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OS JOGOS, AS BRINCADEIRAS E O DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Nova Iguaçu, 2020
OS JOGOS, AS BRINCADEIRAS E O
DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
OS JOGOS, AS BRINCADEIRAS E O 
DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Nova Iguaçu, 2020
Projeto de Ensino apresentado à Unopar, como requisito parcial à conclusão do Curso de Licenciatura em Educação Física.
Orientadores: tutor presencial Professor Garcia, tutora a distância Luciana Medeiros Veloso
RESUMO
O uso de jogos e brincadeiras na educação infantil proporciona resultados muito relevantes, para o crescimento, desenvolvimento e aprendizagem. A criança através da brincadeira desenvolve habilidades, a imaginação, a memória, a linguagem simbólica, a interação social, dentre outras. É brincando que a criança desenvolve sua autoestima e formula realidades diversas durante seu contato com o brinquedo. Diante de tais perspectivas é que este trabalho está focado em despertar nos educadores na necessidade de aumentar a participação dos jogos e das brincadeiras nas escolas. É preciso atentar-se também para o ambiente destinado para a aplicação de tais atividades, este espaço deve ser pensado para o uso pedagógico e a livre circulação dos alunos. É a figura do professor que tem a missão de articular as brincadeiras e o espaço para que o aluno possa usufruir com total autonomia, facilitando assim o processo de ensino-aprendizagem. Portanto, o principal papel do professor ao articular uma atividade lúdica para as crianças é fazer com que o fundo pedagógico e didático esteja sempre presente. Sendo assim, fica-se claro que o sucesso da inclusão dos jogos e brincadeiras na escola requer um sério trabalho não só dos professores como anteriormente frisado, mas também de toda a estrutura técnico-pedagógica da instituição educacional.
Palavras-chave: jogos, brincadeiras e educação infantil.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
1	TEMA	4
2	JUSTIFICATIVA	5
3	PARTICIPANTES	6
4	OBJETIVOS	7
4.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................7
4.2 OBJETIVO ESPECIFICO ......................................................................................7
5	PROBLEMATIZAÇÃO	8
6	REFERENCIAL TEÓRICO	9
6.1 JOGOS ..................................................................................................................9
6.1.1 Os Tipos De Jogos..........................................................................................10
6.2 AS BRINCADEIRAS.............................................................................................11
6.3 O DESENVOLVIMENTO HUMANO SEGUNDO PIAGET...................................13
6.3. 2 Período Das Operações Concretas (07 A 11 Ou 12 Anos) (Piaget)...........14
6.3.3 Período das operaçõesfFormais (11 Ou 12 Anos) (Piaget).........................15
6.3.4 O lúdico na educação Infantil (Piaget)..........................................................15
7	METODOLOGIA	17
8	CRONOGRAMA	18
9	RECURSOS	19
10	AVALIAÇÃO	20
CONSIDERAÇÕES FINAIS	21
REFERÊNCIAS	22
INTRODUÇÃO
Atualmente, e de grande preocupação de pais e educadores com a formação da criança voltada não somente a conteúdos escolares como geografia, português e matemática etc.., mas sim a criatividade, cidadania e autonomia da mesma. Pensando nesta proposta é que a dança na escola vêm se colocar em pauta como mais uma ferramenta a disposição para a educação infantil, com práticas pedagógicas. 
Este estudo apresenta uma reflexão sobre a importância dos jogos e brincadeiras para o desenvolvimento integral das crianças de quatro a seis anos. O projeto tende a mostrar uma visão, que se tem sobre brincadeiras e jogos, como essas são desenvolvidas, se há um real aprendizado e desenvolvimento com contribuição proveniente dessas atividades.
Os jogos e brincadeiras devem fazer parte do cotidiano das crianças da educação infantil. Através deles, a criança pode estimular o desenvolvimento do seu raciocínio lógico, da cooperação, criatividade, coordenação, imaginação e socialização. Através do jogo pode-se oportunizar aos alunos aprenderem a respeitar regras, discutir, inventar, criar e transformar o mundo onde estão inseridos. Isso porque o jogo constitui-se em uma atividade organizada por um sistema de regras, na qual se pode ganhar ou perder.
. 
19
TEMA 
O desenvolvimento, aprendizado e crescimento da criança, em suas várias vertentes, através dos jogos e brincadeiras. A criança que passa por um processo de desenvolvimento as brincadeiras no âmbito escolar centra-se no encantamento como o brincar interfere no desenvolvimento cognitivo das crianças.
É muito importante o brincar na Educação Infantil, pois através do brincar o professor relaciona as brincadeiras ao conteúdo a ser aplicado, e com desempenho trazendo as brincadeiras para sala as crianças terão mais prazer em vir a escolas e serão menos condicionadas às atividades prontas, assim as crianças aprendem e podem expressar suas criatividades e terão mais aproveitamento no ensino e aprendizagem.
A brincadeira apresenta um fator de grande importância no processo de desenvolvimento e de socialização, pois essas atividades podem ser físicas ou mentais, organizadas por um sistema de regras. São atividades lúdicas, que, portanto, proporcionam prazer, buscando satisfação própria.
Maluf (2009) vem nos diz que “Acredito que através do brincar a criança prepara-se para aprender. Brincando ela aprende novos conceitos, adquire informações e tem um crescimento saudável”. (MALUF, 2009, p. 20-21).
JUSTIFICATIVA
A escolha do tema justifica-se pelo fato de os jogos e as brincadeiras serem relevantes como recursos pedagógicos para contribuir no desenvolvimento infantil, auxiliando a criança no desenvolvimento da aprendizagem de forma significativa.
O presente tema procura identificar os beneficios importância das brincadeiras e jogos no processo ensino aprendizagem para as crianças, em sua questão motora, afetiva e cognitiva gerando oportunidades oferecidas para a construção e enriquecimento do seu desenvolvimento pessoal.
Este projeto e importante porque se observa que entre educadores falar sobre a importância das brincadeiras e jogos no processo ensino aprendizagem ainda é um pouco complexo.
Um dos motivos da realização desse estudo é comprovar que/com a utilização de jogos e brincadeiras, haverá uma contribuição à formação de atitudes sociais como, respeito mútuo, cooperação, relação social e interação, auxiliando na construção do conhecimento.
Esse estudo é muito importante tanto para alunos, professores e acadêmicos, pois com a troca de experiências, teorias e práticas, todos terão crescimento.
PARTICIPANTES
Conforme define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (Resolução CNE/CEB, 05/2009), currículo é um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.
 Art. 3º O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.
Os valores nela trabalhado, valores estes como a disciplina o autocontrole, a sociabilização e respeito ao próximo, melhorando seu desempenho não só no âmbito escolar como familiar. 
OBJETIVOS 
1.1 OBJETIVOS GERAL
Apresentar um estudo sobre, jogos e brincadeiras, a fim de apontar a importância deles no desenvolvimento integral da criança e de como o lúdico também contribui para isso, em crianças de quatro a seis anos estudantes do ensino infantil.
4.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS
· Verificar dentro da literatura os jogos, as brincadeiras e o desenvolvimento na educaçãoinfantil. 
· contextualizar o conteúdo os jogos, as brincadeiras e o desenvolvimento na educação infantil;
· Analisar os processos metodológicos voltados para o conteúdo e a utilizados pelos professores nos jogos, e as brincadeiras para desenvolvimento da criança
	
PROBLEMATIZAÇÃO
	Com base nas considerações feitas na introdução, os problemas de pesquisa são:
· As professoras que atendem os alunos da educação infantil sabem da importância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento da aprendizagem na educação infantil, e os desenvolvem?
· E as crianças da educação infantil estão sendo estimuladas, no seu desenvolvimento integral através do lúdico?
· Qual a importância da educação infantil para o desenvolvimento das crianças
REFERENCIAL TEÓRICO
6.1 JOGOS
Etimologicamente a palavra JOGO vem do latim LOCUS, que significa gracejo, zombaria e que foi empregada no lugar de ludus: brinquedo, jogo, divertimento, passatempo.
 “A denominação jogo é dada a diversas formas de atividades físicas ou mentais que têm por fim a recreação embora às vezes envolva também interesse financeiro”. (BARSA1997, p.338 )
Afirma ainda que jogos se praticam segundo regras estabelecidas ao espírito lúdico e a necessidade humana de comunicação da qual as brincadeiras infantis são a primeira manifestação. Quanto à sua importância todos os tipos de jogos desempenham importante papel no desenvolvimento físico e espiritual do indivíduo.
Já no Dicionário Michais (1998, p.3350, v.14) cita o jogo como ação de jogar, folguedo, brincadeira, divertimento sujeito a certas regras.
Almeida (1978), afirma que os jogos não devem ser fins, mas meios para atingir objetivos. Estes devem ser aplicados para o benefício educativo.
Deve se aplicar os jogos de uma forma correta, planejada, de modo que leve realmente o aluno a aprender brincando. O bom êxito de toda atividade lúdica pedagógica depende exclusivamente do bom preparo e liderança do professor.
Os jogos que por muito tempo fizeram parte da didática de grandes educadores do passado, hoje surgem como necessidade absoluta e indispensável no processo educativo.
Brenelli (1996) afirma que o jogo é uma atividade poderosa que estimula a atividade construtiva da criança, criando assim, um espaço para pensar, abrindo lugar para a criatividade, a afirmação da personalidade e a valorização do eu.
A infância é um conjunto de possibilidades criativas que não devem ser abafadas. Todo ser humano tem necessidade vital de saber, de pesquisar, de trabalhar. Essas necessidades se manifestam nas brincadeiras, que não são apenas uma diversão, mas um verdadeiro trabalho. (GADOTTI,1994, p.53)
Para Piaget (1975), os jogos caracterizam-se no primeiro período de desenvolvimento da criança, pelo jogo do exercício. Este reaparece mais tarde em outras fases do desenvolvimento da criança e também na vida adulta e quando abrangem mais indivíduos necessitam de regras que permitam o jogo regulando as situações. Outra característica dos jogos infantis são os jogos simbólicos, neles originam-se a imitação e representação. No jogo simbólico existe uma verdade subjetiva, este jogo constitui uma transposição simbólica que submete as coisas a atividade própria, sem regras ou limitações.
Para tudo isso que os jogos e brinquedos são usados nos mais diversos segmentos da convivência humana. São usados por famílias para estimularem suas crianças; em psicologia (ludo terapia) e psicopedagogia, como recurso terapêutico em sala de aula na condição de estratégia do trabalho docente.
Hoje, a maioria dos filósofos, sociólogos, etnólogos e antropólogos concordam em compreender o jogo como uma atividade que contém em si mesma o objetivo de desafiar os enigmas da vida e de construir um momento de entusiasmo e alegria na rigidez da aprendizagem e da caminhada humana pela evolução biológica. Assim, brincar significa extrair da vida nenhuma outra finalidade que não seja ela mesma. Em síntese, o jogo é o melhor caminho de iniciação ao prazer estético, à descoberta da individualidade e a meditação individual (ANTUNES, apud SANTOS, 2000, p.38).
6.1.1 Os Tipos De Jogos
Os jogos podem exercer funções cognitivas, afetivas e sociais (acompanham o desenvolvimento da humanidade).
Cada jogo contém e exercita todos os aspectos (cognitivos, afetivo e social) e, de acordo com a predominância, pode ser classificado como:
· Jogos lógicos: desenvolvem o raciocínio
· Jogos afetivos: estimulam as emoções
· Jogos sociais: facilitam a aquisição de conhecimentos, atitudes e destrezas próprias de um determinado meio.
Geralmente, em cada uma dessas três categorias existe o que pode se chamar de três categorias existe o que poderia se chamar “uma família de jogos” cujos distintos membros representam um grau variado de complexidade crescente, que permite elaborar uma hierarquia e, também, estabelecer uma correspondência tanto com jogos de uma mesma família quanto de famílias diferentes, de tal forma que um jogo mais simples pode preparar para outro mais complexo, facilitando a construção de esquemas requeridos por este último.
Os jogos lógicos põem em exercício operações cognitivas como a classificação, a seriação, a antecipação, a conservação, a compensação etc. De uma forma amena, porque unem as operações à emoção. É notório como as mesmas operações que se praticam com grau entusiasmo em um jogo, frequentemente, são rechaçadas, quando se são realizadas com mera prática de treinamento, em que a emoção está ausente ou reprimida.
De acordo com Piaget (1978), os fatores do desenvolvimento mental-cognitivo são quatro:
· O crescimento orgânico;
· O exercício e a experiência adquirida na ação efetuada sobre o objeto;
· As interações e transmissões sociais;
· O equilíbrio, no sentido da auto regulação retroativa à antecipatória.
Cunha (1988) reafirma que o brinquedo é oportunidade de desenvolvimento. É um convite ao brincar, facilita e enriquece a brincadeira, proporciona a motivação.
Ele traduz o mundo real para a realidade infantil. É o alimento para a fome de conhecimento da criança.
Brinquedo: Desenvolvimento e aprendizagem; inteligência e concentração; desenvolvimento da linguagem; desenvolvimento da sociabilidade
O brinquedo estimula a inteligência porque faz com que a criança solte a sua imaginação e desenvolva a sua criatividade. Ao mesmo tempo, possibilita o exercício da concentração, da atenção e engajamento.
Os jogos oferecem excelentes oportunidades para nutrir a linguagem da criança. O contato com diferentes objetos e situações estimula a linguagem interna e o aumento do vocabulário.
É por meio da brincadeira que a criança desenvolve o seu senso de companheirismo; aprende a conviver, ganhando ou perdendo; procura entender regras e conseguir participação satisfatória.
Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança.
Segundo a mesma autora, é possível estabelecer, frente ao desenvolvimento proposto por Piaget, as condutas, ações e, consequentemente, os tipos de brinquedos e jogos para a aprendizagem e o desenvolvimento infantil.
6.2 AS BRINCADEIRAS
Como atividade controlada pelo professor, a brincadeira aparecia como um elemento de sedução oferecido à criança. Nesse tipo de atividade, as crianças não possuem a iniciativa de definirem nem o tema, nem os papéis, nem o conteúdo e nem mesmo o desenvolvimento da brincadeira. O controle pertencendo ao adulto garante apenas que o conteúdo didático seja transmitido. Utiliza-se o interesse da criança pela brincadeira para despistá-la em prol de um objetivo escolar.
A escola, enquanto instituição que tem uma função social a desempenhar na organização da sociedade, participando do processo de constituição dos homens, situa-se como um ambiente de relações sociais, representando um espaço possível e privilegiado onde a brincadeira seja concretizada.
O aspecto de envolvimento emocional que torna a brincadeira uma atividade com forte teor emocional, capaz de gerar um estado de viração e euforia, mobiliza os esquemas mentais de forma a acionar e ativar as funções psiconeurológicase as operações mentais, estimulando o pensamento. Integra as dimensões afetiva, motora e cognitiva da personalidade.
Como atividade física e mental, que mobiliza as funções e operações, a brincadeira aciona as esferas motora e cognitiva e, à medida que gera envolvimento emocional, apela para a esfera afetiva. O ser que brinca é também o ser que age, sente, aprende, se desenvolve. Portanto, a brincadeira é um elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais.
As brincadeiras proporcionam flexibilidade, organização e objetivos. Existem determinados objetivos que se podem atingir mediante o recurso à brincadeiras específicas, desde que se controlem as suas orientações.
As brincadeiras podem ser praticadas de maneira construtiva e não como uma série de preenchimento de lacunas em lições, ou como atividades sem sentido. As brincadeiras podem resolver problemas, ajudar a remover as barreiras entre os indivíduos, criam interesses e despertam entusiasmo. Postos em prática com uma finalidade e com eficiência, podem tornar-se a moldura na qual se desenvolvem todas as outras atividades.
O brincar colabora com a promoção da comunicação afetiva, alarga determinadas áreas de reações e, como reforço, dá às crianças maior segurança, desenvolve suas ideias e a sua própria expressão. O prazer gerado a partir das brincadeiras resulta, mais do que qualquer outro recurso, no desenvolvimento da identidade de grupo. Enfim, criança precisa de brincar para aprender com eficiência.
6.3 O DESENVOLVIMENTO HUMANO SEGUNDO PIAGET
Piaget nasceu na Suíça em 1896 e morreu em 1980. É uma das maiores autoridades nas ciências psicológicas e dedicou grande parte de sua obra à análise da evolução do pensamento infantil. Antes de morrer já havia publicado quarenta livros e mais de duzentos artigos.
Segundo Newcombe (1999) Piaget acreditava que a experiência ativa com o mundo é essencial para o crescimento cognitivo. Isto é, ele era um interacionista convicto. De acordo com Piaget, as crianças constroem seu mundo ao ordenar o material bruto fornecido por visões, sons e cheiros.
Ainda a mesma autora diz que o foco principal da teoria de Piaget se concentra na compreensão que os seres humanos impõem sobre a informação que recebem pelos sentidos.
Para Piaget (1978), a inteligência consiste na capacidade individual de acomodação ao meio e, desta forma, o processo cognitivo teria início nos reflexos fortuitos e difusos do recém-nascido, desenvolvendo-se por estágios, até alcançar o nível adulto do raciocínio lógico.
Existe uma assimilação progressiva do meio ambiente e uma acomodação das estruturas mentais para os novos conhecimentos adquiridos do mundo em que vive.
Conhecendo como se dá o desenvolvimento da criança em cada etapa de seu desenvolvimento, facilitar-se-á o planejamento pedagógico.
Piaget (1978) divide o desenvolvimento em períodos de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento. É caracterizado por aquilo que de melhor o indivíduo consegue fazer nessas faixas etárias.
6.3.1 Período Sensório - Motor (Piaget)
Conquista o universo por meio da percepção e dos movimentos
No recém-nascido, a vida mental reduz-se ao exercício dos aparelhos reflexos, de fundo hereditário, como a sucção.
O desenvolvimento físico acelerado é suporte para o aparecimento de novas habilidades (sentar, andar etc.).
Diferenciação progressista entre o seu eu e o mundo exterior.
Por volta de um ano, admite que um objeto continue a existir mesmo quando ela não o percebe (não está no seu campo visual).
Esta diferenciação também ocorre no aspecto afetivo, pois o bebê passa das emoções primárias para escolha afetiva de objetos, manifesta preferências. Por volta de 02 anos, a criança evolui de uma atitude passiva para uma ativa e participativa.
Com o aparecimento da linguagem, com a palavra há possibilidade de corrigir ações futuras.
Seu repertório verbal é usado de forma imitativa, sem que ela domine o significado das palavras. Por estar centrada em si mesma, ocorre uma primazia do próprio ponto de vista.
No aspecto afetivo, surgem os sentimentos interindividuais, o respeito que a criança nutre pelos indivíduos que ela julga superiores. Misto de amor e temor.
Com relação às regras: concebe-as como imutáveis e determinadas externamente. Mais tarde concebe-as como necessárias para organizar o brinquedo, porém não a discute.
No fim do período, a criança é capaz de usar um instrumento como meio para atingir um objeto.
6.3. 2 Período Das Operações Concretas (07 A 11 Ou 12 Anos) (Piaget)
Início da construção lógica, isto é, a capacidade da criança de estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos de vista diferentes.
No plano afetivo, isso significa que ela será capaz de cooperar com os outros, de trabalhar em grupo e ter autonomia pessoal.
No plano intelectual surge uma nova capacidade: as operações, isto é, ela consegue realizar uma ação física ou mental dirigida para um fim (objetivo) e revertê-la para o início.
Consegue exercer suas habilidades e capacidades a partir de objetos reais, concretos. Inicia-se a capacidade de reflexão (pensar antes de agir)
Em nível de pensamento, a criança consegue:
· Estabelecer corretamente as relações de causa e efeito e de meio e fim;
· Sequenciar ideias ou eventos;
· Trabalhar com ideias sob dois pontos de vista.
· Formar o conceito de número.
No aspecto afetivo, da vontade, atua quando há conflitos de tendência ou intenções (entre o dever e o prazer, por exemplo).
A criança adquire autonomia e organiza seus próprios valores morais.
Sentimentos morais, característicos deste período, são: o respeito mútuo, a honestidade, o companheirismo e a justiça, que considera a intenção na ação.
6.3.3 Período das operações formais (11 Ou 12 Anos) (Piaget)
Passagem do pensamento concreto para o pensamento formal, abstrato.
Domina, progressivamente, a capacidade de abstrair e generalizar, criar teorias sobre o mundo, principalmente sobre aspectos que gostaria de reformular.
Sua relação social, inicialmente uma fase de interiorização, aparentemente é antissocial.
Atinge o equilíbrio entre pensamento e realidade, quando compreende a importância da reflexão para a sua ação sobre o mundo real.
No aspecto afetivo, o adolescente vive conflitos.
6.3.4 O lúdico na educação Infantil (Piaget)
Com relação ao jogo, Piaget (1998) acredita que ele é essencial na vida da criança. De início tem-se o jogo de exercício que é aquele em que a criança repete uma determinada situação por puro prazer, por ter apreciado seus efeitos.
Em torno dos dois e três e cinco e seis anos nota-se a ocorrência dos jogos simbólicos, que satisfazem à necessidade da criança de não somente relembrar o mentalmente o acontecido, mas de executar a representação.
Em período posterior surgem os jogos de regras, que são transmitidas socialmente de criança para criança e por consequência vão aumentando de importância de acordo com o progresso de seu desenvolvimento social. Para Piaget, o jogo constitui-se em expressão e condição para o desenvolvimento infantil, já que as crianças quando jogam assimilam e podem transformar a realidade.
Piaget (1998) diz que a atividade lúdica, é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa (AGUIAR, 1977:58).
No processo da educação infantil o papel do professor é de suma importância, pois é ele quem cria os espaços, disponibiliza materiais, participa das brincadeiras, ou seja, faz a mediação da construção do conhecimento.
A desvalorização do movimento natural e espontâneo da criança em favor do conhecimento estruturado e formalizado, ignora as dimensões educativas da brincadeira e do jogo como forma rica e poderosa de estimular a atividade construtiva da criança. É urgente e necessário que o professor procure ampliar cada vez mais as vivências da criança com o ambiente físico, com brinquedos, brincadeiras e com outras crianças.
O jogo, compreendido sob a ótica do brinquedo e da criatividade, deverá encontrar maior espaço para ser entendidocomo educação, na medida em que os professores compreenderem melhor toda sua capacidade potencial de construir para com o desenvolvimento da criança.
De acordo com Negrine (1994), estudos realizados sobre aprendizagem e desenvolvimento infantil, afirma que “quando a criança chega à escola, traz consigo toda uma pré-história, construída a partir das suas vivências, grande parte delas através da atividade lúdica”.
Segundo esse autor, é fundamental que os professores tenham conhecimento do saber que a criança construiu na interação com o ambiente familiar e sociocultural, para formular sua proposta pedagógica.
Entendemos, a partir dos princípios aqui expostos, que o professor deverá contemplar a brincadeira como princípio norteador das atividades didático-pedagógicas, possibilitando às manifestações corporais encontrarem significado pela ludicidade presente na relação que as crianças mantêm com o mundo.
Porém essa perspectiva não é tão fácil de ser adotada na prática. Podemos nos perguntar: como colocar em prática uma proposta de educação infantil em que as crianças desenvolvam, construam/adquiram conhecimentos e se tornem autônomas e cooperativas? Como os professores favorecerão a construção de conhecimentos se não forem desafiados a construírem os seus?
O caminho que parece possível implica pensar a formação permanente dos profissionais que nela atuam.
É preciso que os profissionais de educação infantil tenham acesso ao conhecimento produzido na área da educação infantil e da cultura em geral, para repensarem sua prática, se reconstruírem enquanto cidadãos e atuarem enquanto sujeitos da produção de conhecimento. E para que possam, mais do que “implantar” currículos ou” aplicar” propostas à realidade da creche/pré-escola em que atuam, efetivamente participar da sua concepção, construção e consolidação. (KRAMER apud MEC/SEF/COEDI, 1996. p.19).
METODOLOGIA
Os estudos realizados nesta pesquisa foram bibliográficos, e o principal foco nestes estudos é analisar os dados que foram encontrados durante a pesquisa, de forma que os estudos especifiquem ainda mais os critérios encontrados baseando-se nos autores que afirmam os jogos, as brincadeiras e o desenvolvimento na educação infantil, Para realização deste estudo foram realizadas buscas nas bases de dados eletrônicos “SCIELO”, por ser a maior base de dados no Brasil e no “Google Acadêmico” para ampliar a busca e selecionar mais estudos relacionados à temática.
A partir da revisão bibliográfica onde foram pesquisados em 08 artigos e revistas e utilizados 5 artigos na área da dança na educação infantil para a realização da pesquisa “ os jogos, as brincadeiras e o desenvolvimento na educação infantil”.
	Pensando nisso, um projeto de educação infantil precisa levar em consideração os eixos estruturantes da BNCC e promover experiências concretas de saberes e conhecimentos, organizadas em 5 campos de experiência: O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e imaginação; Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações.
CRONOGRAMA
	Atividade
	julho
	agosto
	setembro
	outubro
	novembro
	Preparação da Pesquisa
	X
	X
	X
	X
	
	Revisão de Literatura
	X
	X
	X
	X
	
	Observações
	X
	X
	X
	X
	
	Analise das informações
	X
	X
	X
	X
	
	Elaboração do Trabalho
	X
	X
	X
	X
	
	Entrega do Trabalho
	
	
	
	X
	
	Correção do Trabalho
	
	
	
	 X 
	X
	Apresentação do trabalho
	
	
	
	
	X
RECURSOS 
A metodologia empregada é a de pesquisa de cunho bibliográfico, sendo que as consultas foram realizadas através de diversas fontes e autores, através de livros, periódicos, e fontes eletrônicas como consultas à internet, quando foram analisados vários artigos e textos relacionados ao tema perfazendo um total de 08.
	 Sendo utilizados 5 artigos, foram avaliados quanto à relevância em relação a quatro eixos principais: artigo, autores, periódico e tema. Para cada um desses e definidos os indicadores que atendessem aos critérios estabelecidos. 
AVALIAÇÃO
Neste projeto de ensino a principal característica da avaliação educacional é o caráter formativo, que se dá mediante a observação e o registro do educador sobre os processos de aprendizagem e desenvolvimento das ações desenvolvidas com as crianças, bem como da qualidade das interações estabelecidas entre criança e criança e criança – adulto.
A elaboração, a implementação, o acompanhamento e a avaliação das propostas pedagógicas seguem os princípios de participação, compromisso, contextualização, historicidade, unidade (na diversidade), intencionalidade, coerência, provisoriedade (dinamismo) e organização; -os gestores e gestoras atuam em estreita consonância com professores sob sua responsabilidade, famílias e representantes da comunidade local, exercendo papel fundamental no sentido de garantirem que as instituições de Educação Infantil realizem um trabalho de qualidade com as crianças que a frequentam (BRASIL/MEC, 2006, v.2).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho sobre as contribuições dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento da criança, pudemos observar a sua relevância para que a criança construa seu conhecimento. É necessário um espaço amplo, livre para brincar, com as quadras, gramado, brinquedos recreativos, tanque de areia, casinha de boneca, quiosque, além das salas de aula, distribuídos de forma a proporcionar à criança, oportunidades de diversão dentro e fora da sala de aula. Portanto, as crianças têm liberdade para movimentar-se. Espero que este trabalho possa servir de fundamentação para que professores que queiram inovar sua prática, tenham nos jogos e brincadeiras aliados permanentes, possibilitando às crianças uma forma de desenvolver as suas habilidades intelectuais, sociais e físicas, de forma prazerosa e participativa, uma vez que os jogos e brincadeiras são de grande contribuição para o processo de ensino e aprendizagem. Para que a etapa de construção do conhecimento ocorra, é importante a estimulação através dos jogos e brincadeiras, pois a criança sente prazer em brincar. Por meio deles a criança passa a conhecer a si mesma e os papéis de outras pessoas na sociedade. Os jogos e brincadeiras realmente contribuem para a construção da inteligência, desde que sejam usados em atividade lúdica prazerosa e com questionamentos do professor, respeitando as etapas de desenvolvimento intelectual da criança. Os benefícios de uma infância bem vivida em termos lúdicos fazem-se sentir ao longo da existência do indivíduo. As múltiplas possibilidades de autoconhecimento possibilitadas pelas brincadeiras contribuem para tornar a criança mais segura, autoconfiante, consciente de seu potencial e de suas limitações. As experiências lúdicas da meninice serão lembradas por toda a vida, pelo prazer e pela alegria que proporcionaram ao corpo e ao espírito.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Paulo Nunes. Dinâmica lúdica jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola. 1978.
ANTUNES, C. Jogos para a estimulação das múltiplas Inteligências. 8. ED. Rio de Janeiro: Vozes, 2000.
BRASIL. Ministério de Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil. Brasília: MEC, 2006.
BRUNELLI, Rosely Palermo. O jogo como espaço para pensar. São Paulo: Papirus, 1996.
CUNHA, N.H.S. Brinquedo, desafio e descoberta – Subsídios para a utilização e confecção de brinquedos. Rio de Janeiro: FAE, 1988.
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