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Recurso de Apelação em Ação de Reparação de Danos

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ANA CAROLINA SANTANA TEIXEIRA 
OAB 000.000 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA CÍVEL 
DA COMARCA DE CARATINGA 
 
PROCESSO Nº 00013417000 
 
JOSE DE SOUZA JÚNIOR, já devidamente qualificado nos autos do processo 
em epígrafe, neste ato representado por sua genitora Isabel de Souza, também 
já devidamente qualificada nos autos, por seu advogado regularmente 
constituído, vem, tempestivamente à presença de Vossa Excelência, interpor 
APELAÇÃO 
Nos autos da Ação de reparação de danos morais e materiais que move em face 
de Walcyr Costa, também já qualificado nos autos, com fulcro nos arts.1.009 e 
seguintes, do CPC, conforme razões anexas. 
Requer o recebimento do recurso em seu efeito devolutivo e suspensivo 
(art.1.012 e art.1.013, CPC), a juntada do comprovante de preparo (art.1.007, 
§3º, CPC), inclusive porte de remessa e retorno, a intimação do recorrido para 
contrarrazões em 15 dias (art.1.010, §1º, CPC) e a remessa dos autos ao 
Egrégio Tribunal..., independentemente de juízo de admissibilidade (art.1.010, 
§3º, CPC) para processamento e julgamento do recurso. 
 
Nesses termos, 
Pede deferimento. 
Advogado ANA CAROLINA SANTANA TEIXEIRA 
OAB 000.000 
 
 
 
ANA CAROLINA SANTANA TEIXEIRA 
OAB 000.000 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS 
RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO 
PROCESSO Nº 00013417000 
APELANTE: JOSE DE SOUZA JÚNIOR 
APELADO: WALCYR COSTA 
ORIGEM: 4ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CARATINGA 
 
DOS FATOS 
Em agosto de 2016, o apelante, de 09 anos de idade, voltava da escola para 
casa, caminhando por uma estrada de terra da região rural onde morava, quando 
foi atingindo pelo coice de um cavalo que estava em um terreno à margem da 
estrada. 
O golpe causa sérios danos à saúde do recorrente, cujo tratamento se revela 
longo e custoso. Moveu, em setembro de 2019, ação de reparação de danos 
materiais e morais contra o proprietário do cavalo, ação esta que foi julgada 
improcedente ao argumento de que o apelado, proprietário do animal, 
“empregou o cuidado devido, pois mantinha o cavalo amarrado a uma árvore no 
terreno, evidenciando-se a ausência de culpa, especialmente em uma zona rural 
onde é comum a existência de cavalos”. 
Além disso, argumentou o juiz que já teria ocorrido a prescrição trienal da ação 
de reparação, quer no que tange aos danos morais, quer no que tange aos danos 
patrimoniais, já que a lesão ocorreu em 2016 e a ação somente foi proposta em 
2019. 
DA ADMISSIBILIDADE DO RECURSO 
Antes de expor as razões meritórias do presente recurso, demonstra o apelante 
que estão presentes os pressupostos de admissibilidade recursal, tendo em vista 
que o recurso de apelação é o cabível à sentença recorrida (art.1.009, CPC), o 
recorrente é parte legítima (art.996, CPC), uma vez ter sido parte vencida na 
ação e há interesse recursal (art.17, CPC) em virtude da sucumbência do 
ANA CAROLINA SANTANA TEIXEIRA 
OAB 000.000 
apelante, ou seja, pretende o recorrente, por meio da apelação, situação jurídica 
de maior vantagem. 
O recurso é tempestivo, uma vez que interposto dentro do prazo de 15 dias que 
a lei faculta para a interposição dessa modalidade de recurso (art.1.003, §5º, 
CPC), formalmente regular (art.188, CPC) e o apelante anexa a guia de preparo, 
devidamente recolhida, no ato da interposição (art.1.007, CPC), o que justifica o 
conhecimento do recurso. 
DAS RAZÕES DO INCONFORMISMO 
Como já destacado, o juízo a quo julgou totalmente improcedente a pretensão 
do apelante, ocorre que tal decisão não pode ser mantida. 
Da responsabilidade civil 
Um dos argumentos utilizados pelo juiz de instância singela para justificar a 
improcedência do pedido do apelante foi de que não havia dever de indenizar, já 
que não fora demonstrada culpa do dono do animal, ora apelado. 
Ocorre que, em conformidade com o art.936, do CC, o dono ou detentor do 
animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou 
força maior. 
Verificasse, pois, que o legislador cuidou dessa espécie de responsabilidade 
como sendo objetiva, sendo, portanto, completamente desnecessária a prova de 
culpa, bastando a demonstração do dano, nexo causal e de que o dano não foi 
provocado por força maior ou por culpa exclusiva da vítima, o que não ocorreu 
no caso dos autos. 
Requer-se, portanto, a reforma da sentença para que sejam julgadas 
procedentes a pretensões do autor, ora apelante, quanto à indenização por dano 
moral e material. 
Da prescrição trienal 
Outro argumento que não prospera e que fora utilizado na motivação da 
vergastada sentença é o de que a pretensão do apelante estava prescrita em 
razão da prescrição de três anos aplicada ao caso. 
ANA CAROLINA SANTANA TEIXEIRA 
OAB 000.000 
Ocorre que o recorrente tem 09 anos de idade e em razão disso, ou seja, em 
razão de ser menor absolutamente incapaz o prazo prescricional não corre em 
desfavor dele, isso segundo expressa dicção do art.198, I, do CC. 
Verifica-se, assim, que a decisão merece reforma também sob esse aspecto, em 
virtude de não ter ainda se iniciado o prazo prescricional para exercício da 
pretensão do apelante, menor impúbere. 
Dos danos materiais e morais 
Conforme demonstrado, o apelante sofreu graves danos à sua saúde sendo 
obrigado a passar por tratamento longo e difícil o que é dispendioso, além de 
causar, independentemente de outras demonstrações, significativo dano moral 
ao apelante. 
Em conformidade com o art.186, do CC, aqueles que por ação ou omissão 
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Por 
força do art.927, do mesmo Código, aquele que por ato ilícito causar dano a 
outrem, fica obrigado a repará-lo. 
Sendo assim, e uma vez demonstrado o dano, a conduta do apelado e o nexo 
causal, fica este obrigado a indenizar o apelante nos danos materiais e morais. 
Requer-se, portanto, a reforma da sentença para que sejam julgadas 
procedentes as pretensões do autor, ora apelante, quanto à indenização por 
dano moral e material. 
Dos pedidos 
Ante o exposto, requer; 
1. Que o presente recurso seja conhecido, uma vez se encontrarem 
presentes os pressupostos extrínsecos e intrínsecos de admissibilidade. 
 
2. E, no mérito, totalmente provido para: reformar a sentença recorrida, no 
sentido de dar procedência ao pleito do autor, ora apelante, condenando 
o apelado à reparação dos danos morais e materiais sofridos pelo 
apelante. 
ANA CAROLINA SANTANA TEIXEIRA 
OAB 000.000 
3. Que seja o apelado condenado ao pagamento das custas e honorário 
advocatícios, invertendo-se o ônus da sucumbência. 
 
 
Nesses termos, 
Pede deferimento. 
Advogado ANA CAROLINA SANTANA TEIXEIRA 
OAB 000.000

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