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DRENAGEM TORÁCICA

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HAB VIII Carolina Ferreira 
 
-A drenagem pleural consiste na colocação de um dreno tubular no 
espaço pleural, conectado a um reservatório com “selo d’água” que 
funciona como mecanismo valvar p/ impedir 
o retorno do ar ou conteúdo líquido drenado 
INDICAÇÕES: 
° Drenagem de hemotórax e derrame 
pleural(exsudato) 
° Drenagem de pneumotórax 
° Trauma (pneumotórax/hemotórax/tórax instável/ profilático em 
transporte) 
° Pós-cirúrgico após abertura de cavidade pleura 
CONTRAINDICAÇÕES 
-As contraindicações são: infecção sobre o local de inserção do tubo torácico e discrasia 
sanguínea severa e de difícil controle 
→ Em situações de risco iminente de morte, como pneumotórax hipertensivo, o paciente deve ser 
submetido a toracocentese descompressiva e, posteriormente, drenado independentemente 
da presença das contraindicações citadas. 
PROCEDIMENTO 
-O paciente deve ser orientado, como na toracocentese, quanto ao procedimento e às 
complicações, e deve-se realizar radiografia após a drenagem. 
-Tamanho dos tubos de drenagem torácica adequados por faixa etária: 
 
-Passos do procedimento: 
1. Determinar o local da drenagem usualmente no 
nível do mamilo (5º espaço intercostal) imediatamente 
anterior à linha axilar média do lado afetado. Em caso de 
hemotórax, pode ser usado um 2º dreno torácico 
2. Preparar cirurgicamente o tórax no local 
predeterminado p/ a inserção do dreno e cobrir c/ os 
campos cirúrgicos 
3. Anestesiar localmente a pele e o periósteo do arco 
costal. Durante a injeção de anestésico, a aspiração após a 
entrada na cavidade pleural c/ saída de ar (ou líquido) confirma o local de drenagem. 
Aspirações de material sólido, líquido entérico ou bilioso indicam que a cavidade peritoneal foi 
aberta. 
4. Fazer uma incisão transversa (horizontal) de 2 a 3 em, no local predeterminado, e dissecar de 
forma romba as partes moles junto à borda superior do arco costal até alcançar a pleura. 
Haverá a saída de líquidos, de sangue e/ou de ar, como nos casos de hidropneumotórax ou de 
hemopneumotórax. 
5. Perfurar a pleura parietal c/ a ponta de uma pinça hemostática(Kelly) e introduzir o dedo 
enluvado na incisão p/ evitar lesões de outros órgãos e p/ remover aderências, coágulos, etc. 
Quando o tubo estiver no local adequado, remover o clampe do tubo. 
6. Pinçar a extremidade proximal do dreno de toracostomia e introduzi-lo no espaço pleural na 
extensão desejada. O tubo deve ser direcionado superior e posteriormente junto à parede 
interna da caixa torácica. 
HAB VIII Carolina Ferreira 
7. Observar o embaçamento do tubo torácico c/ a expiração ou prestar atenção p/ verificar se 
existe fluxo de ar. 
8. Conectar a extremidade do dreno de toracostomia a um sistema de selo d'água. 
9. Realiza-se sutura “em bolsa” ao redor do dreno p/ fixá-lo à parede torácica e avalia-se o 
funcionamento do dreno torácico solicitando ao paciente que tussa. Se, ao fazê-lo, saírem 
bolhas de ar ou líquido pelo selo d’água, o dreno está na cavidade torácica. 
10. Fazer uma radiografia do tórax 
11. 0bter gasometria arterial e/ou conectar um monitor de oximetria de pulso, se necessário 
-Escape aéreo persistente e/ou em grande monta deve 
alertar p/ a possibilidade de fístula da árvore 
traqueobrônquica. Nesse caso, a broncoscopia pode ser 
usada p/ confirmar o diagnóstico, e o tratamento definitivo 
acaba sendo cirúrgico na maioria dos casos 
-Outra opção é a colocação de dreno tipo Wayne , que é 
menos mórbido que os drenos tradicionais e ñ precisa ser 
acoplado a um sistema de selo d’agua, uma vez que sua 
drenagem é feita por mecanismo de válvula. 
RETIRADA DO DRENO 
-Pede-se ao paciente p/ inspirar profundamente e prender a respiração. Puxa-se o dreno c/ um 
movimento firme e único e tampa-se a ferida aberta c/ gaze, cobrindo-a c/ esparadrapo 
imediatamente. É prudente manter o curativo oclusivo por, pelo menos, 48 horas. 
° Quando ñ estiver borbulhando, mesmo quando se solicita que o paciente tussa, c/ débito entre 
100 e 300 mL e total expansão pulmonar aos raios X, o dreno pode ser retirado. 
 COMPLICAÇÕES, PREVENÇÃO E CONTROLE 
 
 
-A toracocentese é a técnica que permite a extração de um líquido anormal, 
acumulado no espaço pleural, por meio de uma 
agulha ou um cateter, introduzidos 
percutaneamente pela parede torácica até o 
espaço pleural 
-Toracocentese= punção pleural 
-Lembra que a punção tem que ser no bordo 
superior da costela inferior 
-Objetivos: 
° Aliviar a restrição respiratória 
° Coleta liquido p/ analise laboratorial 
ANATOMIA DA PLEURA 
-A pleura é uma fina membrana que recobre o pulmão c/ as suas cissuras, e também o 
mediastino, o diafragma e a parede costal, de forma separada em cada hemitórax 
HAB VIII Carolina Ferreira 
-Classicamente, estabelece-se uma distinção entre a pleura parietal, que recobre a parede 
torácica, e a pleura visceral, que recobre o pulmão; entretanto, trata-se de uma membrana 
contínua, e a transição de ambas se encontra no hilo pulmonar. 
-A cavidade pleural é virtual. 
O acúmulo de ar, de sangue, 
de líquido ou de outros 
materiais compromete a 
expansão dos pulmões, 
produzindo um colapso 
pulmonar parcial ou total. Os 
problemas que podem ser 
encontrados na cavidade 
pleural determinados por 
essas situações estão relacionados no quadro ao lado 
DERRAME PLEURAL 
-A presença de derrame pleural pode evoluir 
rapidamente p/ insuficiência respiratória, de modo 
que o tratamento e o diagnóstico da causa devem 
ser estabelecidos precocemente 
-Causas: cardíaca, infecciosa, traumática, 
secundária a ascite volumosa, hipoproteinemia, 
inflamatória e linfa(quilotorax) 
° Lembra que do lado esquerdo tem o ducto torácico 
que lesado causa o quilotorax 
-Causas do derrame pleural divididas: 
° Transudato(ICC, embolia pulmonar, cirrose, 
síndrome nefrotica, atelectasias, glomerulonefrites e hipopreteinemia): punção aliviadora 
° Exsudato(empiema,neoplasia,colagenoses e tuberculose): apresenta pH < 7,2 e necessita de 
drenagem torácica 
-A análise do líquido pleural do ponto de vista bioquímico e citológico é importante p/ a 
distinção entre transudato e exsudato, por meio dos critérios de Light 
° A presença de empiema é confirmada quando: pH < 7,2, LDH > 1.000 UI/L e glicose < 40 mg/dL. 
-É importante afastar o diagnóstico de neoplasia maligna primária de pleura ou metastática. 
→ Nesses casos, geralmente, os derrames são de aspecto serossanguinolento, moderados a 
extensos, c/ predomínio de linfócitos, macrófagos e 
células mesoteliais. Na bioquímica, o líquido pleural é 
do tipo exsudativo, c/ glicose e pH baixos, e a sua 
citologia contribui p/ o diagnóstico suspeito de 
neoplasia maligna(confirmação em 45 a 75% dos 
casos). 
-Exame físico no derrame pleural: 
° Inspeção: nota alterações na expansibilidade e 
simetria 
° Palpação: expansibilidade e ñ tem frêmito 
toracovocal 
° Percussão: macicez 
° Ausculta: ausente 
-No Rx apresenta a linha Masier. No Rx c/ incidência de Laurell c/ coluna 
de altura + de 10 mm é indicado a toracocentese 
-No USG notamos a presença do liquido(escuro) e o pulmão(claro) 
-A pleurodese química é utilizada quando se tem derrames pleuras de 
repetição causadas por neoplasia, então utilizamos agentes 
HAB VIII Carolina Ferreira 
esclerosantes na pleura p/ que a pleura visceral grude na pleura parietal e ñ tenha espaço + p/ 
acumular líquidos 
INDICAÇÕES 
a) Todo derrame pleural de causa desconhecida ou de evolução progressiva; 
b) Insuficiência cardíaca c/ derrame unilateralacompanhado de dor torácica e/ou febre; 
c) Pneumonia c/ derrame pleural sem resolução após o tratamento antibiótico; 
d) Cirrose hepática c/ derrame suspeito de infecção; 
e) Compressão pulmonar 
-A toracocentese pode ser diagnóstica (retirada de uma amostra de líquido p/ exames) ou 
terapêutica. Nesse caso, o procedimento é indicado p/ o alívio dos sintomas do colapso parcial 
ou total dos pulmões e, nos casos de insuficiências cardíaca, renal e hepática, quando existem 
sintomas de insuficiência respiratória rapidamente progressiva. Nos derrames malignos, 
podem ser necessários procedimentos seriados até a programação da pleurodese. 
CONTRAINDICAÇÃO 
-Não há contraindicação absoluta p/ realizar o procedimento, porem existem contraindicações 
relativas, como discrasia sanguínea e anticoagulação terapêutica, que devem ser corrigidas 
e/ou revertidas p/ o procedimento; ventilação mecânica com risco de pneumotórax 
iatrogênico durante o procedimento; infecção da pele torácica, incapacidade de colaboração 
do paciente e derrames de pequeno volume. 
LOCALIZAÇÃO DO DERRAME PLEURAL 
-Realiza-se a radiografia de tórax p/ avaliar a extensão e o nível do derrame. Pode-se empregar 
a USG torácica ou a TC na suspeita de líquido encapsulado ou encistado (empiema prévio e 
derrames recidivantes) ou de derrames de pequena monta 
PROCEDIMENTO 
-Deve-se orientar o paciente sobre todos os passos a serem seguidos 
durante o procedimento, as possíveis sensações “estranhas”, além da 
dor local, e explicar que haverá anestesia e, se necessário,  da dose 
dela. O indivíduo deve estar ciente da possibilidade de complicações + 
sérias e de quais são as medidas possíveis de controle emergencial – 
pneumotórax e sangramento contínuo. Deve-se explicar, por fim, a 
necessidade da posição corpórea durante o procedimento e da 
radiografia de tórax depois. 
-O paciente deve estar sentado na borda da cama e c/ ângulo de 90 ° 
entre o quadril e os pés, 
devendo-se utilizar um 
apoio. Nessa postura, 
consegue-se que o 
diafragma esteja o + baixo possível, que exista 
máxima separação entre os espaços intercostais 
e que a parte inferior do hemitórax seja 
posterior. Além disso, deve-se manter a coluna 
toracolombar o + retificada possível. O paciente pode ficar sentado em uma cadeira e voltado 
p/ o apoio das costas, c/ os braços sobre um móvel. 
-O local + seguro p/ a punção (caso ñ seja possível demarcação prévia com USG ou TC)é abaixo 
da linha escapular, 2 espaços após o final da escápula, ou seja no 5º espaço intercostal na linha 
media. Deve-se tomar > cuidado em pacientes obesos e pacientes menores, pois a caixa 
torácica pode ser pequena, e o diafragma, estar + elevado. 
-Realizam-se as medidas de assepsia e antissepsia, seguidas da infiltração c/ anestésico local – 
em crianças, a sedação profunda venosa é realizada em centro cirúrgico, então a analgesia 
local é dispensável. O ponto de referência é a borda superior da costela inferior, p/ evitar a 
punção iatrogênica do feixe vasculonervoso intercostal. 
HAB VIII Carolina Ferreira 
-Após a punção, aspira-se a seringa durante a introdução da agulha. C/ a agulha em posição, a 
penetração no espaço pleural é confirmada pela presença de ar ou líquido pleural (aspecto 
seroso, sero-hemorrágico ou purulento). O cateter é introduzido, c/ aspiração constante, até a 
saída do líquido pleural. Antes da retirada do instrumento, solicitam-se uma inspiração 
profunda e retenção do ar por alguns instantes. Aplica-se curativo local e realiza-se radiografia 
de controle pós-punção. 
COMPLICAÇÕES, PREVENÇÃO E CONTROLE 
 
 
A toracocentese é um procedimento diagnóstico ou terapêutico? Sempre deve ser seguida de 
drenagem pleural? Ambos. Pode ser empregada c/ fins terapêuticos, quando a retirada do líquido da 
cavidade pleural  o quadro de insuficiência respiratória restritiva, e c/ fins diagnósticos, p/ obter o 
líquido para análises bioquímica, citológica e microbiológica. Portanto, ñ serão todos os casos que 
necessitarão de drenagem pleural após o procedimento

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