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Nacionalidade e Cidadania - Direito Internacional

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Deise Emanuelle via Passei Direto
Nacionalidade e Cidadania
Direito Internacional
- Nacionalidade X Cidadania = não são a
mesma coisa, mas muitas vezes são usados
como sinônimos.
- Cidadania tem a ver com vínculo politico,
exercício de direitos. 
- Quem são os cidadãos que não tem
nacionalidade? Art. 12, § 1º sobre os
portugueses, pois, eles não perdem a
nacionalidade portuguesa mas tem no Brasil os
direitos políticos.
- Via de regra, a cidadania é a consequência da
nacionalidade mas a cidadania é dada por lei.–
- A perda da nacionalidade não repristina e não
pode ser efetivado por ato administrativo.
Dupla ou múltipla nacionalidades: A Constituição
Federal prevê a possibilidade de o brasileiro ter
dupla ou múltiplas nacionalidades/cidadanias em
duas hipóteses 
1. Quando há o reconhecimento de
nacionalidade originária pela lei estrangeira.
Neste caso, a nacionalidade decorre da lei
estrangeira, que reconhece como nacionais os
nascidos em seu território ou
filhos/descendentes de seus nacionais; e
2. quando há imposição de nacionalidade pela
norma estrangeira, por meio de processo de
naturalização, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condição para permanência
em seu território ou para o exercício de
direitos civis. Ou seja, o ordenamento jurídico
nacional admite que os brasileiros tenham dupla
ou múltiplas nacionalidades APENAS se a(s)
outra(s) nacionalidades(s) decorrer(em) do
nascimento em território estrangeiro
(nacionalidade originária), de ascendência
estrangeira (nacionalidade originária) ou de
naturalização por imposição da norma
estrangeira.
Assim, nos termos do artigo 12, § 4º, inciso II da
Constituição Federal de 1988, combinado com
os artigos 249 e 250 do Decreto nº 9.199/2017,
o brasileiro que voluntariamente adotar outra
nacionalidade, ou seja, em desacordo com as
exceções previstas no texto constitucional,
poderá ser objeto de procedimento
administrativo de perda da nacionalidade
brasileira. No curso do processo, instaurado no
âmbito do Ministério da Justiça e Segurança
Pública, são garantidos aos brasileiros nesta
Deise Emanuelle via Passei Direto
situação os princípios do contraditório e da
ampla defesa. Não restando comprovado ter
ocorrido umas das hipóteses de exceção
permitidas pela Constituição Federal, a perda
da nacionalidade brasileira poderá ser
decretada. Não se trata de processo
automático, mas que pode vir a ser instaurado
pelas autoridades do Ministério da Justiça e
Segurança Pública. 
 OBS: A condição de dupla ou múltiplas
nacionalidades poderá resultar em redução da
possibilidade de proteção consular pelo Estado
brasileiro. Isso significa que, ao ser detido ou ter
qualquer problema legal no país do qual
detenha a nacionalidade, o nacional brasileiro
estará sujeito às leis desse país e poderá não
ter reconhecido o direto de comunicar-se com
uma Representação (Embaixada ou Consulado)
brasileira. Com efeito, por força da Convenção
de Viena sobre Relações Consulares, a
assistência consular a ser prestada a cidadãos
com dupla nacionalidade, quando estes
cidadãos estiverem em país do qual também
são nacionais, será bastante limitada. Assim,
caso o nacional brasileiro pretenda viajar para
país do qual detenha também a nacionalidade,
é preciso estar atento às limitações de atuação
das repartições consulares brasileiras no que se
refere à proteção consular. 
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
Introdução: O que são fontes? São os meios
de comunicação, que o direito se comunica
com a sociedade, afinal o direito está no
mundo das ideias. Mas quais são as fontes
capazes de manifestar o direito? 
 Fontes do direito: Autoridade e
procedimento. Uma autoridade seguindo um
procedimento (normalmente o legislativo) e o
procedimento (legislativo + executivo). Mas,
situações como por exemplo, um contrato,
seria um fonte do direito? Então a autoridade
nessa fonte, o contrato, são os contraentes?
SIM, é concedido a capacidade de criar direito,
seguindo certo procedimento, atendendo os
requisitos de validade eu concretizo uma
norma. 
1. Reconhecimento de determinado
fato/comunicação como sendo a comunicação
própria para produzir direito.
2. Norma ou regra de reconhecimento (Heart):
vinculada a noção de autoridade e
procedimento, quem determina o que é o
direito é o próprio direito. 2.1 OBS: Nessa
mesma linha, Kelsen vai colocar que quem vai
determinar isso vai ser a própria constituição.
Deise Emanuelle via Passei Direto
 O direito internacional: Vai ter fontes
diferentes do direito interno, e a própria
percepção do direito internacional é distinto.
Assim como o direito interno se auto
reconhece a partir da autoridade e do
procedimento, o mesmo acontece com o
direito internacional. Portanto quem diz o que e
o direito internacional são entidades
internacionais e não internas, e o
procedimento também segue os trâmites
internacionais. 
 Fontes do direito internacional: Outro
sistema, distinto do sistema interno. 
Estatuto da Corte Internacional de Justiça, art
38: Devido a amplitude de alcance da CIJ, é
uma importante fonte de reconhecimento. Ela
coloca como fontes do direito internacional: 
Convenções internacionais: Tratados
internacionais, são disciplinados pela Convenção
de Viena sobre a Dimensão dos Tratados (o
Tratado dos tratados) em 1969, define que: O
tratado é um acordo, si identifica como um
negócio jurídico, fruto do consenso e da
manifestação soberano dos Estados e das
organizações, no sentido de pactuar direitos e
obrigações recíprocas. Procedimentos:
Tratados devem ser escritos e públicos. Logo,
a admissão de tratado como fonte, deve
reconhecer os procedimentos dado pelo
Tratado. 
Costumes internacionais: Elemento material +
Opinio Juris 
Elemento material: reiteração de determinadas
praticas. É de fácil demonstração pois os
Estados vão demonstrar através de seus atos,
que costumam formais. 
Opinio Juris: Sensação de obrigatoriedade
daquela prática, aquela prática obriga e gera
direitos. É bem mais difícil de provar que a
comunidade internacional vai concordar com os
atos e acharem que aquele ato é essencial ao
direito internacional. Mas pode ser provada por
jurisprudência, por doutrina.
OBS2: Um costume remete a tradição, pois,
estabiliza as relações sociais com base no que
“sempre foi.” Pode-se criar expectativa sobre a
conduta do outro. A comunicação do costume
é “ponto a ponto”, entre os cidadãos, não há
uma comunicação generalizada com a
sociedade, logo, elas não são integrais, são
fracionais. O costume só aparece como norma
quando o litígio se instala. Assim, uma vez o
costume positivado, haverá um enriquecimento
cultural, pois, aparecerão os debates sobre
quais seriam os costumes ideais, o direito
Deise Emanuelle via Passei Direto
internacional procura ir positivando os
costumes. 
OBS3: Um tratado não se validou por um
artigo, outro artigo que foi acordado entre os
Estados, pode passar a ser usado como
costume afinal, teoricamente foi discutido e
acordado entre os Estados. 
1.1 Princípios gerais do direito: Após a II Guerra,
passou a se interpretar os princípios como
norma, sendo que no pre guerra, eles eram
secundários, e, após observar que o direito só
considerado no plano das regras seria muito
limitada e poderia vir a fundamentar situações
como o Holocausto. Como eu sei que
determinado princípio existe? Ele não
necessariamente estará positivado, mas, ele
pode estar demonstrado em outros
instrumentos. Exemplo: A segurança jurídica
não está positivado comoprincípio na CF,
mas, pode ser visto na irretroatividade in pejus,
nos atos jurídicos perfeitos.. O princípio é
identificado no ordenamento com evidências
da existência desse valor.
Os princípios se observam através dos
institutos. Evidências da existência de
determinado valor. 
É um processo histórico de afirmação que leva
o princípio a ser considerado como norma.
Exemplo: Proteção da dignidade da pessoa
humana e da proteção do meio ambiente, só
foram consolidados, depois de vários tratados
firmados. 
Convenção de Viena sobre direito dos
Tratados, art 53: 
“Jus cogens”, são os direitos imperativos, ou
seja, são aqueles que não podem ser
excluídos pela vontade, que diz que são nulos
os tratados que violam o Jus Cogens, logo,
eles estão acima dos tratados e dos princípios.
Exemplo de jus cogens: não intervenção. 
O art. 53 da convenção de Viena estabeleceu
a figura do jus cogens que seria direito
internacional geral imperativo, ou seja, um
conjunto de normas que é imperativo. O que
isso significa? O direito imperativo (aquele que
não pode manipular pela vontade) se diferencia
do direito dispositivo (que pode ser manipulado
pela vontade). Assim, o jus cogens seria um
conjunto de normas que afirmaria que os
Estados não poderiam firmar tratados violando
ele, sob pena de nulidade. 
Todos os princípios são jus congens? Não,
nem todos. Não há consenso sobre a
concretude do jus cogens. 
- E se houver conflito entre princípios? Se for
jus congens, prevalece. // mas o ideal seria
criar uma regra para regulamentar isso.
Deise Emanuelle via Passei Direto
SÓ SE USA PRINCÍPIO NA AUSÊNCIA DA
REGRA! 
Colisão de Jus Cogens: Se analisa no caso
concreto qual prevalecerá, mas não é
diretamente uma ponderação, será criada uma
regra que vira a ser aplicada em situações
futuras semelhantes. 
Jurisprudências: Fonte auxiliar, não pode ser
usada ela somente para fundamentar uma
decisão da CIJ. Porem, atualmente, a realidade
do direito já reconhece a jurisprudência da CIJ
e outros tribunais como um patamar acima,
isso mostra como o Direito Internacional é
sistêmico, uma unidade na multiplicidade que
caracteriza a complexidade: é complexo,
porque é múltiplo, mas pode encontrar
unidade. 
As cortes podem recorrer a elas como forma
de amparar a aplicação de outras fontes. 
Ex.: a interpretação de determinado tratado
pode ser fundamentada em um argumento
doutrinário. Ultimamente, nos últimos 20 anos,
pode-se dizer que a CIJ tem utilizado com
muita frequência a sua jurisprudência e
também de outros tribunais para fundamentar
as suas decisões. Isso tem a ver com a difusão
de um certo jurisprudencialismo dos países de
civil law, já que a ideia de aplicação de
precedentes é mais comum aos países de
common law. Nos países da América Latina
tem sido muito comum o recurso à
jurisprudência para fundamentar as decisões.
Pode-se dizer que, hoje em dia, a
jurisprudência dos tribunais internacionais não
ocupam propriamente uma condição de fonte
meramente auxiliar, isso já é uma mudança
que a realidade impõe a norma. A norma põe a
jurisprudência como fonte auxiliar, mas a
própria realidade muda isso. Não é só a
jurisprudência da CIJ, mas também de outros
tribunais reflexo de um SISTEMA
internacional (transreferenciamento). 
Doutrinas: Fonte auxiliar, não pode ser usada
ela somente para fundamentar uma decisão da
CIJ. 
Equidade 
Declarações unilaterais: Surge no caso do
“Nuclear tests” = o ministro da França deu
uma declaração dizendo que não voltaria a
fazer testes aéreos na polinésia francesa, uma
declaração de uma autoridade do Estado
específica dirigido a determinado fato. 
Obrigações Erga Omnes: obrigações aplicadas
a todos, obrigações dos Estados independentes
deles concordarem. O reconhecimento do
Deise Emanuelle via Passei Direto
Estado na ordem internacional gera direitos e
deveres. 
Soft Law: É o posto do “hard law” (= é a ideia
da norma, que é sempre composto por
preceito e prescrição/coercitividade). O soft law
é um comando que não tem
sanção/consequência jurídica, mas, ele acaba
tendo uma ampla eficácia. A sua coercitividade
só é observada numa observação de segunda
ordem, na “bolha” do direito não é possível ver
coercitividade do Soft Law, e sim, vendo pelo
funcionamento da economia, por exemplo,
outras razoes, que não são do direito.
Exemplo: convenções modelos da OCDE,
apesar de não ser exigido que esse modelo
seja adotado, mas, se percebe que os que
adotam tem melhorias econômicas. 
	VISÃO GERAL
	SITUAÇÕES REGULAMENTADAS
	Art. 357. Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda.
	Art. 358. Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão.
	Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros.

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