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Paleoecologia

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PALEOECOLOGIA
Manuel Alfredo Medeiros
Diretoria Interdisciplinar de Tecnologias na Educação - DINTE
Paleoecologia
 Biocenose
Tanatocenose 
 Orictocenose
Tafocenose
Associação ou
assembleia fóssil 
 Paleocomunidade
Depósito atricional
Paleoautoecologia: adaptações do organismo ou de grupo taxonômico
Paleosinecologia: integração entre as espécies em um mesmo ambiente e suas relações com o ambiente químico e físico
Indicadores paleoecológicos:
Análise sedimentológica: granulometria (o tamanho dos clastos indica a força da corrente que transportou os fósseis).
Estruturas sedimentares dão pistas sobre o ambiente em que as espécies viveram.
Biofábrica: organização tridimensional dos fósseis na rocha sedimentar também dão indicações ambientais importantes.
Geoquímica: certos minerais só se formam sob determinadas condições ambientais; sua presença na rocha ou nos fósseis fornece informações sobre o ambiente.
 Biótipos ou grupos morfológicos: forma visual ou morfológica de vários grupos, mas que dá indicações ecológicas imediatas.
 Ex: Peixe (indica presença de água), bosque (indica umidade), predominância de herbáceas pode indicar deserto.
 
		
 
 Abaixo: Savana africana (à esquerda) e cerrado brasileiro (à direita): são formados de espécies de plantas completamente distintas, mas indicam a mesma coisa - ambiente semi-árido.
Exemplos de reconstituição paleoecológica
Ediacara
As montanhas de Ediacara, na Austrália, possuem rochas formadas há mais de 540 M.A. (Pré-Cambriano), quando a região era o fundo de um mar raso. Possui fósseis de invertebrados muito primitivos que viviam ecologicamente integrados. A diversidade de espécies registrada permite uma reconstituição do ambiente antigo (próximos slides).
Fósseis de Ediacara
Reconstituição de Ediacara (635 a 541 M.A.)
Folhelho Burgess, Canadá
Montanhas do sudoeste do Canadá possuem níveis sedimentares com uma grande concentração de fósseis de um antigo fundo de mar lamoso que ali existiu há cerca de 508 M.A., no Cambriano. São invertebrados bizarros que representam uma das primeiras experiências evolutivas de vida complexa.
Fósseis do Folhelho Burgess
Reconstituição do Folhelho Burgess (508 M.A.)
Carbonífero
Entre 359 e 299 M.A., no Período Carbonífero, grande parte do planeta era tomado por imensos pântanos que, nos corpos de água estagnada, concentraram espessas camadas de restos de vegetais e de animais aprisionados na lama fina do fundo dos charcos. Como ambientes estagnados são ótimos sítios de formação de fósseis, hoje há grandes jazidas fossilíferas que documentam bem a vida que medrava naqueles ambientes ricos em diversidade. A grande concentração de matéria orgânica vegetal destes ambientes também produziu vastas minas de carvão mineral.
Carvão mineral
Reconstituição do Carbonífero
 Chapada do Araripe – CE, Brasil
Em meados do período Cretáceo, entre 115 e 108 M.A., o sul do Ceará era um grande lago, com grande concentração de formas de vida. Cercado por bosques de coníferas, o ecossistema era frequentado por insetos, anfíbios, crocodilos, dinossauros, cobras, pterossauros e, claro, era dominado por variados grupos de peixes. A fina lama carbonática preservou uma impressionante quantidade de espécimes, que permitem uma reconstituição bastante fiel do antigo ambiente que dominava a região. 
Fósseis do Araripe
Reconstituição do Araripe, cerca de 115 M.A.
Pleistoceno do nordeste do Brasil
No Pleistoceno, o nordeste brasileiro era colonizado por uma impressionante megafauna de mamíferos, incluindo preguiças e tatus gigantes, cavalos selvagens, mastodontes, camelídeos, tigres dentes de sabre e outras curiosas formas exclusivas das Américas, algumas endêmicas da América do Sul, que se extinguiram há apenas uns 11 mil anos. Muitos esqueletos são encontrados, frequentemente em locais onde se acumulava água e atraía grande número destes animais.
Reconstituição ambiental da América do Sul no Pleistoceno.
Norte do Maranhão no meso-Cretáceo
Uma antiga planície fluvial ocupava o norte maranhense entre 115 e 95 M.A., desaguando em um grande estuário nas proximidades de Alcântara. Este complexo ambiental preservou em seus sedimentos uma grande quantidade de fósseis que documentam uma variada comunidade, incluindo árvores coníferas, samambaias gigantes, dinossauros, crocodilos, peixes e pterossauros, que prosperaram neste ambiente rico em água, mas cercado por um cenário predominantemente árido ou semi-árido.
FIM
Leia o capítulo 10 da apostila
e apostila Paleoecologia suplementar

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