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Atividade Avaliativa I a) No trabalho de Chaves e Gehlen (2019), IDENTIFIQUE as definições de política social presentes no texto e IDENTIFIQUE também as diferentes noções de público presentes no mesmo. Em seguida, no texto de Silva et al. (2017). As políticas sociais podem ser entendidas como intervenções estatais complexas que regulam os processos de reprodução social por meio de estratégias diferenciadas, atuando indiretamente na relação capital-trabalho. A política social corresponde à forma política da questão social, que se expressa e se materializa em políticas setoriais, incluindo a política de trabalho, que define principalmente os graus de liberdade ou a extensão da mercantilização da força de trabalho. Na década de 1990, a política social era o resultado da incapacidade do mercado de trabalho em cumprir as metas de distribuição, tanto para as pessoas ocupadas quanto para os recursos reprodutivos. A dispersão dos planos e programas sociais, por sua vez, se sobrepõe e se reproduz, gerando fragmentação do sujeito. A política social pressupunha a heterogeneidade social e a devolvia como fragmentos individualizáveis, cujos interesses quase sempre se chocavam. Os sentidos de público configuram-se em significados que vão de encontro à forma básica de construção e existência do público associada ao conceito e à mineração de direitos sociais. O público é sinônimo do comum a todos e, portanto, trata o coletivo como algo compartilhado, em oposição ao privado, ao privado, e representa uma das dicotomias mais fortes, com capacidade de organizar o pensamento político e social moderno. Nessa abordagem, o público torna-se politicamente quase imediatamente, o que nos faz pensar institucionalmente no Estado. O que é público é conhecido e óbvio, porque o que é público tem o atributo de publicidade e seu oposto é secreto, oculto ou desconhecido, privado em termos de privacidade, intimidade, não concretude ou individualidade. Público é sinônimo de ser acessível, de aberto ao coletivo, que não é fechado, fechado ou exclusivo. Nesse sentido, destacam-se as preocupações imediatas dos públicos sobre a governança institucional e as condições sociais para a legitimidade e legitimação de políticas específicas. O interesse parte da convicção de que em todas as políticas o Estado intervém na definição da relação e do caráter público ou privado do problema. Referências: Chaves e Gehlen. Estado, políticas sociais e direitos sociais: descompasso do tempo atual. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 135, p. 290-307, maio/ago. 2019. Silva et al. A relação entre Estado e políticas públicas: uma análise teórica sobre o caso brasileiro. REVISTA DEBATES, Porto Alegre, v. 11, n. 1, p. 25-42, jan.-abr. 2017. b) RESUMA a discussão sobre as políticas públicas e sua abrangência conceitual para, posteriormente, baseando-se no artigo de Fleury (2009). As políticas sociais brasileiras evoluíram ao longo de um período de cerca de 80 anos, configurando uma espécie de padrão de proteção social que só foi modificado por volta de 1988. Constituição Federal do Brasil, até o final da década de 1980, modelo de previdência social no setor previdenciário, incluindo saúde, foi combinado com um modelo de apoio às pessoas sem restrições de emprego formal. Ambos os sistemas foram organizados e integrados no período de 1930 a 1940, como parte do processo de construção de um estado centralizado, moderno e centralizado, após a revolução a construção do estado é um processo sempre incompleto, em que o poder das relações está sendo desenhado de acordo com a instituição do aparelho administrativo As opções para um determinado formato de política social, cristalizadas na combinação de diferentes modelos para diferentes divisões de funcionários, indicam a posição que cada uma ocupa de forma similar, certa força, além da tendência popular mundial. Na democracia populista, a expansão do sistema de seguridade social fará parte de um jogo político de troca de benefícios pela legitimidade dos governantes, dando diferentes interesses aos grupos. Os trabalhadores têm maior poder de barganha, fenômeno conhecido como massificação de privilégios e implicações para o aprofundamento da crise financeira e a administração do sistema de seguridade social. O pensamento de que os sistemas e mecanismos de proteção social sofreria quando se instituísse a burocracia autoritária em 1964 seguia quatro eixos principais: a concentração e a concentração do poder nas mãos do tecnocrata, com a Eliminação dos trabalhadores do jogo da política e da gestão social política; aumento da cobertura, incorporando precariamente grupos antes excluídos, trabalhadores domésticos, trabalhadores rurais e autônomos; criação de fundos e contribuição social como mecanismo de autofinanciamento de programas; privatização dos serviços sociais. A Constituição Federal de 1988 representou uma mudança profunda nos padrões de proteção social do Brasil, reforçando, em lei mais ampla, as pressões sentidas por mais de uma década. Iniciou-se uma nova fase, na qual o paradigma previdenciário deu início à estrutura organizacional e forma de proteção social no Brasil, buscando a universalização da cidadania. No modelo previdenciário, buscamos quebrar a noção de cobertura limitada para os domínios inseridos no mercado formal e afrouxar o vínculo entre contribuições e benefícios, criando um mecanismo mais sólido e redistributivo. Os benefícios passam a ser concedidos com base na necessidade, com base nos princípios da justiça social, exigindo a inclusão universal e a integração das estruturas governamentais. Referência: FLEURY, Sonia. Reforma sanitária brasileira: dilemas entre o instituinte e o instituído. Ciênc. saúde coletiva. 2009, vol.14, n.3, pp.743-752 c) COMENTAR sobre a relação entre democracia e direito à saúde. O reconhecimento da saúde como direito de todos e dever do Estado, claramente expressos nos artigos 6 e 196 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, foi um passo ousado e importante da sociedade brasileira na proteção do direito social. A estratégia de reconhecimento formal da saúde como um direito na constituição é uma opção política e legal adotada pela sociedade brasileira com uma série de mudanças práticas. Desde 1988, o ordenamento jurídico brasileiro oferece às pessoas um conjunto de garantias para a realização concreta do direito à saúde, garantias que geram amplas responsabilidades e consequências no exercício dos poderes executivo, legislativo e judiciário. Nesse sentido, a constituição brasileira foi além de um simples reconhecimento formal do direito à saúde. A implementação do direito universal, igualitário e integral à saúde, consagrado em nossa constituição, depende em grande medida da democracia na atenção à saúde, da participação dos cidadãos na definição dos contornos do direito à saúde e das garantias específicas que serão. oferecido para esse direito. Por outro lado, a democracia sanitária pressupõe que o Estado, para cumprir sua obrigação constitucional de proteger o direito à saúde, cria, apóia e desenvolve um ambiente de ampla participação democrática da sociedade na tomada de decisões sobre o estado de saúde do Estado. Estado. Mais de 26 anos após a promulgação da constituição federal, os desafios para a efetivação do direito à saúde, promovido pela CF / 88, ainda são enormes. O instituto de pesquisa aponta ainda que 62% da população considera a saúde no Brasil ruim ou péssima1. A imprecisão conceitual sobre o que é saúde tem importantes efeitos jurídicos. Afinal, quais são exatamente as responsabilidades do Estado no que diz respeito à proteção do direito à saúde? Tendo em vista que os serviços de saúde consomem parcela significativado orçamento público estadual, assim como o fato de o conhecimento científico sobre a saúde das pessoas e do coletivo ser bastante polêmico, a decisão do Estado sobre quais serviços e produtos serão oferecidos à população brasileira através do SUS é extremamente estratégico., porque define os contornos reais do direito à saúde no país. Igualmente estratégicas são as decisões estaduais que regulam o setor privado de saúde suplementar, tomadas na Agência Nacional de Saúde Complementar, pois são essas decisões que obrigam as operadoras de planos de saúde a oferecerem aos seus clientes serviços médicos, odontológicos e hospitalares mínimos. A democracia sanitária, como princípio fundamental do sistema de saúde brasileiro, exige que a definição dos contornos do que se entende bem o direito à saúde seja realizada com a participação da sociedade. Referência: Aith, F. M. A. (2015). Direito à saúde e democracia sanitária: experiências brasileiras. Revista De Direito Sanitário, 15(3), 85-90.
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