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Rebeka Freitas INTRODUÇÃO - Mais pró-oxidantes do que antioxidantes ⇾ reações em cascata⇾ vias de ativação celular⇾ alterações nas proteínas. - Estresse fisiológico: alterações dentro da faixa homeostática do corpo; é o resultado de um estimulo que acontece dentro de um padrão esperado pelo organismo (homeostasia). - Estresse patógeno: algo que acontece fora da expectativa homeostática ⇾ por exemplo, um patógeno que altera o perfil a célula. - Cada estimulo gera um número de moléculas afetadas e intensidade de radicais livres. - Adaptação celular = resposta da célula ao estresse fisiológico ou patológico ⇾ qual a intensidade, a qualidade e a persistência do estimulo? Quem? Como? Por quanto tempo? ⇾ a adaptação tem como objetivo eliminar o estimulo. - Sinais cardinais para começar a investigação em algum tecido que está modificado: hipertrofia, atrofia, hiperplasia, meta ⇾ diminuição ou eliminação do estimulo ⇾ quase sempre o padrão estabelecido de homeostasia após esses processos é modificado levemente⇾ não é como antes ⇾ condicionamento homeostático leva o padrão homeostático para outro nível. - A intensidade de um estimulo, a velocidade em que os eventos ocorrem e a duração do estimulo são determinantes que podem levar à lesão celular, processo no qual a célula não consegue responder à altura do que está sendo requerido. - Degeneração por acumulo de gordura = esteatose ⇾ custo para eliminar o estimulo. - Quando o estimulo é muito intenso, dura demais e é muito danoso, a célula não consegue se adaptar (ou não tem tempo de se adaptar) ⇾ necrose ou apoptose. - A mitocôndria percebe o desbalanço entre demanda energética e a oferta ⇾ colapso⇾ apoptose. - Necrose = morte sem planejamento ⇾ citólise⇾ perda de integridade da membrana plasmática ⇾ perda controle hidroeletrolítico ⇾ rompimento⇾ liberação de radicais livres e todos os outros componentes na matriz extracelular ⇾ distúrbio no ambiente. - Hipertrofia: aumento de tamanho da célula ⇾ aumento funcional (maior produção de conteúdo citoplasmático). - Hiperplasia: aumento do número de células maduras. - Hipertrofia/Hiperplasia ⇾ função aumentada, com maior intensidade. - Atrofia: queda do tamanho da célula ⇾ diminuição funcional ⇾ reciclagem energética. - Metaplasia: substituição de um tipo celular por outro. - Hipoplasia é apoptose, então não é adaptação. - A faixa de normalidade é diferente de uma pessoa para outra ⇾ combinação genética e ambiental = faixa homeostática dinâmica ⇾ existe um limite: quando as células começam a sofrer. - Autofagia tende fazer a célula sobreviver. - Dependendo dos estímulos do meio extracelular, a célula ativa mecanismos moleculares que acabam alterando os genes que comandam a diferenciação celular (estado de maturação em determinado ponto). - Qual o efeito da adaptação celular? 1) O estimulo para e a célula volta a um “normal” (reestabelecer um certo nível homeostático) OU 2) O estimulo piora e acontece lesão na célula (degeneração) - Os tecidos não têm a mesma capacidade de adaptação celular. • Tecidos lábeis: tecidos de divisão continua; alta taxa de renovação; sempre estão no ciclo celular; estão expostos a estímulos lesivos constantemente; ex. pele, mucosas, TGI, boca e útero, endométrio ⇾ tecidos epiteliais suscetíveis a neoplasia; fazem interface entre o corpo e algo exterior (ao corpo ou em uma cavidade) e, por isso, sofrem estímulos físicos, químicos. 2) Tecidos quiescentes: permanecem em repouso ou baixo nível; podem se dividir rapidamente em resposta a lesões (são ativados quando há um dano, para tentar repor as células); ex. rins, fígado, músculo liso, pâncreas. 3) Não divisores: células que não realizam mitose depois de seu desenvolvimento embrionário; as células tronco não conseguem Adapta oes Celulares Rebeka Freitas produzir perda da capacidade homeostática em viabilizarem células especializadas ⇾ não consegue sanar, repor o dano ⇾ a morte celular resulta em substituição por tecido conjuntivo, não regenerável; ex. células nervosas, musculo esquelético e cardíaco. - Adaptação fisiológica = as células respondem a estimulações normais de hormônios e mediadores químicos internos; ex.: gravidez - Adaptação patológica = resposta ao estresse de um estímulo lesivo, que faz com que ela modifique sua estrutura ou função para escapar da lesão; ex.: aumento do músculo cardíaco na Insuficiência Cardíaca. HIPERTROFIA - Aumento do tamanho das células, resultando em aumento do tamanho do órgão que ela compõe, em resposta ao aumento da carga de trabalho. • É uma procura de equilíbrio entre a demanda e capacidade funcional da célula ⇾ homeostase. • Célula fica maior devido aumento de organelas e proteínas estruturais, isso acontece em células incapazes de se dividir; não produzem células novas. - Pode ser fisiológica (útero na gravidez) ou patológica (aumento do coração devido hipertensão). - Mais comum em: músculo estriado cardíaco (sobrecarga hemodinâmica crônica advindo da hipertensão arterial ou valvas deficientes por exemplo) e músculo esqueléticos (musculação). - A hipertrofia ocorre em células de tecido permanente/ não divisível. - Hipertrofia miocárdica concêntrica reduz o lúmen. - O coração não sabe se a volemia está baixa porque não está chegando sangue nos tecidos, ou porque não está bombeando; ele tenta aumentar a FC e o DC para sanar a baixa volemia ⇾ na fase fria da sepse, o coração entra em colapso ao tentar fazer essa remediação. - Arterioesclerose: a pressão intra cameral do coração aumenta quando há aumento da volemia do corpo (pelo aumento da resistência periférica), o que ativa um estimulo mecânico⇾ estresse das fibras cardíacas. - Quando as células cardíacas hipertrofiam, reduzem o lumen, o que diminui o volume útil que chega no coração ⇾ a pressão dentro da câmera aumenta ⇾ o coração hipertrofia mais ainda⇾ diminuição cada vez menor mais e mais hipertrofia num cenário extremo desse, com hipóxia relativa e falta de nutrientes⇾ a célula morre por apoptose⇾ perda numérica de unidades funcionais do coração ⇾ a resistência elástica do tecido é modificada. - A lacuna de células mortas é preenchida por colágeno (remodelamento cardíaco) ⇾ não tem força de contração. HIPERPLASIA - Presente em tecidos lábeis e estáveis; ocorre aumento do número de células em resposta aos mesmo tipos de estímulos da hipertrofia, por exemplo. - Hiperplasia Fisiológica: • Hiperplasia Hormonal ⇾ o hormônio aumenta a proliferação do epitélio glandular da mama na puberdade ou gravidez. • Hiperplasia Compensatória ⇾ ocorre quando um tecido é removido ou lesado; se um pedaço do fígado for retirado, as células do órgão começam a aumentar a atividade mitótica, até restaurá-lo ao seu tamanho “normal” (equilíbrio) - Hiperplasia Patológica: • Geralmente causada por estimulação hormonal excessiva ou fatores de crescimento (envolvidos na hiperplasia associada a certas infecções virais, como nas papilomaviroses ⇾ verrugas na pele causadas por hiperplasia de epitélio). •Hiperplasia patológica é um solo fértil para surgimento posterior de proliferação cancerosa ⇾ se mexe com replicação, mexe com material genético ⇾ possibilidade de mutações. - No processo hiperplásico dos tecidos glandulares, as células também estão hipertróficas, aumentadas em volume e em número, pois é preciso um aumento de hormônios ⇾ no entanto, nos tecidos glandulares, o processo predominante é a hiperplasia, ainda que haja hipertrofia ⇾ a nível didático a hipertrofia não é mencionada. - Pólipo = projeção da mucosa para o lúmen; Displasia: desorganização da distribuição dos tecidos ⇾ ocorrem modificações que sugerem pré-malignidade ⇾ suscetibilidade aumentada para câncer. Rebeka Freitas ATROFIA -Diminuição do tamanho da célula por perda de substância celular e consequentemente, diminuição do tamanho do órgão que estáinserida. • Atrofia fisiológica = perda de estimulação hormonal na menopausa •Atrofia patológica = desenervação. - Há diminuição da atividade metabólica ⇾ diminuição da síntese de proteína ⇾ aumento da degradação proteica. - Causas possíveis para a atrofia: diminuição da carga de trabalho, perda de inervação, diminuição do suprimento sanguíneo, nutrição inadequada, perda de estimulação endócrina e envelhecimento. - Os mecanismo de atrofia afetam o equilíbrio entre a síntese e a degradação de proteínas; pode ser acompanhada por autofagia, “comer a si próprio”. - Autofagia: célula privada de nutrientes digere seus próprios componentes para sobreviver ⇾ diminuição do suprimento sanguíneo (arteriosclerose, nutrição inadequada). - Tipos de atrofia: slide • Atrofia por desuso: redução da carga de trabalho. • Atrofia por desenervação: a função normal de um músculo esquelético depende de seu suprimento nervoso. • Diminuição do suprimento sanguíneo (isquemia): pode ser consequência de doença oclusiva arterial que acaba causando atrofia tecidual. • Nutrição inadequada: desnutrição proteico-calórica está associada ao uso do músculo esquelético como fonte de energia, após a exaustão das outras fontes de reservas (tecido adiposo). • Perda da estimulação endócrina: perda da estimulação estrogênica durante a menopausa, nas mamas, útero (endométrio) e ovários, produz uma atrofia fisiológica destes órgãos. • Atrofia senil (envelhecimento): este processo está associado a perda celular, mais visto em tecidos de células permanentes como coração e cérebro. • Por pressão: um tumor benigno crescente pode comprimir o tecido circundante, causando atrofia isquêmica devido a diminuição do suprimento sanguíneo pela pressão realizada pelo tecido em expansão. METAPLASIA - Alteração reversível por estímulo estressante, no qual um tipo de célula adulta é substituída por outro tipo de célula adulta, mais capaz de suportar o estresse ⇾ a célula tronco que faz essa troca; ativa genes que estavam desativadas para produção de outra célula - Também mexe no material genético e, portanto, aumenta a probabilidade de mutações. - Exemplo de metaplasia: o epitélio respiratório de um fumante tem as células epiteliais normais colunares e ciliadas da traqueia e brônquios são substituídas por células epiteliais escamosas estratificadas - Estas células escamosas são mais resistentes do que as normais, que são frágeis ⇾ porém, nessa troca, há perde de mecanismos de proteção (secreção de mucos, cílios que removem materiais particulados). - A metaplasia epitelial mais comum é a colunar para a escamosa (trato respiratório) - As influências que predispõem a metaplasia, se persistirem, podem induzir a transformação cancerosa no epitélio metaplásico. - Se o estímulo estressante persistir por mais tempo, pode predispor a transformação maligna deste tecido, como ocorre no câncer de pulmão. - A displasia pode ocorrer tanto num tecido metaplásico quanto hiperplásico; sugere mutações genéticas e, por isso, é preciso vigiar; não é sinônimo de câncer, mas aumenta a probabilidade; é uma condição pré-maligna. - A divisão entre uma displasia e neoplasia é tênue; são consideradas lesões e condições pré neoplásicas – slide
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