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Pré Clínica III Preparo Químico – Cirúrgico na Endodontia ATOS OPERATÓRIOS DO ACESSO 1. Trepanação. 2. Remoção do teto pulpar. (evitar que o dente escureça). 3. Remoção do ombro palatino (para a lima ser posicionada). TRATAMENTO ENDODÔNTICO • “Cleaning and shaping”: limpeza e modelagem dos canais radiculares. LIMPEZA → Polpa viva: biopulpectomia. → Polpa Morta: necropulpectomia. FORMAÇÃO DE BIOFILMES • Em dentes com polpa morta existe uma colonização bacteriana grande. • Bactérias se unem e formam uma comunidade e ficam sob a superfície dentinária. (dentro do canal radicular) • Após algumas horas já existe a formação de biofilme naquela região. • A remoção desse biofilme acontece principalmente de forma mecânica. (por isso o uso de instrumentos específicos). • A clorexidina tem como desvantagem: não agir em matéria orgânica. • Já o Hipoclorito de Sódio consegue dissolver a matéria orgânica. (lavagem adequada desse canal) Resto de polpa Biofilme Istmo Pré Clínica III Em região de istmo é bem difícil a remoção de forma mecânica, utilizando assim material químico. MODELAGEM • Visa a obtenção de um canal radicular de formato cônico, com o menor diâmetro apical e o maior nível coronário. • Função: facilitar a etapa da obturação. • Instrumentação: confecção de canal cônico com menor diâmetro apical e maior coronário. → Preparo de forma cônico – afunilada em sentido apical. → Preparo no interior do canal dentinário. → Preparo mantendo a forma original do canal. → Preparo mantendo a posição foraminal. PREPARO QUÍMICO CIRÚRGICO 1. Ação mecânica ou cirúrgica. 2. Ação química dos irrigadores. 3. Ação física dos irrigadores. INSTRUMENTOS EMPREGADOS • Terço cervical: brocas (50 % das bactérias) • Terço médio: brocas e limas (35% das bactérias) • Terço apical: limas (15% das bactérias). Canal Cirúrgico Pré Clínica III • Brocas Gates são usadas em baixa rotação e sua identificação vai de acordo com sua quantidade de linhas e é utilizada principalmente em região de terço cervical. • Limas: 1/3 cervical; 1/3 médio e 1/3 apical. ISO • Cor. • Diâmetro (D0); = centésima parte do número presente no cabo (Exemplo: Lima 30 (D0: 0,30 mm) • Conicidade: (0,02 mm a cada milímetro) • Tamanho (parte ativa (16mm) e intermediária (sofre modificação). Tamanho das limas: 21 mm, 25mm, 31 mm. • Secção transversal. MOVIMENTOS DOS INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS 1. Movimento de remoção: → Avanço. → Rotação a direita (2 a 3 rotações. → Tração. 2. Movimento de cateterismo: → Pequenos avanços. → Rotação a direita e a esquerda (meia volta). → Pequenos retrocessos.] 3. Movimento de limagem: → Avanço. → Tração com pressão lateral (empurra para fora contra a parede lateral). 4. Movimento de alargamento parcial: → Avanço. → Rotação a direita (1/4 à direita) → Tração → Movimento para fazer o batente apical. 1ª série 2ª série 3ª série Pré Clínica III SEQUÊNCIA TÉCNICA Caso 01: • Paciente MSD. • 27 anos. • Gênero: Masculino. • Há três meses sentiu forte dor no dente 22 e que aliviou após fazer uso de analgésico e antibiótico. • Em seguida, surgiu uma fístula na região adjacente. 1. Penetração Desinfectante: • Lima fina: K#08 / #10 / #15. • Movimento de cateterismo. • Penetrar até 2/3 do CAD. 2. Objetivos: • Verificar a direção do canal. • Verificar possíveis calcificações. • Neutralizar conteúdo infectado do canal. CAD: comprimento aparente do dente. (baseado na medida radiográfica). → Exemplo: CAD 24 mm. → CPT: comprimento provisório de Trabalho → CPT= 2/3 CAD = 16 mm • Se a instrumentação iniciar logo na região apical baseando-se pela CAD, existe um risco de levar microrganismos para aquela região e causar possivelmente o abcesso fênix. (edema, dor). Caso 02: • Paciente A.B.C.D. • 22 anos, sexo F. • Dor forte a noite, difusa na região anterior que não cessa com analgésicos e que aumenta com bebidas quentes. • Ao teste do frio, sensibilidade moderada de lento declínio no dente 12. Uma possível pulpite irreversível. Tratamento: Biopulpectomia. 1. Exploração inicial + Pulpectomia: • Lima fina: K# 08 / #10 / #15. • Movimento de cateterismo. • Penetrar até CAD – 3mm. • Limas Hedstroen: #20-25 (canais estreitos); #30-35 (canais médios), #40-45 (canais amplos). • Movimentos de remoção. Objetivos: • Verificar a direção do canal. • Verificar possíveis calcificações. Pré Clínica III → CAD: 23 mm. → CPT: CAD – 3mm. → Comprimento provisório de trabalho: 20 mm. 2. Preparo cervical: → Alargadores cervicais. → Brocas utilizadas em baixa rotação afim de desgastar dentina em área cervical. → *GG, Largo, LA Axxes, CP Drill. → Penetrar no máximo até 2/3 do CAD. Objetivos: → Remover interferências cervicais e concrescências dentinárias. → Neutralizar conteúdo infectado do canal. → Permitir maior penetração da SQA (substância química auxiliar). • O contato do Hipoclorito com as bactérias é bastante eficaz. Antes do preparo cervical Depois do preparo cervical Pré Clínica III • A limpeza deve ser realizada de forma ativa apenas no canal dentinário. • O Canal cementário deve ser realizado de forma passiva. 3. Odontometria: • Lima fina K#08/ #10 / #15. • Movimento de cateterismo. • Penetrar até o CRT. Objetivos: • Verificar o CRT. • Verificar possíveis calcificações apicais. • Neutralizar conteúdo infectado do canal. → A não realização da odontometria pode causar extravasamento do material obturador pelo forame apical. → Sempre deixando 1mm do vértice. (evitar instrumentação de osso). → Uso do localizador eletronico foraminal. → CRD: comprimento real do dente. → CRD- 1mm: comprimento real de trabalho (CRT). Exemplo: CAD 26 mm. CRD: 28 mm (localizador fornece). CRT: 27 mm. 4. Determinação do D.A (diâmetro anatômico) / I.A.I (instrumento apical inicial) / L.A.I (lima apical inicial): • Sequencias de limas de acordo com a curvatura da raiz. • Movimento de cateterismo. • Penetrar no CRT. • Primeiro instrumento que chegue ao CRT e fique ajustado, apresentando resistência em sua rotação. Objetivos: Pré Clínica III • Identificar o diâmetro anatômico da constrição apical. • Neutralizar conteúdo infectado do canal. 5. Patência Foraminal: • Lima fina: K# 08 / #10 / #15. • Movimento de cateterismo. • Penetrar CRD= CRT+ 1mm. Objetivos: • Desobstruir forame. • Impedir o efeito Vapor-Lock. • Neutralizar o conteúdo infectado do canal. 6. Preparo Apical: • 3 limas sequenciais após D.A. (observar a curvatura da raiz). • Movimento de alargamento parcial. • Penetrar no CRT. • O último instrumento do preparo apical é o instrumento de memória. Objetivos: • Neutralizar conteúdo infectado do canal. • Confeccionar o batente apical. Observação: Importante realizar a patência foraminal entre as limas no preparo apical. (penetra CRT + 1). 7. Recuos programados: • 3 limas sequenciais após o I.M. • Movimentos de alargamento parcial. • Movimento de limagem. • Penetrar no CRT-1 / CRT-2 / CRT-3. Objetivos: • Neutralizar conteúdo infectado do canal. • Conferir conicidade ao canal cirúrgico. Exemplo: IM: #50 CRT: 27 mm (entre os recuos realizar a patência foraminal e instrumento memória). 1. #55 /CRT-1. 2. #60/ CRT-2. 3. #70 / CRT.
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