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APG - Exame psiquiátrico: anamnese e exame do estado mental

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SOI V– APG Duda Campos 
 
 
 
 
 
 
 
ANAMNESE PSIQUIÁTRICA, HISTÓRIA E 
EXAME DO ESTADO MENTAL 
• A entrevista psiquiátrica tem como objetivo 
obter informações que irão estabelecer um 
diagnóstico com base em critérios 
• Importante para prevenir o curso da doença e o 
prognóstico 
Uma boa entrevista resulta em uma compreensão 
multidimensional dos elementos biopsicossociais do 
transtorno e fornece as informações necessárias para 
que o psiquiatra, com a colaboração do paciente, 
desenvolva um plano de tratamento centrado na pessoa. 
PRINCÍPIOS GERAIS 
ACORDO COM O PACIENTE 
• Identificar se o paciente foi para a consulta de 
maneira voluntária ou involuntária 
• Obter o consentimento para prosseguir a 
entrevista 
PRIVACIDADE E CONFIDENCIALIDADE 
• Garantir que a conversa não possa ser ouvida 
por outras pessoas 
• Deixar claro que o conteúdo da sessão 
permanecerá confidencial, exceto o que precisar 
ser dito com o médico de referência ou a equipe 
de tratamento 
• Em casos especiais como de psiquiatria forense 
e invalidez, devemos deixar explícito que a 
sessão não é confidencial e dizer quem vai 
receber o relatório – isso deve ficar claro no 
prontuário do paciente 
Quando o paciente mostra que pretende causar dano a 
outra pessoa, e o psiquiatra percebe que isso pode 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
realmente acontecer, ele pode ter a obrigação legal de 
alertar à vítima potencial. 
O psiquiatra pode sentir que a inclusão de um familiar ou 
cuidador pode ser benéfica, e aborda esse assunto com o 
paciente. 
O paciente sempre deve dar o consentimento, exceto 
quando ele constitui perigo para si mesmo ou para 
outros 
O psiquiatra não revela material que o paciente 
compartilhou, mas escuta o que o familiar tem a dizer. 
Em contextos educacionais e forenses, deixar claro sobre 
a gravação e quem terá acesso, falar sobre o uso de 
espelhos unidirecionais, quem está por trás deles, e dizer 
que os observadores estão sujeitos à regras de 
confidencialidade. 
RESPEITO E CONSIDERAÇÃO 
• Tratar o paciente com respeito 
• Aliviar a ansiedade excessiva do paciente 
EMPATIA/RAPPORT 
• Rapport: respostas harmoniosas do médico ao 
paciente e do paciente ao médico 
• Mostrar que está interessado na história do 
paciente 
• Frases e gestos empáticos aumentam o rapport 
• Ser empático, mas manter a objetividade 
• Se identificar e se envolver demais pode fazer 
mal ao psiquiatra 
RELACIONAMENTO PACIENTE-MÉDICO 
• A disposição do paciente de compartilhar 
informações aumenta ou diminui dependendo 
das intervenções verbais e não verbais 
• Quanto mais o paciente se sente seguro de que a 
conversa é confidencial, ele estará mais aberto 
• Demonstrar que entende o que ele está sentindo 
Entrevista psiquiátrica, história 
e exame do estado mental 
SOI V– APG Duda Campos 
• O paciente reconhece que o médico se importa e 
se preocupa – isso aumenta a confiança 
• Ser responsivo às iniciativas do paciente, ser 
autêntico 
CONSCIENTE/INCONSCIENTE 
• A maioria da atividade mental permanece fora 
da percepção consciente 
• Lapsos de linguagem, maneirismos... podem 
mostrar processos inconscientes 
TRANSFERÊNCIA 
• O paciente inconsciente e inadequadamente 
desloca padrões de comportamento e reações 
emocionais que se originaram com figuras 
significativas do início da vida, com frequência 
da infância 
• Isso pode estar atrelado a distorções que têm 
origens no início da vida do paciente por 
exemplo 
• O paciente pode ficar irritado, exigente... mas 
por conta de relacionamentos e padrões de 
comportamento anteriores 
CONTRATRANSFERÊNCIA 
• O médico desloca para o paciente padrões de 
comportamentos ou reações emocionais como 
se ele fosse uma figura significativa da vida do 
médico 
ENTREVISTAS CENTRADAS NA PESSOA E 
BASEADAS NO TRANSTORNO 
• Focar em compreender o paciente e permitir 
que ele conte sua história 
• Focar na individualidade e experiência do 
paciente 
• Explorar as primeiras experiências de vida que 
contribuem para o desenvolvimento da 
personalidade 
SEGURANÇA E CONFORTO 
• O paciente e médico devem estar seguros, 
inclusive fisicamente 
• Em prontos-socorros, é aconselhável deixar a 
porta entreaberta 
• Para pacientes psicóticos ou confusos, deixar 
claro que eles estão seguros, porque eles podem 
se sentir ameaçados 
• Têm pacientes que têm medo de perder o 
controle, então devemos deixar claro que existe 
uma equipe que impede que a situação saia do 
controle 
TEMPO E NÚMERO DE SESSÕES 
• Geralmente o tempo necessário na primeira 
sessão: 45 a 90min 
• Para pacientes confusos, em sofrimento ou 
psicóticos, o tempo pode ser de 20 a 30min 
• Pode ser preciso mais de uma sessão para 
completar uma avaliação 
PROCESSO DA ENTREVISTA 
• Antes da consulta, entender bem a razão do 
encaminhamento 
• A sala não deve causar distrações, e às vezes a 
escolha da cadeira ou como é escolhida pode 
revelar características do paciente 
• O psiquiatra não deve estar sentado atrás de 
uma escrivaninha 
• O paciente deve sentir que ele é o foco exclusivo 
da atenção do psiquiatra 
1) Cumprimentar o paciente com um aperto de mão; se o 
aperto de mão não for retribuído, melhor não comentar 
sobre esse momento – isso pode ser importante, então é 
bom indagar depois se o paciente não falar 
2) Fazer uma breve pausa caso o paciente queira falar 
algo 
3) Perguntar se o paciente prefere ser chamado pelo 
nome ou por “senhor”. Se não responder, melhor usar 
senhor. 
4) Fazer perguntas iniciais, perguntando o que o trouxe 
ao consultório 
5) Interagir de maneira que permita ao paciente contar 
sua história 
6) Fazer perguntas abertas – quando o paciente vai 
respondendo, ir reforçando a continuidade balançando a 
cabeça ou usando intervenções de apoio 
7) Enquanto o paciente continua a compartilhar sua 
história sobre um aspecto de sua saúde ou doença, o 
psiquiatra pode fazer algumas perguntas cada vez mais 
fechadas para entender algumas particularidades da 
história. 
8) Quando aquela área for entendida, pode fazer uma 
transição para outra área voltando a usar perguntas 
abertas e por fim perguntas fechadas até que ela aquela 
área esteja bem descrita 
ELEMENTOS DA ENTREVISTA PSIQUIÁTRICA 
INICIAL 
• Dois elementos principais da entrevista 
psiquiátrica: história do paciente e o exame do 
estado mental 
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 
• Nome, idade, sexo, estado civil, raça ou etnia, 
ocupação do paciente 
SOI V– APG Duda Campos 
• Fonte de encaminhamento 
• Seja direto ao obter esses dados. Solicite 
respostas específicas 
• Se o paciente não puder cooperar, obtenha as 
informações com familiares ou amigos; se 
encaminhado por um médico, obtenha o 
prontuário médico. 
FONTE E CONFIABILIDADE 
• Esclarecer de onde veio a informação, 
especialmente se outras pessoas a forneceram 
ou registros foram revisados 
• Avaliar a confiabilidade dos dados 
QUEIXA PRINCIPAL 
• Queixa apresentada pelo paciente 
• Ideal que seja nas palavras dele – “estou 
deprimido” “sinto muita ansiedade” 
• Por que você procurou um psiquiatra? O que o 
trouxe ao hospital? Qual parece ser o problema? 
• Registre as respostas literalmente; uma queixa 
bizarra sugere um processo psicótico. 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL 
• Descrição cronológica da evolução dos sintomas 
do episódio atual 
• Incluir mudanças que ocorreram durante o 
período de tempo nos interesses, relações 
interpessoais, comportamentos, hábitos 
pessoais e na saúde física do paciente 
• Tempo que os sintomas atuais estão presentes e 
se houve oscilações de gravidade desses 
sintomas ao longo do tempo 
• Presença ou ausência de estressores – situações 
em casa, no trabalho, na escola, problemas 
legais, comorbidades médicas e dificuldades 
interpessoais 
• Fatores que aliviam ou exacerbam os sintomas, 
como medicamentos, apoio, habilidadesde 
enfrentamento ou hora do dia 
• Perguntar os sintomas, a gravidade dos 
sintomas, a duração e fatores associados 
• Identificar o contexto no qual a doença começou 
– importante para identificar a causa, os fatores 
que contribuem 
• Definir os tratamentos que o paciente está 
recebendo, a frequência 
• Se o tratamento foi interrompido, perguntar o 
porquê 
• Faça anotações segundo as palavras do paciente 
o máximo possível 
• Obtenha a história de hospitalizações e 
tratamentos anteriores 
• Início repentino de sintomas pode indicar um 
transtorno induzido por drogas 
• Verifique a extensão da doença, o tratamento, os 
medicamentos, os desfechos, os hospitais, os 
médicos. 
• Determine se a doença tem algum propósito 
adicional (ganhos secundários) 
REVISÃO PSIQUIÁTRICA DOS SISTEMAS 
Humor: 
• Depressão: tristeza, choro, sono, apetite, energia, 
concentração, função sexual, culpa, agitação ou 
lentidão psicomotoras, interesse 
• Mania: impulsividade, grandiosidade, 
imprudência, energia excessiva, necessidade de 
sono diminuída, gastos excessivos, loquacidade, 
pensamentos acelerados, hipersexualidade 
• Misto/outros: irritabilidade, suscetibilidade 
Ansiedade: 
• Sintomas de ansiedade generalizada: onde, 
quando, quem, quanto tempo, com que 
frequência 
• Sintomas de transtorno de pânico: quanto tempo 
até o pico, sintomas somáticos incluindo coração 
acelerado, sudorese, falta de ar, dificuldade para 
engolir, sensação de desgraça iminente, medo de 
recaída, agorafobia 
• Sintomas obsessivo-compulsivos: checagem, 
limpeza, organização, rituais, preocupação, 
pensamentos obsessivos, contagem, crenças 
racionais vs irracionais 
• Transtorno de estresse pós-traumático: 
pesadelos, flashbacks, resposta de sobressalto, 
esquiva 
• Sintomas de ansiedade social 
• Fobias simples, por exemplo, alturas, aviões, 
aranhas, etc 
Psicose 
• Alucinações: auditivas, visuais, olfativas, táteis 
• Paranoia 
• Delírios: TV, rádio, irradiação do pensamento, 
controle da mente, delírios de referência 
• Percepção do paciente: contexto espiritual ou 
cultural dos sintomas, teste de realidade 
Outros 
• Sintomas de transtorno de déficit de 
atenção/hiperatividade 
• Sintomas de transtorno alimentar: compulsão, 
purgação, exercícios excessivos 
SOI V– APG Duda Campos 
HISTÓRIA PSIQUIÁTRICA PREGRESSA 
• Informações sobre todas as doenças 
psiquiátricas e seu curso ao longo da vida do 
paciente, incluindo sintomas e tratamento 
• Alerta para os sinais e sintomas de outros 
transtornos psiquiátricos 
• Sintomas passados – quando eles ocorreram, 
quanto tempo duraram e sua frequência e 
gravidade 
• Tratamentos para episódios anteriores devem 
ser detalhados – o que foi tentado, por quanto 
tempo e em que doses eles foram usados e por 
que foram interrompidos, qual foi a resposta ao 
medicamento ou modalidade e se houve efeitos 
colaterais 
• Estabelecer se houve adesão ao tratamento 
• Ideação, intenção, plano e tentativas de suicídio 
passados devem ser revistos – natureza das 
tentativas, letalidade percebida das tentativas, 
possibilidade de ser salvo, bilhetes de suicídio, 
doação de coisas ou outras preparações para a 
morte 
• História de violência e potencial homicida 
• História de comportamento autolesivo não 
suicida também deve ser considerada – cortes, 
queimaduras, bater a cabeça, morder-se – 
perguntar sobre os sentimentos, como alívio do 
sofrimento 
USO, ABUSO E ADIÇÕES DE SUBSTÂNCIAS 
• Revisão cuidadosa 
• Estilo imparcial 
• Perguntas específicas podem ajudar 
• Quais substâncias foram usadas, incluindo 
álcool, drogas, medicamentos, prescritos ou não 
prescritos, e vias de uso 
• Determinar frequência e quantidade do uso 
• Determinar a tolerância, necessidade de 
quantidades crescentes de bebida e outros 
sintomas de abstinência – determinar abuso 
versus dependência 
Pode ser usado um questionário, como o CAGE ou RAPS4 
CAGE: 
• Você já tentou diminuir ou cortar a bebida? 
• Já fiou incomodado ou irritado quando outras 
pessoas criticaram seu hábito de beber? 
• Já se sentiu mal ou culpado pelo fato de beber? 
• Já precisou beber pela manhã para se acalmar ou 
se livrar de uma ressaca? 
RAPS4: 
• Você já se sentiu culpado após beber? 
• Não consegue lembrar coisas que disse ou fez 
após beber? 
• Não conseguiu fazer o que era normalmente 
esperado após beber? 
• Bebeu pela manhã? 
*abuso ou dependência de substâncias pode ter um 
impacto nos sintomas psiquiátrico 
*considerar encaminhamento para o tratamento 
adequado 
*considerar outras coisas, como uso de tabaco, cafeína, 
jogo, comportamentos alimentares e uso de internet 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA 
• Relato de doenças e condições clínicas 
importantes, bem como tratamentos, tanto 
passados quanto presentes, cirurgias passadas 
• Entender a reação do paciente a essas doenças e 
habilidades de enfrentamento empregadas 
• Doenças clínicas podem precipitar um 
transtorno psiquiátrico, parecer um transtorno 
psiquiátrico, ser precipitadas por um transtorno 
psiquiátrico ou por seu tratamento ou 
influenciar a escolha do tratamento de um 
transtorno psiquiátrico 
• Importante prestar atenção em convulsões, 
traumatismo craniano e transtorno doloroso 
• História de problemas pré-natais ou do parto, 
marcos de desenvolvimento 
• História menstrual e reprodutiva 
• Revisão de todos os medicamentos atuais – há 
quanto tempo estão sendo usados, adesão aos 
horários, efeitos dos medicamentos e quaisquer 
efeitos colaterais 
• Perguntar sobre medicamentos psiquiátricos, 
medicamentos vendidos sem receita, soníferos, 
ervas e medicações alternativas 
• Abordar alergias a medicamentos, a extensão e o 
tratamento da resposta alérgica 
• Mães mais velhas (> 35) apresentam risco 
elevado de ter bebês com síndrome de Down; 
pais mais velhos (> 45) podem fornecer 
espermatozoides deficientes,que produzem 
déficits incluindo esquizofrenia. 
HISTÓRIA FAMILIAR 
• Auxilia na definição de fatores de risco e da 
formação psicossocial do paciente 
• Diagnósticos psiquiátricos, medicamentos, 
hospitalizações, transtornos relacionados s 
substâncias e história de letalidade 
• Identificar possível apoio, assim como estresses, 
para o paciente 
SOI V– APG Duda Campos 
• Disponibilidade e adequação dos possíveis 
cuidadores 
• Carga genética em ansiedade, depressão, 
esquizofrenia. Obtenha história de medicação da 
família 
(medicamentos eficazes em familiares para 
transtornos semelhantes podem ser eficazes no 
paciente). 
HISTÓRIA EVOLUTIVA E SOCIAL 
• Revisar os estágios da vida do paciente 
• Importante para determinar o contexto dos 
sintomas e as doenças psiquiátricas e pode 
identificar alguns dos principais fatores na 
evolução do transtorno 
• Ambiente doméstico da infância, membros da 
família, ambiente social, número e qualidade de 
amizades 
• História escolar detalhada 
• Circunstâncias de educação ou transtornos de 
aprendizagem, problemas comportamentais na 
escola, desempenho acadêmico e atividades 
extracurriculares 
• Abuso físico e sexual na infância devem ser 
investigados 
• História de trabalho – tipos de empregos, 
desempenho, razões para mudanças de 
emprego, situação profissional atual 
• Renda, problemas financeiros, plano de saúde do 
paciente 
• História militar 
• História de casamento e relacionamentos 
• Relacionamento atual com pais, avós, filhos... 
• História legal – acusações ou ações judiciais 
• Passatempos, interesses, animais de estimação, 
atividades nos momentos de lazer 
• Influências culturais e religiosas na vida do 
paciente, crenças e práticas religiosas 
• Ansiedade de separação e fobia escolar estão 
associadas com depressão adulta; enurese está 
associada com atos incendiários. 
• Lembranças da infância antes dos 3 anos 
normalmente são imaginadas,não reais. 
• Desempenho escolar fraco é um indicador 
sensível de transtorno emocional. A 
esquizofrenia começa no fim da adolescência 
EXAME DO ESTADO MENTAL 
• Equivalente psiquiátrico do exame físico das 
outras especialidades 
• Explora todas as áreas do exame mental 
• A maioria das informações consegue-se com 
observação, não precisa de questionamento 
direto na maioria das vezes 
APARÊNCIA E COMPORTAMENTO 
• Como o paciente parece e age durante a 
entrevista 
• O que está vestindo, se é adequado para o 
contexto 
• Desfigurações, cicatrizes, tatuagens 
• Arrumação e higiene 
• Postura na entrevista: desinibido, 
desinteressado, cooperativo... 
• Apresente-se e peça ao paciente que sente. No 
hospital, coloque sua cadeira perto da cama; não 
sente na cama. 
• Desleixado e desarrumado nos transtornos 
cognitivos; 
• Pupilas minúsculas no caso de vício em 
narcóticos; 
• Postura retraída e curvada na depressão. 
ATIVIDADE MOTORA 
• Normal, lentificada (bradicinesia) ou agitada 
(hipercinesia) 
• Marcha, liberdade de movimentos, posturas 
incomuns ou continuada, andar de um lado para 
o outro, torcer as mãos 
• Presença ou ausência de tiques, que podem ser 
nervosismo, tremor, inquietação, estalar a boca e 
protusões da língua 
• Você tem estado mais ativo do que o habitual? 
Menos ativo? 
• Pode perguntar sobre maneirismos óbvios, como 
“Notei que sua mão ainda treme, você pode me 
falar sobre isso?” 
• Preste atenção a odores, por exemplo, 
alcoolismo/cetoacidose. 
• Postura fixa e comportamento bizarro na 
esquizofrenia. 
• Hiperativo com abuso de estimulantes (cocaína) 
e na mania. 
• Retardo psicomotor na depressão; tremores 
• com ansiedade ou efeito colateral de medicação 
(lítio). 
• O contato visual é normalmente feito durante a 
entrevista. Se for mínimo, atentar para 
esquizofrenia. 
• Observação do ambiente em estados paranoides. 
FALA 
• Fluência, quantidade, ritmo, tom e volume 
• Pacientes demonstram fala aflita na mania; fala 
diminuída na depressão; fala indistinta ou 
irregular nos transtornos cognitivos. 
Fluência: 
SOI V– APG Duda Campos 
• Se o paciente tem total comando da língua ou 
problemas de fluência mais sutis, como 
tatamudez, dificuldade para encontrar as 
palavras ou erros parafrásicos 
• Peça ao paciente que pronuncie “Episcopal 
Metodista” para testar para disartria. 
Quantidade da fala: 
• Se é normal, aumentada, ou diminuída 
• Menos quantidade de fala pode ser ansiedade, 
desinteresse ou bloqueio de pensamento ou 
psicose 
• Maior quantidade de fala: sugestivo de mania ou 
hipomania 
Velocidade ou ritmo da fala 
• Lenta ou rápida 
Tom e volume 
• Irritável, ansioso, disfórico, alto, silencioso, 
tímido, zangado ou infantil 
HUMOR 
• Estado emocional interno e continuado do 
paciente 
• Como é subjetivo, usar as próprias palavras do 
paciente para descrever seu humor: triste, 
irritado, culpado, ou ansioso 
• Como você se sente? Como está sua disposição? 
• Pensa que a vida não vale a pena ou que você 
quer se prejudicar? 
• Planeja tirar a própria vida? Quer morrer? 
• Houve alguma mudança em seu sono? 
AFETO 
• Difere do humor 
• É a expressão do humor ou o que o humor do 
paciente parece ser 
• Qualidade do afeto: disfórico feliz, eutímico, 
irritável, irritado, agitado, choroso, soluçante e 
embotado 
• A fala é um sinal importante para a avaliação do 
afeto 
• Adequação do afeto: como ele está 
correlacionado com o ambiente – paciente que ri 
durante um enterro é considerado um afeto 
inadequado 
• O afeto pode ser congruente ou incongruente 
com o humor ou o conteúdo do pensamento do 
paciente - o paciente pode dizer que está 
deprimido ou descrever um tema depressivo, mas 
rir, sorrir e sem sugestão de tristeza 
• Observe sinais verbais de emoção, movimentos 
corporais, expressões faciais, ritmo da voz 
(prosódia) 
• Rir ao falar sobre temas tristes, como a morte, é 
inadequado. 
• Mudanças no afeto comuns na esquizofrenia; 
perda da prosódia no transtorno cognitivo e na 
catatonia 
• Não confundir os efeitos colaterais de 
medicamentos com 
afeto embotado. 
CONTEÚDO DO PENSAMENTO 
• Os pensamentos que estão ocorrendo ao 
paciente 
• Deduzimos pelo que ele expressa de maneira 
espontânea e pelas respostas a perguntas 
específicas visando evocar determinada 
patologia 
• Pode ter ruminação sobre conteúdo ou 
pensamentos específicos 
• Você sente que as pessoas querem prejudicá-lo? 
Você tem poderes especiais? 
• Alguém está tentando influenciá-lo? 
• Você tem sensações corporais estranhas? 
• Pensamentos que não consegue tirar da cabeça? 
Pensa sobre o fim do mundo? 
• As pessoas conseguem ler sua mente? 
• Sente que a televisão está falando com você? 
• Pergunte sobre fantasias e sonhos 
• Pensamentos obsessivos: indesejados e 
repetitivos que invadem a consciência – em geral 
são alheios ao ego, e o paciente resiste a eles 
• Compulsões: comportamentos repetitivos e 
ritualizados que os pacientes se sentem 
compelidos a realizar para evitar um aumento na 
ansiedade ou algum desfecho temido 
• Delírios: ideias fixas, falsas, que não são 
compartilhadas por outras pessoas e podem ser 
divididos em bizarros e não bizarros. Não 
bizarros: conteúdo de pensamento que não é 
verdadeiro, mas não está fora da esfera da 
possibilidade 
• Delírios comuns podem ser grandiosos, 
erotomaníaco, de ciúmes, somáticos e 
persecutórios 
• Paranoia: perguntar sobre a preocupação do 
paciente com câmeras, microfones, governo, com 
TV, rádio 
PROCESSO DE PENSAMENTO 
• Diferente do conteúdo do pensamento 
• Descreve como os pensamentos são formulados, 
organizados e expressos 
SOI V– APG Duda Campos 
• Um paciente pode ter processo de pensamento 
normal com conteúdo do pensamento 
significativamente delirante 
• Pode haver conteúdo do pensamento normal, mas 
com processo de pensamento prejudicado 
• Processo de pensamento normal: linear, 
organizado e orientado ao objetivo 
• O paciente pode falar rápido, saindo de um 
pensamento para outro, num ritmo difícil de 
acompanhar, mas todas as ideias se conectam de 
uma forma lógica 
• Pensamentos circunstanciais: excesso de detalhes 
e material que não é diretamente relevante ao 
assunto ou a uma resposta à pergunta, mas em 
algum momento retorna para tratar do assunto 
ou responder à pergunta 
• Pensamentos tangenciais: o paciente nunca 
retorna ao ponto ou à questão original 
• Pensamentos ou associações frouxos: é difícil ou 
impossível ver conexões entre o conteúdo 
sequencial 
• Perseveração: tendência a focar-se em uma ideia 
ou conteúdo específicos sem a capacidade de 
mudar para outros tópicos 
• Bloqueio do pensamento: processo de 
pensamento perturbado no qual o paciente 
parece ser incapaz de completar um pensamento 
– pode parar no meio da frase ou no meio do 
pensamento e deixar o entrevistador esperando 
que complete 
• Neologismo: palavra nova ou combinação de 
palavras que não são uma palavra verdadeira 
• Salada de palavras: linguagem confusa, e em 
geral repetitiva, sem aparente significado ou 
relação ligada a ela 
TRANSTORNOS DO PENSAMENTO FORMAL 
Circunstancialidade: Inclusão exagerada de detalhes 
triviais ou irrelevantes que impedem de se chegar à 
questão. 
Associações por assonância: Pensamentos associados 
pelo som das palavras, não por seu significado (p. ex., por 
rimas ou ressonância). 
Descarrilamento (Sinônimo de associações frouxas): 
Quebra tanto na conexão lógica entre as ideias quanto no 
sentido de objetividade geral. As palavras fazem sentido; 
as sentenças, não. 
Fuga de ideias: Uma sucessão de associações múltiplas, 
de maneira que os pensamentos parecem passar de 
repente de uma ideia para outra; muitas vezes (mas não 
invariavelmente) expressas por meio de discurso rápido 
e aflito. 
Neologismos: Invenção de novaspalavras ou expressões 
ou uso de palavras convencionais de maneiras 
idiossincráticas. 
Perseveração: Repetição de palavras, expressões e 
ideias fora do contexto. 
Tangencialidade: Quando questionado, o paciente dá 
uma resposta que é apropriada para o tópico geral, sem, 
de fato, responder à pergunta. Exemplo: Médico: “Você 
tem tido problemas para dormir ultimamente?” Paciente: 
“Normalmente durmo na minha cama, mas tenho 
dormido no sofá”. 
Bloqueio do pensamento: Uma interrupção repentina 
do pensamento ou uma quebra no fluxo de ideias 
ALTERAÇÕES NA SENSOPERCEPÇÃO 
• Alucinações, ilusões, despersonalização e 
desrealização 
• “Você vê coisas ou ouve vozes? Tem experiências 
estranhas quando pega no sono ou acorda? O 
mundo mudou de alguma forma? Sente odores 
estranhos?” 
• Alucinações: auditivas, visuais, táteis, olfativas e 
gustativas 
• Importante diferir alucinações de ilusões 
• Alucinações hipnagógicas podem ser normais 
• Despersonalização: sensação de ser estranho a si 
mesmo ou de alguma coisa mudou 
• Desrealização: sensação de que o ambiente 
mudou de alguma forma estranha que é difícil de 
descrever 
COGNIÇÃO 
• Estado de alerta, orientação, concentração, 
memória (curto e longo prazo), cálculo, cabedal 
de conhecimento, raciocínio abstrato, insight e 
julgamento 
• Observar o nível de alerta do paciente 
RACIOCÍNIO ABSTRATO 
• Compreender a abstrair a partir de conceitos 
gerais e exemplos específicos 
• Pedir ao paciente para identificar semelhanças 
entre objetos ou conceitos semelhantes, 
interpretar provérbios 
INSIGHT 
• Entendimento de como o paciente está se 
sentindo, se apresentando e funcionando 
• Pode ter entendimento total, parcial ou sem 
entendimento 
JULGAMENTO 
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• Capacidade de tomar boas decisões e agir de 
acordo com elas 
• Pode estar ou não relacionado a nível de 
entendimento 
• Perguntar coisas tipo “o que você faria se 
encontrasse um envelope selado na calçada?” 
Para testar as funções cognitivas: 
1. Alerta – observação 
2. Orientação 
• Qual o seu nome? Quem sou eu? 
• Que lugar é esse? Onde se localiza? 
• Em que cidade estamos? 
3. Concentração 
• Começando em 100, conte de trás para a 
frente de 7 em 7 ou de 3 em 3 
• Diga as letras de trás para a frente, 
começando com o Z 
• Diga os meses do ano de trás para 
frente, começando em dezembro 
4. Memória imediata 
• Repita os números comigo: 1, 4, 9, 2, 5 
5. Memória recente 
• O que você comeu no café da manhã? 
• O que você estava fazendo antes de 
começarmos a conversar? 
• Quero que você se lembre destas três 
coisas: pente, rua, azul. Após alguns 
minutos, vou pedir para você repeti-las 
6. Memória de longo prazo 
• Qual era seu endereço quando você 
estava na 3ª série? 
• Quem era o seu professor? 
• O que você fez no verão entre o ensino 
médio e a faculdade? 
 
7. Cálculos 
• Se você comprar algo que custa R$ 3,75 
e pagar com uma nota de R$ 5,00, qual 
será o troco? 
• Quanto custam três laranjas, se uma 
dúzia custa R$ 4,00? 
8. Cabedal de conhecimento 
• Qual é o oceano que fica entre a América 
do Sul e a África? 
9. Raciocínio abstrato 
• Que objeto não pertence a este grupo: 
uma tesoura, um canário e uma aranha? 
Por quê? 
• O que uma maçã e uma laranja têm em 
comum? 
 
 
EXAME FÍSICO 
• A inclusão e a extensão do exame físico 
dependerão da natureza e do local da entrevista 
psiquiátrica 
FORMULAÇÃO 
• Diagnóstico, recomendações e planejamento do 
tratamento 
• Breve resumo da história, da apresentação e do 
estado atual do paciente 
• Discussão de fatores biológicos e psicológicos 
• Diagnóstico diferencial e provisório 
• Determinação do nível de cuidado recomendado 
ou requerido 
PLANEJAMENTO DO TRATAMENTO 
• Devem ser discutidos de forma explícita e 
detalhada com o paciente 
• Determinar se um relacionamento de 
tratamento está para ser estabelecido entre o 
entrevistador e o paciente 
• O paciente deve ser informado quando ao 
tratamento recomendado 
• Discussão das opções disponíveis de modo que o 
paciente possa participar das decisões sobre os 
próximos passos 
• Discussão de possíveis medicamentos, os riscos 
e benefícios de tratamento sem medicamento e 
outras opções de tratamento alternativo 
• Encaminhamento para psicoterapia, terapia de 
grupo, avaliação ou tratamento de dependência 
química ou avaliação médica, grupos de apoio... 
TÉCNICAS 
INTERVENÇÕES FACILITADORAS 
REFORÇO 
• “entendo”, “continue”, “sim”, “conte-me mais”.... 
• Mostrar interesse do entrevistador em que o 
paciente continue 
REFLEXÃO 
• Usando as palavras do paciente – indica que 
ouvir o que ele está dizendo e transmite um 
interesse em ouvir mais 
• Não deve ser dito com um tom desafiador ou 
descrente 
• Parafrasear a declaração do paciente 
RESUMO 
• Durante a entrevista, é bom resumir o que foi 
identificado sobre um certo tópico 
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• Dá a oportunidade para o paciente esclarecer ou 
modificar o entendimento e acrescentar novas 
informações 
EDUCAÇÃO 
• Às vezes é bom que o psiquiatra eduque o 
paciente sobre o processo de entrevista 
 
REAFIRMAÇÃO 
• Transmitir segurança para o paciente 
• Às vezes é bom dar informações precisas sobre o 
curso da doença 
ENCORAJAMENTO 
• Pode facilitar o envolvimento do paciente, 
porque para muitos, é difícil comparecer a uma 
avaliação psiquiátrica 
• Cuidado de não exagerar o progresso do 
paciente na entrevista 
RECONHECIMENTO DAS EMOÇÕES 
• Reconhecer a expressão de emoções pelo 
paciente 
• Isso leva o paciente a compartilhar mais 
sentimentos 
HUMOR 
• Quando o paciente fizer um comentário bem-
humorado ou contar uma piada, pode ser útil 
sorrir ou quando apropriado, acrescentar um 
comentário humorado também 
• Pode diminuir a tensão e a ansiedade 
• É importante ter certeza de que o comentário do 
paciente teve, de fato, a intenção de ser bem-
humorado e que o psiquiatra transmita 
claramente que está rindo com o paciente, não 
do paciente. 
SILÊNCIO 
• O paciente pode necessitar de tempo para 
pensar sobre o que foi dito ou para vivenciar um 
sentimento que surgiu na entrevista. 
• Se o paciente ficou em silêncio e parece estar 
pensando sobre o assunto, o psiquiatra poderia 
perguntar: “O que você pensa sobre isso?” 
COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL 
• Concordar com a cabeça 
• Se inclinar na direção do paciente 
• Movimentar-se na cadeira para mais perto do 
paciente 
• Arquear as sobrancelhas 
• Cuidado para não exagerar 
INTERVENÇÕES EXPANSIVAS 
• Quando o entrevistador quer encorajar o 
paciente a falar sobre outras questões 
• Mais sucedidas quando já tem um grau de 
confiança e o paciente sente que o psiquiatra é 
imparcial sobre o que está sendo compartilhado 
CLARIFICAÇÃO 
• Esclarecer cuidadosamente o que o paciente 
disse pode elucidar problemas não reconhecidos 
ou psicopatologia 
ASSOCIAÇÕES 
• À medida que o paciente descreve seus 
sintomas, outras áreas relacionadas a um 
sintoma devem ser exploradas. 
DIREÇÃO 
• Muitas vezes, a continuidade da história pode 
ser facilitada perguntando “o que”, “quando” ou 
“quem”. 
• Às vezes, o psiquiatra pode sugerir ou perguntar 
sobre alguma coisa que não foi introduzida pelo 
paciente, mas que o médico presume ser 
relevante. 
SONDAGEM 
• A entrevista pode apontar uma área de conflito, 
mas o paciente pode minimizar ou negar 
quaisquer dificuldades. 
• Encorajá-lo delicadamente a falar mais sobre 
essa questão pode ser bastante produtivo. 
TRANSIÇÕES 
• Fazer declarações que façam o paciente transitar 
de uma situação para outra 
REDIRECIONAMENTO 
• Se o entrevistador estiver se concentrando em 
reforçar o relato do paciente de sua história, 
pode ser bastante difícil mudar a entrevista para 
uma direção diferente. 
• Mas, muitas vezes, isso é crucial para o sucesso 
daentrevista devido às limitações do tempo e às 
necessidades de obter um panorama amplo da 
vida do paciente, bem como dos problemas 
atuais. 
• O redirecionamento pode ser usado quando o 
paciente muda o tema ou quando ele se mantém 
em uma área não produtiva ou já bem abordada. 
INTERVENÇÕES OBSTRUTIVAS 
SOI V– APG Duda Campos 
PERGUNTAS FECHADAS 
• Um número excessivo de perguntas fechadas no 
início da entrevista pode retardar o fluxo natural 
da história do paciente e restringir suas 
respostas a declarações curtas com pouca ou 
nenhuma elaboração. 
 
PERGUNTAS COMPOSTAS 
• Difíceis para o paciente responder porque mais 
de uma resposta está sendo buscada 
PERGUNTAS COM POR QUE 
• Principalmente no início, não são produtivas 
PERGUNTAS OU AFIRMAÇÕES PARCIAIS 
• Geralmente não são produtivas para o assunto 
em questão e também inibem o paciente de 
compartilhar informações privadas ou sensíveis 
• Em vez de dizer-lhe que um determinado 
comportamento é certo ou errado, seria melhor 
que o psiquiatra o ajudasse a refletir se aquele 
comportamento foi bem-sucedido. 
MINIMIZAR AS PREOCUPAÇÕES DO PACIENTE 
• Isso pode ser contraproducente porque, em vez 
de ser tranquilizado, o paciente pode sentir que 
o psiquiatra não entende o que está tentando 
expressar 
CONSELHO PREMATURO 
• Conselho dado muito cedo é muitas vezes um 
mau conselho, porque o entrevistador ainda não 
conhece todas as variáveis. 
• Também pode impedir que o paciente chegue a 
um plano por si próprio. 
INTERPRETAÇÃO PREMATURA 
• Mesmo se correta, uma interpretação prematura 
pode ser contraproducente, uma vez que o 
paciente pode responder de forma defensiva e se 
sentir mal compreendido. 
TRANSIÇÕES 
• Algumas podem ser repentinas demais e 
interromper questões importantes que o 
paciente esteja discutindo 
COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL 
• O psiquiatra que repetidamente olha para um 
relógio, se afasta do paciente, boceja ou atualiza 
a tela do computador transmite tédio, 
desinteresse ou aborrecimento. 
ENCERRAMENTO DA ENTREVISTA 
• Os últimos 5 a 10 minutos da entrevista são 
muito importantes e muitas vezes não recebem 
atenção suficiente por entrevistadores 
inexperientes. 
• É essencial alertar o paciente do tempo restante: 
“Temos que parar daqui a uns 10 minutos”. 
• Também pode ser útil dar ao paciente a 
oportunidade de fazer uma pergunta: “Eu lhe fiz 
várias perguntas hoje. Há alguma outra pergunta 
que você gostaria de fazer agora?” 
• Se essa entrevista for uma sessão de avaliação 
única, devem ser compartilhados com o paciente 
um resumo do diagnóstico e as opções de 
tratamento 
ENTREVISTA MOTIVACIONAL 
• Usada para motivar o paciente a mudar seu 
comportamento disfuncional 
• Tem sido usada de forma efetiva em pessoas 
com transtornos por uso de substâncias

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