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Fichamento de Artigos sobre Doença de Parkinson e Paralisia Facial

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Universidade Federal da Paraíba
João Pessoa, 30 de agosto de 2021
Discente: Letícia Lorena Melo de Brito Freire
Fichamento dos Artigos
Artigo 1: Doença de Parkinson: revisão de literatura
A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa que se manifesta de forma crônica e progressiva, essa degeneração ocorre em uma região do nosso Sistema Nervoso Central conhecida como substância negra, provocando uma diminuição do neurotransmissor dopamina nos gânglios da base. Ainda não se sabe a causa da DP, contudo, alguns estudos indicam que ela pode ser ocasionada por um conjunto de fatores, tais quais o resultado de uma combinação da predisposição genética com a exposição a fatores tóxicos ambientais.
Sabe-se que a doença de Parkinson acomete preferencialmente pessoas com idade acima de 50 anos e de ambos os sexos. Ademais, com o avançar da idade, sua incidência e prevalência aumentam. As manifestações iniciais da DP contam com tremor no início das extremidades distais do corpo observado em condições de repouso, rigidez muscular, bradicinesia e, alguns autores ainda consideram, instabilidade postural, além de manifestações neuropsiquiátricas e não motoras. Dessa forma, percebe-se um comprometimento na qualidade de vida do paciente diante desse quadro clínico.
Não há um exame específico para confirmar o diagnóstico de doença de Parkinson, esse papel é desempenhado pela observação das manifestações clínicas. Sendo assim, é realizada uma análise clínica do paciente, e ao perceber uma combinação dos sinais motores cardinais, desconfia-se que ele apresenta DP. A fim de melhor compreender as manifestações clínicas, os critérios diagnósticos e o tratamento da Doença de Parkinson, o presente estudo decidiu realizar uma revisão de literatura.
O estudo concluiu que existem fisioterapias alternativas utilizadas como coadjuvantes dos fármacos para atenuar disfunções e sintomas da DP como a dança, a prática de yoga e a musicoterapia. Além disso, foi possível confirmar que o diagnóstico normalmente é tardio, uma vez que ainda é muito complexo. A utilização dos fármacos, cirurgias e terapias visam apenas retardar a progressão da doença, minorar seus efeitos e contribuir para uma boa qualidade de vida do idoso, pois ainda não se tem conhecimento de um tratamento que possa curar o paciente.
Artigo 2: Frequência de Quedas e Identificação dos Fatores de Risco em Portadores de Parkinsonismo Primário
A evolução clínica da doença de Parkinson (DP) ocorre de modo progressivo e gera dependência e comprometimento motor ao paciente. Uma das principais alterações observadas na DP que podem provocar quedas consiste na presença de instabilidade postural, resultando na diminuição das reações reflexas de equilíbrio e proteção. Essa instabilidade é resultado, principalmente, da típica postura simiesca ou flexora do tronco somada a hipertonia acentuada.
Além dos fatores intrínsecos supracitados, as quedas também podem estar associadas a fatores extrínsecos, como a ergonomia ambiental inadequada. Dessa forma, levando em consideração que as quedas se configuram como um problema de saúde pública mundial e como um tipo de agravo que se apresenta como indicador da qualidade dos serviços de saúde, o presente estudo procurou analisar a frequência e os fatores de riscos influenciadores para a ocorrência dessas quedas em portadores da Doença de Parkinson. 
Ademais, a partir do estudo foi possível verificar que o ambiente domiciliar apresenta riscos, configurando-se como um dos locais mais comuns para a ocorrência de quedas entre diferentes grupos pesquisados, especialmente entre os idosos. Dessa forma, os autores levantaram uma reflexão acerca da possibilidade de inadequação ergonômica do ambiente, distribuição errônea do mobiliário e ausência de dispositivos de proteção que possam ofertar mais segurança ao indivíduo, necessitando a realização de uma avaliação periódica da segurança do ambiente doméstico.
Artigo 3: Lesões nervosas periféricas: uma revisão
Lesões nervosas periféricas podem provocar perdas sensoriais e motoras. Como principal comprometimento motor, há a paralisia e, consequentemente, a atrofia muscular, sendo esta a causa mais drástica em lesões nervosas periféricas, além de alterações no mapa somatossensorial. Dessa forma, apesar de haver tratamento para essas lesões, o sucesso deste depende de alguns fatores como: idade, a ferida propriamente dita, reparo do nervo, nível da lesão, e período transcorrido entre lesão e reparo.
O estudo presente levou em consideração a importância do tempo na recuperação funcional após uma lesão nervosa periférica, e a partir disso, realizou um levantamento bibliográfico referente ao tema, a fim de auxiliar os profissionais da saúde. Partindo disso, para Seddon, uma lesão leve com perda motora e sensitiva, sem alteração estrutural, se classifica como neuropraxia; lesões por esmagamento, estiramento ou por percussão recebem o nome de axonotmese; quando há separação completa do nervo, com desorganização do axônio causada por uma fibrose tecidual com consequente interrupção do crescimento axonal, classificamos como neurotmese.
Existem lesões no SNC e SNP capazes de romper a comunicação entre os músculos esqueléticos e os neurônios, levando a uma atrofia muscular progressiva e, após essa lesão, tem-se a chamada atrofia muscular. Sendo assim, faz-se necessária uma intervenção precoce, tanto cirúrgica, quando necessário, quanto fisioterapêutica, a fim de minimizar essas complicações. 
Quanto à avaliação, no que tange à recuperação motora e sensitiva do nervo, existe uma ferramenta avaliativa desenvolvida pelo Medical Research Council (MRC), que gradua a recuperação motora em M0 a M5 e a recuperação sensorial em S0 a S4, com base no exame físico. Além disso, utiliza-se o dinamômetro de Jamar para avaliar a força de aperto e alguns estudos eletrodiagnósticos podem ser úteis em detectar os primeiros sinais da reinervação do músculo.
Artigo 4: Scales of degree of facial paralysis: analysis of agreement
A paralisia facial periférica pode surgir por origem idiopática, traumática, iatrogênica, infecciosa, tumoral, congênita, metabólica ou tóxica. O grau de comprometimento é variável e corresponde ao número de axônios acometidos. Dessa forma, quanto maior a agressão ao nervo, maior é a possibilidade de degeneração de suas fibras axonais e consequente denervação das fibras musculares da hemiface.
Além do comprometimento da mobilidade, os pacientes com sequelas de paralisia facial de longa duração geralmente referem também problemas de comunicação, uma vez que estes não conseguem transmitir suas emoções por meio da expressão facial e apresentam tendência a má interpretação do estado emocional. Assim, nos casos de paralisia facial é indispensável determinar o topodiagnóstico, o prognóstico e a etiologia para que se possa ministrar o tratamento mais adequado para a melhor reabilitação possível.
O presente estudo determinou e comparou a concordância inter e intra-avaliadores na interpretação do grau de comprometimento da paralisia facial periférica a partir de duas escalas funcionais. Ademais, ainda foi possível analisar a opinião dos avaliadores quanto à utilização desses instrumentos avaliativos. Concluiu-se então que as escalas de gravidade da paralisia facial auxiliam o diagnóstico e contribuem para a definição de condutas. As escalas de Chevalier e de House e Brackmann foram declaradas como úteis para a prática clínica, e que o uso de instrumentos de classificação do comprometimento funcional é importante no meio científico e tais escalas demonstraram ser bons instrumentos de classificação da paralisia facial.

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