Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Anestesia Geral Intravenosa História: Ópio (1657), uso de seringas (1845), agulha hipodérmica (1855), hidrato de cloral (1872/1875), +sulfato de magnésio (1905), barbitúricos (1920), pentobarbital e tiopental (1933), etomidato (1970), propofol (1980) Características da anestesia geral: hipnose, miorrelaxamento, analgesia, perda de reflexos protetores Indicações: indução, procedimentos rápidos, manutenção via infusão contínua Escolha: estado do paciente, tempo cirúrgico, recursos disponíveis Anestésicos: barbitúricos, propofol, etomidato Modos de uso: indução anestésica e intubação orotraqueal, uso em anestesia epidural, uso em imobilizações, uso em diagnóstico por imagem Uso de bombas de infusão: simples, peristálticas, para seringas Felinos: pode ocorrer morte de asfixia por laringoespasmo. Revertível por uso de lidocaína em spray Vantagens: Praticidade de aplicação, dispensa aparelhos, não é inflamável, ausência de estresse endócrino, ausência de poluição ambiental Desvantagens: Não segura para pacientes cardio/hepato/nefropata, animais em choque, uso limitado em idosos pelos mesmos motivos Recuperação e metabolização variável geram recuperação tardia Adequação de plano anestésico difícil Lesões extravasculares devido à via de administração. A mesma também é fator limitante no caso de alguns animais Falta de antagonistas específicos Características de um fármaco ideal Duração curta, metabolismo rápido com metabólitos atóxicos Solúvel em H²O, estável em sua solução, rápido em equilibrar sua concentração sangue-cérebro Alterações de [] plasmática geram alterações no plano anestésico Ausência de dor, flebite, trombose em caso de administração extravascular Depressão cardiorrespiratória mínima Vias de administração: bolus, infusão contínua, associação de ambos, infusão variável (v maior-v menor), associação bolus+ inf variável Grupo Fármaco Barbitúricos (tiobarbitúricos, oxibarbitúricos) Tiopental, tiamilal, pentobarbital Alquilfenóis Propofol Imidazólicos Etomidato 2,5%= 2,5g-100ml 1g-x Barbitúricos sais de sódio, ácidos fracos (Associados a Na+ hidrossolúvel). Associados a S+ para melhorar lipossolubilidade, tempo de ação de 40-60min. pH alcalino, causando as lesões extravasculares Oxibarbitúricos: apresentam oxigênio. Pento/Fenobarbital, Barbital Tiobarbitúricos: apresentam enxofre. Tiopental, tiamilal Farmacocinética: quanto mais rápida a aplicação, mais curta a anestesia. Apresentam efeito cumulativo no organismo, atrasando a recuperação do animal Proporção parte ionizada-não ionizada: regulada pelo pH (queda causa aumento da forma não ionizada, necessitando redução da dose) Lipossolubilidade: facilita ligação Ligação com ptns plasmáticas: aumenta sua permanência no sangue, diminuindo sua efetividade, estando ligada diretamente ao pH sanguíneo (queda de pH gera queda de ligações). Hipoproteinemia gera Tolerância: perda de efeito por uso contínuo, comum em fenobarbital Distribuição: principalmente em órgãos vascularizados (cérebro, rim, pulmão, coração), e órgãos magros (pele, musculatura estriada), raro em tecido adiposo e ósseo, cartilagens e tendões Resíduos da sedação se depositam na gordura, indo para o sangue, sofrendo biotransformação hepática e excreção urinária mesmo após perda do efeito anestésico principal efeito sedativo residual Redistribuição não afeta na recuperação dos oxibarbitúricos Biotransformação e excreção Pentobarbital: biotransformação (15%/h) hepática gera termino da anestesia após 30-45%. Excreção é renal Tiobarbitúricos: biotransformação (5%/h) hepática, renal e cerebral, com fim da anestesia causado pela redistribuição Fenobarbital (oxibarb longo): biotransformação hepática lenta, excreção renal regula a recuperação Aplicação de glicose na recuperação: queda de atividade enzimática hepática Uso de cloranfenicol: queda de atividade enzimática hepática Mecanismos de ação Interagem (beneficiando) com receptor GABA, gerando depressão do SNC, ativando canais de Cl+, inibindo glutamato e Ach Sintomas da depressão do SNC: depressão irregular, com excitação durante indução, seguida de sedação e até morte Queda de fluxo sanguíneo cerebral, pressão intracraniana, depressão de áreas motoras e termorreguladoras (vagal gerando taquicardia, respiratória, vasomotor) Sintomas depressores cardiovasculares: dose dependente, afeta centro vasomotor, depressão miocárdica, gerando queda da força de contração, reduzindo pressão arterial e gerando taquicardia inicial no caso do tiopental Sintomas depressores respiratórios: depressão centrobulbar, com queda de FR e volume/min, casos de apnéia, queda da sensibilidade à hipóxia e hipercapnia, depressão de quimiorreceptores locais Sintomas diversos: hipotermia via queda de metabolismo e vasodilatação, hipomotilidade intestinal, queda fluxo sanguíneo e filtração glomerular via inibição do ADH, inibindo diurese *Todos atravessam barreira placentária Uso clínico Tiopental sódico: forma de pó hidrossolúvel, usado em doses menores se associado com MPA. Indicado para indução, anestesias curtas, em pequenos, grandes e animais de laboratório. Após 10-20 min ocorre perda de consciência e miorrelaxamento Pentobarbital sódico: usado em técnicas cirúrgicas, com duração de 1h-2h, mais usado em pequenos e animais de laboratório. Em grandes animais tem recuperação longa e agitada, com ataxia e incoordenação motora Uso com MPA: fenotiazínicos, benzodiazepínicos, evitando excitação na indução e recuperação anestésica, com redução da dose de anestésico usado Velocidade: deve ser mediana, para gerar efeito esperado com duração esperada, sem causar taquicardia e apnéia Equinos: aplicação pode ser rápida *não usar em galgos: transformação e excreção extremamente lenta Propofol Uso: dissolvido em óleo de soja +glicerol+ lectina. No passado usado com óleo de rícino, porém causava liberação histamínica pH sempre 6/5-7, estocado em temperatura ambiente Não causa lesão perivascular, tem alta ligação com ptns plasmáticas Mecanismo de ação: hipnótico e sedativo via potencialização do GABA Ação no SNC: queda de fluxo sanguíneo e metabolismo, com queda de pressão intracraniana. Recuperação rápida, sem efeito sobre limiar da dor por não ter efeito analgésico Ação cardiovascular: queda de pressão arterial inicial, FC, PA, consumo de O² no miocárdio, débito cardíaco Doses similares à de tiopental são ainda mais graves Ação respiratória: queda de FR, volume/min, depressão dose-dependente, gera apnéia (mais comum e longa que com tiopental), aumentando pressão de CO² e reduzindo pressão de O², gerando acidose respiratória Uso clinico: aplicação IV, em infusão contínua ou bolus, com dor em caso de vaso pouco calibroso. Baixa analgesia e miorrelaxamento moderado. Causa mioclonia, opistótono e pedaladas, sem efeito cumulativo Coindutores: benzodiazepínicos, dissociativos, opióides e agonistas alfa-2. Servem para reduzir dose de propofol Etomidato Características: composto imidazólico, hipnótico sem analgesia. Alta ligação com albumina, distribuição para órgãos altamente vascularizados, embora cause poucas alterações cardíacas. Biotransformado no fígado, sem efeito cumulativo Mecanismo de ação: potencializador do GABA Ação no SNC: depressão geral, termino devido à redistribuição e biotransformação, gerando queda de pressão intracraniana Gera muitas mioclonias: utilizar com miorelaxantes Ação cardiovascular: nenhum efeito Ação respiratória: aumento FR e volume corrente Ações diversar: náusea, vômito, dor, flebite, hemólise IV. Evitar uso prolongado por deprimir suprarrenal Uso clínico: cardiopatas, risco elevado. Associar com Miorrelaxantes (benzodiazepínicos) Conceito de TIVA (anestesia intravenosa total) Módulo que evita estresse endócrino Balanço indução venosa + manutenção inalatória Inalação pura: indução + manutenção inalatória TIVA: indução + manutenção venosa Uso de fármacos curtos em duração, sem efeito cumulativo, via infusão contínua com bomba de infusão Ações desejadas: hipnose, analgesia, miorrelaxamento Vantagens: não poluente, não estressante,poucos equipamentos Desvantagens: não indicada em nefro/hepatopatas, mensuração plasmática de concentração difícil, sem antagonistas, depende de bomba de infusão Pequenos: propofol, opióides curtos (fentanil), cetamina e tiletamina, lidocaína, alfa 2 agonistas Grandes: EGG, cetamina, lidocaína, alfa 2 agonistas, benzodiazepínicos (midazolam) Protocolos comuns: propofol+ opióides ou cetamina, cetamina + benzodiazepínico, tiletamina + zolazepam, etomidato +benzodiazepínico
Compartilhar