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Histologia mama

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Histologia da mama.
Introdução à Glândula Mamária:
Constituem uma característica que distingue os mamíferos, são órgãos dinâmicos e variáveis.
Durante o desenvolvimento embriológico, as glândulas mamárias se desenvolvem em ambos os sexos.
Diversas glândulas se desenvolvem a partir das cristas mamárias ou linhas mamárias, as quais são pares de espessamentos epidérmicos que se estendem desde a axila em desenvolvimento até a região inguinal em desenvolvimento.
Em pessoas pré-púberes, as glândulas mamárias se desenvolvem de forma semelhante em ambos os sexos. A partir da fase puberal, a testosterona, nos homens, atua sobre as células mesenquimatosas para inibir o crescimento adicional da glândula mamária.
Já nas mulheres em período puberal, os hormônios estrógeno e progesterona, influenciam no crescimento da glândula mamária. O estrogênio estimula o crescimento das células mesenquimatosas.
Na vida adulta, a configuração ductal completa já está estabelecida na mama. O crescimento inicial da mama, em mulheres não gravídicas, se deve, principalmente, ao aumento de tecido adiposo interlobular.
Além disso, os ductos se estendem e se ramificam dentro do estroma de tecido conjuntivo em expansão e a proliferação de células epiteliais é controlada por interações do epitélio com o estroma de tecido conjuntivo frouxo intralobular especializado, sensível a hormônios.
As glândulas mamárias só irão atingir sua maturação morfológica e funcional, durante a gravidez. Antes disso elas permanecem em estado inativo.
Essa maturação ocorre em resposta a diversos hormonios, sendo eles: o estrógeno e a progesterona (inicialmente secretados pelo corpo lúteo e depois pela placenta); a prolactina (secretado pela adeno-hipófise); e pelo gonadocorticoides (secretado pelo córtex suprarrenal).
O início efetivo da secreção de leite ocorre imediatamente após o parto e é induzido pela prolactina, enquanto a ejeção do conteúdo é estimulada pela ocitocina, liberada pela neuro-hipófise.
Com a mudança hormonal estabelecida pela menopausa, a glândula mamária, geralmente, regride ou involui e é substituída por tecido adiposo e conjuntivo.
Características da Glândula Mamária:
São tubuloalveolares, derivadas de glândulas sudoríparas modificadas na epiderme, e localizam-se no tecido subcutâneo.
Em estado inativo, é composta por 15 a 20 lobos irregulares que se irradiam a partir da papila mamária, intercalados por faixas fibrosas de tecido conjuntivo, e que se subdividem em numerosos lóbulos (Unidades lobulares do ducto terminal).
Existem ligamentos suspensores, denominados ligamentos de cooper, os quais se conectam à derme.
Cada glândula termina em um ducto galactóforo que se abre por meio de um orifício contraído na papila mamária e, abaixo da aréola, cada ducto apresenta uma dilatação que se chama seio galactóforo. 
Tal ducto é revestido por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, mas exibe uma transição gradual para duas camadas de células cuboides no seio galactóforo e, finalmente, uma única camada de células colunares ou cuboides em todo restante do sistema ductal.
Na papila mamária e na aréola em adultos, a epiderme é altamente pigmentada, ligeiramente enrugada e apresenta papilas dérmicas longas que invadem a sua superfície profunda. 
Além disso, a epiderme nessa região, é coberta por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. 
Abaixo da aréola e da papila, existem feixes de fibras musculares lisas que estão dispostos radialmente e circunferencialmente no tecido conjuntivo denso e longitudinalmente ao longo dos ductos galactóforos, os quais permitem que a papila mamária se torne mais ereta em resposta a diversos estímulos.
A aréola contém glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas e glândulas mamárias modificadas (glândulas de Montgomery), as quais possuem estrutura intermediária entre sudoríparas e mamárias verdadeiras e produzem pequenas elevações na superfície da aréola. Acredita-se que essas glândulas produzam uma secreção lubrificante e protetora que modifica o pH da pele e inibe o crescimento microbiano. Além disso, existem diversas terminações nervosas sensoriais na papila, mas a aréola possui menos terminações.
A ramificação sucessiva dos ductos galactóforos leva à unidade lobular do ducto terminal (ULDT), o qual representa um agrupamento de pequenos alvéolos, constituindo um lóbulo que possui as seguintes estruturas:
· Dúctulos Terminais: 
-Presentes na glândula inativa.
-São revestidos por células epiteliais secretoras.
-Durante a gravidez e após o nascimento, diferenciam-se em alvéolos secretores totalmente funcionais, produtores de leite.
· Ducto coletor intralobular:
-Transporta secreções alveolares para dentro do ducto galactóforo.
· Estroma intralobular:
-Tecido conjuntivo frouxo especializado sensível a hormônios, que circunda os dúctulos terminais e os alvéolos. Contém pouco adipócitos. 
Revestindo o sistema ductal, estão as células epiteliais glandulares. Profundamente no epitélio, entre as células epiteliais e a lâmina basal, estão as células mioepiteliais que se dispõem em uma rede no formato de uma cesta e são encontradas nas porções secretoras da glândula.
A Glândula Mamária durante o ciclo menstrual:
A glândula inativa possui em componente glandular esparso e consiste majoritariamente em ductos. Durante o ciclo menstrual, a mama inativa sofre alterações cíclicas discretas. 
Durante a fase folicular, o estroma é menos denso e os dúctulos terminais aparecem como cordões formados pelas células epiteliais de formato cuboide, com pouco ou nenhum lúmen.
Na fase lútea, as células epiteliais tornam-se mais altas e já é possível ver um lúmen nos ductos à medida que ocorre acúmulos de quantidades pequenas de secreções.
Nos últimos dias do ciclo, antes da menstruação, ocorre uma involução abrupta e apoptose.
A Glândula Mamária durante a gravidez:
As glândulas mamárias sofrem diversas alterações trimestrais em prol da preparação para a lactação.
· Primeiro trimestre:
-Ocorre o alongamento e ramificação dos dúctulos terminais, proliferação e a diferenciação das células epiteliais de revestimento e das células mioepiteliais a partir das células progenitoras da mama, encontradas no epitélio dos dúctulos mamários.
· Segundo trimestre:
-Ocorre a diferenciação dos alvéolos a partir das extremidades em crescimento dos dúctulos terminais. 
-Pela razão do desenvolvimento do tecido glandular não ser uniforme, nota-se uma variação no grau de desenvolvimento até mesmo em um único lóbulo.
-As células podem ser achatadas ou até colunares baixas. O estroma de tecido conjuntivo intralobular é invadido por plasmócitos, linfócitos e eosinófilos à medida que a mama se desenvolve.
-Nesse período a quantidade de tecido glandular e a massa da mama aumentam devido ao crescimento dos alvéolos, principalmente. 
· Terceiro trimestre:
-Inicia-se a maturação dos alvéolos. As células glandulares epiteliais tornam-se cuboides, com núcleos localizados no citoplasma basal da célula.
-Desenvolvem um RER extenso e surgem vesículas secretoras e gotículas de lipídeos no citoplasma.
-Ocorre um declínio da proliferação das células estromais interlobulares e existe um aumento da mama em razão da hipertrofia das células secretoras e do acúmulo de produto secretor nos alvéolos.
Regulação hormonal da glândula mamária:
Durante a puberdade, a glândula mamária cresce e se desenvolve sob influencia de estrógenos e progesterona advindos da produção ovárica.
As ULDT se desenvolvem e se diferenciam em unidades funcionais dinâmicas.
Durante cada ciclo ovariano, são observadas alterações singelas na morfologia do tecido glandular.
O estrogênio estimula a proliferação dos componentes dos ductos galactóforos, durante a fase folicular.
Durante a fase lútea, a progesterona estimula o crescimento dos alvéolos.
Atualmente, acredita-se que o crescimento das glândulas mamárias também dependa da existência de prolactina, que é produzida pela adeno-hipófise (lobo anterior da hipófise) ; de somatomamotropina coriônica humana (hCS), que é produzida pela placenta;e de glicocorticoides da suprarrenal.

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