Buscar

Analise de livro paradidatico- Arqueologia uma atividade muito divertida

Prévia do material em texto

1 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
CAMPUS ANANINDEUA FACULDADE DE HISTÓRIA 
ELIANDRA GLEYCE RODRIGUES /CURSO INTERVALAR HISTÓRIA 
DISCIPLINA: ARQUEOLOGIA NO ENSINO DE HISTÓRIA 
PROF. DR. WESLEY KETTLE. 
 
 
 
ANALISE DE LIVRO PARADIDATICO. 
 
 
O livro “Arqueologia uma atividade muito divertida” de inciativa do laboratório 
de arqueologia publica Paulo Duarte da Universidade Estadual de Campinas, 
disponibiliza uma serie de informações a cerca da arqueologia para o publico infanto 
juvenil, sendo importante porque é de uma abordagem mais didática assim o livro 
alcança o publico sem expor o rigor da literatura acadêmica que constantemente nós 
acompanhamos, dessa forma o livro apresenta ricas informações porque a linguagem é 
bem acessível e está em consonância com o que é produzido na academia, por ter uma 
abordagem acessível a leitura não se restringe apenas ao público a qual se destina que 
no caso é o infanto juvenil podemos estar fazendo uso do livro no ensino da EJA ou 
para um público que apresenta dificuldade em leitura. Além disso, o livro dispõe de 
figuras bem ilustradas e a escrita sempre convidativa como se conversasse com o leitor. 
O livro discorre desde o conceito da arqueologia ao trabalho do arqueólogo campo de 
estudo e a importância de se aprender e estudar a arqueologia sempre usando de textos 
bem resumidos e curtos para o público. 
Nas análise das páginas do livro nota-se que quando o livro traz a questão do 
trabalho do arqueólogo e o campo e registro da vida e trajetória da humanidade 
menciona a questão dos quilombos, registro de tempo e vestígios deixados pelas 
pessoas, e o próprio livro já traz em seu próprio conteúdo o texto que no Brasil eram 
poucas as pessoas letradas sendo assim o que se tem de escrito nos documentos provem 
dessa classe letrada e que os escravizados da época também possuíam registros e que o 
estudo de sítios arqueológicos como fazendas e quilombos são importantes porque traz 
aquilo que os documentos da época não mencionam ou pouco mencionam, e sendo 
assim por meio do trabalho da arqueologia podemos descobrir muitas coisas, como se 
alimentavam o que produziam e etc, assim o livro é importante para nós enquanto 
 
 
2 
professores formandos e formados estarmos usando ele no ensino de história até mesmo 
para iniciar o debate sobre um tema tão sensível como a escravidão, devido a 
disponibilidade da leitura do paradidático que é fácil, o artigo de Symanski e Gomes 
(2013) trabalham esse questão e a importância dos estudos de engenhos , fazendas e 
zona quilombola em torno da cultura material, outro aspecto importante que o livro 
paradidático traz é em relação aos vestígios, quando ele cita que para o trabalho do 
arqueólogo, pedras, e cacos são fontes para grandes descobertas como a da Luzia , isso 
nós remente muito ao texto de Denise Schaan (2007) que trabalha a questão dos cacos , 
da cerâmica para o estudo das populações indígenas na Amazônia antiga e as 
complexidades sociopolíticas como cacicados e fases da cerâmica, que estão ligados 
também aos trabalhos de Moraes e Neves (2012) quando eles trabalham a questão de 
grupos de vivencias complexas de organizações antes da era cristã de sociedades 
hierarquizadas organizadas e que levaram anos de estabelecimento territorial de longas 
durações, mais uma vez desmitificando e provando que não é somente os textos escritos 
deixados pelos estrangeiros que revelam o tempo passado e as sociabilidades. 
No livro paradidático é bastante reforçado a questão da materialidade do 
trabalho desde o campo in locu ao laboratório de arqueologia, outro ponto importante 
do livro é que ele já mostra para o aluno que a arqueologia não estuda somente o 
passado como o presente também e que o estudo do passado é importante para o futuro, 
além disso o livro aborda que nas escavações o que achamos primeiro são vestígios das 
sociedades e grupos de tempos mais próximos, quanto mais se escava mais longe se 
vai, por achar objetos do passados distantes, o livro mostra assim como a arqueologia 
é importante tanto para o estudo longo como as Cidade de Alexandria no Egito, ou 
sobre as espécies que sumiram na era glacial como no encontro de desaparecidos ao que 
cita a questão da ditadura civil e militar no Brasil em consonância ao texto de Mechi e 
Justamand (2014) que apontam a arqueologia como um dispositivo importante para o 
estudo do tempo presente e desenrolar de um dos episódios mais sensíveis da história no 
Brasil; sendo assim , por meio da leitura e análise do livro paradidático conclui-se de 
forma bem resumida e simples que não há historia sem arqueologia pois ela também é 
componente importante para os historiadores e outras áreas do conhecimento também e 
principalmente que parte do conhecimento histórico provem do trabalho arqueológico. 
 
 
 
 
3 
 
 
REFERÊNCIAS 
Livro Paradidático 
DUARTE, Paulo. Arqueologia: uma atividade muito divertida/ realização laboratório 
de arqueologia pública. Campinas, SP: Caluh, 2014. 32p. 
 Bibliografia 
MECHI, Patrícia Sposito; JUSTAMAND, Michel. Arqueologia em contextos de 
repressão e resistência: a guerrilha do Araguaia. Revista de Arqueologia Pública. n.10, 
2014, p. 108-120. 
MORAES, Claide de Paula; NEVES, Eduardo Góes. o Ano 1000: Adensamento 
populacional: interação e conflito a Amazônia central. Amazônica. v. 4, n. 1, 2012, 
p.122-148. 
 
SCHAAN, Denise Pahl. Uma janela para a história pré-colonial da Amazônia: olhando 
além- e apesar- das fases e tradições. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. 
Ciências Humanas, v. 2, n. 1, 2007, p. 77-89. 
SYMANSKI, Luís Cláudio; GOMES Flávio. Da cultura material da escravidão e do pós 
emancipação: perspectivas comparadas em arqueologia e história. Revista de história 
comparada. v.7, n.1, 2013, p.293-338.

Continue navegando