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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA Disciplina: Filosofia e Ética Aluno: Erlenya Ferreira de Sousa Rufino Aragão Matrícula: 20213110134 Pólo: Belford Roxo Questões e tema para discurssão. 2. Qual a importância da discussão e da argumentação nesse contexto? R.: Segundo Marcondes a principal importância de Socrates e o Sofistas dentro deste contexto foi o surgimento da democracia. Embora Socrates e Sofistas tivessem conflitos em vários questionamentos, estes compartilhavam o interesse pelos problemas ético-políticos, pela questão do homem enquanto cidadão da polis, que passa a se organizar politicamente dentro deste cenário. Antes, havia a imposição, a violência, a obediência, o privilégio, a tradição, o medo como formas de poder. A linguagem, o diálogo, a discussão substituem a violência, o uso da força e do medo pois nesse contexto todos os falantes podem dialogar e exercer os mesmos direitos: interrogar, questionar, contra-argumentar. A razão em lugar da força, é uma forma de controle no exercício do poder. 6. Qual a contribuição dada pelos sofistas ao desenvolvimento do pensamento e da cultura gregos? R.: De acordo com Marcondes, os sofistas deram uma grande contribuição ao desenvolvimento dos estudos da linguagem na tradição cultural grega. Seu interesse pela elaboração e pronunciamento do discurso correto e eficaz fez com que eles investigassem a língua grega e a iniciar seu estudo, dividindo as partes do discurso, examinando o significado e a origem das palavras (a famosa questão da “correção dos nomes” que Platão retoma no diálogo Crátilo). Pode- se dizer, assim, que o interesse pela retórica e pela oratória motivou o desenvolvimento dos estudos de poética e gramática. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 7. Como podemos situar Sócrates nesse mesmo contexto do séc. V a.C. em oposição aos sofistas? R.: Segundo Marcondes, Sócrates criticava os sofistas por estes mostrarem o ensinamento limitado a uma mera técnica ou habilidade argumentativa que podia aré convencer o oponente daquilo que diz, mas não leva ao verdadeiro conhecimento. Consequentemente, devido à influência dos sofistas, as decisões políticas na Assembleia estavam sendo tomadas não baseadas em um saber, ou na opinião dos mais sábios: estas acabavam nos mais hábeis em argumento, mesmo não sendo eles os sábios ou virtuosos. Os sofistas não ensinavam o caminho para o conhecimento, para a verdade única que resultaria desse conhecimento, mas para conseguir uma verdade que todos aceitassem se convencessem dado aos seus poderes de persuasão. Para Sócrates a discussão parte da necessidade de se entender algo melhor, através de uma tentativa de se encontrar uma definição. O método socrático envolve um questionamento do senso comum, das crenças e opiniões que temos, consideradas vagas, imprecisas, parciais e incompletas. 8. Qual o sentido do método de análise conceitual socrático? R.: Conforme trecho do livro de Marcondes a reflexão filosófica mostra que, com frequência, não sabemos aquilo que pensamos saber. Ou seja, partindo de um entendimento já existente, ir além dele em busca de algo mais perfeito, mais completo. Na concepção socrática, essa melhor compreensão só pode ser resultado de um processo de reflexão do próprio indivíduo, que descobrirá, a partir de sua experiência, o sentido daquilo que busca. Isso se dá através de sucessivos graus de abstração e do exame do que essa própria experiência envolve, explicitando o que no fundo já está contido nela. Trata-se de um exercício que a razão humana deve descobrir por si própria aquilo que busca. Sócrates jamais responde as questões que formula, apenas indica quando as respostas de seu interlocutor são insatisfatórias e por que o são. Procura apenas indicar o caminho, a ser percorrido pelo próprio indivíduo: é este o sentido originário de método (“através de um caminho”). A definição correta nunca é dada pelo próprio Sócrates, mas é através do diálogo, e da discussão, que Sócrates fará com que seu interlocutor – ao cair em contradição, ao hesitar quando parecia seguro – passe por todo um processo de revisão de suas crenças, opiniões, transformando UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro sua maneira de ver as coisas e chegando, por si mesmo, ao verdadeiro e autêntico conhecimento. É por esse motivo que os diálogos socráticos são conhecidos como aporéticos (de aporia, impasse) ou inconclusivos. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da Filosofia, Ed. Zahar. Rio de Janeiro, 1997.