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Cristina Carneiro_Caso Clínico 35 4

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Aluna: Cristina Carneiro da Cunha 
Matrícula: 202002536705 
SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS – ANATOMIA 
 
CASO CLÍNICO 35.4 HORDÉOLO 
 
QUESTÕES 
a) As pálpebras são fundamentais na proteção ocular. Descreva a 
anatomia palpebral. Qual estrutura está comprometida no caso do 
hordéolo? 
As pálpebras são pregas musculofibrosas móveis situadas sobre o bulbo do 
olho. Unem-se nos ângulos medial e lateral do olho em cada extremidade da 
rima das pálpebras situada entre as pálpebras. A prega epicântica (epicanto) é 
uma dobra cutânea que cobre o ângulo medial do olho em algumas pessoas, 
principalmente em asiáticos. As depressões superior e inferior às pálpebras 
são os sulcos suprapalpebral e infrapalpebral. Anatomicamente, a pálpebra é 
constituída por duas lamelas, anterior (pele e musculo orbicular) e a posterior 
(tarso e conjuntiva), separadas no bordo pela linha cinzenta, e na pálpebra 
superior pela aponeurose do músculo levantador da pálpebra superior. 
Qualquer uma das glândulas na pálpebra pode apresentar inflamação e edema 
causados por infecção ou obstrução de seus ductos. Em caso de obstrução 
dos ductos das glândulas ciliares, surge na pálpebra um edema supurativo 
(produtor de pus) vermelho e doloroso, um hordéolo 
 
b) Descreva o aparelho lacrimal humano. 
O aparelho lacrimal consiste em glândula lacrimal, dúctulos excretores da 
glândula lacrimal, canalículos lacrimais e ducto lacrimonasal. É amendoada e 
com cerca de 2cm de comprimento, situando-se na fossa da glândula lacrimal 
na parte súperolateral de cada órbita 
 
c) O bulbo do olho pode ser anatomicamente dividido em três 
camadas. Quais os componentes de cada camada? Qual a função 
de cada um destes? 
As três camadas do olho ou túnicas são: 
• Túnica fibrosa (camada externa), formada pela esclera opaca e córnea 
anterior transparente. É o esqueleto fibroso externo, que garante a forma e 
a resistência. 
• Túnica vascular (camada intermédia), formada pela corioide (relacionada 
principalmente com a nutrição dos cones e bastonetes da retina), corpo 
ciliar (que produz o humor aquoso e ajusta a lente) e íris (que protege a 
retina). Forma a maior parte da túnica vascular do bulbo do olho e reveste 
a maior parte da esclera. 
• Túnica interna (camada interna), formada pelas partes óptica e cega da 
retina. É a camada neural sensitiva do bulbo olho. Uma região sensível 
sobre a qual são projetados os raios luminosos. 
 
d) Quais as estruturas responsáveis pelo ajuste do foco e 
acomodação do olho humano? Como atuam? Dê exemplos de 
afecções patológicas relacionadas à acomodação visual. 
A córnea é o principal componente refrativo do bulbo do olho, e os ajustes de 
foco são feitos pela lente. No seu trajeto até a retina, as ondas luminosas 
atravessam os meios refrativos do bulbo do olho: córnea, humor aquoso, lente 
e humor vítreo. A córnea é o meio refrativo primário do bulbo do olho — isto é, 
desvia a luz no máximo grau, focalizando uma imagem invertida sobre a retina 
fotossensível do fundo do bulbo do olho. Embora a maior parte da refração seja 
produzida pela córnea, a convexidade da lente, sobretudo de sua face anterior, 
varia constantemente para a focalização fina de objetos próximos ou distantes 
na retina. A lente não fixada isolada torna-se quase esférica. Em outras 
palavras, na ausência de fixação externa e distensão, torna-se quase redonda. 
O músculo ciliar do corpo ciliar modifica o formato da lente. Na ausência de 
estimulação nervosa, o diâmetro do anel muscular relaxado é maior. A lente 
suspensa no anel está sob tensão, pois sua periferia é distendida, tornando-a 
mais fina (menos convexa). A lente menos convexa coloca objetos mais 
distantes em foco (visão para longe). A estimulação parassimpática através do 
nervo oculomotor (NC III) causa contração do músculo ciliar, semelhante a um 
esfíncter. O anel torna-se menor e a tensão sobre a lente diminui. A lente 
relaxada torna-se mais espessa (mais convexa), focalizando objetos próximos 
(visão para perto). O processo ativo de modificação do formato da lente para 
visão de perto é chamado de acomodação. A espessura da lente aumenta com 
a idade, de modo que a capacidade de acomodação costuma ser limitada 
depois dos 40 anos de idade. 
 
Um exemplo de afecção patológica relacionada a acomodação visual é a 
presbiopia, que em razão da contínua deposição de fibras da lente, a 
elasticidade diminui a tal ponto (a partir dos 40 anos de idade) que a 
acomodação fica reduzida. 
 
e) Como ocorre a circulação do humor aquoso desde a sua produção 
até a sua drenagem? Explique o que é “glaucoma”. 
O humor aquoso ocupa o segmento anterior do bulbo do olho. O segmento 
anterior é subdividido pela íris e pupila. A câmara anterior do bulbo do olho é o 
espaço entre a córnea anteriormente e a íris/pupila posteriormente. A câmara 
posterior do bulbo do olho está situada entre a íris/pupila anteriormente e a 
lente e o corpo ciliar posteriormente. O humor aquoso é produzido na câmara 
posterior pelos processos ciliares do corpo ciliar. Essa solução aquosa 
transparente fornece nutrientes para a córnea avascular e a lente. Após 
atravessar a pupila e chegar à câmara anterior, o humor aquoso drena através 
de uma rede trabecular no ângulo iridocorneal para o seio venoso da esclera 
(canal de Schlemm). O humor é retirado pelo plexo do limbo, uma rede de 
veias esclerais próximas do limbo, que drenam para tributárias das veias 
vorticosas e ciliares anteriores. A pressão intraocular (PIO) é um equilíbrio 
entre a produção e a drenagem de humor aquoso. 
Com relação ao Glaucoma, a velocidade da saída de humor aquoso através do 
seio venoso da esclera para a circulação sanguínea deve ser igual à 
velocidade de produção do humor aquoso. Caso haja diminuição acentuada da 
drenagem em razão de obstrução da via de saída, a pressão aumenta nas 
câmaras anterior e posterior do olho, um distúrbio chamado de glaucoma. A 
compressão da túnica interna do bulbo do olho (retina) e das artérias da retina 
pode causar cegueira se a produção de humor aquoso não for reduzida para 
manter a pressão intraocular normal. 
 
f) Quais são os músculos extrínsecos e intrínsecos do bulbo do olho? 
Os músculos extrínsecos do bulbo do olho são o levantador da pálpebra 
superior, quatro retos (superior, inferior, medial e lateral) e dois oblíquos 
(superior e inferior). Esses músculos atuam juntos para movimentar as 
pálpebras superiores e os bulbos dos olhos. 
Os músculos intrínsecos do bulbo do olho são o ciliar, esfíncter da pupila e 
dilatador da pupila 
 
g) Qual a inervação dos músculos intrínsecos e extrínsecos do bulbo 
do olho? 
Todos os músculos da órbita são supridos pelo NC III, exceto músculos oblíquo 
superior e reto lateral, que são supridos pelos NC IV e VI, respectivamente. 
Inervação dos músculos intrínsecos: 
O músculo ciliar e o músculo esfíncter da pupila tem inervação parassimpática 
através do nervo oculomotor (III par) e o músculo dilatador da pupila tem 
inervação simpática.

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