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CIRCULAÇÃO ARTERIAL CEREBRAL POSTERIOR Polígono de Willis: Thomas Willis foi o primeiro anatomista que descreveu as anastomoses entre os principais ramos arteriais do cérebro. Em homenagem a ele, o ciclo arterial do cérebro é chamado de polígono de Willis Podemos dividir a circulação em 2 grandes grupos: (1) Circulação anterior: tem como seu cerne a artéria carótida interna (2) Circulação posterior: tem como seu cerne as artérias vertebrais e basilar (sistema vertebrobasilar); é importante na vascularização do tronco cerebral Artérias vertebrais: Origem: emergem da artéria subclávia Trajeto: seguem um trajeto na região cervical através dos forames vertebrais Essas artérias adentram o crânio pelo: forame magno Principais ramos que são emitidos antes delas se unirem e formarem a artéria basilar: artéria espinhal anterior e PAICA Artéria espinhal anterior: Irriga os 2/3 anteriores da medula e a pirâmide Lesão: paralisia súbita abaixo da oclusão Artéria cerebelar inferior posterior (PAICA): Irriga: porção lateral do bulbo, porção posterior e inferior do cerebelo Essa artéria sai diretamente da artéria vertebral 1: artéria vertebral; 2: PAICA (visão lateral) Artéria basilar: Após as artérias vertebrais adentrarem o crânio pelo forame magno, elas se unem bem próximas a junção bulbo-pontina/ponto-bulbar, formando a artéria basilar A artéria basilar percorre um sulco que existe na face anterior da ponte, que é o sulco basilar. Ela termina em uma quadrifurcação final A artéria basilar emite ramos que se dirigem, majoritariamente, para irrigação da ponte. Os ramos são: 1- AICA: ramo inicial, logo após a junção das artérias vertebrais 2- Artéria labiríntica 3- Artérias pontinhas: saem na superfície lateral da basilar 4- Artéria cerebelar superior 5- Artéria cerebral posterior O nervo oculomotor (representado em número 6 na figura), tem uma relação anatômica estreita com a artéria cerebral posterior Artéria cerebelar inferior anterior (AICA): Irriga: face inferior do cerebelo, pedúnculos cerebelares médio e inferior e tegmento da ponte/bulbo Existe uma ampla anastomose entre a AICA e a PAICA (mas a paica nasce das artérias vertebrais e a aica da artéria basilar) Artéria labiríntica: Artérias pontinas: Irriga: São vários ramos que saem · orelha interna bilateralmente da parte lateral da · fibras do VII e VIII artéria basilar Lesões: causam surdez Irrigam: toda a ponte Artéria cerebelar superior: Irriga: · face superior do cerebelo · núcleo denteado · pedúnculos cerebelares superior e médio · colículo inferior · geralmente encosta no nervo V, determinando quadro de neuralgia do trigêmeo Artéria cerebral posterior: Irriga: · ramos perfurantes (pedúnculo cerebral, corpos mamilares e mesencéfalo) · artéria talamogeniculada (irriga porção inferior do tálamo e corpo geniculado lateral) · artéria coroideia posterior (irriga plexo coroide, quatro ventrículo e aqueduto) · artéria occipital lateral e medial (se dirigem para o lobo occipital e parte do lobo/córtex temporal inferior) É o último ramo da artéria basilar Lesões: · hemianopsia homônima contralateral · alterações de memória (lesão do lobo temporal do córtex temporal inferior) · dificuldade de nomear e discriminar objetos (lesão do lobo temporal do córtex temporal inferior) · orientação espacial (lesão do lobo temporal do córtex temporal inferior) obs: hemianopsia é um déficit do campo visual que pega a metade dele obs: geralmente, essa hemianopsia homônima contralateral que ocorre, há preservação da macula por existir uma anastomose com ramos da artéria cerebral média Lesão bilateral da ACP (artéria cerebral posterior): Prosopagnosia: perda de reconhecimento de faces Acromatopsia: perda da visão de cores Cegueira cortical (não tem a consciência de que ele é cego. Essas pessoas conseguem se localizar apesar do córtex visual não estar intacto) Padrão fetal da ACOP: Uma das principais comunicações entre a circulação anterior e posterior é a artéria comunicante posterior O correto é que a circulação posterior seja, majoritariamente, irrigada pelo sistema vertebrobasilar. Porém, tem algumas pessoas que mantém o padrão que ocorre durante a vida embrionária, na qual, a artéria comunicante posterior é a principal fonte de sangue da circulação posterior, ou seja, a principal fonte da circulação posterior seria através de um ramo da carótida posterior Normal: cerebral posterior com diâmetro maior do que a comunicante posterior Padrão fetal: comunicante posterior tem o diâmetro maior do que a artéria cerebral posterior A pessoa nesse exame desenvolveu obstrução da carótida interna (pegou a projeção do parênquima irrigada pela cerebral anterior, média e posterior), porque a pessoa ainda mantinha o padrão fetal e quem estava sendo crucial na irrigação da circulação posterior era, principalmente, a comunicante posterior do que a própria cerebral posterior SÍNDROMES VACULARES DO TRONCO Síndrome de Wallenberg’s ou bulbar lateral: A área de lesão é a porção lateral do bulbo Decorre, frequentemente, da lesão da PAICA As estruturas que são lesadas, são: 1- trato espinotalamico: determinando perda contralateral da sensibilidade dolorosa e térmica 2- trato trigeminotalâmico: determinando perda ipsilateral da sensibilidade dolorosa e térmica da face 3- núcleo ambíguo: determinando rouquidão, disfagia e perda do reflexo de tosse 4- síndrome de Horner’s: enolftamia, ptose e amidrose 5- núcleo vestibular 6- pedúnculo cerebelar inferior: determinando ataxia Síndrome Medular Medial ou de Dejerine: Pode ser resultante da artéria vertebral ou do seu ramo que é a artéria espinhal anterior Lesão na porção medial do bulbo As estruturas que são lesadas, são: 1- trato corticoespinhal: déficit motor contralateral 2- lemnisco medial: determina alterações de sensibilidade tátil 3- lesão do núcleo/nervo hipoglosso: determina uma lesão ipsilateral do XII par Síndrome de Weber’s ou infarto mesencefálico: Decorre de uma lesão no mesencéfalo, geralmente nos ramos perfurantes da ACP (artéria cerebral posterior) O que é encontrado: 1- déficit motor/hemiparesia contralateral 2- lesão do nervo oculomotor ipsilateral Síndrome Locked-in ou ventral pontine: Lesão da artéria basilar (junto com os ramos pontinos) Ocorre o infarto da porção ventral da ponte A lesão causa: · lesa tudo menos a formação reticular, ou seja, a sua consciência/percepção fica intacta (porém a pessoa não movimenta nada, não sente nada, não deglute bem, não fala, não se expressa). Pessoa movimenta a musculatura extraocular Síndrome de Anton/Babinsk: Lesão das artérias cerebrais posteriores (lesão bilateral dos lobos occipitais) Leva um quadro de cegueira cortical (paciente apesar de estar cego, geralmente, ele não tem essa consciência, não percebe que é cego)