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Sarcocystis, Cystoisospora, Cryptosporidium e Balantidium

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Samara Valentim | PARASITOLOGIA | Turma LII | Medicina – UNCISAL 
 
 
1 
 
 
 
- É um gênero, com mais de 130 espécies. 
- Parasitos intracelulares, heteróxenos. 
- Precisam do ciclo predador-presa para completar seu 
ciclo. 
- Estágio assexuado acontece no hospedeiro 
intermediário (presas). 
- Estágio sexuado acontece nos hospedeiros 
definitivos (predadores). 
*Última geração de merontes (sarcocistos) estão nos 
músculos e origina bradizoítos (forma infectante para HD) 
que evoluem para gametas no intestino do HD. 
* Esporogonia dos oocistos ocorre no intestino do HD que 
saem esporulados nas fezes. 
- Nos hospedeiros intermediários os cistos teciduais 
são segmentados e possuem 2 tipos de zoítos: 
metrócitos (células jovens) e bradizoítos. 
- BRADIZOÍTOS – formas infectantes pra o hospedeiro 
definitivo e evoluem para gametas no intestino. 
- Os oocistos esporulam na luz intestinal e são 
eliminados nas fezes do hospedeiro definitivo (já na 
forma infectante). 
- Espécies= S. hominis e S. suihominis. 
Morfologia _ 
- MERONTES – (esquizontes) estão no endotélio dos 
vasos do hospedeiro intermediário, principalmente 
nas pequenas artérias. Formado por reprodução 
múltipla por merogonia. E quando maduros viram 
merozoítos. 
- SARCOCISTOS – (cisto) estão nos músculos e às vezes 
em outros tecidos do hospedeiro intermediário. 
Formado da 3ª geração de merozoítos que dão origem 
aos metrócitos (células jovens) que dão origem aos 
bradizoítos. Os cistos vivem por meses até anos. 
- BRADIZOÍTOS – estão dentro dos sarcocistos e têm 
forma alongada, parecida com uma banana. Forma 
infectante para o hospedeiro definitivo. 
- OOCISTOS – estão presentes nas fezes do homem, 
(hospedeiro definitivo). Eliminado esporulado, 
quando contém 2 esporocistos e cada um desses com 
4 esporozoítos. Forma infectante para o hospedeiro 
intermediário. Tem a parede muito frágil e 
geralmente se rompe durante o trânsito intestinal, 
saindo apenas esporocistos com fezes. 
 
Biologia _ 
- Hospedeiro definitivo = homem 
- Hospedeiro intermediário = bovinos (S. hominis) e 
suínos (S. suihominis) 
Ciclo Biológico _ 
 -SUÍNOS- 
Ingestão de oocistos esporulados/ esporocistos que 
foram eliminados nas fezes do homem  
Esporozoítos liberados no ID  atravessam a parede 
intestinal  penetram células endoteliais de veias do 
fígado  evoluem para merontes primários  
quando maduros liberam merozoítos  penetram em 
células endoteliais de veias do fígado  originam 
merontes secundários  merozoítos secundários são 
liberados  penetram em células musculares  
formam a 3ª geração de merontes/sarcocistos. 
 -HOMEM- 
Ingere os sarcocistos maduros que tem bradizoítos  
bradizoítos no ID originam diretamente os gametas  
fecundação do macrogameta pelo microgameta  
oocisto formado esporulação do oocisto na parede 
intestinal  oocistos esporulados ou esporocistos 
eliminados nas fezes. 
Patogenia _ 
- O humano pode atuar tanto como HD como HI para 
várias espécies com o quadro clínico variando. 
Como Hospedeiro Definitivo: 
Sarcocistose intestinal 
Infecções com S. suihominis - (diarreia, náusea, 
vômitos, mal-estar, dor abdominal, distúrbios 
circulatórios, calafrios e sudorese). Alterações após 6-
24hrs após a ingestão da carne infectada. Sintomas 
desaparecem entre 12-24hrs, mas pode durar até 
48hrs. 
Infecções com S. hominis – Vários distúrbios 
gastrointestinais, como diarreia, náusea, dor 
abdominal, anorexia e cólicas. Aparentemente são 
subclínicas e autolimitantes. 
Como Hospedeiro Intermediário: 
Sarcocistose muscular (dor muscular persistente, 
miosite, vasculite, inchaço, mal-estar, febre, nódulos 
subcutâneos, astenia e fraqueza), é raro. Infecção 
depois de ingerir água ou alimentos contaminados. 
Biópsia muscular é utilizada para diagnóstico. 
 
 Sarcocystis , Cystoisospora , cryptosporidium e balantidium 
 
Samara Valentim | PARASITOLOGIA | Turma LII | Medicina – UNCISAL 
 
 
2 
Diagnóstico _ 
- Presença de oocistos esporulados ou esporocistos no 
exame de fezes. 
- Flutuação centrífuga com solução açucarada de 
Sheather e o método de Kato-Katz, são os métodos de 
concentração mais indicados para sarcocistose intest. 
- Para sarcocistose muscular é necessário biópsia, 
imunoflorescência indireta ou reação de fixação do 
complemento. 
 
Tratamento _ 
- Na intestinal a conduta é expectante. 
- Na muscular há eficácia o uso de prednisona no 
rompimento dos cistos e associação com albendazol 
para alívio dos sintomas. 
- O tratamento específico tem valor relativo, pois os 
agentes terapêuticos têm ação limitada sobre as 
formas dos coccídeos. 
Profilaxia _ 
- Não ingerir carne bovina ou suína crua, mal cozida 
ou mal passada; 
- Engenharia sanitária: uso de privadas ou fossas. 
___________________________ 
 
- É um gênero, com 2 espécies: Cystoisospora belli e 
Isospora natalensis. 
- São coccídeos, geralmente monóxenos. 
C. belli _ 
- É da família Eimeriidae. 
- Os oocistos ovais, com extremidades afuniladas. 
I. natalensis _ 
- Tem oocistos subesféricos e ainda não se tem 
registro de casos no Brasil. Só África do Sul. 
Ciclo Biológico _ 
- A duração do ciclo vai depender da merogonia 
assexuada e depois da gametogonia. 
- Os oocistos são eliminados nas fezes (sem esporular 
ou parcialmente esporulados). 
 
- A esporulação acontece no meio ambiente em 1-3 
dias, dependendo do clima, e ocorre em menos de 
24hrs (rápida). Originado 8 esporozoítos. 
- A esporulação os torna infectantes. 
 
Epidemiologia _ 
- Mais frequente em regiões quentes e onde as 
condições de higiene são precárias. 
Patogenia _ 
- O homem se infecta quando ingere oocistos 
esporulados com água ou alimento ou vetores 
mecânicos. 
- Envolve alterações na mucosa do ID, que tem como 
resultado a síndrome da má absorção. 
- Alterações microscópicas: atrofia das vilosidades + 
hiperplasia das criptas, por causa da destruição das 
células epiteliais. 
- As infecções humanas são benignas e se curam de 
forma espontânea. 
- Doença é mais grave em crianças e pessoas 
imunocomprometidas. 
- Em imunocomprometidos há diarreia secretória, 
aquosa e de curso prolongado, que causa 
desidratação intensa, perda de peso acentuada e 
muitas vezes precisa de hospitalização. 
Samara Valentim | PARASITOLOGIA | Turma LII | Medicina – UNCISAL 
 
 
3 
Tratamento _ 
- Utiliza-se principalmente sulfametoxazol-
trimotoprim. Mas também pode-se fazer o uso de 
sulfadoxina-pirimetamina ou uma associação entre 
metronidazol + quinacrina. 
- Tratamento de suporte e reidratação. 
Profilaxia _ 
- Evitar a contaminação da água e dos alimentos com 
fezes humanas. 
- Medidas de higiene individuais e coletivas para 
reduzir a transmissão fecal-oral. 
- Uso de fossas ou privadas. 
___________________________ 
 
Morfologia _ 
- Se desenvolve, preferencialmente, nas 
microvilosidades de células epiteliais no TGI. 
- Também pode se desenvolver em outras regiões: 
parênquima pulmonar, vesícula biliar, ductospancreáticos, esôfago e faringe. 
- Tem diversas formas estruturais que podem ser 
encontradas nos tecidos (formas endógenas), nas fezes 
ou no meio ambiente (oocistos). 
- Os oocistos são pequenos, esféricos ou ovoides e têm 
4 esporozoítos livres em seu interior quando 
eliminados nas fezes. 
- Não há esporocistos. 
 
Ciclo Biológico _ 
- Ciclo é monóxeno. 
- Inclui um processo de multiplicação assexuada 
(merogonia) e outro de multiplicação sexuada 
(gametogonia). 
- MEROGONIA - ocorre 2 gerações merontes: 
produzem 8 merozoítos (merontes tipo I) e 4 
merozoítos (merontes tipo II), respectivamente. 
- GAMETOGONIA – formação de macrogametas e 
microgametas, que depois da fecundação formam 
oocistos. 
- 2 tipos de oocistos são formados: um de parede 
espessa-80% (eliminado para o meio externo com as 
fezes) e um de parede delgada-20% (se rompe no 
intestino delgado e que acredita-se que seja responsável 
pelos casos de autofecundação). 
- Os oocistos esporulam no interior do hospedeiro e 
quando saem para o meio ambiente já são 
infectantes. 
- A duração é curta, variando em média 2-7 dias. 
Transmissão _ 
- A infecção humana ocorre por ingestão ou inalação 
de oocistos. 
- Ou por autoinfecção. 
Existem algumas vias: 
 Pessoa a pessoa – ambientes com alta densidade 
populacional, contato direto ou indireto. 
 Animal a pessoa – contato direto com animais que 
estão eliminando oocistos. 
 Pela água de beber ou de recreação (piscinas) 
contaminada com oocistos. 
 Por alimentos contaminados com oocistos. 
Patogenia e Sintomas _ 
- São influenciados por fatores, como: idade, 
competência imunológica e associação com outros 
patógenos. 
- As alterações nas células epiteliais da mucosa do TGI 
interferem nos processos digestivos e resultam na 
síndrome da má absorção (por causa da perda de área 
de absorção e diminuição do transporte de nutrientes). 
- Existem diferenças entre os quadros causados por C. 
hominis e C. parvum. 
- Sintomas que não se relacionam com o TGI (dor 
articular, cefaleia e dor ocular, fadiga e vertigens) 
geralmente estão mais associados ao C. hominis. 
Sintomas... 
... Imunocompetentes- diarreia aquosa (3-10 
evacuações/dia) com duração de 1-3- dias (em média 12-
14dias), anorexia, dor abdominal, náusea, vômitos, 
flatulência, febre baixa e dor de cabeça. 
 Geralmente benigno e autolimitante, com duração 
Samara Valentim | PARASITOLOGIA | Turma LII | Medicina – UNCISAL 
 
 
4 
média de 10 dias. 
... Crianças- sintomas mais graves, com vômitos e 
desidratação. 
... Imunodeprimidos- sintomas são crônicos, com 
vários dias de diarreia aquosa (que resistem a qualquer 
medicação antimicrobiana) e perda de peso acentuada 
(por causa do desequilíbrio eletrolítico e má absorção). 
Nesses casos a mortalidade é elevada. 
* Quando ocorre na infância pode levar a um déficit de 
crescimento, perda de peso e desenvolvimento cognitivo 
prejudicado. 
* É considerada um dos responsáveis pela diarreia de verão 
e pela diarreia dos viajantes pelo mundo. 
- CRIPTOSPORIDIOSE RESPIRATÓRIA: são raros, 
resultado da complicação tardia da infecção intestinal 
em pessoas com HIV/AIDS. Mas também já foram 
encontrados oocistos no escarro de crianças 
imunocompetentes. 
Diagnóstico _ 
- Consiste na presença de oocistos nas fezes, no 
material da biopsia intestinal ou em material de 
raspado de mucosa. 
- Pesquisa de anticorpos circulantes com técnicas 
sorológicas. 
- Técnicas moleculares, como o PCR. 
Tratamento _ 
- Visa combater e aliviar os sintomas da diarreia e 
desidratação. 
Epidemiologia _ 
- Tem frequência em todo o mundo. Sendo a zoonose 
emergente mais importante do mundo. 
-Doença cosmopolita com prevalência variável. 
- Depende de fatores, como: idade, hábitos e 
costumes, época do ano, área e densidade 
populacional, estado de nutrição e imunidade. 
Profilaxia _ 
- Prevenção da contaminação do meio ambiente, água 
e alimentos; - Engenharia sanitária; 
- Evitar contato com pessoas suscetíveis a estar 
infectadas; - Higiene pessoal; 
- Cuidado com objetos de uso pessoal. 
___________________________ 
 
Introdução _ 
- Pertencente ao filo Ciliophora. 
- É uma espécie presente no IG de suínos e em 
algumas situações parasitam humanos. 
- O único protozoário ciliado que infecta humanos. 
- BALANTIDIOSE= zoonose com rota de contaminação 
fecal-oral. 
- O protozoário habita o IG do hospedeiro produzindo 
infecções assintomáticas. 
- Pode invadir a submucosa do ceco e do cólon, 
causando disenterias e perfuração intestinal. 
- Já foi encontrada em porcos, humanos, chimpanzé e 
vários macacos*. E raras vezes em cães, ratos e 
cobaias. 
Morfologia _ 
A) TROFOZOÍTO 
- Tem o corpo coberto por cílios. 
- Na extremidade anterior tem uma fenda em direção 
ao citóstoma (aparato oral). 
- Próximo à extremidade posterior possui o citopígio 
(aparato anal). 
- Apresenta várias organelas, vacúolos digestivos e 2 
núcleos(macro e micro). 
- É a forma vegetativa. 
 
B) CISTO 
- Esférico ou um pouco oval. 
- Possui parede lisa. 
- E internamente tem um macro-núcleo. 
- É a forma infectante. Raro nas fezes. 
 
 
Samara Valentim | PARASITOLOGIA | Turma LII | Medicina – UNCISAL 
 
 
5 
Biologia _ 
- Vive na luz do IG do hospedeiro. 
- Não é capaz de entrar em mucosas intestinais 
íntegras. 
- Pode ser um invasor secundário se a mucosa estiver 
com alguma lesão, penetrando e reproduzindo-se em 
úlceras profundas. 
- Cistos são vistos nas fezes formadas de suínos, 
principalmente; e os trofozoítos são vistos nas fezes 
diarreicas. 
- B. coli consegue sobreviver a condições anaeróbias e 
aeróbias e sua principal fonte de energia são os 
carboidratos. 
Ciclo Biológico _ 
- É monóxeno e eurixeno, com 2 tipos de reprodução: 
REPRODUÇÃO ASSEXUADA- divisão binária 
(bipartição no sentido transversal). 
REPRODUÇÃO SEXUADA- conjugação (trocam 
micronúcleos entre si que depois ocupam o lugar do 
macronúcleo promovendo variabilidade genética). 
* A transmissão consiste na ingestão de cistos em 
alimentos, água ou mãos. 
Patogenia e Sintomas _ 
- O protozoário é capaz de produzir hialuronidase e 
isso pode aumentar a lesão inicial, causando necroses 
localizadas e úlceras. 
- Pode se apresentar em 4 formas: 
1- Portadores assintomáticos (reservatórios) 
2- Infecção crônica, como resultado da invasão do IG. 
Pacientes tem disenteria, cólicas, náuseas e vômitos. 
3- Infecção fulminante, por causa da invasão 
acentuada da submucosa. Paciente apresenta úlceras 
em forma de balão que se aglomeram e progridem 
para todas as direções do intestino. 
4- Infecção aguda, onde há comprometimento da 
mucosa intestinal causa diarreias 
mucossanguinolentas, tenesmo, cólica intensa, febre, 
náuseas, vômitos e astenia. Infecções fatais 
apresentam hemorragia e perfuração intestinal. 
-Na infecção extraintestinal, além do intestino a B. coli 
pode infeccionar o apêndice, o fígado, o pulmão, o 
trato urinário, ossos e outros órgãos através do 
peritônio em raras vezes. 
- Estado nutricional + microbiota intestinal + carga 
parasitária + alcoolismo + algumas doenças 
influenciam na evolução das formas graves. 
Diagnóstico _ 
- CLÍNICO – sintomas parecidos com a colite amebiana 
epor isso é difícil de ser feito. 
- LABORATORIAL – exame de fezes (fezes formadas: 
cistos; fezes diarreicas: trofozoítos). 
Ou amostras de sedimentoscopia urinária e lavado 
broncoalveolar em casos de doença extraintestinal. 
 
Epidemiologia _ 
- Os fatores de risco para adquirir a doença são: 
+ Proximidade de suínos e humanos; 
+ Higiene inadequada dos criadouros; 
+ Clima tropical e subtropical (que prolonga a 
sobrevivência dos cistos); 
+ Tratamento inadequado de água e dejetos 
humanos. 
Tratamento _ 
- Metronidazol e tetraciclinas em diferentes 
esquemas terapêuticos. 
- Dieta de base láctea, já que o protozoário se 
alimenta de amidos. 
Profilaxia _ 
- Higiene pessoal para profissionais que trabalham 
com suínos e outros animais; 
- Engenharia sanitária; 
- Higiene com os alimentos; 
- Criação de suínos com todas as condições sanitárias.

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