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Carla Bertelli – 4° Período – Compreender a fisiopatologia, etiologia, epidemiologia, manifestações clínicas e tratamento da amebíase a giardíase. – Citar os diagnósticos das doenças – Entender como ocorre o ciclo de vida e a transmissão dos protozoários – Analisar como devem ser as políticas de saneamento básico Os protozoários são seres eucariontes, unicelulares e heterótrofos. A maioria deles é aquático de vida livre, mas alguns são parasitas e vivem dentro do corpo de outros seres vivos, inclusive dos humanos. No estágio de alimentação e crescimento, também chamado de í , eles se alimentam de bactérias e de pequenas partículas de nutrientes. Existem cerca de 20 mil protozoários e apenas um pequeno número causa doença nos humanos. No entanto, essas poucas espécies que causam doenças provocam um impacto significativo. – Sob certas condições adversas, alguns protozoários produzem uma capsula protetora, chamada de cisto. Um cisto permite que o organismo sobreviva fora de um hospedeiro ou em outras condições. O Giardia possui duas formas morfológicas: cistos e trofozoítas. Os cistos são as formas do parasita liberada pelas fezes dos pacientes infectados, podendo sobreviver por muito tempo no ambiente externo se houver umidade. A transmissão da Giárdia é fecal-ora, ocorrendo pela ingestão dos cistos que saem nas fezes de indivíduos infectados. Quanto pior for o saneamento de um local, maior o risco de epidemias de giardíase. Após a ingestão do cisto, a giárdia, no intestino delgado, se transforma na forma trofozoíta, tornando-se organismos flagelados que medem 15 micrômetros. De maneira explicativa podemos dizer que os cistos funcionam como ovos e os trofozoítos são seus filhotes. Os trofozoítos são a forma capaz de se reproduzir, multiplicando-se dentro do intestino delgado do paciente, aderindo a sua parede e alimentando-se da comida que passa. Quando o parasita chega ao intestino grosso ele volta a forma de cisto, pois esse é o único meio dele sobreviver no ambiente após a sua eliminação. ã – Beber ou banhar-se em águas contaminadas, contaminação por alimentos e mãos mal lavados, alimentos crus ou contaminados, locai com pouca higiene, sexo anal, contato com fezes de animais contaminados e manuseio de solo contaminado. Os cistos são formas resistentes e responsáveis pela transmissão da giardíase. Tanto cistos quanto trofozoítos podem ser encontrados nas fezes (estágios de diagnóstico) Os cistos são resistentes e podem sobreviver vários meses em água fria. A infecção ocorre pela ingestão de cistos em água, alimentos contaminados ou pela via fecal- oral (mãos ou fômites) No intestino delgado, a excistação libera trofozoítos (cada cisto produz dois trofozoítos) Os trofozoítos se multiplicam por fissão binária longitudinal, permanecendo no lúmen do intestino Carla Bertelli – 4° Período delgado proximal, onde podem estar livres ou presos à mucosa por um disco de sucção ventral – O encistamento ocorre quando os parasitas transitam em direção ao cólon. O cisto é o estágio encontrado mais comumente em fezes não diarréicas Como os cistos são infecciosos quando eliminados nas fezes ou logo após, a transmissão de pessoa para pessoa é possível. Embora os animais estejam infectados com Giardia , sua importância como reservatório não é clara. Dentro do seu ciclo biológico encontram-se as formas evolutivas de trofozoítos, pré-cisto, cisto e metacisto. (apenas o trofozoíto e o cisto são formas definitivas desse protozoário). – São esféricos e possuem 5 núcleos e cromatina pequena centralizada. Ele consegue sobreviver no suco gástrico graças a sua membrana e pode atingir alguns órgãos após entrar na corrente sanguínea. í – Consegue se mover pelo corpo e caso colonize o lúmen intestinal irá consumir bactérias e tecidos. Apesar dos trofozoítos conseguirem estar presente em fezes líquidas, elas morrem rapidamente ao sair do corpo do hospedeiro. O ciclo da Entamoeba histolytica começa quando alguém ingere alimentos ou água contamina com cistos. Outra forma é tendo contato com o cisto através da via fecal- oral. Após ser ingerido o cisto sobrevive ao suco gástrico e chega ao intestino onde se instala no íleo. Nesse momento acontece o ‘’desencistamento’’ e liberação do metacisto. O metacistoé uma forma multinucleada que dará origem a 8 trofozoítos metacísticos. Os trofozoítos irão se mover até o intestino grosso e aderir a mucosa. Os trofozoítos irão se multiplicar por divisão binária. Alguns desses trofozoítos conseguem se desprender ao intestino e geram pré cistos. Com o tempo esses pré cistos conseguem produzir uma membrana e se transformam em um cisto mononucleado que sofrerá divisões antes de ser liberado nas fezes. Cistos e trofozoítos são eliminados nas fezes (2) Os cistos são tipicamente encontrados nas fezes formadas, enquanto os trofozoítos são normalmente encontrados nas fezes diarreicas. A infecção com Entamoeba histolytica (e E.dispar ) ocorre através da ingestão de cistos maduros de alimentos, água ou mãos contaminados com fezes. A exposição a cistos infecciosos e trofozoítos na matéria fecal durante o contato sexual também pode ocorrer. Excitação ocorre no intestino delgado e trofozoítos são liberados, que migram para o intestino grosso. Os trofozoítos podem permanecer confinados ao lúmen intestinal (A: infecção não invasiva) com indivíduos continuando a eliminar cistos nas fezes (portadores assintomáticos). Os trofozoítos podem invadir a mucosa intestinal (B: doença intestinal) ou vasos sanguíneos, atingindo locais extraintestinais, como fígado, cérebro e pulmões (C: doença extraintestinal). Os trofozoítos se multiplicam por fissão binária e produzem cistos e ambos os estágios são eliminados nas fezes Os cistos podem sobreviver de dias a semanas no ambiente externo e permanecer infecciosos no ambiente devido à proteção conferida por suas paredes. Os trofozoítos eliminados nas fezes são rapidamente destruídos uma vez fora do corpo e, se ingeridos, não sobreviveriam à exposição ao ambiente gástrico. CDC - DPDx - Amebíase. (n.d.). Retrieved August 15, 2022, from https://www.cdc.gov/dpdx/amebiasis/index.html CDC - DPDx - Giardíase. (n.d.). Retrieved August 15, 2022, from https://www.cdc.gov/dpdx/giardiasis/index.html Carla Bertelli – 4° Período Epidemiologia – Estimativas sobre a prevalência mundial de infecção foram reduzidas de 480 para 48 milhões de casos, com cerca de 70 mil óbitos em 1997, sendo a 3° causa de mortalidade (depois da doença de chagas e da malária). A doença é responsável por períodos longos de incapacidade, requerendo assistência médica e até mesmo hospitalização. A infecção amebiana tem lugar quando os cistos maduros de Entamoeba são ingeridos por um individuo suscetível. Eles resistem à ação dos sucos digestivos e vão eclodir no íleo terminal ou no cólon. A colonização do intestino depende também de fatores ambientais ainda desconhecidos, mas principalmente relacionados com a flora bacteriana e um baixo potencial de oxidorredução. A participação de bactérias, de produtos elaborados por elas ou das condições que elas criam parece constituir uma exigência para a vida das amebas, quando na luz do intestino, e talvez também quando se iniciam a invasão da mucosa intestinal e do parênquima hepático. A virulência desse protozoário pode apresentar variações amplas, razão pela qual os quadros clínicos são variados (assintomáticos a lesões graves e fatais) A estrutura química da membrana da ameba parece ser mais complexa do que a de outros organismos. Uma camada relativamente espessa de glicoproteínas fornece receptores para sua aderência às células do hospedeiro e proporciona materiais antigênicos para os processos imunológicos. Em casos de amebíase sintomática, váriastécnicas imunológicas demonstram a presença de imunoglobulinas específicas no soro dos pacientes, sendo os títulos de IgG mais altos nas infecções hepáticas e IgE em infecções intestinais. A produção de anticorpos pode persistir depois de curada a infecção por períodos compreendidos entre 6 meses a alguns anos. Segundo alguns investigadores, a amebíase é capaz de ativar a via alternativa do sistema complemento, cujos produtos destroem as amebas. É possível que essa ativação + ação de enzimas amebianas se combinem para produzir lise dos tecidos e reações inflamatórias. Nos tecidos parasitados a reação leucocitária é discreta. Predominam linfócitos. Faltam os macrófagos e os gigantócitos, indicando que a resposta do organismo se apoia principalmente na produção de anticorpos e escassamente nos mecanismos celulares de ataque. Os eosinófilos são abundantes localmente apenas nos tumores produzidos por amebas (amebomas). Em geral não há eosinofilia no sangue. A limitação da propagação dos parasitos no tecido ocorre devido a um mecanismo de bloqueio tissular do qual participam a produção de exsudatos inflamatórios, deposição de fibrina na parede de úlceras e dos abscessos, coagulação da linfa e descamação dos vasos sanguíneos. Os trofozoítos são encontrados principalmente na parede dos abcessos, no tecido mostram-se como organismos degenerados ou motos no ‘’pus amebiano’’ e no interior das úlceras. As úlceras amebianas pequenas e não complicadas curam-se espontaneamente, no entanto em pacientes imunocomprometidos, grávidas e pacientes que utilizam corticoides sofrem um agravamento das lesões amebianas que podem se tornar fulminante e levar ao óbito. Em muitos casos, nenhuma manifestação clínica se apresenta, em outros, uma colopatia amebiana aguda, ou uma necrose amebiana no fígado, podendo causar a morte do paciente. Carla Bertelli – 4° Período çõ Quando prevalecem condições favoráveis à patogenicidade, as amebas começam atacar os tecidos do hospedeiro, encontrando lesões de 24-90h após a contaminação. A mucosa íntegra pode ser invadida, mas o ataque é facilitado quando fatores traumáticos ou de outra natureza facilitam a penetração do protozoário. Dietas lácteas também tornam a mucosa intestinal mais resistente e carência de vitamina C age desfavoravelmente. No homem a dieta vegetariana pode favorecer a ação patogênica do parasito. As lesões iniciam-se na mucosa do intestino grosso. Multiplicando-se na submcosa, as amebas podem ganhar profundidade. Nos tecidos parasitados observa-se degeneração celular. A necrose é o principal elemento anatomopatológico para explicar o quadro desenvolvido pela amebíase. A necrose amebiana conduz a formação de pequenas úlceras superficiais. A multiplicação dos parasitos e sua progressão aumentam a área necrosada até alcançar a camada muscular (que oferece resistência a sua propagação) e seguem lateralmente, de modo a formar úlceras. Macroscopicamente, as lesões mais precoces caracterizam-se pelo surgimento de pontos avermelhados ao longo da mucosa do IG. Logo em seguida surgem úlceras de bordas nítidas, crateriformes, cheias de material necrótico, ou escavadas, tendo em volta um halo hiperêmico. (a medida que atingem a mucosa e submucosa as úlceras aumentam de diâmetro) As lesões encontram-se com maior frequência na região cecal no sigmoide e no reto, zonas em que normalmente ocorre uma estase mais prolongada do conteúdo intestinal. O envolvimento do apêndice é frequente. Nas zonas de trânsito rápido, cólons transverso e descendente, os processos amebianos são mais raros. Porém, em casos mais graves, todo o intestino grosso está comprometido. Em raras ocasiões aparecem lesões semelhantes a tumores, os amebomas, caracterizados por grande espessamento da parede intestinal, com ou sem ulceração. Além disso, pode ter acometimento hepático e em outros locais como pulmão, cérebro e cutânea. – O período varia desde 7 até 95 dias, esse tempo depende da quantidade de material infectante e as condições do aparelho digestivo. Infecções assintomáticas ou com poucos sintomas constituem a grande maioria dos casos de amebíase, mas podem ocorrer de forma latente, que conduzem mais tarde a surtos agudos e complicações graves. Há uma divisão entre amebíase invasiva e amebíase não invasiva. A amebíase invasiva evidencia-se por sintomas e sinais, presença de trofozoítos nas evacuações, alterações características da mucosa intestinal e presença de anticorpos específicos no soro. A amebíase não invasiva é totalmente ao contrário do quadro citado no parágrafo anterior. í – Conhecido também como colite amebiana aguda ou disenteria amebiana. Os sintomas costumam se instalar subitamente podendo ter presença de dor abdominal, febre, leucocitose e evacuações frequentes. São fezes líquidas que se tornam misturas de sangue e muco, quando não tratado causa emagrecimento, fraqueza, nervosismo e abatimento. Geralmente os sintomas mais graves se atenuam após 5 dias e a amebíase passa para a fase crônica ou curso subagudo. í ô – É a mais frequente. Manifesta-se por evacuações de tipo diarreico ou não, várias vezes ao dia, flatulência, desconforto abdominal. Raramente acompanha febre. Se as manifestações intestinais forem frequentes elas conduzem a um estado de fadiga, perda de peso. O quadro gastrointestinal pode sugerir perturbações funcionais do aparelho digestivo ou alterações psiconeuróticas, com sintomas digestivos. Sensação de plenitude e distensão abdominal ou desconforto epigástrico podem acompanhar-se de náuseas e vômitos. Períodos de constipação e diarreia alternam-se. O exame físico revela cólons ligeiramente dolorosos, sobretudo nas regiões do ceco e sigmoide. A retossigmoidoscopia permite ver a mucosa congesta, recoberta de muco, com ulcerações múltiplas superficiais e com exsudato necrótico purulento de cor amarelo- acinzentado. Colite Amebiana Fulminante – Ente os quadros graves de amebíase intestinal aguda destacam-se a forma fulminante, que afeta particularmente mulheres gravidas Carla Bertelli – 4° Período e no puerpério, também acontecendo em paciente imunodeprimidos. Os cólons ficam cravejados de úlceras, das quais grande parte chega até fazer perfurações. O quadro clínico é composto por uma síndrome tóxica, febril, com dor em todo abdome que pode apresentar reação difusa, rigidez da parede e ausência de ruídos intestinais devido à peritonite. Cólicas fortes e tenesmo acompanham as evacuações mucosanguinolentas, podendo ter desidratação e hemorragia intestinal. Pode ter um agravamento progressivo, com morte ao fim de alguns dias ou semanas, a menos que se consiga impedi-la administrando altas doses de deidroemetina ou ornidazol. çõ incluem perfuração, hemorragia, apendicite e tilifite amebianas, e ameboma, ó – Na maioria das vezes o quadro clínico da amebíase inclui a síndrome do cólon irritável ou colite mucosa. Pode-se fazer Pesquisa em fezes líquidas, Pesquisa em fezes formadas e Pesquisa em outros materiais. Além disso, usam-se técnicas imunológicas que são importantes em casos de amebíase extraintestinal, e inclui os exames: ELISA, Contraimunoeletroforese, Hemaglutinação Indireta, Imunofluorescência Indireta, Imunodifusão dupla em gel de ágar e Radioimunoensaio. Nos casos de desinteria grave o paciente permanecerá em repouso com dieta de consistência branda, rica em proteínas e vitaminas, mas pobre em resíduos e carboidratos. Líquidos em abundância. Os medicamentos empregados tanto na forma aguda, quanto nas crônicas pertencem a duas categorias: as do que atuam na luz intestinal e as do que agem nos tecidos invadidos pelas amebas. No intestino utilizamos: – são compostos quase insolúveis na água, pouco absorvidos pela mucosa intestinal. São atóxicos para o homem e não têmcontraindicações, como efeito colateral podem provocar flatulência. Os principais produtos em uso são: • Teclosan • Furamida ou Furoato de Diloxamida • Etofamida • Clefamida Eles agem por contato sobre os trofozoítos que se encontram na luz do intestino, porém não destroem seus cistos. Eles têm indicações em casos de: • Nos casos assintomáticos ou portadores – utiliza-se para destruir o ciclo não-patogênico que de desenvolve na luz do intestino e é responsável pela transmissão. • Em casos de amebíase invasiva ou infecções extraintestinais é utilizado para impedir a reinvasão dos tecidos e assegurar a erradicação do parasito. Segundo o livro á , tem uma divisão entre fármacos utilizados para cada tipo de acometimento. – Metronidazol e Tinidazol – Iodoquilol e Paromomicina ê – Cloroquina e Desidroemetina O atua como aceptor de elétrons, formando compostos citotóxicos reduzidos que se ligam às proteínas e ao DNA da ameba resultando na morte dos trofozoítos. l - O tinidazol é tão eficaz quanto o metronidazol, com duração de tratamento mais curta, mas é mais dispendioso (tem mais efeitos adversos). O consumo de álcool deve ser evitado durante o tratamento. - e é eficaz contra os trofozoítos luminais e os cistos. Os efeitos adversos do iodoquinol incluem urticária, diarreia e neuropatia periférica dose-dependente, incluindo a rara neurite óptica. O uso prolongado desse fármaco deve ser evitado. - A paromomicina é um amebicida direto e também exerce sua ação antiamébica reduzindo a população da flora intestinal. Ela também é um fármaco alternativo contra a criptosporidiose e a giardíase. Desconforto gastrintestinal (GI) e diarreia são os principais efeitos adversos Carla Bertelli – 4° Período Os trofozoítos vivem no duodeno e primeiras porções do jejuno, sendo por vezes encontrados nos condutos biliares e na vesícula biliar, pois encontram ai grande abundância de fosfolipídios (necessários à estrutura da membrana celular e que o parasito é incapaz de sintetizar). Eles aderem em grande número à superfície da mucosa graças ao disco suctorial. Sua nutrição é feita através da membrana e por processo de pinocitose. Se reproduzem assexuadamente por divisão binária longitudinal. Nas evacuações diarreicas os trofozoítos aparecem em grande número, porém em fezes formadas prevalecem os cistos. O parasitismo pela Giardia é em geral assintomático, mas também pode estar relacionado com quadros clínicos de diarreia aguda ou com formas crônicas de diarreia e má absorção intestinal. Formas graves são observadas em pessoas sem imunidade ou imunodeficientes. Existem fatores dependentes do hospedeiro, como por exemplo a idade, que é um fator importante, visto que predominam quadros sintomáticos entre os menores de 5 anos e declinando muito na adolescência. Pacientes com hipogamaglobulinemia e deficiência de IgA também são mais suscetíveis Muitas pesquisas mostram que a giardíase seria controlada pela produção de anticorpos específicos IgM, IgG e IgA que aumentam na fase de eliminação do parasito. As lesões anatomopatológicas atribuídas ao parasita são atrofia das vilosidades e dos microvilos, reduzindo a área de absorção da mucosa intestinal, infiltração por linfócitos e outros elementos inflamatórios, aumentando também a secreção de muco. Há indícios que sugerem a produçãode uma toxina pelas giárdias. Entretanto, tem-se buscado uma explicação patogênica em possível interferência na absorção de gorduras pela mucosa intestinal, quando o número de parasitos forrando as superfícies duodenal e jejunal fosse muito grande. O elevado teor de gorduras que permanece na luz intestinal causaria então uma síndrome diarreica persistente. Sintomatologia – Nos casos sintomáticos, o período de incubação costuma ser de 1 a 3 semanas. Os sintomas mais frequentes são evacuações líquidas ou pastosas, número aumentado de evacuações, mal-estar, cólicas, fraqueza e perda de peso. Sintomas menos frequente incluem diminuição do apetite, náuseas, vômitos, flatulência, distensão abdominal, febre, cefaleia e nervosismo. A diarreia é a manifestação mais constante (podendo ser aguda, autolimitada, crônica ou persistente). As fezes pastosas ou liquefeitas são malcheirosas, claras e acinzentadas. Contém muco, raramente tem sangue ou pus. Além de diarreia intermitente durando vários dias pode existir queixas de anorexia, náuseas, distensão e desconforto abdominal, flatulência e perda de peso. Em alguns casos pode haver distensão e desconforto epigástrico, sem alterações no trânsito intestinal. ó • Procura de Cistos de Giardia nas fezes formadas; • Procura de Cistos ou Trofozoítos em fezes diarreicas; Os trofozoítos podem ter vistos e caracterizados a fresco, diluindo-se o material fecal em solução fisológica, ligeiramente aquecida e examinada ao microscópio. Os parasitos podem ser vistos também no conteúdo duodenal aspirado por meio de sonda. Os derivados de nitroimidazólicos (metronidazol, ornidazol, tinidazol e nimorazol) são os medicamentos mais recomendados para a cura da giardíase. Referências REY, Luís. Bases da parasitologia médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. 1 recurso online. ISBN Carla Bertelli – 4° Período 978-85-277-2026-7. Disponível em: <http://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/978- 85- 277-2026-7>. MICHELLE A. CLARK... [et al.] Farmacologia ilustrada / 5. ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2013. A política de saneamento básico no Brasil é hoje entendida como um conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais que englobam o abastecimento de água potável, o esgotamento sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos e a drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. As infecções por protozoários sofrem influencia direta dos maus hábitos de saneamento básico como por exemplo em casos de carência de ensino educacional, socioeconômico e politicas de promoção à saúde.
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