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Trypanosoma Cruzi Ninhos de amastigota de Trypanosoma cruzi, no tecido muscular cardíaco Epimastigota Tripomastigota de Trypanosoma cruzi. Seta preta - cinetoplasto; vermelha - núcleo; azul - membrana ondulante; verde - flagelo. O Trypanosoma cruzi é um protozoário agente etiológico da doença de Chagas. O Trypanosoma cruzi possui seu ciclo biológico, nos hospedeiros vertebrados e invertebrados. ● Morfologia Nos hospedeiros vertebrados e na cultura de tecidos são encontradas intracelularmente as formas amastigotas e extracelularmente as formas tripomastigotas presentes no sangue circulante. Os tripomastigotas sanguíneos apresentam variações morfológicas denominadas “polimorfismo” que guardam correlações importantes com outras características fisiológicas do parasito. As formas delgadas seriam mais infectantes para células e para camundongos, porém mais sensíveis à ação de anticorpos circulantes. Por outro lado, as formas largas, menos infectantes, demorariam mais a penetrar nas células, desenvolvendo parasitemias mais tardias nos camundongos, porém, seriam mais resistentes à ação de anticorpos circulantes e por consequência, capazes de permanecer mais tempo na corrente sanguínea. Existem outras diferenças importantes: tripomastigotas delgados são menos capazes de se desenvolver no vetor que tripomastigotas largos. Tripomastigotas delgados parasitam durante a fase aguda de preferência células do sistema mononuclear fagocitário do baço, do fígado e da medula óssea, sendo chamadas as cepas que assim se comportam de “macrofagotrópicas”. Já as cepas que apresentam predomínio de formas largas têm tropismo para células musculares lisa, cardíaca e esquelética, denominadas “miotrópicas”. Leishmania sp Amastigotas de Leishmania spp Promastigota de Leishmania sp. Representação morfológica dos protistas do gênero Leishmania. Desenho esquemático evidenciando a forma promastigota (A) e a forma amastigota (B). Amastigotas de Leishmania no interior de células fagocíticas (setas), obtidas de biópsia da medula óssea. A LTA é uma doença causada por diferentes espécies de parasitas do gênero Leishmania Ross, pertencentes aos subgêneros Viannia e Leishmania. Este é um protozoário digenético que tem seu ciclo biológico realizado em dois hospedeiros, um vertebrado e um invertebrado (ciclo heteroxeno). ● Morfologia Formas amastigotas: Apresentam-se tipicamente, ovóides ou esféricas. Formas promastigotas: São formas alongadas em cuja região anterior emerge um flagelo livre. Formas paramastigotas: Apresentam-se ovais ou arredondadas com o cinetoplasto margeando o núcleo ou posterior a este e um pequeno flagelo livre. Plasmodium sp Trofozoíto de Plasmodium sp Plasmodium sp. - formas sanguíneas de trofozoíto (setas azuis), esquizonte (setas verdes) é rosácea (seta preta). Rosáceas de Plasmodium sp Gametócitos de P. falciparum e P. vivax, respectivamente. ● Morfologia (pela capacidade de invasão celular) Esporozoíto: forma infectante para o hospedeiro vertebrado. Trofozoítos: possuem núcleo em divisão variando apenas em quantidade de citoplasma. Os jovens formam vacúolos com forma de anel. Os maduros possuem citoplasma amebóide. Esquizonte: possui núcleo dividido com citoplasma espalhado. Merozoíto: multinucleado com citoplasma único Gametócitos: podem ser micro ou macrogameta, e são formados pela diferenciação dos merozoítos. O gametócito do vivax é arredondado, e o falciparum é alongado. Oocineto: ovo ou zigoto. MÉTODOS DE ANÁLISE - PARASITOLÓGICOS 1. EXAME DE SANGUE A FRESCO ◆ O exame a fresco do sangue é mais sensível que o esfregaço corado e deve ser o método de escolha na suspeita de infecção aguda. Por outro lado, não possibilita uma boa visualização das características morfológicas do parasito, por isso recomenda-se em caso positivo fazer distensões coradas com objetivo de fazer um diagnóstico morfológico diferencial com o Trypanosoma rangeli, um outro tripanossoma que também infecta o homem e compartilha vetores comuns com o T. cruzi. ◆ MATERIAIS ● Lanceta ● Algodão ● Lâmina de vidro ● Lamínula ● Sangue ◆ PROCEDIMENTO ● 1) Colocar uma pequena gota de sangue, coletada por punção digital ou venosa, no meio da lâmina e cobrir com uma lamínula (20x20 ou 22x22). Se for realizada a contagem de parasitos empregar a lamínula 22x22. ● 2) Levar ao microscópio e fazer a leitura utilizando objetiva de 40X; ● 3) Se negativa, recomenda-se diariamente fazer várias lâminas em coletas periódicas, antes de dar o exame como negativo. 2. GOTA ESPESSA ◆ É um método simples e eficaz de diagnóstico, além de ter baixo custo. A gota espessa é também o método oficialmente utilizado no Brasil, para o diagnóstico da malária. Sua técnica baseia-se na visualização do parasito, através de microscopia ótica, após coloração pelo método de Walker ou Giemsa. Permite a diferenciação específica dos parasitos a partir da análise de sua coloração, da morfologia e de seus estádios de desenvolvimento no sangue periférico, devido a sua alta concentração. ◆ MATERIAIS ● Lanceta ● Algodão ● Lâmina de vidro ● Sangue ◆ PROTOCOLO ● 1) Coletar o sangue por punção digital ou venosa. ● 2) Aplicar 4 gotas na parte central da lâmina, de maneira que fiquem próximas umas das outras. Tais gotas são reunidas para formar “uma mancha” circular de um centímetro de diâmetro ou quadrada; ● 3) Conservar a lâmina assim preparada em lugar abrigado, até que fique seca. Isto se obtém no mínimo após 1 hora; ● 4) Uma vez seca a camada espessa de sangue, desemoglobinizá-la. ● 5) Coloração pelo método Giemsa ou método de coloração de Walker.
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