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APG S4P2 – Infarto Secretária: Gêmynna Thalita Coordenador: Ivan Objetivos: Compreender a fisiopatologia e as manifestações clínicas do infarto Entender o funcionamento dos fármacos na isquemia Conhecer os marcadores laboratoriais do infarto Reconhecer os fatores de risco para o infarto Identificar as características típicas e atípicas da dor do infarto Compreender as alterações no eletrocardiograma em caso de isquemia Conclusão: Concluimos, que o infarto depende das seguintes variáveis que são: localização, gravidade da obstrução, quantidade de tecido cardíaco irrigado pelo vaso afetado, ‘ duração da obstrução, frequência cardíaca, pressão arterial e outros. Portanto, torna-se imprescindível o estudo da fisiopatologia e diagnóstico desta doença para melhor escolha de intervenção, prevenção, diagnóstico e tratamento. Compreender a fisiopatologia e as manifestações clínicas do infarto O Infarto Agudo do Miocárdio, o IAM, consiste na morte (necrose) dos cardiomióciotos, ou seja, de uma parte do tecido muscular do coração, devido a uma deficiência da oferta de nutrientes e oxigênio ao tecido, secundário a trombose, ou vasoespasmo sobre uma placa aterosclerótica. Primeiro acontece a ruptura ou erosão de uma placa aterosclerótica, que reduz a luz do vaso e compromete significativamente o fluxo sanguíneo na artéria coronária por espasmo ou formação de trombo, ocasionando assim a isquemia cardíaca que leva a necrose dos cardiomiócitos. O termo infarto do miocárdio significa basicamente a morte de cardiomiócitos causada por isquemia prolongada. Em geral, essa isquemia é causada por trombose e/ou vasoespasmo sobre uma placa aterosclerótica. O processo migra do subendocárdio para o subepicárdio. A maior parte dos eventos é causada por rotura súbita e formação de trombo sobre placas vulneráveis, inflamadas, ricas em lipídios e com capa fibrosa delgada. Uma porção menor está associada à erosão da placa aterosclerótica5 . Existe um padrão dinâmico de trombose e trombólise simultaneamente, associadas a vasoespasmo, o que pode causar obstrução do fluxo intermitente e embolização distal6 (um dos mecanismos responsáveis pela falência da reperfusão tecidual apesar da obtenção de fluxo na artéria acometida). Dentro de um espectro de possibilidades relacionadas com o tempo de evolução, o miocárdio sofre progressiva agressão representada pelas áreas de isquemia, lesão e necrose sucessivamente. Na primeira, predominam distúrbios eletrolíticos, na segunda, alterações morfológicas reversíveis e na última, danos definitivos. Da mesma forma, essas etapas se correlacionam com a diversidade de apresentações clínicas que variam da angina instável e infarto sem supra até o infarto com supradesnível7 do segmento ST. É por isso que o manejo do infarto é baseado no rápido diagnóstico, na desobstrução imediata da coronária culpada, manutenção do fluxo obtido, profilaxia da embolização distal e reversão de suas complicações potencialmente fatais (arritmias, falência cardíaca e distúrbios mecânicos). Manifestações clinicas: Dor referida no tórax (ou peito) contínua, de forte intensidade, que dura por mais de 20 minutos; Ardor no peito (pode ser confundido com azia); Dor no peito que chega até a mandíbula ou até os braços (geralmente mais comum no lado esquerdo do corpo); Excesso de transpiração sem razão aparente; Falta de ar; Náuseas, vômitos e tonturas; Desmaios; Ansiedade e agitação. É importante lembrar que os diabéticos apresentam menos sintomas ou nada sentem ao infartar. Entender o funcionamento dos fármacos na isquemia Estatinas : atuam inibindo a enzima HMG CoA redutase, diminuindo a produção de colesterol intracelular. Se diminui a produção de colesterol intracelular, vai estimular a síntese de receptores de LDL e esses receptores vão pra membrana plasmática da célula e vão ficar captando as bolinhas de LDL para dentro da célula. Nisso, vai diminuir o LDL no sangue. Ex de estatinas: Sinvastatina, Rosuvastatina e Atorvastatina. Beta bloqueadores: Bloqueiam os receptores beta adrenérgicos, diminuindo a FC, PA e contratilidade. Nisso, diminui a demanda miocárdica de oxigênio em repouso e durante o exercício, reduzindo a frequência e gravidade dos ataques de angina. Ex de beta bloqueadores: Atenolol, Propanolol e Metapronolol. Bloqueadores dos canais de cálcio: Bloqueiam os canais de cálcio reduzindo a entrada de Ca na célula muscular lisa das paredes das artérias, causando relaxamento do músculo liso vascular nas arteríolas, diminuição de RVP e PA. Os di-hidropiridinos tem maior seletividade sobre efeitos vasculares, ex: Anlodipino e Nifedipino. Já os não di- hidropiridinos tem maiores efeitos cardíacos, ex: Verapamil e Diltiazem. Nitratos: Assim que são administrados , os nitratos vão se converter em nitrito, logo depois se converter em oxido nítrico (componente vasodilatador). Esse oxido nítrico ativa a enzima guanililciclase que vai aumentar a produção do GMPc. Esse aumento do GMPc vai desfosforilar cadeias leves de miosina gerando o relaxamento do músculo liso vascular. Exemplos de nitratos: Nitroglicerina IV, Mononitrato de isossorbida, Dinitrato de isossorbida. Os nitratos de ação rápida são sublinguais e exercem efeito de 1 a 3 minutos, é a primeira escolha para tratar crises anginosas. Já os de ação prolongada , usam-se para evitar a dor, toma diariamente. Conhecer os marcadores laboratoriais do infarto Marcadores é substância existente no interior das células que são liberadas na circulação sanguínea por ocasião de injúria celular temporária ou permantente. - Mioglobina: Proteína citoplasmática de baixo peso molecular presente nos músculos esqueléticos e cardíacos, com função de fornecer oxigênio às mitocôndrias. Elevação inicia-se entre 1 e 2 horas, após início da dor. (Marcador mais precoce). Chega ao Pico entre 6 e 7 horas. Permanecendo elevada até 24 horas. Altamente inespecífica. - Creatinofosfoquinase (CK ou CPK): Representa a isoenzimas na sua totalidade. Concentração plasmática: Eleva-se em 4-8 horas. Pico 12-24 horas,Normaliza em 3-4 dias. - Creatinofosfoquinase - Fração MB (CK-MB) : tem boa especificadade para lesões do músculo cardíaco, ajuda no diagnóstico de IAM e reinfarto. Concentração plasmática: Eleva-se em 4-8 horas. Pico 12-24 horas. Normaliza em 48- 72 horas. - Troponina: A troponina é uma proteína muscular que, juntamente com a tropomiosina, regula a interação entre a actina e miosina no processo de contração muscular. Consistem de três subunidades: TnC, TnT e TnI (Especificas do músculo cardíaco). Após a lesão do cardiomiócito, a troponina livre no citoplasma é liberada na circulação. Concentração plasmática: Eleva-se em 2-4 horas. Pico em 6-12 horas. Normaliza em até 7-10 dias. Valor de referência: Trop qualitativa: Negativo Trop convencional: < 14ng/mL Trop US: < 0,04ng/L Reconhecer os fatores de risco para o infarto Os principais fatores de risco para o infarto são o tabagismo, o colesterol em excesso, hipertensão (pressão alta), diabetes, obesidade, estresse e depressão. Os diabéticos têm de duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto. Identificar as características típicas e atípicas da dor do infarto Ela pode ser típica ou atípica. A dor típica se apresenta como uma dor no meio ou à esquerda do peito, tipo aperto, pressão ou peso, muitas vezes com irradiação para o braço esquerdo, mandíbula e/ou costas. A dor é desencadeada por esforço físico, estresse emocional ou após uma refeição exagerada. A angina do infarto apresenta piora gradual e é normalmente acompanhada de suores, falta de ar, palidez, inquietação e por vezes, náuseas e vômitos. Ao contrário da angina estável, no infarto, a dor dura vários minutos e não há alívio com repouso. Entretanto, nos doentes que desenvolvem infarto com uma apresentação atípica, o diagnóstico torna-semais difícil. Isto ocorre mais comumente em idosos, mulheres e diabéticos. Nesses casos, as apresentações podem ser as mais diversas, até mesmo sem dor! Nesses casos, geralmente os sintomas se resumem a cansaço intenso, náuseas ou um desconforto no peito/abdome. São os pacientes que mais demoram a procurar atendimento médico e por isso, os que têm mais complicações. Compreender as alterações no eletrocardiograma em caso de isquemia Na isquemia há um supradesnivelamento. A presença de um supradesnivelamento do segmento ST em uma ou mais paredes (regiões correspondentes a determinadas artérias) é indicativa de uma oclusão coronariana com alta morbimortalidade. No infradesnivelamento, indica infarto ou sobrecarga do VE. Usa os marcadores de necrose miocárdica para diferenciar.
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