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peça prática IV enviar

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __VARA CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA/CE.
		OLAF DA FROZEM, nacionalidade (...) estado civil (...), bancário, , inscrito no CPF sob o n° (...) endereço eletrônico (...), residente e domiciliado na Rua Duque de Weselton n° 100, Bairro Disney, Fortaleza, CE. Vem por meio de seu advogado ( procuração em anexo) mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência com base nos artigos 927 do Código Civil , 294 Código Processo Civil, artigos 18 do Código de Defesa do Consumidor propor a presente:
	AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA 
	Em face de CHINGLING S. A., pessoa jurídica de direito privado, portadora do CNPJ Nº(...) endereço eletrônico (...) com Sede em Tururu-CE endereço completo (...) pelos fatos e fundamentos a seguir:
I- DOS FATOS
Em 15 de janeiro de 2020, Olaf da Frozen, efetuou a compra de um aparelho de ar condicionado fabricado pela CHINGLING S. A., empresa sediada em Tururu-CE. Ocorre que o referido produto, apesar de devidamente entregue, desde o momento de sua instalação, passou a apresentar problemas, desarmando e não refrigerando o ambiente. Em virtude dos problemas apresentados, Olaf da Frozen, no dia 25 de janeiro de 2020, entrou em contato com o fornecedor, que prestou devidamente o serviço de assistência técnica. 
Nessa oportunidade, foi trocado o termostato do aparelho. Todavia, apesar disso, o problema persistiu, razão pela qual Olaf da Frozen, por diversas outras vezes, entrou em contato com a CHINGLING S.A., a fim de tentar resolver a questão amigavelmente. Porém, tendo transcorrido o prazo de 30 (trinta) dias sem a resolução do defeito pelo fornecedor, Olaf da Frozen requereu a substituição do produto. 
Ocorre que, para a surpresa de Olaf da Frozen, a empresa negou a substituição do mesmo, afirmando que enviaria um novo técnico à sua residência para analisar novamente o produto. Sem embargo, a assistência técnica somente poderia ser realizada após 15 (quinze) dias, devido à grande quantidade de demandas no período do verão. 
Registre-se, ainda, que, em pleno verão, a troca do aparelho de ar condicionado se faz uma medida urgente, posto que as temperaturas atingem níveis cada vez mais alarmantes. Ademais, Olaf da Frozen comprou o produto justamente em função da chegada do verão. 
II- DO DIREITO
2.1- DA TUTELA ANTECIPADA
Diante disso, há indícios de que quem está pedindo a liminar tem direito ao que está pedindo nesse caso o Juiz não irá julgar o mérito e sim se ela parece ter o direito que alega. O autor demanda pela antecipação da tutela acerca das alarmantes temperaturas que atingem a cidade nesta época do ano e que adquiriu o ar condicionado com a intenção de suprir a chegada do verão, com base no artigo 294 e 273, do CPC. Periculum in mora: isso significa que se o magistrado não conceder a liminar imediatamente, mais tarde será muito tarde, ou seja, quando o aparelho estiver na posse do consumidor, já não terá mais a utilidade que teria quando foi comprado.
 São requisitos para a concessão da tutela antecipada o fundamento da demanda e o justificado receio de ineficácia do provimento final, em síntese o “fumus boni iuris” e o “periculum in mora”. Assim dispõe a Lei nº 8.078/90 Código de Defesa do Consumidor:
Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.
§ 3º Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficiência do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia, citado o réu.
Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: I – haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou II – fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.
O autor já sofre impactos econômicos negativos, uma vez que o aparelho comprado seria de uso urgente naquele exato momento, e quanto mais demora para realizar sua manutenção, mais se deteriora. Assim, resta demonstrado o “fumus boni iuris” e o “periculum in mora”, temos que a tutela se faz estritamente necessária para que o requerido cumpra o que havia sido pactuado.
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
2.2- DOS FUNDAMENTOS
2..2.1- DO DIREITO DO CONSUMIDOR
De acordo com CDC consumidor configura-se como toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final, já fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, que desenvolve atividade de comercialização, conforme o artigo 2° e 3°, do CDC.
Faz jus o autor pela troca do produto, já que decorreu o prazo legal para o conserto de 30 dias devendo então dentro de uma das hipóteses dentro do artigo 18,§1°, do CDC, ter seu produto trocado, e seja indenizado de acordo com o artigo 14 do CDC c/c artigo 927, do CC. 
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
        § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
        I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
        II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
        III - o abatimento proporcional do preço
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
        § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
        I - o modo de seu fornecimento;
        II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
        III - a época em que foi fornecido.
Portanto, preenchidos os requisitos a procedência da ação é medida de inteira justiça.
III- DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
a) Inicialmente diante da presenta dos requisitos, seja concedida a antecipação da tutela;
b) Condenação de custas e honorários advocatícios;
c) Requer provar por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente documentos acostados na inicial;
d) Que seja invertido o ônus da prova conforme o artigo 51, VI, do CDC.
Dá-se a causa, nos termos da lei, o valor de ...
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local e data.
Nome e OAB.

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