Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 13 - Farmacotécnica Cremes e géis ● Definição e classificação As emulsões são formas líquidas que precisam ser estabilizadas, e quando é de uso tópico, se chama de loção e quando se necessita esfregar, se chama linimento. Já na forma semissólida, recebe o nome de creme, sendo uma forma obtida pela dispersão mecânica de líquidos imiscíveis entre si, se apresentando como semissólido. Podem se classificar como segundo a carga, podendo ser catiônico (com a presença de um tensoativo catiônico), não-iônico sem tensoativos de natureza iônica e aniônica. Segundo as fases, podem ser óleo em água ou água em óleo, se destacando a primeira, em que se tem gotículas de óleo em água, que são de maior aplicação. A aplicação cosmética envolve 3, para fazer hidratação (onde o creme que tem fase externa oleosa, tem maior poder de hidratação do que as formulações que têm fase externa aquosa, como o que acontece nas pomadas, em que nas de fase externa oleosa se tem maior oclusão que evita a perda de suor, deixando a pele mais hidratada), já no aspecto de limpeza, o creme com a fase externa oleosa tem maior poder de limpeza devido a fase externa ser oleosa, que atuará como solvente. Outra aplicação é na parte de protetor solar, sendo uma forma de melhorar a espalhabilidade, aplicação, deixa mais hidrofóbico; Outro exemplo são os condicionadores, que atuam na intuito de neutralizar a carga elétrica negativa dos fios, devem ser O/A contendo tensoativo catiônico, porque é ele que vai apresentar a substantividade, deixando colado sobre o fio a porção tensoativa (aquosa) e a parte lipofílica fica grudada a ele, deixando o fio mais brilhoso e mais fácil de ser penteado. Além disso, os cremes também podem atuar como veículo carreador para diversos insumos. ● Aplicações farmacêuticas Medicamentos para administração sobre a pele, sobre mucosas, visando efeito local, regional e até sistêmico, dependendo da viscosidade, massagem, todos os fatores que se relacionam com a absorção percutânea. Diferentes graus de emoliência referente aos agentes hidrofóbicos, que podem interagir com a hidratação e oclusão, dependendo do tamanho da cadeia carbônica, se relacionando com a viscosidade, afetando na espalhabilidade (se bom, pequena viscosidade, gerando camada fina, com menor potência de oclusão e hidratação, já quando a formulação é mais viscosa, se tem maior capacidade de hidratação) ● Vantagens e desvantagens Vantagens: elegância, refrescância (quando aplicado e após evaporação, porque possui certa quantidade de água) e a facilidade de aplicação e remoção, mesmo tendo evaporado a água, ela contém agentes tensoativos que favorecem sua remoção. Capacidade de carregar substância lipofílicas e hidrofílicas. Desvantagens: suscetível a contaminação microbiana, fácil degradação por calor (mudar a consistência do produto, alterando a viscosidade e pela lei de Stokes, ao mudar a viscosidade para valor menor, se favorece a migração de partículas que podem se unir, coalescer e inclusive, gerar a separação de fases) e oxigênio, porque boa parte das substâncias ativas e emolientes, podem ser oxidadas e então se torna de qualidade baixa ou diferente, sendo comum o uso de antioxidantes diretos como metabissulfito, BHT etc. ou de natureza indireta, como edetato, citrato etc. Esses dois fatores se associam à instabilidade física. ● Componentes: Fase oleosa: emoliente (agente que promove a hidratação ou evita a perda de água), agente doador de consistência, parte do sistema lipofílico tensoativo. Fase aquosa: água, conservante microbiano, sistema tensoativo de fase aquosa, agente doador de consistência, como o uso de carbopol, que apresenta maior consistência em determinado pH, não sendo necessário o uso de mais agentes na fase oleosa. Fase complementar: aquela que é adicionada a preparação depois de finalizado o processo de emulsificação, em temperatura mais baixa, como substâncias voláteis e termolábeis, como imiduréia (conservante antimicrobiano que quando aquecido se torna formaldeído que evapora no calor), ciclopentasiloxano (para melhorar a textura, contudo este é um silicone volátil), ou qualquer ativo que atenda às características. Alguns silicones possuem características distintas, como ciclometicona que diminui a pegajosidade, a dimeticona que é capaz de produzir efeito antiespumante. ● Exemplo de composição geral: Observa-se as quantidades de material e os efeitos, como na oclusão, o uso de sistema tensoativo, chamado de emulsificante primário, correspondendo às quantidades do emoliente, sendo 10% da quantidade destes, e caso se deseja um outro tensoativo que sozinho não tem tanta capacidade de emulsificação, como o monoestearato de sorbitano e de oeila, sendo o emulsificante secundário, auxiliando a estabilidade física. O agente controlador de viscosidade, pode estar em fase oleosa ou aquosa, podendo estar nos dois em equilíbrio. No tocante aos ativos, se tem o perigo de incompatibilidades, sendo principalmente causada pelo sistema de emolientes, porque por exemplo, quando se tem um ativo aniônico para incorporar em creme catiônico, ou creme que se incorpora um ativo capaz de alterar demais o pH, podendo alterar as características do creme. Ativo que se caracteriza como concentrações elevadas de eletrólitos, se tem o risco de desidratar a formulação, podendo levar a incompatibilidades. Então cremes de natureza não-iônica, este é muito mais compatível, contudo, o creme aniônico é mais simples de produzir, sendo mais estável (física, porque tem como tensoativo de elevado valor de EHL, que são capazes de promover o aumento maior da viscosidade do produto, ficando fisicamente mais estáveis) e o catiônico é mais restrito, sendo condicionador ou preparação com atividade antimicrobiana, como creme de cloreto de cetiltrimetilamônio. O uso de conservantes é obrigatório, e no caso de antioxidantes, se analisa as características dos emolientes. A fragrância depende intimamente das características do produto, deixando mais atrativa a formulação. ● Quantidade de tensoativo: Corresponde a 10% da fase oleosa, sendo suficiente para reduzir a tensão interfacial óleo-água, formar micelas ou filmes sobre todas as gotículas da fase interna, ou seja, quando estas forem menores, se necessita de área maior de superfície para proteger, então a intensidade e duração da agitação interfere nas quantidades de tensoativo, além de auxiliar a viscosidade do produto. - Classificação: Segundo a natureza química, sendo proteínas como a caseína, gomas, como a arábica, ésteres e derivados de POE-POP, como o poloxamer, sabões, como o LSS, oleato de sódio, dodecil benzeno sulfonato de sódio, álcoois (álcool cetílico como agente tensoativo, colesterol, mas a hidrofilia do álcool cetílico e estearílico é tão pequena, ficando com EHL baixo, sendo que ele requer determinado valor de EHL para que o álcool em si seja emulsionado) e pós finamente divididos, em que até o talco pode ser usado como tensoativo de ação pequena, então quando se necessita emulsionar pequena quantidade de óleo, se faz o uso de talco como agente adsorvente também, permitindo que ele fique disperso no meio aquoso, destacando que sua função tensoativa se relaciona como a capacidade de adsorção. Segundo a carga, pode se aniônico, não-iônico, catiônico ou anfótero, sendo que cremes não podem ser anfóteros, porque quer seja utilizado tensoativo de natureza anfótera, posteriormente, no final da preparação, ele exibe uma das 3 características, em pH ácido ele se torna catiônico, em pH neutro (pH em que o anfótero existe com carga zero) sendo não-iônico e em meio alcalino, este se comporta como tensoativo aniônico. Segundo o EHL, pode ser emulsionante A/O ou O/A. ● Emolientes: Tipos: Parafínicos e isoparafínicos Triacilgliceróis Ésteres (lineares, ramificados e insaturados) Com função de repor a oleosidade natural, espalhabilidade e oclusividade (em que a espalhabilidade maior se relaciona com menor oclusividade e espalhabilidade menor se relaciona com maior oclusividade), maciez ou aspereza, lustroe suavidade (dependendo da sua viscosidade, se usa-se um emoliente de menor viscosidade é mais fácil de ser emulsionado, ficando mais macio e caso seja mais viscoso, se torna mais áspero), lubrificante da pele, solubilizante ou dispersante (pode-se usar o emoliente como agente levigante, para favorecer a dispersão) e a consistência e aparência do produto, dependendo do tipo, se tem produto de consistência mais ou menos firme, de aparência agradável ou não. 1) Não informa quanto de ácido cáprico, podendo ter 3*10 + 3 ou 3*8 + 3, podendo ser de 33 a 27 carbonos, sendo extremamente oleoso, com menor espalhabilidade. 2) O álcool tem 10 carbonos e o ácido com 18 carbonos e uma insaturação. Portanto, observa-se as quantidades de carbono tanto do álcool como do ácido, que formarão o triglicerídeo. Existe uma relação entre a estrutura e tamanho da cadeia da função orgânica e a capacidade emoliente. O número associado a cada um diz respeito à área de espalhamento de cada produto com a presença do agente emoliente, sendo em mm2. Os de baixa espalhabilidade se destinaram para cremes noturnos porque necessitam de maior hidratação. O termo acima de oleosidade deveria ser substituído por viscosidade. Ter mais insaturações favorece menor viscosidade, maior espalhabilidade, sendo necessário o uso de antioxidantes para os que apresentam as insaturações. Nos óleos vegetais, quando se tem maior viscosidade, maior oclusividade e menor espalhabilidade, e em menor viscosidade, maior espalhabilidade. O produto fica mais suave quando se usa emoliente de baixa viscosidade, apresentando menor capacidade de sustentar a formulação, vai espalhar bastante, apresentando tempo de ação curto e baixa hidratação. Quando se tem produto mais grosseiro e de baixa suavidade, se tem maior viscosidade e maior oclusividade, com maior tempo de ação para apresentar essa atividade hidratante. Então os autores indicam um equilíbrio no uso de emolientes, apresentando hidratação equilibrada com maior tempo de ação, sendo a cascata de emolientes, justificando a presença das mais variadas substâncias oleosas na composição. ● Espessantes: - De fase oleosa: ceras, parafinas e álcoois graxos (álcool cetílico e estearílico) - De fase aquosa: derivados celulósicos (hipromelose, deixando mais grudenta, com sensorial desagradável, sendo mais estáveis porque não possuem carga), polímeros carboxivinílicos (carbopol, que mesmo sujeito a interações de pH e carga, tal como presença de eletrólitos, a base fica excelente, mas muito mais restrito a incorporação de produtos) e as gomas naturais (goma arábica, deixando com aspecto mais pegajoso) ● Antioxidantes: - De fase oleosa: BHT e BHA Ésteres do ácido gálico Palmitato de ascorbila NGDA - De fase aquosa: Sulfitos Ácido ascórbico e seus sais Agentes quelantes ● Umectantes: Propilenoglicol Glicerol Sorbitol Triacetina - glicerol esterificado com ácido acético. ● Conservantes: Parabenos - baixa solubilidade em água, em associação com o fenoxietanol. Sorbatos Imiduréia - várias hidroxilas, sendo facilmente solúvel em meio aquoso e facilmente suscetível a pH e temperatura. Conservante antimicrobiana! Benzoatos Fenoxietanol - melhor solubilidade em água que o benzoato, como phenonip, que é uma associação de vários parabenos com o fenoxietanol. ● Corantes Cuidado com a compatibilidade e a presença de eletrólitos como diluente do corante, tendo cuidado para evitar a interação com substâncias catiônicas das preparações. O b-caroteno não tem carga aniônica, sendo menos solúvel em água. ● Fragrância Diluídas em álcool, permitindo a evaporação. A escolha e compatibilidade, com quantidade suficiente apenas para mascarar o cheiro dos componentes, em que geralmente são álcoois e aldeídos e estes são muito reativos, sendo utilizados com cuidado, analisando a compatibilidade. ● Técnicas de preparo Emulsificação convencional: 1. É necessário pesar porque se adiciona a quantidade de água de acordo com os componentes da formulação 2. Quando se faz a mistura por fusão, se inicia com o que tiver líquido ou com menor ponto de fusão, até chegar no que tem maior ponto de fusão, para se certificar que todos foram fundidos, isso para a primeira formulação. A temperatura sugerida não tem que ser seguida, se encontrando como 75°C como exemplo, mas se analisa os componentes, de maneira a garantir que os componentes estejam líquidos. 3. Se você aquece a fase oleosa até 75°C, necessita-se aquecer a fase aquosa até 75°C ou mais porque a temperatura a mais favorece o tamanho das micelas e caso seja menos, se tem a solidificação prematura dos componentes da fase oleosa, então não se tem a interação e diminuição das micelas, com formatos distintos. Então a fase aquosa deve ter energia térmica igual ou superior a temperatura que foi feita a fusão. 4. Verte-se a fase aquosa sobre a oleosa e agitada por 10 minutos, destacando o sobre da fase aquosa em relação a oleosa, porque a fase aquosa provavelmente se encontra com menor viscosidade. A agitação preferencialmente mecânica, para manter a estabilidade de agitação e em aquecimento, é nesse intervalo de tempo que se permite que aconteça a emulsificação. 5. Se retira do aquecimento e deixa sob agitação, para resfriar sem que a emulsão seja rompida, mantendo as micelas formadas e distribuídas no conjunto. 6. Adicionar os componentes da fase complementar sob temperatura de 45°C 7. Completar com água até o peso final. Método de economia de energia: para que a economia aconteça, se aquece apenas metade da fase aquosa. Com etapas idênticas, se diferencia apenas o aquecimento da metade, e ao adicionar parte da fase aquosa fria, se reduz o tempo de resfriamento. Temperatura de inversão de fases: PIT - Tensoativos não iônicos exibem ponto de nuvem, geralmente sendo acima de 70°C, em que se analisa com um tubo de ensaio com água e tween 80, e por volta dos 60°C, se evidencia uma névoa, se tornando uma suspensão, porque o Tween 80 em maiores temperaturas, se torna insolúvel em água e solúvel em óleo, partindo de emulsão O/A para A/O, ocorrendo a inversão de fases. - As micelas formadas são menores e mais uniformes, passando por processo de microemulsão. Pode-se aplicar essa técnica para tensoativos não-iônicos, porque apenas estes apresentam a característica de cloud point. Durante o abaixamento da temperatura ele passa pela microemulsão, sendo mais elegante e fisicamente estável. Esse abaixamento também induz ao aumento da viscosidade, com qualidade de creme, sendo facilmente um promotor de absorção percutânea e maior poder oclusivo. ● Influência do processo - Temperatura: altera a viscosidade, que além de fundir, altera a viscosidade. Então se a temperatura não atingir e liquefazer, não se tem boa qualidade. - Tempo de aquecimento: sendo quente para fundir e homogeneizar. - Tempo de agitação e velocidade de agitação: favorece a formação de menores micelas, gerando estabilidade física, diminuindo a deformação. - Velocidade do resfriamento: na ausência da técnica de economia de energia, apresentando como riscos quando se aumenta a velocidade resfriando de maneira rápida, em que o produto solidifica prematuramente e com características inadequadas. Quando se usa água em temperatura ambiente, se tem menores riscos. ● Equipamentos utilizados: Agitação mecânica de dispersão, podendo ser utilizadas nas etapas iniciais de emulsificação, e para o final, as hélices. Como fonte de calor, se usa o banho-maria em relação à chapa. Entre os equipamentos, pode-se usar o moinho tricilíndrico, com os 3 cilindros rodando, formando um filme que é raspado e alimentado pela distância que fica entre eles se quebra partículas e expor a superfície do material para remoção das bolhas. Pode ser preparado também em batedeiras planetárias. ● Ativos veiculados em cremes ● Formulário 1) Creme aniônico: porque o tensoativo é de característica aniônica. Inicia-se com os componentes oleosos indo para a fusão, em que o estearato está líquido, dissolvendo o BHT e adicionando apenas a cera autoemulsionante, para favorecer apenas para dissolver o álcool. Se utiliza de água a quantidade referente a subtração do que já foi utilizado, se os componentes constituem 35 gramas, se tem 65 gramas de água para completar, então se utilizam 60 gramas de água para dissolver o edetato, propilenoglicol e a solução de parabenos, sendo aquecido à temperatura de 75°C ou mais e a partir disso, se derrama a água sobre o óleo e se mantém sob agitação constante por 10 minutos, tira-se o aquecimento e se resfria e ao chegar aos 45°C acrescenta-se os componentes complementares. ● Creme MEG Em que se inicia a fusão dos componentes oleosos dos líquidos para os sólidos, começando pela pesagem do recipiente em que se faz a mistura por fusão. Para saber quanto de água se usará, se soma os componentes e faz a subtração. A solução de trolamina é fase tensoativa! Os dois tensoativos são o ácido esteárico com a solução de trolamina, que forma um sabão in situ, como o tensoativo primário, que é o monoestearato de trolamina e o monoestearato de glicerila, como agente tensoativo secundário. A porção polar do tensoativo principal é aniônica e a porção lipofílica melhora a estabilidade. ● Creme de natureza não-iônica O conservante de imiduréia é complementar porque se decompõe em altas temperaturas. Dimeticone é silicone não volátil, com atividade anti espumante e forma filme sobre a pele. Sendo não-iônica devido a cera auto emulsionante e o sistema tensoativo é o Ceteareth 20, e o álcool de lanolina contém colesterol, sendo o tensoativo secundário. ● Creme nutritivo O sistema tensoativo é composto pelo estearato de trolamina. ● Monitoramento da qualidade pH - direto ou diluído Aparência - brilho, grumos e nata Sensorial - odor, espalhamento, umectância e pegajosidade Densidade - picnometria Espalhabilidade - placas superpostas Viscosidade e comportamento reológico - viscosímetro Contagem microbiana - contagem Outras avaliações: Centrifugação: para rapidez na separação de fases Ciclo gelo-degelo: geladeira para congelar e 24 para descongelar, quando se descongela, se formam cristais que podem interferir nas micelas. Microscópica: homogeneidade das micelas Resistência a mudanças de pH: Resistência a eletrólitos: Compatibilidade com aditivos: feito inclusive no momento da incorporação. ● Embalagens - Bisnagas com ou sem aplicadores - Enchedor de churros ● Condições de armazenamento O uso deve ser correto, para evitar contaminação e evaporação. Deve-se determinar o prazo de validade da base, com ou sem ativo. ● Fatores ambientais ● Fatores da formulação ● Prazo de validade: Apenas da base galênica: diferente do produto final, em que se avalia também o aspecto químico devido a presença do princípio ativo, no caso da base galênica, se avaliam todos os tipos de estabilidade com a exceção da verificação da quantidade de PA. Do produto final: O artigo 3 discorre sobre: Como resultado, se obteve: Os grupos com maior estabilidade foram de com ar e sem luz e com nitrogênio, sem ar e sem luz. O aumento da concentração é analisado como erro analítico, acontecendo no verde e no azul, justificado por exemplo com a evaporação da água e aumento da concentração. ● Géis Formas semi sólidas obtidas pela dispersão coloidal de polímeros ou de pós finamente divididos em líquidos aquosos e oleosos, de natureza coloidal, no caso dos pós, o Aerosil com água, se forma um gel. Podem ser hidrofílicos ou lipofílicos e segundo a carga do material geleificante (não-iônico e aniônico), se apresentando como monofásicos ou bifásicos. A suspensão de hidróxido de alumínio que se caracteriza como gel, qual o outro? Geralmente se usam os géis aniônicos e hidrofílicos. - Polímeros: geralmente são aniônicos e exigem neutralização, quando feito com aminas - brilho melhor e quando feitos com hidróxido de sódio, consistência meio dura. Carbonatos que quando neutralizam, formam bolhas. 943, 940, 960, 980, ETD 220, ULTREX 10, com tamanhos e ramificação distintas, permitindo que se intumescem de maneiras diferentes. Alguns são mais resistentes que outros. - Aristoflex (AVC) - acriloildimetiltaurato de amônio, em que um pode substituir o outro, em que o aristoflex é mais caro que o carbopol. Este é um agente gelificante pré-neutralizado de natureza aniônica. O poloxamer não tem carga nenhuma, então com o tempo, ele poderia se decompor por hidrólise, sendo tensoativo que se dissolve bem em água gelada e em temperaturas elevadas se torna gel. ● Preparação Temperatura: - Metilcelulose: é insolúvel em água quente e intumesce em água fria - Carmelose é solúvel em água fria e quente, o calor reduz a viscosidade e aumenta a velocidade de dispersão, não necessita neutralizar. Dispersar o polímero em álcool etílico, aquecer a água em banho-maria e transferir a dispersão da carmelose e derramar sobre a água sob agitação, com isso, se completa o peso da água e se forma o gel. O bloco de carmelo em água forma grumos, com alta viscosidade que dificulta a dissolução. Como se tem o aquecimento da água, o álcool evapora. Às vezes se usa esse gel como agente aglutinante para granulação; Outra forma consiste em aquecer a água em banho-maria e se adiciona o polímero carmelose por peneiramento, sobre a água mantida sob agitação, até completo resfriamento e que os grumos formados desapareçam. - Carbopol: O método lento: consiste em dispersar o carbopol peneirando-o sobre a superfície parada da água a ser utilizada como veículo, sem agitação e sem repouso, e de um dia para o outro, de 12 a 24 horas o material incorpora na água, e no outro dia, se agita o material e homogeneizar, em seguida, se neutraliza e completa o peso. Método rápido: utiliza-se agitador de elevada energia para dispersar o carbopol na água evitando a incorporação de bolha de ar, diluir até o próximo do peso final com água e as bolhas incorporadas, saem naturalmente, podendo ser acelerado por meio em vácuo, centrifugação. Por último, se neutraliza e completa o peso. Solvente: Onde não intumesce mas seja miscível com o solvente que leve a intumescimento Agitação Neutralização: para realizar a neutralização, dependendo das características de pH do princípio ativo e da pele, além dos polímeros considerados como agente gelificante. O melhor pH para a pele, o pH fica em torno de 6,0 e 6,5 e nas regiões axilares e inguinais, se tem pH próximo da neutralidade, precisando considerar as condições de pH para estabilizar o princípio ativo, no caso do cetoconazol, que para ficar estável idealmente, se deseja manipular em pH 2, ficando em torno de 4 para equilibrar as situações. Entre os polímeros que não se necessita de neutralização, estão a hietelose, aristoflex e a carmelose. ● Preparação: Existem máquinas com até 3 tipos de agitadores, sendo um rápido e dois mais lentos, que agitam em sentidos contrários, para garantir a uniformidade da mistura em todas as etapas, desde a mais fluida até a mais viscosa. Existe um anel de vedação que reduz a pressão interna, eliminando as bolhas, então para produtos que geram espumas, formam bolhas e de alta viscosidade, se usa tal equipamento. Possuem 3 tipos de motores distintos. ● Formulário 1) Gel de hipromelose: o agente geleificante recebe o nome de premium por conseguir agregar à preparação uma ótima viscosidade. A água mais cada um dos componentes a serem dissolvidos e após isso se adiciona o polímero, porque se a tentativa é dissolver em gel, se tem mais dificuldade. Se peneira a hipromelose sobre o meio aquoso e se dispersam as partículas de hipromelose com mínima formação de grumos. O dipropilenoglicol funciona como agente que facilita a dissolução. 2) Álcool em gel: pode-se fazer a dispersão do carbômero em água, porque se trata de uma hidratação mais rápida do que uma dispersão em álcool. E nessa dispersão carbomer/água, se adicionar o álcool, tornando-o menos viscoso e a partir da regulação do pH com a trolamina, aminometilpropanol, se tem a formação do gel. 3) Gel hidroalcoólico: se dilui a solução conservante, glicerol e edetato e dispersao carbopol nesse material sob agitação vigorosa e depois se adiciona o regulador de pH. 4) Gel de peróxido de benzoíla: propilenoglicol como agente levigante do peróxido de benzoíla porque a acetona evapora e após isso, no gral e pistilo, se adiciona o gel hidroalcoólico. 5) Gel de carbômeto: o edetato, propilenoglicol e solução conservante são dispersos em água e após isso, se adiciona o carbomer, sendo regulado o pH. 6) Gel de hietelose: agente quelante, conservante e solvente, em que se dispersa em água e em seguida, a hietelose e após pronto, se adiciona a imiduréia, necessitando de aquecimento para formar o gel. 7) INCI: sabendo que o aristoflex forma algo muito viscoso, é o último a se adicionar. Tudo o que for solúvel em água vai para a água e o PEG para o etanol, em seguida, mistura-se com a água e depois se adiciona o aristoflex e por último, a fragrância, além desta poder ser adicionada na porção alcoólica. ● Monitoramento da qualidade:
Compartilhar