TRANSIÇÃO NUTRICIONAL

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UNIVERSIDADE IX DE JULHO
Beatriz Caroline Pinheiro de Paula - @beatrixcaroline
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL
O que é?
• “Entende-se por transição nutricional um processo no tempo que corresponde às
mudanças de padrões nutricionais de populações, essencialmente determinadas por
alterações na estrutura da dieta e na composição corporal dos indivíduos, resultando em
importantes modificações no perfil de saúde e nutrição”
• Alterações na estrutura da dieta e na composição corporal dos indivíduos associados a
fatores relacionados com o estilo de vida, e que resultam em importantes modificações
no perfil de saúde dos indivíduos.
• Processo no qual ocorre uma inversão nos padrões de distribuição dos problemas
nutricionais de uma dada população no tempo. Em geral uma passagem da desnutrição
para a obesidade.
⇨ Atualmente, a obesidade é grave no país, relacionada com as doenças mais graves do
mundo e motivo do aumento de mortalidade.
CINCO PADRÕES NUTRICIONAIS:
1) Busca por alimentos:
- Caça e coleta
- Alimentação rica em carboidratos e fibras e pobre em gordura, especialmente gordura
saturada
- Pessoas mais ativas e dificilmente obesas
- Menor expectativa de vida e estatura
2) Escassez de alimento - fome:
- Alimentação em menor quantidade e variedade com períodos de escassez
- Estratificação social e diferenças nutricionais de acordo com status social e gênero
- Mudanças no tipo de atividade física, mas pouca diferença nos níveis de atividade
3) Remissão da fome:
- Consumo de frutas, vegetais e proteína animal aumenta, e os alimentos ricos em
amido tornam-se menos importantes na dieta
-
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- Padrões de atividade começam a mudar e inatividade e lazer tornam-se parte da vida
de mais pessoas
4) Nutrição relacionada com DCNC (doenças crônicas não comunicáveis/não
transmissíveis:
- Dieta rica em gordura total, colesterol, açúcar e outros carboidratos refinados
- Acompanhada por uma vida cada vez mais sedentária
- Característica da maioria das sociedades de renda alta, agora crescendo para a
sociedade de baixa renda
- Aumento da obesidade e contribuição para as doenças crônicas não transmissíveis
5) Mudanças no comportamento:
- Desejo de prevenir ou retardar as DCNC e prolongar a saúde e a vida
- Retorno à alimentação natural, atividades físicas e lazer
Economia
Dieta e
Atividade Física
Distúrbios
Nutricionais
Políticas
Extrativista
Primitiva
Variada (caça,
raiz),↑
Pouco
freqüentes
-
Agrícola
Primitiva
Monótona, ↑
Def.
energética
Crise,
diversifica
r a dieta
Agrícola
desenvolvida
- monótona
(cereal), ↑
Deficiências
nutricionais
Diversific
ar dieta
Industrial
Abundante,
process,↓
DM,
Obesidade,
CA,
Dislipidemia
↓sal,
gord,
açúcar
Pós-Industrial* Variada, ↔ Raros
Dieta
saudável
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TRANSIÇÃO NUTRICIONAL E STATUS ECONÔMICO:
• Países desenvolvidos > processo lento
• Países em desenvolvimento > processo rápido nos últimos anos
• Dentro de um país > processo começa pelos mais ricos
Impacto para países em desenvolvimento:
• Problemas relacionados às DCNC somam-se aos problemas relacionados às doenças
infecciosas e desnutrição, ainda presentes.
• Maior impacto na economia e saúde
• Governo não preparado
• Populações mais vulneráveis
INFLUÊNCIAS DO CONSUMO ALIMENTAR:
● Oferta (quantidade e variedade) de alimentos: ultraprocessados e frescos
● Produtos ultraprocessados com maior validade x produtos frescos perecíveis.
● Compatibilidade entre trabalho e preparação das refeições em domicílio - refeições
rápidas, prontas para comer ou assar.
● Maior poder de compra
● Maior influência da mídia
● Maior utilização de bens de consumo que propiciam o sedentarismo, inclusive para
preparo dos alimentos
⇨ Com a correria do dia a dia, os alimentos ultraprocessados acabam sendo mais práticos e
substituem os de maior valor nutricional, aumentando a obesidade e consequentemente o
sedentarismo.
ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS:
• Porções maiores (quer comer mais)
• Maior densidade energética (muitas calorias)
• ↑ açúcar livre
• ↑ gordura
• ↑ sódio
• ↓ proteína
• ↓ fibra
• ↓ vitaminas e minerais
DESAFIOS:
• DCNT + doenças transmissíveis
• Desnutrição e obesidade
• Carência de micronutrientes
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• Atenção básica
• Maior vulnerabilidade em relação à doenças e maior desigualdade em saúde