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Controle Químico do biofilme dental 23/06/2020 (PAT) Objetivos dos agentes químicos: • adesão do biofilme • Antimicrobiana (parar ou retardar proliferação de bactérias) • Removedora de biofilme • Alterar patogenicidade do biofilme • Ação coadjuvante à escovação. Ação dos agentes químicos: • Atividade antimicrobiana (antibióticos e antissépticos) • Ação não-enzimática (alteração no metabolismo e estrutura do biofilme) • Ação enzimática (dispersão da matriz intercelular do biofilme) • Interferência com adesão e agregação de MO. Indicações para controle químico do biofilme: Cirurgias: evitar bacteremia; Deficientes físicos e mentais; Alterações sistêmicas; Alto risco de cárie; Hospitalizados; Fase inicial de tratamento ortodôntico. Propriedades ideais: Segurança; Baixa permeabilidade tecidual; Seletividade; Estabilidade; Baixo custo; Sabor aceitável; Substantividade (capacidade de adsorção nas superfícies com posterior liberação em níveis terapêuticos). Antissépticos bucais: Tudo que for usado para degradar ou inibir a proliferação de MO presentes na superfície da pele e mucosas. Procedimento simples e prático. Pode diminuir de 75% a 99% MO na cavidade bucal e diminuir contaminação pelos aerossóis. Soluções: Iodopovidona e clorexidina. VEÍCULOS A. Dentifrícios. Composição: 1. Agente abrasivo: carbonato de Ca, sílica, alumina + carbonato de cálcio ( acúmulo de placa - remoção de manchas extrínsecas). 2. Espessante: carboximetilcelulose, alginato (Estabilidade e consistência da pasta). 3. Surfactante: laurilsulfato de sódio. 4. Umectante: glicerina, sorbitol, polietilenoglicol (impede a secagem do dentifrício). 5. Flavorizante: sacarina sódica, menta, hortelã (sabor e aroma). 6. Agentes terapêuticos: anticárie, anticálculo, antiplaca, antissensibilidade e antigengivite. B. Colutórios: mistura do componente ativo na água, álcool, surfactantes, umectantes e flavorizantes. “Enxaguatórios bucais não penetram dentro do sulco gengival ou bolsa periodontal.” “Os bochechos com produtos para controle químico do biofilme dentário não liberam o agente em mais do que 1mm dentro da bolsa periodontal.” C. Vernizes: à base de resinas naturais. Liberação lenta. D. Gel, sprays, irrigadores. TIPOS 1. Agentes não iônicos 2. Óleos essenciais 3. Catiônicos 4. Halogênios – Flúor 5. Agentes oxigenantes 6. Substâncias naturais 1. Agentes não iônicos: TRICLOSAN Antibacteriano de amplo espectro e limitadas eficácia antiplaca e substantividade. Colutórios ou dentifrícios (0,2% a 0,3%). Ação: desorganização da membrana celular e inibição do metabolismo da glicose e proteases. Maior retenção = gantrez e maior efeito = citrato de Zn. 2. Óleos essenciais: LISTERINE Associação de timol, eucaliptol, salicilato de metila e mentol. Ação: Inibe enzimas bacterianas, desorganiza membrana celular das bactéria, diminui quimiotaxia de neutrófilos, ação contra G+, G- e leveduras, baixa substantividade, menor eficácia do que clorexidina, sensação de queimação e gosto desagradável. 3. Agentes catiônicos: CLOREXIDINA 0,12%: bochechos semanais (2x/dia durante 1’) concentração mínima eficaz/0,12 – 0,2% : bochecho pré-operatório/ 2 a 4% : assepsia extra bucal. Ação: Ação bacteriostática/ bactericida; Dicatiônica; Alta substantividade (8 a 12 horas); Segura Inibição de enzimas proteolíticas; Eficácia (bactérias G+ e G-, anaeróbias e anaeróbias facultativas - em especial mutans); Fungos; Leveduras; alguns vírus. Efeitos adversos: Manchamento de dentes e língua (e resinas), Aumento na quantidade de cálculos supra gengivais, Descamação e sensibilidade da mucosa, Alterações no paladar e Reações alérgicas. CLORETO DE CETILPIRIDÍNEO Cloreto de cetilpiridíneo 1: 2000 (0,05%)/ Cepacol®/ Monocatiônica; Contra G+. Ação: Aumenta permeabilidade celular – lise parede MO, baixa substantividade e menor eficácia (baixa inibição de placa). 4. Halogênios: FLÚOR Prevenção de cárie e tratamento da hipersensibilidade; Monofluorfosfato de sódio ( 0,05% anticárie e 0,2% sensibilidade); Ação: Nas concentrações dos dentifrícios = sem ação antimicrobiana significativa; Efeito principal no processo de des-re. 5. Agentes oxigenantes: PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO Peróxido de hidrogênio; Uso por curto espaço de tempo; Danos teciduais e co-carcinogênicos. Ação: antimicrobiana pela liberação de O2 = afeta componente celular de anaeróbios; Efeito físico = remoção do biofilme; PVP-I Iodopovidona 10% em solução aquosa com 1% de iodo ativo; Reação halogenação: polivinil-pirrolidona∞Iodo + H2O = Iodo; Reação halogenação com proteínas; Anti-sepsia extra bucal (contato por 10’, remoção de excessos); Degermação de mãos e braços. CUIDADO: Alérgicos a iodo Ação: eficaz contra: bactérias G+ e G-; Fungos; Vírus; Protozoários; Micobactérias. 6. Produtos naturais • Própolis, alecrim, malva, romã; • Resultados interessantes; • Ação antimicrobiana; • Precisam de mais estudos. Plano de Tratamento Periodontal – 30/06/2020 (PAT) Prioridades: 1º interromper progressão da doença, 2º Eliminar doença por completo e 3º Recuperar estruturas perdidas. Inicial: dar condições para que o paciente consiga higienizar/ Básica: tratamento de bolsas profundas/ Corretiva: terapias cirúrgicas (nem sempre reconstrutiva, podendo ajudar no tratamento da doença em si) e reabilitadoras. Profundidade de sondagem (se há a presença de bolsas periodontais), perda Quais parâmetros no exame clínico periodontal? de inserção (nível de inserção clínica), sangramento a sondagem, etc. *Verificar a quantidade de tecido perdido e identificação da extensão da lesão na doença periodontal. 1. Índice de placa (IP); 2. Índice de sangramento gengival (S); 3. Profundidade de sondagem (PS); 4. Nível de inserção clínica (NIC); 5. Envolvimento de furcas; 6. Mobilidade dental. Anamnese, Exame Clínico e Periodontal: Anamnese médica e odontológica; FASE SISTÊMICA (“Eliminar ou diminuir as condições sistêmicas para melhores resultados da terapia causal e proteção do paciente e profissional contra riscos de infecção”): Exame clínico extra e intra oral/ Exame periodontal/ Exame radiográfico. Questionário sobre saúde (anamnese): História familiar e social, Histórica médica (50% população adulta apresenta doença sistêmica – hipertensão, insuficiência cardíaca, infarto, osteoporose, artrite, diabetes e doenças infecciosas), Histórico de tabagismo e Achados intra e extra orais. Avaliação: Mínimo de 1 mês (28 dias), para que tecido se adapte.. DIAGNÓSTICO • Periodontite estágio III padrão incisivo-molar? • Periodontite estágio III, grau C generalizada? • Gengivite • Saúde periodontal PLANO DE TRATAMENTO PERIODONTAL (ao lado) 1. Terapia Inicial • Instrução de higiene; • Remoção de fatores retentores do biofilme; • Motivação do paciente. Instrução de higiene oral; • Dar condições para que o paciente possa higienizar; • Desgastes prévios; contenção fixa provisória; • Placas de mordida; Próteses e restaurações provisórias; • RASPAGENS SUPRA-GENGIVAIS 2. Terapia básica • Raspagem sub-gengival. • Terapia periodontal não-cirúrgica realizada por sítios sangrantes. A instrumentação radicular em bolsas com profundidade menor que 3 mm -> perda de inserção maior que o ganho, não sendo indicada. A instrumentação radicular de bolsas com profundidade maior que 5 mm -> leva a ganhos de inserção. Reavaliação (pós-término do tratamento): após 28 dias pelo menos (ideal 45-60 dias). Verificar índice de placa, sítios sangrantes e bolsas – presença da doença. ALTA ou RETRATAMENTO? • IP abaixo de 30%; • IS abaixo de 30%; • Sem bolsas de 5 mm ou mais (se maior que 5mm = retratamento). Retratamento: TERAPIA PERIODONTAL NÃO-CIRURGICA - Associar antibióticos?/ TERAPIA PERIODONTAL * CIRÚRGICA - Raspagem em campo aberto 3. Terapia cirúrgica: Corrigir deformidades resultantes das doenças; Melhorar sucesso em casos de baixa respostana fase I. *Técnicas indicadas: Acesso para raspagem e alisamento radicular, Tratamento das lesões de furca, Técnicas de aumento de coroa clinica, Cirurgias pré-protéticas, Cirurgias regenerativas e Cirurgia mucogengival. 4. Fase corretiva: terapia reconstrutiva (não adianta em tecido inflamado/infeccionado) • Após término do tratamento e cicatrização tecidual; • Restauração de dentes; • Próteses; • Implantes. 5. Fase de terapia de suporte (manutenção) • Fase determinante para o sucesso em longo prazo. • Objetivo: prevenção de reinfecção e reincidência da doença; • Sistema de acompanhamento individual: Remotivação do paciente; Avaliação dos sítios profundos (bolsas periodontais) com sangramento à sondagem; Instrumentação desses sítios; • Aplicação de fluoretos para prevenção de cárie e sensibilidade. Estabelece frequência para visitas futuras. Reavaliação • Avaliar condições periodontais: • Ganha ou perda de inserção; • Aumento ou redução da PS; Plano de tratamento: Não tem anamnese, periograma, etc • Nível gengival; • Presença de sangramento e biofilme; • Presença de lesões cariosas ativas. Prognóstico do tratamento Fatores influenciadores: Prognóstico Geral; Tipo de doença; Altura do osso remanescente; Idade do paciente; Antecedentes sistêmicos do paciente; Maloclusão; Cooperação do paciente. Prognóstico Individual (Dente): Mobilidade; Problemas mucogengivais; Envolvimento de furca; Anatomia dental; Dentes desvitalizados; Reabsorções. Terapia Periodontal de Suporte (TPS) Controle de biofilme supra e subgengival, Instrução de Higiene oral, Motivação, Cooperação consciente, etc. Atuação do profissional: Exame intra e extra-oral; Atualização da História médica; I.H.O. e treinamento; R.A.P. supragengival; Aplicação de Flúor; R.A.R. subgengival; Informações ao paciente; Motivação. Atuação do paciente: Cooperação consciente; Comparecimento; Comprometimento; Qual o período ideal entre as consultas? A frequência de consultas de manutenção deve ser individualizada, sendo que intervalos de 3 meses demonstram estabilidade dos resultados para a maioria dos pacientes. Já é a ação! Risco aumentado, atenção dobrada! Pacientes jovens periodontais; Fumantes; Diabéticos sem controle metabólico; Pacientes com controle de placa deficiente.
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