórios VR VC VRI VRE Fonte: adaptado de: https://player.slideplayer.com.br/11/3467894/da ta/images/img28.jpg O sistema respiratório é constituído por fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios e pulmões. A respiração está dividida em três partes: A – ventilação pulmonar; B – trocas gasosas; C – transporte de gases. Que se caracteriza por: ( ) o ar que chega aos pulmões já foi filtrado, as partículas menores ficam presas no muco, a rede vascular aquece esse ar e as glândulas serosas umedecem o ar. ( ) o gás difunde-se do sangue para as células e das células para o sangue. ( ) transferência de oxigênio e gás carbônico pela membrana alveolar. A sequência correta que define as três partes da respiração é: a) A, B, C. b) C, B, A. c) C, A, B. d) A, C, B. e) B, A, C. Interatividade O sistema respiratório é constituído por fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios e pulmões. A respiração está dividida em três partes: A – ventilação pulmonar; B – trocas gasosas; C – transporte de gases. Que se caracteriza por: ( ) o ar que chega aos pulmões já foi filtrado, as partículas menores ficam presas no muco, a rede vascular aquece esse ar e as glândulas serosas umedecem o ar. ( ) o gás difunde-se do sangue para as células e das células para o sangue. ( ) transferência de oxigênio e gás carbônico pela membrana alveolar. A sequência correta que define as três partes da respiração é: a) A, B, C. b) C, B, A. c) C, A, B. d) A, C, B. e) B, A, C. Resposta A respiração é um processo automático, rítmico e regulado centralmente por um controle voluntário. O sistema nervoso central e o tronco encefálico funcionam como o principal centro de controle da respiração. A regulação da respiração requer: - geração e manutenção do ritmo respiratório; - modulação desse ritmo por alças de retroalimentação sensorial e reflexos que permitem a adaptação a várias condições enquanto minimizam os custos energéticos; - recrutamento de músculos respiratórios que se podem contrair apropriadamente para a hematose. Sistema respiratório – controle da respiração Centro respiratório (bulbo) Pulmão Músculos intercostais Diafragma O controle mecânico do ritmo da respiração = neurônios localizados no bulbo da medula espinhal. Alterações no pH do líquido intersticial no bulbo. Gás carbônico (sangue e líquor) = pH. O bulbo coordena os músculos intercostais e o diafragma, aumentando a frequência respiratória. FRnormal = 12 – 20 resp./min. Sistema respiratório – controle da respiração Fonte: adaptado de: https://www.anatomi aemfoco.com.br/wp- content/uploads/201 8/07/controle- respira%C3%A7%C 3%A3o.jpg Hiperventilação – respiração profunda e rápida – diminuição no [CO2], o pH aumenta = alcalose. Hipoventilação – respiração muito lenta, aumenta o [CO2] e o pH diminui = acidose (diminui O2). Hipóxia – alto [CO2], acidose respiratória, o corpo responde com aumento da FR para aumentar o pH e corrigir a acidose. Correção da acidose: = Hiperventilação. Correção da alcalose: = Hipoventilação. Sistema respiratório – controle da respiração Centro respiratório (bulbo) Pulmão Músculos intercostais Diafragma Fonte: adaptado de: https://www.anatomiaemfoco.co m.br/wp- content/uploads/2018/07/control e-respira%C3%A7%C3%A3o.jpg O sistema gastrointestinal é formado por órgãos ocos dispostos em série que se comunicam nas duas extremidades (boca e ânus) com o meio ambiente, constituindo o denominado trato gastrointestinal (TGI). Possui glândulas anexas, que lançam suas secreções na luz do TGI (glândulas salivares, fígado e pâncreas). Sistema digestório Fonte: adaptado de: https://upload.wikimedia.o rg/wikipedia/commons/thu mb/f/f8/Digestive_system _diagram_pt.svg/2000px- Digestive_system_diagra m_pt.svg.png Faringe Esôfago Boca Palato Úvula Língua Dentes Glândulas salivares Sublingual Submandibular Parótida Ducto pancreático Estômago Pâncreas Fígado Vesícula biliar Ducto biliar comum Intestino delgado Duodeno Jejuno Íleo Intestino grosso Cólon transverso Cólon ascendente Ceco Cólon descendente Sigmoide Reto Apêndice Ânus Cavidade oral, faringe (nasofaringe, orofaringe e laringofaringe). Esôfago, esfíncter esofágico superior (EES) delimita faringe do esôfago; e o inferior (ou cárdio) do estômago. Estômago é delimitado do intestino delgado pelo piloro. Intestino delgado (duodeno, jejuno, íleo) é separado do intestino grosso pelo esfíncter ileocecal. Intestino grosso (ceco e cólon ascendente, transverso, descendente e sigmoide). Reto e ânus, finalizando com esfíncteres. Cavidade oral Boca Glândulas Submandibulares e Glândulas Sublinguais Fígado Vesícula biliar Duodeno Cólon transverso Cólon ascendente Intestino delgado Ceco Apêndice cecal Glândula parótida Faringe Esôfago Estômago Pâncreas Jejuno Cólon descendente Reto Ânus Sistema digestório – órgãos Fonte: adaptado de: https://static.todamateria.co m.br/upload/54/08/5408c09 ee1f63-sistema-digestivo- sistema-digestorio-large.jpg Motilidade – movimento do material através do trato GI como resultado da contração muscular. Digestão – quebra química ou mecânica do alimento em unidades para a absorção. Secreção – movimento de material das células para o LEC/lúmen. Absorção – movimento de material do lúmen para o LEC. Excreção – matéria fecal formada pelos resíduos do metabolismo é eliminada. Funções do sistema digestório Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/37 71134/12/images/17/As+grandes+ fun%C3%A7%C3%B5es+do+Sist ema+Digest%C3%B3rio%3A.jpg Função imunológica, por meio do denominado Galt, representado por agregados de tecido linfoide, como as placas de Peyer e uma população difusa de células imunológicas. Esse sistema imunológico é importante para o TGI, já que ele possui a maior área do organismo e tem contato direto com agentes infecciosos e tóxicos. O Galt não só protege contra agentes infecciosos exógenos, como bactérias, vírus e patógenos em geral, como também o protege imunologicamente de sua flora bacteriana, que normalmente se localiza no intestino grosso, sendo mais concentrada no ceco. Funções do sistema digestório Na boca, os alimentos são umidificados pela saliva, produzida pelas glândulas salivares. Ocorre a mastigação, que corresponde ao primeiro momento do processo da digestão mecânica. Enzimas como ptialina e amilase salivar atuam sobre o amido (transf. em maltose). A epiglote é uma tampa que fecha a traqueia no reflexo de deglutição, impedindo que o alimento entre para as vias respiratórias durante uma refeição. Sistema digestório alto Fonte: adaptado de: https://static.todamateria.com.br /upload/tu/bo/tubodigestorioalto sistemadigestorio-cke.jpg Palato mole Língua Faringe (garganta) Epiglote Laringe (cordas vocais) Esôfago Traqueia O reflexo de deglutição dá início ao trajeto do alimento, passandopelo EES (esfíncter esofágico superior), o alimento é propelido no sentido do estômago (EEI – inferior). Peristalse (contrações musculares), que o esôfago vai espremendo os alimentos e os levando em direção ao estômago. “Acalasia” é o termo que se usa para perda de movimentos do esôfago devido a problemas neurais. Sistema digestório alto Fonte: adaptado de: https://static.todamateria.c om.br/upload/es/of/esofag osistemadigestorio-cke.jpg Esôfago Área de contração Bolo alimentar Camada muscular Área de relaxamento Estômago: O estômago é uma grande bolsa que se localiza no abdômen, sendo responsável pela digestão das proteínas. O movimento de mastigação ativa a produção do HCL no estômago, mas somente o alimento inicia a produção do suco gástrico. A gastrina (hormônio) induz a liberação da enzima pepsina, que quebra as moléculas grandes de proteína. Produz o fator intrínseco (absorção B12 no delgado). Sistema digestório médio Fonte: adaptado de: https://static.todamateria.co m.br/upload/es/to/estomagos istemadigestorio-cke.jpg Cárdia Esôfago Duodeno Região fúndica Fundo Parte pilórica Piloro Corpo Intestino delgado: O intestino delgado está dividido em três porções: o duodeno, o jejuno e o íleo. É revestido por uma mucosa que possui inúmeras projeções (vilosidades) para maior absorção de nutrientes. Tem a função de produzir e liberar enzimas digestivas, dando origem a moléculas pequenas e solúveis: glicose, aminoácidos, glicerol etc. Intestinos Jejuno Íleo Duodeno Fonte: adaptado de: http://www.infoescola.com/wp- content/uploads/2010/01/intestino- delgado.jpg Intestino delgado: A. Vilosidades intestinais B. Microvilosidades intestinais Intestinos A B Fonte: adaptado de: https://gabrielrbrunoabioifes.files.wordpress.com/2011/02/vilosidadesintestinais.jpg?w=300 Intestino grosso – mede cerca de 1,5 m de comprimento e 6 cm de diâmetro. Dividido em três partes: ceco, cólon (ascendente, transverso, descendente e a curva sigmoide) e reto. Local de absorção de água, armazenamento e eliminação dos resíduos digestivos. Rico em flora bacteriana. No ceco, os resíduos alimentares formam o “bolo fecal”, passam ao cólon ascendente, transverso e, em seguida, ao descendente (onde fica estocado por um tempo). Sistema digestório baixo Fonte: adaptado de: https://static.todamateria.com. br/upload/in/te/intestinogrosso sistemadigestorio-cke.jpg Reto Curva sigmoide Cólon descendente Ceco Apêndice Intestino Delgado Ânus Estômago Cólon transverso Cólon ascendente No cólon sigmoide, as glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco a fim de lubrificar o bolo fecal, facilitando seu trânsito e sua eliminação. Alimentar-se de fibras vegetais é essencial para a formação do bolo fecal, pois não possuímos a enzima celulase que digere a celulose, permitindo assim que as fibras ajudem na formação do bolo fecal. O reto é a parte final do intestino grosso, que termina com o canal anal e o ânus, por onde são eliminadas as fezes. Sistema digestório baixo Cólon transverso Cólon ascendente Cólon descendente Apêndice cecal Ceco Sigmoide Reto Ânus Fonte: adaptado de: https://static.todamateria.com.br/upload/53 /f4/53f4b804a4aec-intestino-grosso.jpg Esfíncter anal interno, músculo liso e controle involuntário. Esfíncter anal externo, músculo estriado e controles involuntário e voluntário. Reflexo da defecação: 1. Aumento da pressão retal, relaxamento do esfíncter anal interno. 2. Defecação indesejada: contração do esfíncter anal externo. Defecação desejada/possível: 1. Relaxamento do esfíncter anal externo. 2. Contração dos músculos abdominais e relaxamento dos pélvicos. 3. Flexão das pernas e abaixamento do assoalho pélvico. Controle esfíncter anal Fonte: adaptado de: https://encrypted- tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQ9EVzp 6pu6_qx_jV1FO_SkMvBphWgD2wzmJcr- jMgBFRfKE0TB Mucosa retal Músculo elevador do ânus Músculo esfíncter anal externo Músculo esfíncter anal interno Colunas de Morgagni Linha pectínea Margem anal Mucosa escamosa Pele perianal Os nutrientes que o corpo utiliza para construir suas estruturas e alimentar suas funções provêm do alimento que ingerimos. O sistema corporal que converte o alimento que ingerimos nas unidades que o nosso corpo consegue absorver e utilizar é o sistema digestório. Vários órgãos e processos atuam no sistema digestório. Sobre o intestino delgado assinale a alternativa incorreta. a) O intestino delgado tem como principal função a absorção dos nutrientes. Seus segmentos são duodeno, jejuno e íleo. b) Durante a digestão, o intestino delgado passa por movimentos de segmentação ativa, misturando o quimo para frente e para trás e, assim, maximizando seu contato com a mucosa que absorve nutrientes. c) Secreta hormônios intestinais, como a secretina, que tem ação no pâncreas. d) As enzimas lançadas no intestino delgado estão na forma inativa e são dependentes de ativação, como a da enteropeptidase, presente nas microvilosidades intestinais. e) A partir dos enterócitos, os ácidos graxos são transportados exclusivamente via circulação sanguínea. Interatividade Os nutrientes que o corpo utiliza para construir suas estruturas e alimentar suas funções provêm do alimento que ingerimos. O sistema corporal que converte o alimento que ingerimos nas unidades que o nosso corpo consegue absorver e utilizar é o sistema digestório. Vários órgãos e processos atuam no sistema digestório. Sobre o intestino delgado assinale a alternativa incorreta. a) O intestino delgado tem como principal função a absorção dos nutrientes. Seus segmentos são duodeno, jejuno e íleo. b) Durante a digestão, o intestino delgado passa por movimentos de segmentação ativa, misturando o quimo para frente e para trás e, assim, maximizando seu contato com a mucosa que absorve nutrientes. c) Secreta hormônios intestinais, como a secretina, que tem ação no pâncreas. d) As enzimas lançadas no intestino delgado estão na forma inativa e são dependentes de ativação, como a da enteropeptidase, presente nas microvilosidades intestinais. e) A partir dos enterócitos, os ácidos graxos são transportados exclusivamente via circulação sanguínea. Resposta A motilidade no trato gastrointestinal tem dois propósitos: Transportar o alimento da boca até o ânus. Misturá-lo mecanicamente para quebrá-lo uniformemente em partículas pequenas. Essa mistura maximiza a exposição das partículas às enzimas digestórias, uma vez que aumenta a sua área de superfície. Controle nervoso do sistema digestório Fonte: adaptado de: http://www.bio.ufpr.br/portal/fisiologia/wp- content/uploads/sites/37/2019/03/TGI.pdf O SN intrínseco é composto por neurônios cujos corpos celulares estão na parede do intestino (plexos submucoso e mioentérico). Sensores químicos e mecânicos. Respostas – mobilidade, secreção e fluxo sanguíneo. Controle nervoso do sistema digestório Fonte: adaptado de: http://www.bio.ufpr.br/portal/fisiologia/wp- content/uploads/sites/37/2019/03/TGI.pdf Sistemas de controle das funções gastrointestinais Sistemas localizados na parede do trato gastrointestinal (sistemas intrínsecos) Sistemas localizados fora da parede do trato gastrointestinal (sistemas extrínsecos) Nervos Secreções endócrinas Nervos Secreções endócrinas Nervos vago e esplâncnico Aldosterona Sistema Nervoso Entérico (SNE) Secretina, gastrina, CCK, PIG e motilina Os neurônios entéricos secretam seus neurotransmissores a partir de varicosidades localizadas em longos axônios ou ramificações desses neurônios. As secreções endócrinas possuem ações em todo trato GI. Controle nervoso do sistema digestório Fonte: adaptado de: http://www.bio.ufpr.br/portal/fisiologia/wp- content/uploads/sites/37/2019/03/TGI.pdf Célula endócrina VilosEnterócito Neurônio entérico Alimento Endócrina Neurócrina Células do músculo liso Vaso sanguíneo Varicosidades Axônio colateral O sistema nervoso extrínseco controla o sistema nervoso intrínseco. SNA simpático – neurônios pós-ganglionares = diminuição da motilidade. SNA parassimpático – nervos vago, esplâncnico e pélvico = aumento da motilidade. Controle nervoso do sistema digestório Fonte: adaptado de: https://www.brainkart.com/article/Neural- Control-of-Gastrointestinal-Function-- Enteric-Nervous-System_19812/ Para os gânglios pré-vertebrais, a medula espinhal e o tronco cerebral (principalmente pós-ganglionar) (pré-ganglionar) Simpático Parassimpático Plexo mioentérico Plexo submucoso Epitélio Neurônios sensoriais Fase cefálica – antes do alimento chegar à boca, por estímulos de odor, visual e emocional. Os nervos do SNA parassimpático são ativados pelo bulbo da medula e iniciam a liberação da gastrina no estômago para que ocorra a liberação de enzimas e comece a motilidade. Fases da digestão Fonte: adaptado de: https://sites.google.com/site/nutricio ncamilojosecela/_/rsrc/1468885197 451/home/la-digestion/digestion.jpg FASE CEFÁLICA FASE GÁSTRICA FASE INTESTINAL gastrina Nervo vago Neuronas locales Fase gástrica – o estômago sofre contrações que forçam o alimento contra o piloro, que abre e fecha, permitindo a saída do quimo (massa branca, espumosa e ácida), ao delgado lentamente, em pequenas porções. Fases da digestão Fonte: https://images.slideplayer.com.br/29/9 497310/slides/slide_14.jpg Gastrina (estômago) estimula a produção de HCL e peristaltismo. Secretina (duodeno atua no pâncreas) estimula a produção de bicarbonato. Colecistocinina (duodeno atua no pâncreas e na vesícula biliar) estimula a liberação do suco pancreático e da bile. Enterogastrona (duodeno atua no estômago) inibe o peristaltismo gástrico. Controle hormonal da digestão Fonte: adaptado de: https://www.coladaweb.com/wp- content/uploads/2017/11/201711 13-controle-digestao.jpg Fígado Vesícula biliar Estômago Colecistocinina Gastrina Enterogastrona Secretina Colecistocinina Pâncreas Secreção gástrica Fonte: Silverthorn (2017). Aberta da glândula gástrica Mucosa gástrica Tipos celulares Substância secretada Função da secreção Estímulo para liberação Muco Bicarbonato Ácido gástrico (HCI) Fator intrínseco Histamina Pepsina(ogênio) Lipase gástrica Somatostatina Gastrina Barreira física entre o lúmen e o epitélio Tamponar o ácido gástrico para evitar dano ao epitélio Ativar a pepsina; matar bactérias Combinar-se com a vitamina B12 para permitir sua absorção Estimular a secreção de ácido gástrico Digerir proteínas Digerir gorduras Inibir a secreção do ácido gástrico Estimular a secreção de ácido gástrico Secreção tônica; irritação da mucosa Secretado com o muco Acetilcolina, gastrina, histamina Acetilcolina, gastrina Acetilcolina, secreção do ácido Ácido no estômago Acetilcolina, peptídeos e aminoácidos Célula mucosa superficial Célula mucosa do colo Células parietais Células semelhantes às enterocromafins Células principais Células D Células G Fases da secreção gástrica O quimo (no duodeno) é banhado pela bile, que é secretada pelo fígado e armazenada na vesícula biliar. Bile – rica em bicarbonato de sódio e sais biliares, emulsificação dos lipídios, fragmentando em microgotículas. O quimo recebe o suco pancreático, produzido no pâncreas. Suco pancreático – enzimas proteolíticas e bicarbonato de sódio, favorecendo a neutralização ácida do quimo. Glândulas anexas – fígado e pâncreas Estômago Bile Duto biliar para fígado Duto biliar para intestino delgado Pâncreas Vesícula biliar Vesícula biliar Intestino delgado Fígado Bile Bile Fonte: adaptado de: https://static.todamateria.com.br/upload/ca/mi/caminhosdabile-cke.jpg As principais ações da bile: Auxílio no processo de absorção de gorduras e vitaminas lipossolúveis no intestino delgado. Facilita a ação das enzimas produzidas pelo pâncreas. Eliminação de resíduos pelas fezes, incluindo a bilirrubina. Desintoxicação do fígado. Fígado – bile Pâncreas Duto pancreático Duto hepático comum Duto colédoco Duto biliar do fígado Vesícula biliar Duto biliar do fígado Duodeno Esfíncter de Oddi Fonte: adaptado de: https://images.slidepla yer.com.br/29/949731 0/slides/slide_16.jpg Alimento começa a ser digerido no TGI (alimentos gordurosos); Vesícula biliar começa a se esvaziar (relaxamento do esfíncter de Oddi); Estímulo - Hormônio CCK; - Estímulo em menor grau: acetilcolina (nervo vago e sistema nervoso entérico) Fígado – bile Fonte: https://pontobiologia.com.br/sistema-digestorio- ou-digestivo/esvaziamento-da-vesicula-biliar/ Ácidos biliares, via sangue, estimulam a secreção parenquimatosa A estimulação vageal causa contratação fraca da vesícula biliar A secretina, via corrente sanguínea, estimula a secreção pelos ductos hepáticos Bile armazenada e concentrada até 15 vezes na vesícula biliar A colecistocina, via corrente sanguínea, causa: 1. Contração da vesícula biliar 2. Relaxamento do esfíncter de Oddi Ácido Fígado Estômago Pâncreas DuodenoEsfíncter de oddi O pâncreas é uma glândula mista (endócrino e exócrino). A insulina controla a entrada da glicose nas células e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio. Diabetes tipo I – falta de produção de insulina pelo pâncreas. Diabetes tipo II – resistência insulínica nas células devido à constante hiperglicemia. Pâncreas – endócrino – insulina x glucagon Fonte: adaptado de: https://traidapelopancreasbl og.files.wordpress.com/201 6/09/pancreas.png?w=397 Duodeno Duto biliar Estômago Vaso sanguíneo Insulina na circulação sanguínea Ilhotas de Langerhans produtora de hormônios Células produtoras de enzimas digestivas e bicarbonato As secreções exócrinas entram no TGI por ductos. A secreção de bicarbonato para duodeno neutraliza o ácido proveniente do estômago. A porção exócrina do pâncreas consiste de lóbulos ácinos. As células acinares secretam enzimas digestórias. As células ductais secretam solução NaHCO3. Pâncreas – exócrino Fonte: Silverthorn (2017). Secreção de enzimas Pâncreas – exócrino Fonte: Silverthorn (2017). Acerca das secreções digestivas hepáticas e pancreáticas, assinale a alternativa incorreta. a) A bile tem a função de dispersar as gorduras em pequenas gotículas, com isso aumenta o contato de gorduras com as enzimas digestivas. b) A tripsina é secretada pelo fígado e tem a função de reduzir a acidez do quimo vindo do estômago, preparando o órgão para a ação das enzimas intestinais. c) A lípase pancreática tem a função de digerir algumas gorduras já preparadas pela bile. d) A amilase pancreática finaliza a digestão do amido, com início na amilase salivar. e) A nuclease é responsável por digerir os ácidos nucleicos. Interatividade Acerca das secreções digestivas hepáticas e pancreáticas, assinale a alternativa incorreta. a) A bile tem a função de dispersar as gorduras em pequenas gotículas, com isso aumenta o contato de gorduras com as enzimas digestivas. b) A tripsina é secretada pelo fígado e tem a função de reduzir a acidez do quimo vindo do estômago, preparando o órgão para a ação das enzimas intestinais. c) A lípase pancreática tem a função de digerir algumas gorduras já preparadas pela bile. d) A amilase pancreática finaliza a digestão do amido, com início na amilase salivar. e) A nuclease é responsável por digerir os ácidos nucleicos. Resposta Pâncreas Endócrino Homeostase Glicêmica e Metabólica Fígado, Tecido Adiposo, Músculo Esquelético Período absortivo e jejum PÂNCREAS EXÓCRINO ENDÓCRINO Pâncreas Endócrino Aspectos histológicos Pâncreas Endócrino Tipo celular Proporção aproximada (%) Hormônioproduzido Algumas das principais atividades fisiológicas Alfa 20 Glucagon Age em vários tecidos para tornar a energia estocada sob forma de glicogênio e gordura disponível pela glicogenólise e lipólise; aumenta a taxa de glicose no sangue Beta 70 Insulina Age em vários tecidos promovendo entrada de glicose nas células; diminui a taxa de glicose no sangue Delta 5 Somatostatina Regula a liberação de hormônios de outras células das ilhotas PP 3 Polipeptídio pancreático Não totalmente estabelecidas: provoca diminuição de apetite; aumenta a secreção de suco gástrico Épsilon 0,5 a 1 Grelina Estimula apetite por ação no hipotálamo; estimula produção de hormônio do crescimento na adeno- hipófise Fonte: Junqueira e Carneiro (2017). Insulina x glucagon Fonte: adaptado de: https://i.pinimg.com/564x/e9/b8/37/e9b 8377873cc50dfe514546af6cc36b1.jpg Aumento do açúcar no sangue Açúcar alto no sangue Fígado Glucagon PâncreasGlicoseGlicogênio Insulina Estimula a retirada da glicose do sangue Células dos tecidos (muscular, renal, adiposo) Açúcar baixo no sangue Diminui o açúcar no sangue g lu c a g o n Digestão de Carboidratos Digestão de Carboidratos Fonte: Oller et al. (2021). FÍGADO ENTERÓCITO Borda em excova Membrana basolateral GLICOSE GLICOSE SANGUE GLUT 5 GLICOSE α-dextrinase Na + Glicose Transportador (SGLT1) Glicoamilase α-limite dextrina (5 a 9 G) GLICOSE α-amilase AMIDO GLICOGÊNIO Malto-oligosacarídeo LÚMEN INTESTINAL LACTOSE LÚMEN INTESTINAL GLICOSE E GALACTOSE GLICOSE FRUTOSE SACAROSE Membrana basolateral FRUTOSE GLICOSE e GALACTOSE Na + Glicose Transportador (SGLT1) GLUT 5 Borda em escova ENTERÓCITO SANGUE GLUT 2 GLUT 5 GLICOSE FRUTOSE e GALACTOSE Sacarase PÂNCREAS Digestão de Proteínas Digestão e absorção de Lipídeos Digestão e absorção de Lipídeos Fonte: adaptado de Nelson e Cox (2018). Absorção de vitaminas Interatividade Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta. Depois que a digestão dos nutrientes alimentares está completa, os produtos finais simplificados estão prontos para a _____________, auxiliados por um número de mecanismos de transporte. Os produtos finais incluem os ________________ glicose, frutose e galactose oriundos dos carboidratos, ácidos graxos e glicerídeos, da gordura e aminoácidos, das proteínas. Em alguns casos, nutrientes incompletamente digeridos, como a lactose, na ausência da _____________, permanecem no _____________ e causam problemas em pessoas sensíveis. a) excreção / monossacarídeos / lactase / intestino. b) absorção / monossacarídeos / lactase / intestino. c) absorção / dissacarídeos / lactase / intestino. d) excreção / dissacarídeos / maltose / estômago. e) absorção / monossacarídeos / maltose / estômago. Resposta Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta. Depois que a digestão dos nutrientes alimentares está completa, os produtos finais simplificados estão prontos para a _____________, auxiliados por um número de mecanismos de transporte. Os produtos finais incluem os ________________ glicose, frutose e galactose oriundos dos carboidratos, ácidos graxos e glicerídeos, da gordura e aminoácidos, das proteínas. Em alguns casos, nutrientes incompletamente digeridos, como a lactose, na ausência da _____________, permanecem no _____________ e causam problemas em pessoas sensíveis. a) excreção / monossacarídeos / lactase / intestino. b) absorção / monossacarídeos / lactase / intestino. c) absorção / dissacarídeos / lactase / intestino. d) excreção / dissacarídeos / maltose / estômago. e) absorção / monossacarídeos / maltose / estômago. ATÉ A PRÓXIMA!
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