Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fefa Cardoso Ct- Insta: @fefa_cardoso Resumo de vestibulopatias periféricas © Objetivos: – Conhecer os sistemas responsáveis pelo equilíbrio corporal; – Revisar a fisiologia do ouvido interno; – Fazer uma anamnese detalhada; – Identificar as principais patologias; – Diferenciar vestibulopatia central de periférica. © Importância: – 5-6% das consultas médicas em geral; – 40% das pessoas acima de 40 anos vão apresentar o quadro em algum momento. – 4 a 6% dos casos atendidos emergencialmente com vertigem associada a náuseas e vômitos apresentam um acidente vascular cerebral (AVC) – Acredita-se que mais 35% dos AVC’s não são diagnosticados em pacientes com vertigem aguda. © Orientação e Equilíbrio: © Anatomia: • Parte anterior: cóclea – relacionada com a audição • Parte posterior: vestíbulo e canais semicirculares – relacionados ao equilíbrio à Anatofisiologia Vestibular – O sistema vestibular periférico está localizado no labirinto posterior da orelha interna – eles funcionam em conjunto – Composto por: labirinto ósseo; labirinto membranoso, 5 receptores sensoriais (2 máculas dos órgãos otolíticos e cristas dos 3 canais semicirculares); – Estruturas simétricas e em espelho; – Sensores vão perceber: Velocidade angular, aceleração linear e forca gravitacional Se houver o funcionamento mais de um do que do outro, o paciente percebe a tontura. – Estruturas importantes: • Lápilus (mácula do utrículo): orientação da posição cabeça na posição ereta. • Rágata (mácula do sáculo): orientação em decúbito dorsal – Células ciliadas estão tanto na macula quanto nas cristas dos CSC e vão converter forcas mecânicas em impulsos neurais: • Tipo I: velocidade angular e linear • Tipo II: integração espacial e gravitacional (Vestibulopatias periféricas) Fefa Cardoso Ct- Insta: @fefa_cardoso Resumo de vestibulopatias periféricas © Funções do Labirinto Vestibular: – Transformar as forcas provocadas pela aceleração da cabeça e da gravidade em sinal biológico; – Informar os centros nervosos sobre a velocidade da cabeça e sua posição no espaço; – Iniciar alguns reflexos necessários para a estabilização do olhar, da cabeça e do corpo. © Tontura: à Definição: – Tontura, classicamente, é sensação de rotação do ambiente ou do próprio corpo percebido pelo indivíduo, sendo um sintoma típico de lesão vestibular. – Objetiva sensação é de que o meio em volta está girando – Subjetiva sensação é de que o corpo gira e o meio está “parado”. Não é exclusiva de doenças vestibulares, pode estar presente em patologias como crise epiléptica, alterações oculomotoras, aura de enxaqueca, hipoglicemia, dentre outros. © Anamnese: A tontura deve ser caracterizada de acordo com os seguintes fatores: – Forma de apresentação; – Intensidade (crise ou forma crônica); – Duração e frequência; – Tempo de início; – Evolução clínica (constante, progressiva ou regressiva, recorrente); – Fatores desencadeantes, de melhora ou piora; – Sintomas associado; – Grau de limitação do paciente na realização das atividades do dia-a-dia; – Demais doenças de base e história pregressa à Forma de apresentação: – Rotação (vertigem); – Flutuação ou de cabeça vazia; – Escurecimento visual ou pré-sincope – Instabilidade ou desequilíbrio à Sintomas associados: à Fatores desencadeantes: • Movimentos rápidos da cabeça; – Movimentos que acentuam as assimetrias da função vestibular (lembrar que eles atuam juntos) • Mudanças de pressão da orelha média; • Hipoglicemia; • Migrânea – tontura + cefaleia pode ser desencadeada por “alimentos gatilhos” como queijos, vinhos, alimentos gordurosos ou em conserva = mais comum de ver em ambulatórios! Fefa Cardoso Ct- Insta: @fefa_cardoso Resumo de vestibulopatias periféricas © Hipóteses Diagnóstica: © Quadro clínico: © Exame Físico: Avaliar: – Pesquisa do nistagmo espontâneo e semi- espontâneo, posicional e de posicionamento; – O equilíbrio corporal estático e dinâmico, marchas; – Exame neurológico sucinto que inclua avaliação dos pares de nervos cranianos e provas cerebelares; • Pesquisa do nistagmo espontâneo e semi-espontâneo, posicional (posição) e de posicionamento (Dix-Hallpike e Head Roll Test) Pede pro paciente mudar de posição (dentre essas da foto) e avalia ele por 30 segundos na posição e vê se ele tem instabilidade em alguma delas! • Avaliando o equilíbrio: à Fukuda: Marcha com 60 passos – normal é desviar 30º para o lado ao caminhar 1m à Babinski-Weil: Pede pro paciente dar 3 passos para frente e depois 3 passos para trás e então repetir isso de olhos fechados • Avaliação dos pares cranianos: Com testes de coordenação motora/ provas cerebelares – Índex- nariz – Calcanhar-joelho à Romberg Vestibular: Ao fechar as pálpebras, o paciente tende a cair para o lado lesionado e modifica com a posição da cabeça. Fefa Cardoso Ct- Insta: @fefa_cardoso Resumo de vestibulopatias periféricas © Periférica X Central: © Exames complementares: – Exames hematológicos (hemograma, glicemia em jejum, lipidograma, curva de glicemia e insulina de 3 horas, TSH e T4 livre, VDRL, FTA ABS, dosagem sérica de íons) – colesterol alto e sífilis também podem alterar a função do labirinto! Por isso se pede esses exames! – Exames de Imagem: tomografia de ossos temporais, ressonância encefálica, de orelhas (média e interna), agioressonancia de vasos cerebrais, etc. – Avaliação cardiovascular: eletro, Holter de 24 horas, Tilt test, etc. – Avaliação otoneurológica à Avaliação Otoneurológica: Básica: Avançada: © Hidropsia Endolinfática Idiopática (DM): Definição: Distúrbio do labirinto membranoso. Perda auditiva, vertigem e zumbido. Síndrome de Ménière X Doença de Ménière Epidemiologia: Brancos, sem preferência sexual 40 a 60 anos à Quadro clínico: Vertigem: 96,2% dos casos = principal queixa Episódica, piora com mov. da cabeça Zumbido: 91,1% dos casos, não pulsátil e em geral, melhora após crises. Hipoacusia: 87,7% dos casos, NS flutuante. Progressiva – graves. “U” invertido (pico 2KHz) à Diagnóstico: Confirmar Ménière. Descartar processos expansivos. Perda em graves na audiometria é característica dessa doença. Fefa Cardoso Ct- Insta: @fefa_cardoso Resumo de vestibulopatias periféricas à Tratamento: © Hidropsia Endolinfática Secundária (SM): Sífilis Otológica: – Hipacusia: 38% congênita e 80% das neurosífilis – Sintomas vestibulares comuns – Goma sifilítica no osso temporal, com estreitamento do ducto endolinfático – Diagnostico: VDRL e FTA sérico e liquórico – Tratamento: Penicilina Benzatina IM (secundária) ou Penicilina Cristalina EV (terciária) © Vertigem Postural paroxística benigna: © VPPB: Paciente tem crises rotatórias quando fizer um movimento específico (levantar a cabeça, deitar para certo lado, etc.) É recorrente! Vai acontecer todas as vezes que o paciente repetir esse movimento. © Manobras para diagnóstico: à Dix-Halpike: Deita o paciente e ele vai ficar com a cabeça distendida ou coma cabeça para fora da maca. Vai mudar o paciente de posição (deitando ele) e verificar aonde que ele sente a vertigem à Manobra Epley: à Head Roll Test: à Manobra de Lempert à Manobra de Zuma à Manobra de Yacovino © Resumo: Fefa Cardoso Ct- Insta: @fefa_cardoso Resumo de vestibulopatias periféricas © Labirintopatias Metabólicas e Hormonais: © Neurite Vestibular: © Labirintopatias Infecciosas: © Vestibulopatias Centrais: à Diferenciar central de periférica: O teste é feito da seguinte forma: Se ele tiver periférica: o olhar chegará um pouco atraso se comparado ao movimento da cabeça. Se for central: o teste vai vir com a visão normal. Ao ocluir um olho (3ª parte do teste) – o olho não fica parado (normal) ele muda. 90% dos casos de DPPD o problema está no canal posterior. Tratamento para a labirintite propriamente dita é: - Corticóide - Antibiotico - As vezes, precisa fazer drenagem cirúrgica. Fefa Cardoso Ct- Insta: @fefa_cardoso Resumo de vestibulopatias periféricas © Tratamento: Tratamento Farmacológico: Exercícios para reabilitação: Sobre as medicações: o indicado é começar com as doses altas e ir diminuindo aos poucos!!
Compartilhar