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Microeconomia: Princ´ıpios Ba´sicos Cap´ıtulo 5. Escolha Escola de Po´s-Graduac¸a˜o em Economia 2009 Mestrado em Financ¸as e Economia Empresarial V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 1 / 38 To´picos cobertos 1 Escolha o´tima 2 Demanda do consumidor 3 Alguns exemplos 4 Estimativa das func¸o˜es de utilidade 5 Implicac¸o˜es da condic¸a˜o da TMS 6 Escolha de impostos V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 2 / 38 Escolha o´tima Definition A escolha x = (x1, x2) e´ uma escolha o´tima quando o conjunto de cestas y = (y1, y2) que ele prefere estritamentea a x na˜o intercepta o conjunto das cestas que o consumidor pode adquirirb aI.e., a cesta y e´ situada acima da curva de indiferenc¸a de x bI.e., as cestas que se localizam abaixo da reta orc¸amenta´ria Suponha que x seja uma escolha o´tima: Para cada cesta y � x temos p · y = p1 · y1 + p2 · y2 > m No ponto o´timo, a curva de indiferenc¸a na˜o pode cruzar a reta orc¸amenta´ria V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 3 / 38 Escolha o´tima Quando a curva de indiferenc¸a tem uma linha tangencial, numa escolha o´tima interior, a curva de indiferenc¸a tangencia a reta orc¸amenta´ria V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 4 / 38 Escolha o´tima A curva de indiferenc¸a na˜o tem linha tangencial: ela apresenta uma quebra no ponto de escolha o´tima Esse caso na˜o tem importaˆncia econoˆmica V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 5 / 38 Escolha o´tima O o´timo occora no ponto em que o consumo de um bem e´ zero: o´timo de fronteira As inclinac¸o˜es da curva de indiferenc¸a e da reta orc¸amenta´ria sa˜o diferentes V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 6 / 38 Escolha o´tima Se eliminamos os “gostos bizarros” cujas curvas de indiferenc¸a na˜o teˆm linha tangencial Se nos restringimos apenas aos o´timos interiores Encontramos uma condic¸a˜o necessa´ria que a escolha o´tima deve satisfazer I Se a escolha o´tima envolver o consumo de um pouco de ambos os bens (interior) I A curva de indiferenc¸a necessariamente tangenciara´ a reta orc¸amenta´ria (as inclinac¸o˜es sa˜o iguais) Sera´ essa condic¸a˜o de tangeˆncia suficiente para que a cesta seja o´tima? V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 7 / 38 Escolha o´tima Temos 3 cestas onde a condic¸a˜o de tangeˆncia e´ satisfeita, todas interiores, mas so´ 2 sa˜o o´timas A tangeˆncia e´ apenas uma condic¸a˜o necessa´ria para alcanc¸ar o o´timo, mas na˜o suficiente V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 8 / 38 Escolha o´tima Ha´ um caso importante onde a condic¸a˜o de tangeˆncia e´ suficiente: o das prefereˆncias convexas Em geral pode haver mais de uma cesta o´tima Se as curvas de indiferenc¸a forem estritamente convexas, i.e., na˜o tiverem nenhum segmento plano, havera´ apenas uma escolha o´tima em cada reta orc¸amenta´ria A condic¸a˜o de tangeˆncia se traduz da forma seguinte: A TMS tem de igualar-se a` inclinac¸a˜o da reta orc¸amenta´ria num o´timo interior ∂u ∂x1 (x) ∂u ∂x2 (x) = p1 p2 V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 9 / 38 Escolha o´tima O mercado oferece uma taxa de troca de p1/p2: I Se o consumidor desistir de uma quantidade ε do bem 1 I Ele podera´ comprar (p1/p2)ε unidades do bem 2 I Se o consumidor desistir de uma quantidade ε do bem 2 I Ele podera´ comprar (p2/p1)ε unidades do bem 1 Se a TMS do bem 2 por o bem 1 for menor que p1/p2 o consumidor certamente desejaria abrir ma˜o de ε unidades do bem 1 para adquirir (p1/p2)ε unidades do bem 2 Se a TMS do bem 2 por o bem 1 for maior que p1/p2 o consumidor certamente desejaria abrir ma˜o de ε unidades do bem 2 para adquirir (p2/p1)ε unidades do bem 1 V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 10 / 38 Demanda do consumidor A escolha o´tima dos bens 1 e 2, num determinado conjunto de prec¸os e de renda, e´ chamada cesta demandada do consumidor d(p,m) ≡ {x ∈ B(p,m) : B(p,m) ∩ P (x) = ∅} onde B(p,m) = {y ∈ R2+ : p · y 6 m} e P (x) = {y ∈ R2+ : y � x} Quando os prec¸os e a renda variam, a escolha o´tima do consumidor tambe´m varia A func¸a˜o d : (p,m) 7→ d(p,m) e´ chamada func¸a˜o de demanda Quando a demanda e´ uma func¸a˜o, temos d(p,m) = {(x1(p,m), x2(p,m)} x`(p,m) e´ a demanda de unidades do bem ` do consumidor dependo dos prec¸os como da renda V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 11 / 38 Substitutos perfeitos V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 12 / 38 Substitutos perfeitos Nesse caso a demanda e´ definida por d(p,m) = {(m/p1, 0)} quando p1 < p2 R(p,m) quando p1 = p2 {(0,m/p2)} quando p1 > p2 onde R(p,m) e´ a reta orc¸amenta´ria R(p,m) = {x ∈ R2+ : p · x = m} Se dois bens sa˜o substitutos perfeitos, o consumidor comprara´ o que for mais barato V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 13 / 38 Complementares perfeitos V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 14 / 38 Complementares perfeitos A escolha o´tima tem de situar-se sempre na diagonal: “pessoas com dois pe´s compram sapatos aos pares” Suponhamos que x = (x1, x2) e´ uma escolha o´tima Sabemos que o consumidor compra a mesma quantidade do bem 1 e do bem 2, i.e., x1 = x2 = x Temos que satisfazer a restric¸a˜o orc¸amenta´ria p1x1 + p2x2 = m Obtemos x1 = x2 = x = m p1 + p2 V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 15 / 38 Neutros e males No caso do bem neutro, o consumidor gasta todo o seu dinheiro no bem do qual gosta e na˜o compra nada do bem neutro O mesmo ocorre quando a mercadoria e´ um mal Se os prec¸os sa˜o positivos, a mercadoria 1 e´ um bem, e a mercadoria 2 e´ um mal, as func¸o˜es de demanda sera˜o x1(p,m) = m p1 e x2(p,m) = 0 E se o prec¸o do mal e´ negativo? V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 16 / 38 Bens discretos Suponhamos que o bem 1 seja um bem discreto enquanto o bem 2 seja dinheiro para ser gasto em todas as outras coisas V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 17 / 38 Prefereˆncias coˆncavas Se voceˆ tem dinheiro para comprar sorvete e azeitonas mas na˜o gosta de consumi-los juntos, gastara´ todo o seu dinheiro em um ou em outro V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 18 / 38 Prefereˆncias Cobb–Douglas Suponhamos que a func¸a˜o de utilidade seja da forma Cobb–Douglas u(x1, x2) = xc1x d 2 As escolhas o´timas sa˜o x1(p,m) = c c+ d × m p1 e x2(p,m) = c c+ d × m p2 A frac¸a˜o da renda que o consumidor gasta no bem 1 e´ p1x1(p,m) m = p1 m × c c+ d × m p1 = c c+ d A frac¸a˜o da renda que o consumidor gasta no bem 1 e´ d/(c+ d) V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 19 / 38 Prefereˆncias Cobb–Douglas O consumidor Cobb–Douglas gasta sempre uma frac¸a˜o fixa de sua renda em cada bem E´ conveniente escolher a representac¸a˜o v(x1, x2) = xa1 × x1−a2 Podemos interpretar a como a frac¸a˜o da renda gasta no bem 1 V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 20 / 38 Estimativa das func¸o˜es de utilidade Vimos va´rias formas diferentes de prefereˆncias e func¸o˜es de utilidade Examinamos os tipos de comportamento de demanda gerados por essas prefereˆncias Na vida real temos de fazer o contra´rio: I Observar o comportamento de demanda I Descobrir que tipo de prefereˆncias gerou o comportamento observado Suponhamos que observamos as escolhas feitas por um consumidor em diferentes n´ıveis de prec¸os e renda V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 21 / 38 Estimativa das func¸o˜es de utilidade A frac¸a˜o da renda gasta em cada bem ` e´ definida por s` = p`x`/m V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 22 / 38 Estimativa das func¸o˜es de utilidade Embora apresentem pequenas variac¸o˜es, as frac¸o˜es de gastos sa˜o relativamente constantes Parece que a func¸a˜o de utilidade da forma u(x1, x2)= x 1/4 1 × x3/42 ajusta-se bem a esses dados Uma func¸a˜o de utilidade dessa forma geraria um comportamento de escolha semelhante ao observado Parece que o consumidor maximize a func¸a˜o u dada acima V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 23 / 38 Estimativa das func¸o˜es de utilidade Agora podemos avaliar o impacto de sugesto˜es de mudanc¸as na pol´ıtica econoˆnica Suponhamos que o governo planeje impor um sistema de impostos que levasse o consumidor a enfrentar prec¸os (2, 3) com uma renda de 200 De acordo com nossas estimativas, a cesta demanda seria x̂1 = 1 4 × 200 2 = 25 e x̂2 = 3 4 × 200 3 = 50 A utilidade estimada dessa cesta e´ u(x̂1, x̂2) = 251/4 × 503/4 ≈ 42 A nova pol´ıtica tributa´ria deixara´ o consumidor melhor do que estava no ano 2, mas em situc¸a˜o pior do que a do ano 3 V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 24 / 38 Estimativa das func¸o˜es de utilidade Na realidade, a situac¸a˜o na˜o ta˜o simples Na˜o temos dados detalhados sobre as escolhas individuais de consumo Podemos encontrar dados sobre grupos de pessoas: adolescentes, famı´lias de classe me´dia, idosos As prefereˆncias desses grupos sa˜o refletidos nos seus padro˜es de consumo Os dados podem nos permitir de estimar uma func¸a˜o de utilidade para cada grupo que descreva os padro˜es de consumo e utilizar essa func¸a˜o estimada para prever a demanda e avaliar as propostas de pol´ıtica econoˆmica V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 25 / 38 Implicac¸o˜es da condic¸a˜o da TMS Nos mercados bem-organizados, em geral todos se defrontam com aproximadamente os mesmos prec¸os: tomemos como exemplo dois bens, a manteiga e o leite Se todos otimizarem e estiverem numa soluc¸a˜o interior, enta˜o todos devera˜o ter a mesma taxa marginal de subsituic¸a˜o para manteiga e o leite Todos ajustara˜o seu consumo dos bens ate´ que sua pro´pria avaliac¸a˜o marginal “interna” dos dois bens se iguale a` avaliac¸a˜o “externa” que o mercado faz desses bens Suponhamos que o prec¸o do leite seja $1 por litro e o da manteiga $2 por quilo A taxa marginal de substituic¸a˜o para todas as pessoas que consomem leite e manteiga tem de ser 2 V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 26 / 38 Implicac¸o˜es da condic¸a˜o da TMS Suponhamos agora que um inventor descubra um novo me´todo de transformar leite em manteiga I para cada 3 litros de leite introduzidos na ma´quina, obtemos 1 quilo de manteiga Havera´ mercado para essa ma´quina? Se, ao contra´rio, o inventor conseguisse transformar 1 quilo de manteiga em 3 litros de leite? Havera´ mercado para esse invento? O primeiro invento na˜o e´ lucrativo: ele produz $2 a partir de $3 O segundo invento e´ lucrativo: ele produz $3 com apenas $2 O fato importante e´ que os prec¸os sa˜o indicadores do valor marginal que as pessoas atribuem a`s coisas V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 27 / 38 Escolha de impostos Se o governo quiser obter determinada receita, seria melhor coleta´-la atrave´s do imposto sobre a quantidade de um bem ou do imposto sobre a renda? Suponhamos que a restric¸a˜o orc¸amenta´ria original seja p1x1 + p2x2 = m Se taxarmos o consumo do bem 1 com uma al´ıquota t, a nova restric¸a˜o orc¸amenta´ria sera´ (p1 + t)x1 + p2x2 6 m A escolha o´tima x? tem de satisfazer a restric¸a˜o orc¸amenta´ria (p1 + t)x?1 + p2x ? 2 = m A receita arrecadada por esse imposto sera´ R? = tx?1 V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 28 / 38 Escolha de impostos V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 29 / 38 Escolha de impostos Imaginemos agora um imposto sobre a renda que arrecada a mesma quantidade de receita A nova reta orc¸amenta´ria seria p1x1 + p2x2 = m−R? = m− tx?1 A inclinac¸a˜o dessa nova reta e´ a mesma da reta original A nova reta passa por a cesta x? A escolha x? na˜o sera´ o´timo porque no ponto x? a TMS e´ (p1 + t)/p2 Isso implica que algum ponto na reta orc¸amenta´ria sera´ preferido a x? V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 30 / 38 Escolha de impostos O imposto de renda e´ realmente superior ao imposto sobre a quantidade Com ele podemos obter a mesam receita de um consumidor e ainda deixa´-lo em melhor situac¸a˜o do que com o imposto sobre a quantidade Este resultado tem va´rias limitac¸o˜es: I Para qualquer consumidor, ha´ um imposto de renda que arrecada a mesma quantidade de recursos que seria arrecadada pelo imposto sobre a quantidade e que, mesmo assim, deixa o consumidor em situac¸a˜o melhor I A quantidade desse imposto de renda sera´ em geral diferente para cada pessoa I Um imposto de renda uniforme para todos na˜o e´ necessariamente melhor do que um imposto uniforme sobre a quantidade I Partimos do pressuposto do que a renda do consumidor na˜o se altera quando estabelecemos um imposto sobre a renda: existem problemas de incentivos V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 31 / 38 Apeˆndice Como solucionar o problema de maximizac¸a˜o das prefereˆncias e obter as func¸o˜es de demanda Em geral representamos as prefereˆncias pela func¸a˜o de utilidade x 7→ u(x) Uma cesta x e´ otima quando x ∈ argmax{u(x˜) : x˜ ∈ B(p,m)} Se a escolha o´tima e´ interior e a func¸a˜o de utilidade diferencia´vel, temos ∂u ∂x1 (x) ∂u ∂x2 (x) = p1 p2 A escolha o´tima tambe´m deve satisfazer a restric¸a˜o orc¸amenta´ria p1x1 + p2x2 = m V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 32 / 38 Apeˆndice A restric¸a˜o orc¸amenta´ria permite obter x2 em func¸a˜o de x1 x2 = f(x1) onde f(x1) = m p2 − p1 p2 x1 Obtemos um novo problema de maximizac¸a˜o argmax{u(x˜1, f(x˜1)) : x˜1 ∈ [0,m/p1]} Se a soluc¸a˜o e´ interior, i.e., x1 ∈ (0,m/p1), a condic¸a˜o de primeira ordem nos fornecera´ ∂u ∂x1 (x1, f(x1)) + f ′(x1)× ∂u ∂x2 (x1, f(x1)) = 0 V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 33 / 38 Apeˆndice Dado que f ′(x1) = −p1 p2 Obtemos a equac¸a˜o ∂u ∂x1 (x) ∂u ∂x2 (x) = p1 p2 Essa e´ exatamente a condic¸a˜o de TMS: a inclinac¸a˜o da curva de indiferenc¸a tem de ser igual a` inclinac¸a˜o da linha orc¸amenta´ria V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 34 / 38 Apeˆndice Uma outra forma de resolver esse problema e´ com o emprego dos multiplicadores de Lagrange Esse me´todo comec¸a por definir uma func¸a˜o auxiliar conhecida como Lagrangiana L(x, λ) = u(x1, x2) + λ(m− p1x1 − p2x2) A nova varia´vel λ e´ chamada de multiplicador de Lagrange O teorema de Lagrange diz que se x? maximiza a func¸a˜o u sobre a restric¸a˜o orc¸amenta´ria, enta˜o existe λ? tal que x? maximiza L(x, λ?) sem restric¸a˜o orc¸amenta´ria e verificando a condic¸a˜o λ?(m− p1x?1 − p2x?2) = 0 V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 35 / 38 Apeˆndice Se a escolha x? e´ o´tima e interior, ela deve satisfazer as treˆs condic¸o˜es de primeira ordem ∂L ∂x1 (x?, λ?) = ∂u ∂x1 (x?)− λ?p1 = 0 ∂L ∂x2 (x?, λ?) = ∂u ∂x2 (x?)− λ?p2 = 0 ∂L ∂λ (x?, λ?) = −p1x?1 − p2x?2 +m = 0 V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 36 / 38 Apeˆndice: Cobb–Douglas Consideramos a func¸a˜o de utilidade de Cobb–Douglas u(x1, x2) = xc1 × xd2 Podemos substituir por outra representac¸a˜o u(x1, x2) = c ln(x1) + d ln(x2) Queremos resolver o problema seguinte: max (x1,x2)∈R2+ c ln(x1) + d ln(x2) de modo que p1x1 + p2x2 = m V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 37 / 38 Apeˆndice: Cobb–Douglas A condic¸a˜o de TMS e´ c d × x2 x1 = p1 p2 Usando a restric¸a˜o orc¸amenta´ria, optemos a equac¸a˜o c(m− p1x1) = dp1x1 Temos enta˜o x1 = c c+ d × m p1 e x2 = c c+ d × m p2 V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Microeconomia Outubro, 2009 38 / 38 Main Talk
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