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RESENHA DE ARTIGO - MECHI, Patrícia Sposito; JUSTAMAND, Michel Arqueologia em contextos de repressão e resistência a guerrilha do Araguaia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
CAMPUS ANANINDEUA FACULDADE DE HISTÓRIA 
ELIANDRA GLEYCE /CURSO INTERVALAR HISTÓRIA 
DISCIPLINA: ARQUEOLOGIA NO ENSINO DE HISTÓRIA 
PROF. DR. WESLEY KETTLE. 
 
 
MECHI, Patrícia Sposito; JUSTAMAND, Michel. Arqueologia em contextos de 
repressão e resistência: a guerrilha do Araguaia. Revista de Arqueologia Pública. n.10, 
2014, p. 108-120. 
 
Mechi e Justamand (2014) apontam no texto como a arqueologia é uma importante 
aliada a história e a historiografia e a temática do tempo presente, no texto os autores 
vão pautando como no sentindo da ditadura militar a arqueologia se torna uma chave 
para o estudo desse processo, primeiro , porque em relação a questão documental escrito 
, os autores vão mostrando os problemas existentes como o primeiro sendo o acesso as 
instituições militares e o segundo a queima de arquivos que dificulta o estudo, no texto 
eles até mesmo mencionam a questão de Ruy Barbosa para os documentos da 
Escravidão. Desse modo conclui-se que a arqueologia é um trabalho fundamental para o 
ensino de historia porque traz a tona aquilo que se perpetua para se esquecer, segundos 
os autores em relação a arqueologia é dito “a arqueologia histórica como é conhecida a 
vertente que estuda os vestígios humanos mais recentes, e que é, em muitos casos 
politicamente engajada (MECHI; JUSTMAND, 2014, p.110)” e dessa forma alguns 
estudos arqueológicos no Brasil, vem mapeando fazendo um revisionamento a história, 
o estudo do caso do Araguaia no texto por exemplo por meio do trabalho dos 
arqueólogos demonstram as resistências e as repressões, além disso as valas ou fossas 
em que as ossadas das pessoas foram encontradas traz uma grande revelação sobre 
aquilo que os autores chamam de processo mais longo sobre combate a luta de terra, 
porquê as ossadas ocultadas permeiam um sentindo, além disso , vale ressaltar que: 
Os estudos arqueológicos têm contribuído para os esforços que vêm se 
realizando em alguns países latino-americanos, para resgatar as 
histórias ocultas, encobertas ou esquecidas e deliberadamente 
distorcidas da vaga ditatorial que assolou diversos países do 
continente a partir da segunda metade do século XX. A análise da 
documentação dos períodos ditatoriais, necessariamente lacunar e 
fragmentária, se beneficia das técnicas, reflexões e problematizações 
próprias da arqueologia. (MECHI; JUSTMAND, 2014, p.110) 
 
Outro ponto de se ressaltar muito valioso para o ensino de historia , é que os recentes 
trabalhos da arqueologia sobre a ditadura militar , atuou em cemitérios como os do 
bairros paulistanos de Perus e ao se deparar como uma vala clandestina objetivo 
apontado no texto como de interesse da comissão da verdade de são Paulo , atuando 
assim nessa recuperação das memorias dos militantes mortos na guerrilha , além desse 
fator, a arqueologia foi e é um trabalho também que abriu portas para a temática 
 
 
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indígena , sendo está uma rica historia para se trabalhar as questões de identidade em 
sala e descontruir o pensamento europeizado dos alunos, os trabalhos da Denise Schaam 
por exemplo na Amazônia, são de suma importância para nós docentes de historia ao 
atuarmos na disciplina de estudos amazônicos, o trabalho do arqueólogos sobre a 
ditadura militar só enriquece e ampla o debate em sala de aula , porque a materialidade 
dos corpos achados em valas clandestinas falam muito sobre aspectos da historia 
brasileira, as aulas de historias ao se apropriar desses debates revelam aos alunos a 
imparcialidades e parcialidades de uma data histórica que foi cheia de repressão e lutas.

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