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CURSO DE TÉCNICO EM SECRETARIADO MÓDULO NOÇÕES BÁSICAS DE ECONOMIA Prof. Francisco Moura – Economista 1 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................ 3 CAPÍTULO 1 - TEORIA ECONÔMICA – CONCEITOS BÁSICOS ............................................ 4 DEFINIÇÕES E OBJETO DA ECONOMIA ................................................................................ 4 CONCEITOS DE ECONOMIA ...................................................................................................... 4 DO QUE TRATA A ECONOMIA .................................................................................................. 5 DIVISÃO DO ESTUDO DA ECONOMIA .................................................................................... 6 CONCLUSÕES SOBRE A CIÊNCIA ECONÔMICA .................................................................. 6 FATORES DE PRODUÇÃO ........................................................................................................... 7 CLASSIFICAÇÃO DOS FATORES DE PRODUÇÃO ................................................................ 7 PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS .................................................................... 8 CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO ......................................................................... 8 O CRESCIMENTO ECONÔMICO ............................................................................................... 9 LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES .......................................................................... 10 CLASSIFICAÇÃO DOS BENS PRODUZIDOS PELA ECONOMIA ...................................... 11 AUTOAVALIAÇÃO I .................................................................................................................... 12 CAPÍTULO 2 - O SISTEMA ECONÔMICO E ESTRUTURAS DE MERCADO ...................... 14 SETORES ECONÔMICOS ............................................................................................................... 15 A LEI DA OFERTA E DA PROCURA E A FORMAÇÃO DE PREÇOS ................................ 15 CURVA DE PROCURA ................................................................................................................ 15 CURVA DE OFERTA .................................................................................................................... 16 O PREÇO DE EQUILÍBRIO ........................................................................................................ 17 ESTRUTURAS DE MERCADO ................................................................................................... 18 ESTRUTURAS DE MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO .......................................... 19 AUTOAVALIAÇÃO II .................................................................................................................. 20 CAPÍTULO 3 - A ECONOMIA E A ADMINISTRAÇÃO ............................................................. 21 OPERAÇÕES ADMINISTRATIVAS EM UMA EMPRESA .................................................... 21 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL – ECONOMIA DE EMPRESAS ................................... 21 ANÁLISE DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE UMA EMPRESA ............................ 22 ORGANOGRAMA ......................................................................................................................... 22 FLUXOGRAMA ............................................................................................................................. 23 A UTILIZAÇÃO DE FLUXOGRAMAS DE PROCESSOS EM UMA EMPRESA ................ 23 FLUXOGRAMAS - VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO ............................................................. 24 AMBIENTE INTERNO E EXTERNO DAS ORGANIZAÇÕES .............................................. 25 ATIVIDADES FINS E ATIVIDADES MEIO EM UMA ORGANIZAÇÃO ............................ 26 CONCEITOS DE EFICIÊNCIA X EFICÁCIA X EFETIVIDADE ........................................ 27 CAPÍTULO 4 - ECONOMIA E GESTÃO EMPRESARIAL ......................................................... 29 ECONOMIA EMPRESARIAL – COMPRAS ............................................................................. 29 1. Definição .................................................................................................................................. 29 2. Formação de Estoques ........................................................................................................... 29 3. Processo de Compras ............................................................................................................. 29 4. Planejamento de Compras ..................................................................................................... 30 5. Administração de um Sistema de Compras ......................................................................... 30 ECONOMIA EMPRESARIAL – VENDAS ................................................................................. 30 1. Definição .................................................................................................................................. 30 2. Planejamento das Vendas ...................................................................................................... 30 3. Administração das Vendas .................................................................................................... 31 4. Recrutamento e Seleção de Vendedores ............................................................................... 31 Prof. Francisco Moura – Economista 2 ECONOMIA EMPRESARIAL - FINANÇAS ............................................................................. 31 1. Definição .................................................................................................................................. 31 2. Principais Funções na Administração Financeira ............................................................... 31 3. Finanças - Principais Problemas ........................................................................................... 31 ECONOMIA EMPRESARIAL - PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO ............................. 32 VANTAGENS E USOS DO ORÇAMENTO................................................................................ 33 MÓDULO COMPLEMENTAR ........................................................................................................ 36 NOÇÕES DE ESTATÍSTICA ....................................................................................................... 36 CONCEITOS BÁSICOS DE ESTATÍSTICA .............................................................................. 36 FASES DO MÉTODO ESTATÍSTICO ........................................................................................ 36 POPULAÇÃO E AMOSTRA EM ESTATÍSTICA ..................................................................... 36 ESTATÍSTICA GRÁFICA ............................................................................................................ 37 NOÇÕES DE ESTATÍSTICA – MODA ....................................................................................... 40 NOÇÕES DE ESTATÍSTICA – MEDIANA ................................................................................ 40 MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES ............................................................................................... 40 MÉDIA ARITMÉTICA PONDERADA ....................................................................................... 41 EXEMPLO DE CÁLCULO DAS MÉDIAS ................................................................................. 41 DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIA .......................................................................................... 42 EXEMPLO DE TABELA PRIMITIVA E O ROL ...................................................................... 43 MATEMÁTICA FINANCEIRA BÁSICA ...................................................................................44 Prof. Francisco Moura – Economista 3 APRESENTAÇÃO A presente apostila objetiva servir de apoio aos ensinamentos teóricos e práticos transmitidos pelo CENTRO DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO - CETREDE no curso de formação profissional de Técnico em Secretariado, referente ao módulo de noções básicas de economia. Como define as competências e habilidades para a formação de técnico em secretariado, estão inseridas, dentre outras, uma visão generalista da organização e das relações hierárquicas e intersetoriais; sólido domínio sobre planejamento, organização, controle e direção; utilização de raciocínio lógico, crítico e analítico; habilidade de lidar com modelos inovadores de gestão; gestão e assessoria administrativa com base em objetivos e metas departamentais e empresariais, para o que o conhecimento dos conceitos básicos da ciência econômica é uma ferramenta complementar importante para a análise de relatórios e conseqüentemente para qualidade do desempenho profissional. Não é objeto deste módulo tratar de um “curso de economia”, mas sim, transmitir conhecimentos básicos dos principais conceitos utilizados em textos técnicos e administrativos utilizados na administração empresarial e pública, os quais muitas vezes têm uma conotação divergente da linguagem popular. Esta apostila deve ser entendida como um material didático complementar aos ensinamentos que serão transmitidos em sala de aula e às atividades curriculares a serem executas durante a seqüência do curso. Compete destacar que apesar dos temas inseridos não apresentar um nível de profundidade elevado, está mantido o mais absoluto rigor técnico, procurando-se apenas, em uma linguagem acessível, explicar a teoria econômica adequando sua formatação ao nível de transmissão de conhecimento que o caso requer. Mesmo sabendo que não se trata de um “compêndio” sobre economia, esperamos que o conteúdo desta apostila seja útil a todos. Francisco Moura Economista Prof. Francisco Moura – Economista 4 CENTRO DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO - CETREDE CURSO DE TÉCNICO EM SECRETARIADO NOÇÕES BÁSICAS DE ECONOMIA CAPÍTULO 1 - TEORIA ECONÔMICA – CONCEITOS BÁSICOS DEFINIÇÕES E OBJETO DA ECONOMIA Como em toda ciência, especialmente nas que se referem diretamente ao setor social existem várias formas de expressar o seu conteúdo e objeto Depende essencialmente do ângulo e da formação do analista. Fazemos referência a algumas das mais destacadas definições da ciência econômica: CONCEITOS DE ECONOMIA Economia é uma ciência social que estuda os processos de produção, distribuição, comercialização e consumo de bens e serviços. Os economistas estudam a forma dos indivíduos, as empresas de negócios e os governos alcançarem seus objetivos no campo econômico. Outra forma de definir a economia: É o estudo de como as pessoas e a sociedade decidem empregar recursos escassos, que poderiam ter utilizações alternativas, para produzir bens variados. A economia é uma ciência social que estuda os processos de produção, distribuição, comercialização e consumo de bens e serviços. Os economistas estudam a forma dos indivíduos, as empresas de negócios e os governos alcançarem seus objetivos no campo econômico. Em outra ótica economia é a forma de definir o estudo de como as pessoas e a sociedade decidem empregar recursos escassos, que poderiam ter utilizações alternativas, para produzir bens variados. Economia é o estudo das atividades que, com ou sem dinheiro, envolvem transações de troca entre as pessoas. De modo mais simplista, sem perder o foco, economia é: O estudo do modo pelo qual a humanidade realiza a tarefa de organizar suas atividades de produção e consumo. Economia é o estudo da riqueza. Economia é a ciência da escassez. Economia é o estudo das atividades que, com ou sem dinheiro, envolvem transações de troca entre as pessoas. Economia é o estudo de como a sociedade decide empregar recursos produtivos escassos (terra, mão de obra, capital e tecnologia) para produzir mercadorias (feijão, casas, Prof. Francisco Moura – Economista 5 medicamentos, aviões, armas, etc.) ao longo do tempo e distribuí-las entre os seus membros para a satisfação das necessidades de consumo. Assim, a economia é a ciência social que estuda a produção, distribuição, e consumo de bens e serviços. DO QUE TRATA A ECONOMIA Quando se estuda economia alguns elementos despertam maior interesse. Como exemplo podemos citar: Escassez – a escassa disponibilidade de recursos para o processo produtivo. Sua conformação. Seus custos. Sua exaustão ou capacidade de renovação. Emprego – o emprego dos recursos. A ociosidade dos que se encontram disponíveis. O emprego, suas causas e conseqüências. Produção – o processo produtivo como categoria básica. Decorrências da produção: geração de renda, dispêndio e a acumulação. A riqueza, a pobreza e o bem-estar. Agentes – como se comportam os agentes econômicos. Em que conflitos de interesse se envolvem. Quais suas funções típicas. Quais suas motivações. Trocas – fundamentos do sistema de trocas: divisão do trabalho, especialização, busca por economia de escala. Valor – fundamentos do valor dos recursos e dos produtos deles decorrentes. Razões objetivas e subjetivas que definem o valor. Moeda – como e por que se deu seu aparecimento. Como evoluiu. Formas atuais e futuras de moeda. Razões da variação do valor da moeda: inflação e a deflação. Preços – diferentes abordagens. Os preços como expressão monetária de valor. Como relação da interação entre a oferta e a demanda. Como mecanismo de coordenação do processo econômico como um todo. Mercados – tipologias e características dos mercados. A procura e a oferta: fatores determinantes. O equilíbrio, as funções e as imperfeições dos mercados. Concorrência – diferentes estruturas concorrenciais: da concorrência perfeita ao monopólio. Impactos sociais de cada uma delas. Funções da concorrência. Remuneração – tipologia e características das diferentes formas de remunerações pagas aos recursos de produção. Os salários, os juros, as depreciações, os aluguéis. Prof. Francisco Moura – Economista 6 Agregados – denominação dada às grandes categorias da Contabilidade Social, como PIB e Renda Nacional. Como medi-los. O que significam. Como empregá-los para aferir o desempenho da economia. Transações – categorias básicas: reais e financeiras. Abrangência: internas, de âmbito nacional; externa de âmbito internacional. Meios de pagamentos envolvidos. Causas e conseqüências de desequilíbrios. Crescimento – a expansão da economia como um todo: crescimento e desenvolvimento e ciclos econômicos. Equilíbrio – como se estabelece o equilíbrio geral, estático e dinâmico do processo econômico. Quais os mecanismos que dão sustentação ao processo econômico. Organização – formas alternativas, do ponto de vista institucional, para a organização econômica da sociedade. Antagonismo entre o socialismo e o capitalismo, etc. Outros assuntos elementos poderiam ser inseridos no objeto da ciência econômica, mas a relação anterior mesmo sendo parcial reflete a larga abrangência de suas observações. DIVISÃO DO ESTUDO DA ECONOMIA Conceitualmente, de modo universal, o estudo da economia é dividido em dois segmentos: Macroeconomia analisa o comportamento da economia como um todo, por meio de preços e quantidades absolutos. Faz parte dela os movimentos globais nos preços, na produção ou no emprego. Microeconomia estuda o comportamento de cada parcela do sistema, por meio de preços e quantidades relativas. Para exemplificar, pode-se citar a análise do funcionamento de empresas. CONCLUSÕES SOBRE A CIÊNCIA ECONÔMICA 1. A economia é uma ciência social. 2. O objeto da economia é o consumo 3. A sociedade (homem) é o agente do processo econômico 4. Os fatores de produçãosão escassos 5. As necessidades humanas são ilimitadas 6. A atividade econômica alcança as esferas da produção, distribuição e consumo Prof. Francisco Moura – Economista 7 FATORES DE PRODUÇÃO Os fatores de produção que se combinam em proporções variáveis para gerar a riqueza da sociedade e assim satisfazer as necessidades humanas. São: 1. Trabalho: energia humana física ou mental. 2. Recursos Naturais: terras, água, minérios (natureza) 3. Capital: máquinas, equipamentos, instrumentos, etc. 4. Capacidade empresarial (tecnologia) CLASSIFICAÇÃO DOS FATORES DE PRODUÇÃO 1. Recursos Humanos (Trabalho) Incluem atividade humana (esforço físico e/ou mental) utilizada na produção de bens e serviços, como: os serviços técnicos de um advogado, do médico, do economista, do engenheiro, ou a mão-de-obra do eletricista, do encanador, etc. São recursos dados em função do conhecimento e das habilidades que as pessoas obtêm por meio da educação e da experiência em atividades produtivas. 2. Recursos Naturais (Terra) São os bens econômicos utilizados na produção e que são obtidos diretamente da natureza, como os solos (urbanos e agrícolas), os minerais, as águas, a fauna, a flora, o sol e o vento (como fontes de energia) entre outros. 3. Capital ou Bens de Capital Abrange todos os bens materiais produzidos pelo homem e que são utilizados na produção. 4. Capacidade Empresarial Alguns economistas consideram a “capacidade empresarial” como sendo também um fator de produção. Isto porque o empresário exerce funções fundamentais para o processo produtivo. É ele quem organiza a produção reunindo e combinado os demais recursos produtivos, assumindo, assim, todos os riscos inerentes à elaboração de bens e serviços. Os recursos econômicos ou meios de produção que constituem a base de qualquer economia apresentam as seguintes características: Escassos Representados por uma situação na qual os recursos podem ser utilizados na produção de diferentes bens e serviços, de tal modo que devemos sacrificar um bem ou serviço por outro (limitados) Versáteis São aqueles que podem ser aproveitados em diversos usos. Ex.: A farinha de trigo pode ser utilizada na produção de pão ou então na fabricação de macarrão Podem ser “combinados em proporções variáveis” na produção de bens e serviços. Em resumo podemos afirmar: Os recursos econômicos são escassos, versáteis e podem ser combinados em proporções variadas. Prof. Francisco Moura – Economista 8 PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS A abordagem de temas econômicos gerais passa sempre pelas indagações: o que produzir? – como produzir? – quanto produzir e para quem produzir. As respostas a essas perguntas formam um constelação de alternativas que podem ser tecnicamente avaliadas por diferentes ângulos de vista. a) O que e quanto produzir? - Como os recursos são limitados, deve-se escolher que bens e serviços produzir e em que quantidades. b) Como produzir? - De que forma os bens e serviços serão produzidos, ou seja, qual a combinação de recursos e técnicas que será utilizado. c) Para quem produzir? - Estabelecer o destino final desta produção, ou seja, como será distribuída na sociedade. É imperativo considerar-se a condição básica da “eficiência produtiva” observando-se que não se pode aumentar a produção de um bem sem reduzir a de outro. Dado a quantidade limitada de recursos e as necessidades ilimitadas de uma sociedade são necessárias escolhas em termos econômicos. CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO Uma forma didática que resume a possibilidade de produção pode se expressa graficamente. De modo simples e utilizando-se um modelo cartesiano podemos exemplificar que com os fatores de produção disponíveis uma sociedade hipotética pode produzir 70 unidades de alimentos desde que não produza máquinas. Inversamente essa mesma sociedade pode produzir 25 unidades de máquinas e não produzir nada de alimentos. Combinando alternativamente em proporções diferentes seus fatores de produção poderá ser obtida uma produção de 60 unidades de alimentos e 10 unidades de máquinas (ponto D sobre a reta). Também pode optar em produzir 47 unidades de alimentos e 15 de máquinas (ponto C). Posicionando-se sobre qualquer um ponto da reta do gráfico serão obtidas diferentes quantidades de cada um dos bens tomado como referência. FRONTEIRA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO Máquinas Alimentos 0 10 15 20 25 30 47 60 70 A B C D E Prof. Francisco Moura – Economista 9 A Curva de Possibilidade de Produção pode ser usada para explicar determinados conceitos básicos de economia como: O CRESCIMENTO ECONÔMICO Quando a quantidade de recursos disponíveis para produção de bens e serviços aumenta temos um deslocamento da curva de possibilidades de produção para além de sua fronteira inicial. Estes aumentos podem ser ocorrer com força de trabalho, o número de fábricas, os instrumentos de produção ou mesmo a fronteira agrícola. Outro aspecto que leva ao deslocamento da Curva de Possibilidade de Produção para além de sua fronteira são os avanços tecnológicos. A descoberta de novas formas de produção como, por exemplo, o aperfeiçoamento do sistema produtivo, a implantação de sistemas informatizados na prestação de serviços, pode proporcionar o deslocamento da Curva mesmo que a quantidade de fatores de produção tenha permanecido inalterada. Quando a Curva de Possibilidade de Produção se desloca para a direita significa que aconteceram ganhos de produtividade e isso tornou possível uma maior produção mesmo permanecendo fixa a quantidade de fatores de produção disponíveis. Também o aumento da produção pode ter sido gerado pela agregação de maior quantidade de fatores ao estoque existente. Toda vez que acontece um deslocamento da curva para direita é válido afirmar que ocorreu desenvolvimento econômico. Quando se utiliza a Curva de Possibilidade de Produção para analisar crescimento econômico surge o dilema da escolha do que produzir, gerando a necessidade de definir-se entre bens de consumo e bens de capital No sistema econômico são produzidos bens destinados ao consumo e bens de produção. Entretanto os bens de produção sofrem desgastes à medida que vão sendo utilizados e necessitam de substituição. A escolha entre destinar os esforços produtivos para bens de produção em detrimento dos bens de consumo está associada às opções pelo crescimento econômico. ALIMENTO S MÁQUINAS Prof. Francisco Moura – Economista 10 Além de fabricar bens de consumo, é necessário produzir bens de capital, não só para repor aquilo que se desgastou, mantendo assim o nível atual de produção de bens de consumo, como também para ampliar a capacidade produtiva da economia. Dessa forma uma sociedade pode optar por direcionar parte dos recursos à produção de bens de capital, acumulando bens como máquinas, fábricas, etc., ou seja, pode investir na formação de capital e parte dos recursos para a produção de bens de consumo. LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES Associando-se as considerações sobre a possibilidade de produção anteriormente referida, compete informar sobre um dos axiomas mais citados no estudo da economia: A Lei dos Rendimentos Decrescentes. Diz o enunciado desta lei: “Elevando-se a quantidade de um fator variável, permanecendo fixa a quantidade dos demais fatores, a produção inicialmente crescerá as taxas crescentes. Porém a partir de certa quantidade utilizada do fator variável, a produção crescerá cada vez menos podendo até decrescer. O quadro a seguir exemplifica o teor da Lei dos Rendimentos Decrescentes. LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES Terra (fator fixo) Mão de Obra (fator variável) Produto Total Produtividade Média Produtividade Marginal Mão de Obra 10 1 6 6.0 6 10 2 14 7.0 8 10 3 24 8.0 10 10 4 32 8.0 8 10 5 38 7.6 6 10 6 42 7.0 4 10 7 44 6.2 2 10 8 44 5.4 0 10 9 42 4.6 -2Note-se no quadro anterior que foi mantido fixo o fator de produção terra, variando-se o outro fator, no caso, mão de obra. Verifica-se que seguidos acréscimos de mão de obra gera uma elevação do produto total até que estabiliza-se e no final registra até um pequeno decréscimo. A produtividade média, resultado da divisão do produto total pela mão de obra, cresce inicialmente depois entra em declínio rapidamente. Se a análise for feita pela ótica da produtividade marginal (ganho de produção por adição de uma unidade a mais de mão de obra) a perda é evidenciada com maior ênfase chegando o ser negativo, o aumento de uma unidade de mão de obra reduz o produto total. Prof. Francisco Moura – Economista 11 CLASSIFICAÇÃO DOS BENS PRODUZIDOS PELA ECONOMIA Bem para a economia é tudo aquilo que permite satisfazer uma ou várias necessidades humanas, ou seja, ter a característica de ser útil. Para facilitar o entendimento da economia é possível classificar os bens produzidos de várias maneiras. Por exemplo: Quanto à Natureza Bens Materiais = tangíveis, pois podemos atribuir a eles características como peso, altura, densidade, cor, etc. ex.: alimentos, roupas, eletrodomésticos, etc. Bens Imateriais ou Serviços = são intangíveis, ou seja, não podem ser tocados. Ex.: serviços de um advogado, serviços de transporte, serviços médicos, ou seja, acabam no mesmo momento de sua produção. Isto é de uso instantâneo. Quanto à Raridade Bens Livres = existem em quantidade ilimitada e podem ser obtidos com pouco ou nenhum esforço humano. Exemplos: luz solar, ar, mar (satisfazem as necessidades humanas, mas cuja utilização não implica relações de ordem econômica. não tem preço de mercado). Bens Econômicos = relativamente escassos e supõe a ocorrência de esforço humano na sua obtenção. Tais bens apresentam como característica básica o fato de terem um preço de mercado. A se fazer essa classificação surge um conceito complementar que precisa ser evidenciado. È o custo de oportinidade, que consiste na escolha entre a produção de dois tipos de bens. Representa a quantidade de um bem ou serviço “sacrificada” para obtenção de uma determinada quantidade de outro bens ou serviço. Quanto ao Destino Bens de Consumo = utilizados diretamente para a satisfação das necessidades humanas. Dividem-se como bens de consumo durável, podem ser usados por muito tempo: carros, móveis, etc. e bens de consumo não-durável, ou seja, desaparecem uma vez utilizados: alimentos, cigarros, gasolina, etc. Bens de Capital ou Bens de Produção = permitem produzir outros bens. Exemplo: máquinas, equipamentos, instalações, edifícios, etc. Bens Finais = bens de consumo e bens de capital uma vez que passaram por todo o processo de transformação possível, ou seja, são bens acabados. Bens Intermediários = são aqueles que ainda precisam ser transformados para atingir sua forma definitiva. São produtos utilizados no processo de produção de outros produtos. Quanto a Utilidade e Complementaridade Bem Normal = varia diretamente proporcional com a renda do consumidor. Se a renda aumenta sobre o seu consumo e vice-versa. Exemplos: roupas, calçados, carne, etc. Prof. Francisco Moura – Economista 12 Bem Inferior = varia inversamente proporcional a renda. Se a renda cresce o consumo diminui. Se a renda diminui o consumo, cresce. Exemplos: transporte coletivo, farinha de milho, etc. Bens Substitutos = se a elevação do preço de um x aumentar o consumo de um bem y eles são substitutos. Exemplos: manteiga e margarina Bens Complementares = se o consumo de um bem A sobe (ou diminui) e o consumo de um bem B também sobre (ou diminui) eles são complementares. Exemplo: automóvel e combustível, computadores e softwares. AUTOAVALIAÇÃO I 1. O conceito de Economia pode ser enunciado como sendo: ( ) Uma ciência exata, pois utiliza ferramentas de avaliação como a matemática e a estatística que fornecem dados quantitativos exatos; ( ) Uma ciência natural porque estuda o relacionamento do homem interagindo e modificando a natureza para produzir bens e serviços; ( ) Não é uma ciência, porque não tem um objetivo claramente definido, tratando-se apenas de uma metodologia de observação das relações do homem um busca de satisfazer suas necessidades pessoais; ( ) O estudo das atividades que, com ou sem dinheiro, envolvem transações de troca entre as pessoas, é, portanto a ciência da riqueza. 2. A economia trata: ( ) Da escassez, da fartura e dos meios de transformação da natureza em bens de consumo; ( ) Do relacionamento entre os homens objetivando identificar o seu comportamento como consumidor; ( ) Da produção, do emprego, da escassez, do crescimento e das transações reais e financeiras; ( ) Da eficiência tecnológica e do processo produtivo para a produção de bens e serviços. 3. O estudo da economia divide-se em: ( ) Produtos e mercados; ( ) Macroeconomia e microeconomia; ( ) Produção e consumo; ( ) Capital, trabalho e recursos naturais. 4. Os fatores de produção são classificados em: ( ) Capital, trabalho, máquinas e recursos financeiros; ( ) Trabalho, recursos naturais, capital e capacidade empresarial; ( ) Mão de obra, bens de consumo, bens de capital e recursos naturais; ( ) Terra, tecnologia, capital e bens econômicos. 5. Os fatores de produção: ( ) São escassos e versáteis; ( ) São Abundantes e diversificados; ( ) Combinam-se em proporções fixas gerando bens e serviços; ( ) São ilimitados e sua utilização depende da tecnologia para seu uso. Prof. Francisco Moura – Economista 13 6. Os problemas econômicos fundamentais são: ( ) Onde e com que recursos produzir os bens necessários; ( ) Quando com que tecnologia produzir os bens exigidos pela sociedade; ( ) Investigar o que e utilizar o melhor processo para produzir o que interessa ao mercado; ( ) O que, quanto, como e para quem produzir bens e serviços. 7. A Curva de Possibilidade de Produção reflete: ( ) Quanto é possível, alternativamente, se produzir a partir da combinação de dois fatores de produção; ( ) Que quantidade de bens podemos produzir para satisfazer a sociedade; ( ) O que devemos produzir para atender as exigências do mercado; ( ) O que as empresas podem produzir em um determinado estágio da economia. 8. Na análise da curva de possibilidade de produção podemos afirmar: ( ) Seu deslocamento para cima (direita) significa desenvolvimento; ( ) Seu deslocamento para esquerda (baixo) significa preços menores dos bens; ( ) Seu deslocamento para cima (direita) significa ganhos de produtividade; ( ) A Curva de Possibilidade de Produção nada explica em termos de crescimento ou baixa de preço. 9. A Lei dos Rendimentos Decrescentes diz que: ( ) Quanto maior for a quantidade de mão de obra utilizada, menores são os custos; ( ) A adição de um fator eleva inicialmente a produção a uma taxa crescente, mas a partir de um determinado limite não há ganhos extras; ( ) Quanto mais se produz, menos se ganha, daí o nome de rendimentos decrescentes; ( ) Existe uma relação, indireta entre a produção de bens e o custo dos fatores. 10. Com relação à classificação dos bens econômicos é certo dizer: ( ) Bens Livres são os que podem ser comercializados a qualquer preço; ( ) Bens de Capital são utilizados como insumos na produção de bens de consumo; ( ) Bens Intermediários precisam ser transformados para serem consumidos; ( ) Bens Inferiores são os que não têm preço no mercado. Prof. Francisco Moura – Economista 14 CAPÍTULO 2 - O SISTEMA ECONÔMICO E ESTRUTURAS DE MERCADO Conhecidos os conceitos essenciais da economia compete observar como acontece a interação dos principais agentes para compor o complexo sistema econômico que é onde se opera as relações de produção e distribuição de bens e serviços. Um “Sistema Econômico” é aforma de como a sociedade está organizada para desenvolver as atividades econômicas de produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços. As inter-relações econômicas recebem a coordenação de um agente produtivo que é o empresário. A este cabe o poder de organizar as unidades produtivas (empresas) que podem pertencer aos setores primário, secundário e terciário. Optou-se por incluir uma citação ao chamado “Terceiro Setor” que participa produtivamente do sistema global, mas tem o diferencial de não objetivar o lucro e direcionar-se para o segmento social. As unidades produtivas combinam de forma adequada os fatores de produção – terra, trabalho e capital – gerando a oferta de bens e serviços. Note-se que há entrelaçamento de todos os agentes, nada acontecendo isoladamente. Leis e regras específicas regem o entrosamento que resulta no sistema econômico global. A operacionalidade do sistema econômico em uma economia de mercado forma dois fluxo de interesses divergentes sendo, em uma versão simplificada, um real e outro monetário onde se encontram as unidades produtivas a sociedade (coletividade). No fluxo real as unidades produtivas fornecem bens e serviços à sociedade e esta lhe enviam os fatores de produção. No fluxo monetário a análise é de que a sociedade paga ao adquirir bens e serviços as unidade produtivas e esta recebe a devida remuneração pelos fatores de produção cedidos. AGENTE PRODUTIVO (EMPRESÁRIO) UNIDADE PRODUTIVA (EMPRESA) SETOR PRIMÁRIO SETOR SECUNDÁRIO SETOR TERCIÁRIO (3º SETOR) RECURSOS NATURAIS RECURSOS HUMANOS CAPITAL Prof. Francisco Moura – Economista 15 SETORES ECONÔMICOS Na configuração do sistema econômico ficou evidente que as unidade produtivas estão distribuídas em três setores: Setor Primário - o setor primário está relacionado à exploração de recursos da natureza: agricultura, mineração, pesca, pecuária, extrativismo vegetal e caça. É o setor primário que fornece a matéria-prima para a indústria de transformação. Este setor da economia é muito vulnerável, pois depende muito dos fenômenos da natureza. Setor Secundário - é o setor da economia que transforma as matérias-primas em produtos industrializados (roupas, máquinas, automóveis, casas, etc.). Como há conhecimentos tecnológicos agregados aos produtos do setor secundário, o lucro obtido na comercialização é significativo. Setor Terciário - é relacionado aos serviços. Os serviços são produtos não meterias em que pessoas ou empresas prestam a terceiros para satisfazer determinadas necessidades. Podemos citar: comércio, saúde, educação, informática, seguros, transporte, turismo, etc. este setor é marcante nos países de alto grau de desenvolvimento. A LEI DA OFERTA E DA PROCURA E A FORMAÇÃO DE PREÇOS No âmbito da microeconomia a teoria econômica estuda com muita propriedade a Lei da Oferta e da Procura por bens e serviços e como é formado o preço dos bens e serviços em uma economia de mercado. A oferta e a procura atuam conjuntamente na determinação do preço e da quantidade em cada produto em um determinado ambiente de mercado. Sumariamente a curva de procura: baseia-se na utilidade de determinado produto para os consumidores. Quanto maior o preço, menor a quantidade procurada, e vice-versa. A curva de oferta: baseia-se nos custos de produção de um bem ou serviço. É a relação entre os preços de mercado do produto e a quantidade que os produtores estão dispostos a oferecer. Quanto menor o preço, menor a quantidade de bens que os produtores vão querer vender. O preço estável de equilíbrio verifica-se quando a quantidade procurada for igual à quantidade oferecida. CURVA DE PROCURA Baseia-se na utilidade de determinado produto para os consumidores. Quanto maior o preço, menor a quantidade procurada, e vice-versa. São determinantes básicos da procura: O preço do produto, rendimento médio dos consumidores, dimensão do mercado, preço e disponibilidade de outros bens (substitutos), gostos ou preferências. Prof. Francisco Moura – Economista 16 Como o preço e quantidade estabelecem uma relação inversa, isto é, quanto maior for o preço menos será a quantidade demandada, sua for para um bem normal é sempre descensional. CURVA DE OFERTA A curva de oferta baseia-se nos custos de produção de um bem ou serviço. É a relação entre os preços de mercado do produto e a quantidade que os produtores estão dispostos a oferecer. Assim, quanto menor o preço, menor a quantidade de bens que os produtores vão querer vender. Determinantes da oferta são: custos de produção, monopólios, concorrências de outros bens, imprevistos metrológicos, etc. Ao contrário da demanda, como a rela preço/quantidade é direta, ou seja, quanto maior for o preço maior será a quantidade produzida, a curva que expressa o seu modo é ascensional. QUANTIDADE PREÇO 0 2 5 10 3 10 18 1 20 15 8 5 0 3 8 17 20 PREÇO QUANTIDADE Prof. Francisco Moura – Economista 17 O PREÇO DE EQUILÍBRIO O preço de equilíbrio verifica-se quando a quantidade procurada for igual à quantidade oferecida. Com isso está se dizendo que há uma perfeita identidade entre as deliberações de produtores e consumidores. Graficamente sua expressão é a seguinte: Como se nota, no gráfico exemplificativo acima, o ponto de equilíbrio acorre quando o preço é igual a R$ 6 unidades e a quantidade demandada é de 12.000 kg. Qualquer preço acima de R$ 6 leva a um ponto na curva de oferta que estará acima da quantidade de os consumidores estão desejosos de adquirir esse novo valor, ou seja, o ponto indicativo na curva de demanda será inferior e 12.000 kg. O excesso de oferta em relação à quantidade demandada pressiona uma queda no preço, voltando o mercado para o ponto de equilíbrio. No caso inverso, um preço inferior ao de equilíbrio de mercado ocasiona um incremento de demanda fazendo com que os produtores elevem a oferta, retornando o mercado ao ponto de equilíbrio. A visualização dessas situações pode ser facilmente percebida observando-se o gráfico abaixo: PREÇO DE EQUILÍBRO DE MERCADO Prof. Francisco Moura – Economista 18 ESTRUTURAS DE MERCADO Mercado é um conceito que não implica necessariamente a existência de um lugar geográfico ou físico no qual as transações são efetivadas. Na prática as mercadorias podem ser comercializadas pelos mais diversos canais de distribuição, até a forma virtual (internet), sendo o conceito de mercado aplicado em todos os casos. A teoria economia segmenta a estrutura e funcionamento do mercado de bens e serviços, assim como as transações dos fatores de produção, de várias maneiras diferentes. O enfoque mais difundido e mais útil para uma análise empírica é a diferenciação quanto ao grau de concorrência. Podemos citar: Concorrência Perfeita - é um tipo de mercado em que há grande número de vendedores de tal sorte que uma empresa, isoladamente, por ser insignificante, não afeta os níveis de oferta do mercado e, conseqüentemente, o preço de equilíbrio. Monopólio - caracteriza-se por apresentar condições diametralmente opostas às da concorrência perfeita. Nele existe de um lado uma única empresa dominando inteiramente a oferta, e todos os consumidores, de outro. Oligopólio - é caracterizado por um pequeno número de empresas que dominam a oferta de mercado como a indústria automobilística, indústria farmacêutica, dentre outras. O cartel é uma organização (formal ou informal) de produtores dentro de um setor que determina a política de preços para todas as empresas que a ele pertencem. Concorrência Monopolística - é uma estrutura de mercado intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio, mas que não se confunde com o oligopólio, visto: a) número relativamente grande de empresas; b) baixa margem de manobra para fixação de preços.Estrutura de Mercado - Casos Especiais Cartel – é um pacto de empresas cujo objetivo é limitar a atuação das forças competitivas de mercado. São objetivos dos cartéis: 1. Controle de preços 2. Controle do nível de produção e das condições de venda 3. Controle das fontes de insumos 4. Fixação das margens lucros 5. Divisão espacial do mercado. Monopólio Bilateral – ocorre quando um monopsionista (único comprador) encontra um monopolista (único vendedor) para a compra da sua produção. O preço será formado pelo poder de barganha de ambas empresas. Os quadros a seguir sintetizam os que se abordou sobre as estruturas de mercado, acrescentando-se a diferenciação que ocorre quando estamos nos referendo a oferta de bens e Prof. Francisco Moura – Economista 19 serviços no mercado consumidor e a disponibilização de fatores de produção para que o mercado possa processá-los transformando-os em utilidades. ESTRUTURAS DE MERCADO DE BENS E SERVIÇOS CARACTERÍSTICAS TIPOS DE MERCADO Competição Perfeita Competição Monopolista Oligopólio Monopólio N° de empresas Muito grande Muitas Poucas Uma Tipo de Produto Padronizado Diferenciado Padronizado e Diferenciado Único Controle sobre preços Nenhum Pequeno Considerável Muito Condições de entrada Sem barreiras Sem barreiras Com barreiras Com barreiras Exemplos Produtos agrícolas Grandes magazines Companhias aéreas Energia Elétrica. ESTRUTURAS DE MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO Monopsônio é uma estrutura de mercado caracterizada pela existência de muitos vendedores e um único comprador que domina o mercado. É o inverso do monopólio. Em economia, oligopsônio é uma forma de mercado com poucos compradores, chamados de oligopsonistas, e inúmeros vendedores. É um tipo de competição imperfeita, inverso ao caso do oligopólio, onde existem apenas alguns vendedores e vários compradores. O quadro seguinte sintetiza as principais características das situações e Monopsônio e Oligopsônio. CARACTERÍSTICAS TIPOS DE MERCADO MONOPSÔNIO OLIGOPSÔNIO N° de empresas Única Poucas Tipo de fator de produção Padronizado Padronizado Exemplos Mineração de Urânio Extração de Petróleo, Indústria de fumo Processadores de produtos agrícolas, como café, suco de laranja, óleos vegetais, etc. Prof. Francisco Moura – Economista 20 AUTOAVALIAÇÃO II 1. No estudo da economia o sistema produtivo é formado pela interação: ( ) Do governo, da mão de obra e do capital; ( ) Da tecnologia, dos meios de produção e da utilização da terra; ( ) Dos bens de capital, do governo, das matérias primas e do mercado; ( ) Do empresário, das unidades produtivas e dos fatores de produção. 2. Os setores econômicos básicos são: ( ) Mercado, consumo e produção; ( ) Primário, secundário e terciário; ( ) Investimentos, trabalho e tecnologia; ( ) Terra, trabalho e capital. 3. A curva de procura mostra sempre que: ( ) Quando o preço cai a quantidade demandada aumenta; ( ) Quando o preço sobe a quantidade demandada sobe; ( ) Quando o preço sobe a quantidade demandada diminui; ( ) A quantidade demandada não depende do preço. 4. A curva de oferta mostra que quando: ( ) Quando o preço cai a quantidade não varia; ( ) Quando o preço sobe a quantidade ofertada cai; ( ) Quando o preço cai a quantidade ofertada aumenta; ( ) O preço sobe a quantidade sobe. 5. Por definição o preço de equilíbrio de mercado implica que: ( ) A quantidade ofertada é exatamente igual a quantidade demandada; ( ) Se o preço está acima do ponto de equilíbrio está havendo excesso de oferta; ( ) Se o preço esta abaixo do ponto de equilíbrio acontece um excesso de demanda; ( ) O preço de equilíbrio não é condicionado pela demanda e pela oferta. 6. Qual é a afirmativa correta: ( ) Concorrência Perfeita = grande número de vendedores e de vendedores; ( ) Monopólio = um comprador e muitos vendedores; ( ) Oligopólio = o número de vendedores é igual ao de compradores; ( ) Concorrência Monopolística = grande número de empresas monopolistas. 7. Na estrutura de mercado onde existe um grande número de empresas, ofertando um produto padronizado, que não encontram barreiras para entrar no mercado e não exercem controle sobre o preço de equilíbrio é chamada de: ( ) Monopólio; ( ) Oligopólio; ( ) Concorrência perfeita; ( ) Monopólio liberal. 8. Um mercado que tem poucos compradores de um determinado produto produzido por muitos ofertantes, caracteriza uma situação de: ( ) Monopólio Unilateral; ( ) Oligopólio disfarçado; ( ) Monopsônio; ( ) Oligopsônio. Prof. Francisco Moura – Economista 21 CAPÍTULO 3 - A ECONOMIA E A ADMINISTRAÇÃO Existem ao se estudar os fundamentos da economia em um curso de formação profissional em Técnicos de Secretariado um forte vínculo com vários conceitos que são próprios da ciência da administração. Isso posto, insere-se nesse módulo do curso – Noções Básicas de Economia – ensinamentos referenciais que passamos a chamar econômicos/administrativos. Termos com planejamento, avaliação, processos, metas, insumos, produtos, etc., tanto integram o domínio da economia quanto da administração. Esse vínculo justifica a inclusão de um submódulo que é denominado de “A Economia e a Administração Empresarial” que a partir de agora será evidenciada. OPERAÇÕES ADMINISTRATIVAS EM UMA EMPRESA São cinco as operações administrativas em uma unidade empresarial. No centro das articulações está a função de organização que se incumbe gerenciar todo o processo de planejamento, coordenação, controle e direção. Sumariamente, a compreensão dessa terminologia é a seguinte: Planejamento – é o ato de organizar as informações disponíveis, definir objetivos e estabelecer os recursos necessários ao cumprimento de um projeto. O planejamento eficiente deve ser participativo. Coordenação – são as ações de harmonização dos esforços de modo a evitar conflitos e disponibilizar recursos na quantidade e no tempo oportuno. Controle – É o acompanhamento da execução das ações e projetos, incluindo a avaliação de seus resultados. Direção – é o comando das pessoas no sentido de conduzir para o alcance dos objetivos. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL – ECONOMIA DE EMPRESAS Entende-se por estrutura organizacional de uma empresa a forma como se combinam e estão vinculadas todas as suas funções para que se obtenha o máximo de produtividade. Destaque- se que existe nessa definição a condição de maximização da produtividade, pois essa busca nunca pode deixada de ser enfatizada com todo rigor. Para que seja desenhada e operada uma boa estrutura organizacional precisa-se definir com propriedade as funções de: ORGANIZAÇÃO COORDENAÇÃO DIREÇÃO PLANEJAMENTO CONTROLE Prof. Francisco Moura – Economista 22 Divisão do trabalho - especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia até a base, favorecendo a eficiência da produção e aumentando a produtividade. Autoridade e responsabilidade: direito dos superiores darem ordens que teoricamente serão obedecidas pelos subordinados. Disciplina: estabelecimento de regras de conduta e de trabalho válidas pra todos. Unidade de Comando: um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe. Remuneração do Pessoal: deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da organização. Centralização: atividades vitais da organização e sua autoridade devem ser centralizadas. Ordem: um lugar pra cada coisa e cada coisa em seu lugar. Subordinação dos interesses individuais aos coletivos: os interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os interesses individuais. Para que as observações mencionadas possam ocorrer com eficiência é necessário que o capital humano envolvido no processo, especialmente os que exercem cargo na alta direção sejam dotados de: Capacidade de Comando– ato de assumir responsabilidades de comandar e controlar subordinados. Capacidade Administrativa – competência de executar tarefas e sabedoria para delegar sua execução sem abdicar da sua responsabilidade. Capacidade de Cooperação – habilidade para desenvolver relacionamentos profissionais e sociais que facilitem o funcionamento da empresa. ANÁLISE DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE UMA EMPRESA Para um Técnico em Secretariado é importante ter conhecimentos de ferramentas de analise de estruturas organizacionais e desenvolvimento de processos. Essas habilidades lhe conferem qualidade profissional e lhe capacitam para participar de grupos de decisões quando das decisões de formatações de novos modelos gerenciais. ORGANOGRAMA A técnica mais simples e usual para se analisar um estrutura organizacional de uma empresa e desenhar-se o seu organograma funcional. O organograma é o gráfico que representa a estrutura formal da empresa, ou seja, a disposição e a hierarquia dos órgãos. Assim, Organograma é um gráfico que representa a estrutura formal de uma organização. Os organogramas mostram como estão dispostos os órgãos ou setores, a hierarquia e as relações de comunicação existentes entre eles. Prof. Francisco Moura – Economista 23 FLUXOGRAMA Uma técnica gráfica similar e complementar a análise de um organograma empresarial e o fluxograma. Nesse caso, utiliza-se símbolos previamente convencionados, permitindo a descrição clara e precisa do fluxo ou seqüência, de um processo, bem como sua análise ou redesenho. O fluxograma está mais direcionado para atividades outras que não é só a expressão da subordinação gerencial de uma empresa. Através da análise de um fluxograma podemos saber: 1. Quais operações são realizadas 2. Onde são realizadas as operações 3. Quem as executa 4. Quais as entradas e saídas 5. Qual o fluxo das informações 6. Quais os recursos empregados 7. Qual o volume de trabalho 8. Qual o tempo de execução (parcial e total) A UTILIZAÇÃO DE FLUXOGRAMAS DE PROCESSOS EM UMA EMPRESA Um fluxograma representativo de um processo em uma empresa pode ser utilizado: Na implantação e revisão de um sistema, com suas rotinas, formulários, métodos e processos de trabalho, objetivando clareza e compreensão para o público, interno ou externo, envolvido. Na análise de um sistema já existente, a fim de se elaborar instruções visando definir e uniformizar o seu entendimento pela organização. O R G A N O G R A M A D E U M A E M P R E S A I N D U S T R I A L (V E R S Ã O S I M P L I F I C A D A ) P R E S I D E N C IA D IR E T O R C O M E R C IA L D IR E T O R A D M IN I S T R A T I V O D I R E T O R I N D U S T R I A L G E R E N T E D E V E N D A S G E R E N T E F I N A N C E IR O G E R E N T E D E P R O D U Ç Ã O S E T O R D E C O M P R A S S E T O R D E M A N U T E N Ç Ã O S E T O R D E A L M O X A R I F A D O S C O N T R O L E D E Q U A L I D A D E D IR E T O R I A S E T O R D E C O N T A B I L ID A D E R E C U R S O S H U M A N O S Prof. Francisco Moura – Economista 24 No planejamento e análise de rotinas de trabalho, objetivando sua racionalização. No desenvolvimento de um estudo de layout. FLUXOGRAMAS - VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO Aperfeiçoamento de processos empresariais (é preciso conhecer para melhorar). Identifica atividades e pontos críticos no processo. Mostra o encadeamento das atividades dando uma visão do fluxo do processo. Documenta o processo para análises futuras, e esclarece o funcionamento para pessoas recém admitidas na organização. Fortalece o trabalho em equipe quando o desenvolvimento dos fluxogramas é feito de modo participativo. Permite verificar como funciona todo o sistema, mecanizado ou não, facilitando a análise de sua eficiência. Facilita a localização das deficiências, pela fácil visualização das etapas do processo. Pode ser aplicado a qualquer sistema, do mais simples ao mais complexo. Permite identificar alterações que se proponha nos sistemas existentes, por mostrar as modificações introduzidas. Como o nosso objetivo é simplificar as informações, sem perder o rigor técnico, apresenta um exemplo do desenho de um fluxograma simples relativo à aquisição de matéria prima por uma indústria que processa alimentos para consumo humano. Note-se a diversidade de informações contidas em um desenho sem grandes sofisticações. FLUXOGRAMA - PROCESSO DE RECEBIMENTO DE MATÉRIA-PRIMA Início Recebe Notas Fiscais Confere com o Pedido de Compra OK? Envia amostras para o Laboratório Efetua Testes de Qualidade Devolve lote ao Fornecedor Envia lote ao Depósito Aguarda novas entregas OK? Sim Sim Não Não Prof. Francisco Moura – Economista 25 AMBIENTE INTERNO E EXTERNO DAS ORGANIZAÇÕES Em economia de mercado qualquer unidade produtiva esta sujeita a influências, positivas e negativas, advindas de forças internas e externas a seu ambiente. A sua dinâmica produz modificações nas relações na sociedade da mesma forma que a sociedade age sobre as empresas condicionando seus perfis. É sempre uma “rua de mão dupla” influenciando e sendo influenciada pelo meio em que está inserida. A ciência da administração nomeia de “stakeholders”, grupos organizados ou indivíduos isolados que afetam e são afetados diretamente pelas ações de uma organização empresarial. São do ambiente interno ou externo da empresa. Hoje as organizações devem se responsabilizar não apenas pelos acionistas e lucros, mas também pela comunidade e demais entes com quem mantém relacionamento. “Stakeholders” Internos São grupos ou indivíduos que pertencem ao ambiente interno da organização. Participam diretamente de sua atividade gerenciais ou produtivas. Por exemplo: Empregados: que não fazem parte estritamente do ambiente gerencial, mas, pelos quais um administrador individual é responsável; Acionistas ou Sócios: exercendo o seu direito de voto e de mando, realizam que permitem o desenvolvimento operacional e o desenvolvimento empresarial; “Boards” (Conselhos Superiores): grupos de pessoas, não menos que três, responsáveis por dirigir determinadas funções na organização; junta, conselho, diretoria. ambiente interno e externo das organizações. “Stakeholders” Externos São grupos/indivíduos, fora da organização, que influenciam seu funcionamento. Exemplos: Consumidores: trocam recursos, pelos produtos ou serviços de uma organização; Fornecedores: retiram do ambiente externo matéria prima, serviços, fornecendo-os para as organizações fabricarem seus produtos e prestarem seus serviços; Governo: regulamenta o funcionamento das organizações para proteger o interesse público; Grupos de Interesses Especiais: utilizam o processo político. Fazem parte desses grupos as ONG's que atuam no interesse de grupos sociais, os órgãos de defesa do consumidor e os ambientalistas; Mídia: meios de comunicação de massa que possibilitam uma cobertura dos fatos sociais, da economia e dos negócios. Sua posição forma a imagem da empresa face o mercado; Prof. Francisco Moura – Economista 26 Sindicatos de Trabalhadores: organismos responsáveis pela defesa dos interesses de classes de trabalhadores negociam salários, condições de trabalho e outros direitos; Instituições Financeiras: bancos, “factoring”, companhias de seguro que atuam através de empréstimos financiamentos, cobrança, etc.; Competidores: organizações concorrentes fabricantes do mesmo produto ou de produtos substitutos. As pressões legítimas, ou não, exercidas por esses segmentos mencionados têm que ser alvo de avaliação permanente na gestão empresarial. Graficamente a expressão do que se relatou pode ser assim observada: AMBIENTES EXTERNO E INTERNO DAS ORGANIZAÇÕES AMBIENTE INTERNO ATIVIDADES FINSE ATIVIDADES MEIO EM UMA ORGANIZAÇÃO Atividades fins da empresa – São aquelas diretamente ligadas ao ambiente externo, e que constituem a razão de ser da empresa: produzir e vender AMBIENTE EXTERNO EMPREGADOS ACIONISTAS E O BOARD COMPETIDORES CLIENTES FORNECEDORES INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS SINDICATOS MÍDIA GRUPOS ESPECIAIS GOVERNOS ORGANIZAÇÃO Prof. Francisco Moura – Economista 27 Atividades meio – São as ligadas à administração dos recursos da empresa. Fornecem os meios, e o suporte para a realização das atividades fins. QUADRO SÍNTESE DAS ÁREAS FIM E MEIO ÁREAS FIM PRODUÇÃO MARKETING Fabricação Produto Qualidade Distribuição Manutenção Promoção Preços ÁREAS MEIO FINANCEIRA MATERIAIS PESSOAS SERVIÇOS GESTÃO Planejamento RF Planejamento RM Planejamento RH Transportes Planejamento Empresarial Captação RF Aquisições RM Gestão RH Serviços de apoio Decisão Empresarial Gestão RF Gestão RM Desenvolvi mento RH Patrimônio Sistemas de Informações Receitas e Custos Almoxarifados Obrigações sociais Manutenção Registros Contábeis CONCEITOS DE EFICIÊNCIA X EFICÁCIA X EFETIVIDADE A tarefa básica da administração gerencial integrada à economia empresarial é a de fazer as coisas, de maneira eficiente, eficaz com efetividade. EFICIÊNCIA Eficiência: determina o uso correto dos recursos. Quanto mais alto o grau de produtividade na utilização dos recursos, mais eficiente é a organização. Eficiência: significa a realização de atividades ou tarefas de maneira certa e inteligente, com o mínimo de esforço e com o máximo aproveitamento de recursos. Eficiência: qualidade de quem em nível de chefia ou operacionalidade cumpre suas obrigações quanto a normas e padrões. Prof. Francisco Moura – Economista 28 EFICÁCIA Eficácia: determina o quanto uma organização realiza dos seus objetivos. Quanto mais alto o grau de realização dos objetivos, mais a organização é eficaz. Eficácia: mede a relação entre os resultados obtidos e os objetivos pretendidos, ou seja, ser eficaz é conseguir atingir um dado objetivo. Eficácia: qualidade de quem em nível de chefia ou planejamento chega a consecução de seus objetivos. EFETIVIDADE Efetividade: é um criterio de desempenho de uma organização que relaciona a eficiência com a eficácia e apresenta resultados positivos ao longo do tempo (constãncia). RESUMO Eficácia é a capacidade de realizar objetivos, Eficiência é utilizar produtivamente os recursos, e Efetividade é realizar a coisa certa para transformar a situação existente e perenizá-la. Prof. Francisco Moura – Economista 29 CAPÍTULO 4 - ECONOMIA E GESTÃO EMPRESARIAL No presente módulo serão feitas referências sucintas da economia com as principais funções e atividades empresariais destacando-se compras, vendas, finanças e planejamento orçamentário. Propositadamente, omitiu-se o relacionamento da economia no ambiente interno da produção por não ser este um foco de interesse direto do Técnico em Secretariado. ECONOMIA EMPRESARIAL – COMPRAS 1. Definição O conceito de comprar está vinculado diretamente à aquisição de bens e serviços para atender as necessidades de consumo de uma empresa. O QUE, QUANTO, ONDE e COMO comprar, varia de acordo com o tipo de unidade de negócio e das políticas que cada um estabelece para o seu abastecimento. 2. Formação de Estoques a) Empresas Comerciais Tendem a ter elevado estoque porque precisam ter disponibilidades para vendas e entregas imediatas ou programadas. Para atender a sua atividade fim se faz necessário ter um diversificado estoque. b) Empresas Industriais Precisam estocar seus insumos básicos para alimentar o seu processo produtivo. Quase sempre as compras para formação dos estoques estratégicos necessário são segmentadas em: b.1) Matérias primas; b.2) Materiais secundários e insumos diversos; b.3) Materiais de embalagem; b.4) produtos em fabricação (processamento); b.5) produtos acabado. 3. Processo de Compras No desenvolvimento do processo de compras deve-se observar os seguintes questionamentos básicos: a) A compra é oportuna? b) É realmente necessária? c) Se enquadra na capacidade financeira da empresa? Prof. Francisco Moura – Economista 30 4. Planejamento de Compras Ao executar uma ordem de compra observar e referendar: Quantidade - observar o consumo ou a venda em um determinado período de tempo Qualidade - comparar o diferencial entre diversas marcas e fornecedores Preço - determinar o preço líquido na condição (posto na fabrica ou na loja) Prazo de Pagamento - observar as condições de pagamento (comprar a vista ou a prazo? o que é mais vantajoso?) 5. Administração de um Sistema de Compras O processo de compras, para muitas empresas, especialmente para o setor comercial, é vital para sua lucratividade. Portanto, deve esse departamento receber uma atenção especial. Para tanto é essencial: Cadastro de Fornecedores - manter atualizado e renovar sempre o cadastro de fornecedores. Consultar Fornecedores Alternativos - sempre que possível pedir propostas a pelo menos 3 fornecedores Analisar Condições Básicas - comparar preço, prazos de entrega, custo de frete, prazo de pagamento, qualidade esperada e demais fatores relevantes, ECONOMIA EMPRESARIAL – VENDAS 1. Definição As empresas existem para através de suas operações de produção e vendas obterem lucros. Como vendas é uma atividade fim de uma unidade de negócio, todo o desempenho de uma organização depende do sucesso dessa área. 2. Planejamento das Vendas Um eficiente planejamento de vendas requer: a) Conhecer o marcado atual e potencial dos produtos da empresa b) Avaliar a renda e o perfil dos consumidores de seus produtos c) Desenvolver uma eficaz política de marketing d) Ser eficiente na entrega das vendas Prof. Francisco Moura – Economista 31 3. Administração das Vendas Um setor de vendas bem administrado deve: a) Ser eficiente no recrutamento, seleção e treinamento do pessoal interno do setor b) Acompanhar os serviços de promoções de vendas nos aspectos quantitativos e qualitativos c) Estabelecer metas e avaliar resultados obtidos d) Manter a equipe de vendas informada do desempenho da empresa e) Acompanhar o desempenho comercial e financeiro dos clientes f) Avaliar o desempenho da equipe, e se possível de cada um dos seus membros 4. Recrutamento e Seleção de Vendedores a) Definir as tarefas que serão executadas por cada um antes da contratação b) Qualificação Exigida – instrução, experiência, idade, conhecimento do produto, apresentação pessoal, etc. c) Forma de Remuneração – fixa e variável d) Perspectiva de Progresso Profissional e) Salários Indiretos – seguro saúde, auxilio moradia, transporte, etc. ECONOMIA EMPRESARIAL - FINANÇAS 1. Definição É de absoluta competência do setor financeiro prover os recursos necessários e manter a relação de liquidez para as normais operações da empresa. O equilíbrio entre as disponibilidades e as necessidades de recursos financeiros é um atributo que não pode deixar de ser fielmente observado. 2. Principais Funções na Administração Financeira a) Orçar receitas, custos e investimentos e obter os recursos necessários b) Planejar o fluxo de caixa, entradas e saídas de recursos, distribuídas no tempo c) Ordenar e priorizar pagamentos e coordenar recebimentos d) Auditar ações operativas do setor financeiro 3. Finanças - Principais Problemas a) Velocidade de crescimento – vendas e custos. É preciso manter o equilíbrio. b) Políticas de Vendas – ampliação de prazos. – custos financeiros c) Desarticulação das condições de compras e de vendas d) Composição dos recursos – próprios e de terceiros e) Baixa rotação do capital e dos estoques – Estoque parado é custo. f) Despesas geraise administrativas – gerenciar para não haver expansão Prof. Francisco Moura – Economista 32 ECONOMIA EMPRESARIAL - PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO Orçamento é o plano financeiro estratégico de uma administração para determinado exercício. Um orçamento, é a expressão das receitas e despesas de um indivíduo, de uma organização ou do governo relativamente a um período de execução determinado, geralmente anual. O orçamento deriva do processo de planejamento da gestão. A administração de qualquer entidade pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, deve estabelecer objetivos e metas para um período determinado, materializados em um plano financeiro, isto é, contendo valores em moeda, para o devido acompanhamento e avaliação da gestão. A técnica orçamentária aplica-se tanto ao setor privado quanto ao setor público. Orçamento privado, não obrigatório, porém é uma ferramenta importante de avaliação do planejamento e do desempenho das atividades para qualquer tipo e tamanho de empresa. Orçamento privado O orçamento empresarial pode ser um documento simples, elaborado sem grandes sofisticações, exigindo-se para o seu uso como uma ferramenta eficaz de gestão apenas confiabilidade das informações contidas. Deve ser elaborado pata um período determinado de tempo (um, um semestre, um ano) a partir de um conjunto de planilhas que devem conter dados fornecidos por diversos setores da administração. O orçamento quando feito de modo participativo tende a ser mais preciso. A questão fundamental é o comparativo do ingresso de recursos (receitas) com as saídas (custos) para que por comporação se possa concluir sobre e viabilidade do empreendimento. Orçamento das Receitas (Entradas de Recursos) Receita de Vendas e/ou Prestação de Serviços Receitas Financeiras Outras Receitas (aluguel, cessão da marca, royalties, etc) Orçamento das Despesas (Saída de Recursos) Compra de Insumos (bens e serviços) Gastos Gerais de Fabricação ou de Serviços Custos de Vendas e Distribuição Despesas Tributárias e Previdenciárias Despesas Administrativas Despesas Diversas ou Gerais Realização de Investimentos Prof. Francisco Moura – Economista 33 Principais Planilhas de Acompanhamento do Orçamento Projeção dos Resultados (Lucros e Perdas) Relação de Contas a Receber Relação de Obrigações a Pagar Fluxo de Caixa (Entradase Saidas de Recursos no Tempo) Análise dos Estoques Despesas Financeiras Custos Tributários e Previdenciários Custo de Pessoal Custos Diversos ou Gerais Imobilizações a Realizar VANTAGENS E USOS DO ORÇAMENTO Estratégia e Planos A análise estratégica estuda como a organização pode combinar melhor suas próprias capacidades com vistas a alcançar seus objetivos gerais. A fixação de objetivos de longo prazo e quantificação de metas devem ter por fundamento o orçamento empresarial global Avaliação de Desempenho Compromisso do executivo do setor orçado. Os indicadores de desempenho estão sendo analisados? Os resultados esperados estão sendo alcançados? É Ponto de partida para parâmetro de desempenho real. O orçamento é a base de comparação para a verificação de eficiência empresarial. Pode ser mudado caso as premissas mudem. O processo de avaliação pode sugerir correções no decorrer de sua execução. Coordenação e Comunicação Um plano único favorece detectar inconsistências e com isso antecipar providências corretivas O orçamento ajuda a assegurar que todos na organização estão trabalhando na mesma direção. Os orçamentos fornecem um meio de transmitir os planos da administração a toda organização. Prof. Francisco Moura – Economista 34 Apoio Gerencial a Administração Revela potenciais gargalos no processo gerencial Aloca recursos onde podem ser mais eficazes Sinaliza direcionamentos para elevação de competitividade e lucratividade AUTOAVALIAÇÃO III 1. As operações administrativas de uma empresa podem se agrupadas em: ( ) Organização, planejamento, coordenação, controle e direção; ( ) Contabilidade, comprar, recursos humanos, finanças e marketing; ( ) Produção, tecnologia, mercado, compras e vendas; ( ) Organização, preço, recursos humanos, produção e custos. 2. Qual das afirmações abaixo não está correta: ( ) Disciplina: estabelecimento de regras válidas para todos; ( ) Ordem: “um lugar para cada coisa, cada coisa no seu lugar”; ( ) Comando: é a autoridade que exerce o chefe obrigando o cumprimento do dever pelo seu subordinado; ( ) Cooperação: habilidade para desenvolver relacionamentos profissionais e sociais. 3. Ao desenhar o organograma de sua empresa o Técnico em Secretariado deve especialmente conhecer: ( ) O perfil profissional e pessoal de todos os diretores e gerentes; ( ) Os departamentos que exercem atividades meio e atividades fins na organização; ( ) O volume de trabalho de cada cargo ou função; ( ) A estrutura hierárquica estabelecida na empresa. 4. O fluxograma de um processo administrativo serve, dentre outras alternativas, para: ( ) Analisar os custos de produção de uma empresa ou de um setor desta; ( ) O tempo de realização de cada operação analisada; ( ) Identificar nas atividades os seus pontos críticos, facilitando a tarefa de estudos de otimização; ( ) Para saber se o responsável pelo setor em análise é eficiente ou não. 5. “Stakeholders” São grupos e indivíduos que influenciam e são influenciados pelas organizações. Eles são Internos e Externos. Assinalar com a letra I se eles forem internos e com a letra E quando forem externos. ( ) Consumidores ( ) Acionistas ( ) Fornecedores ( ) Governo ( ) Conselho de Administração ( ) Sindicato ( ) Empregados ( ) Bancos Prof. Francisco Moura – Economista 35 6. São atividades fins em uma indústria de calçados: ( ) Fazer o orçamento de receitas e despesas e apurar sistematicamente o lucro; ( ) Captar, contabilizar, e gerir os recursos financeiros, matérias e humanos; ( ) Produzir, distribuir e vender; ( ) Cumprir suas obrigações sociais e remunerar seus acionistas. 7. A realização de uma tarefa (ação) com o mínimo de esforço e com o máximo de aproveitamento dos recursos alocados define o conceito de: ( ) Eficácia ( ) Eficiência ( ) Efetividade ( ) Tudo tem o mesmo significado. 8. Para uma boa administração de um sistema de compras é básico: ( ) Ter um cadastro de fornecedores atualizado; buscar sempre fornecedores alternativos e analisar todas as condições de fornecimento (preço, prazo de entrega, tempo de entrega, frete, lote mínimo, etc.); ( ) Conhecer o preço, a forma de pagamento e o prazo de entrega. Os demais condicionamentos não influem na decisão; ( ) Garantir maior prazo de pagamento, menor preço e entrega sem pagar frete. Os demais dados são irrelevantes; ( ) O que define a compra é o preço e a tradição do fornecedor. Fidelizar fornecedores é vital no processo comercial. 9. Quem administra o setor de vendas de uma empresa tem que procurar: ( ) Vender o produto pelo menor preço possível. O importante é o montante do faturamento. Mais faturamento, maior lucro; ( ) Fazer promoções freqüentemente. Atrair clientes com promoções é fundamental; ( ) Conceder crediários com prazos longos e juros baixos. Isso é essencial para atrair clientes. ( ) Estabelecer metas e avaliar os resultados, mantendo a equipe de venda informada e motivada. 10. Com referência a um orçamento empresarial podemos citar como vantagem: ( ) Obter a informação de que o lucro está crescendo; ( ) Aferir que o mercado está em expansão; ( ) Perceber que os concorrentes estão crescendo, mas a empresa cresce mais rapidamente. ( ) Ser ferramenta de apoio gerencial para o direcionamento de novos investimentos. Prof. Francisco Moura – Economista 36 MÓDULO COMPLEMENTARNOÇÕES DE ESTATÍSTICA CONCEITOS BÁSICOS DE ESTATÍSTICA A Estatística é um ramo da matemática que tem por objetivo obter, organizar e analisar dados, determinar suas correlações, tirando delas explicações do que passou permitindo fazer previsão e organização do futuro. FASES DO MÉTODO ESTATÍSTICO Como acontece em todo método científico de análise existem procedimentos e fases que devem sem cumpridas para que o resultado final seja correto. Na estatística elementar, podem-se enumerar os seguintes passos: Coleta de Dados: características mensuráveis do fenômeno que desejamos pesquisar. Crítica de Dados: é a conferência dos dados coletados para certificar sua correção. Apuração dos Dados: processamento matemático dos dados obtidos e disposição mediante critérios de classificação. Exposição ou apresentação dos dados: tabelas, gráficos, relatórios da maneira mais clara possível que todos interessados possam compreender. Análise dos resultados: conclusões sobre o trabalho realizado, análise e interpretação dos dados obtidos. POPULAÇÃO E AMOSTRA EM ESTATÍSTICA Em um estudo estatístico é possível, dependendo do caso, trabalhar com o universo de todos os elementos, ou parte, do universo global que se pretende avaliar por método estatístico. Isso depende da população (dados) que está sendo analisado, visto que podem ser de dimensão finita ou infinita. População Finita – possui um número determinado de elementos exemplo: número de alunos da classe. População Infinita – um grande número de elementos exemplo: o número de automóveis em circulação no mundo. Amostra – é um subconjunto da população, ou seja, uma parte dela. Prof. Francisco Moura – Economista 37 Quando há um número muito grande de elementos, fica difícil a observação dos aspectos a serem estudados. Nesse caso fazemos a seleção de uma amostra. Tipos de Variáveis Cada uma das características de interesse observadas ou medidas durante um estudo estatístico é denominada de variável. As variáveis que assumem valores numéricos são denominadas quantitativas, enquanto que as não numéricas, qualitativas. Uma variável é qualitativa quando seus valores são atributos ou qualidades (por ex: sexo, raça, classe social). Se tais variáveis possuem uma ordenação natural, indicando intensidades crescentes de realização, são classificadas de qualitativas ordinais (por ex: classe social - baixa, média ou alta). Se não for possível estabelecer uma ordem natural entre seus valores, são classificadas como qualitativas nominais (por ex: sexo - masculino ou feminino). As variáveis quantitativas podem ser classificadas ainda em discretas ou contínuas. Variáveis discretas podem ser vistas como resultantes de contagens, e assumem, em geral, valores inteiros (por ex: Número de filhos). Variáveis contínuas podem assumir qualquer valor dentro de um intervalo especificado e são, geralmente, resultados de uma mensuração (por ex: Peso, em kg; Altura, em metros). ESTATÍSTICA GRÁFICA O modo mais adequando para se explicar estatisticamente um fenômeno que está sendo estudado é através de sua expressão gráfica. A transformação dos valores numéricos em uma forma de gráfico permite uma fácil visualização do comportamento da variável que está sendo analisada, principalmente quando o fenômeno não é muito complexo. Por exemplo, é muito mais adequado mostrar-se uma tendência de crescimento de uma variável ao longo do tempo do que relacionar uma série de valores numérico que podem oscilar (crescer em um período, decrescer em outro), mas sua trajetória é na verdade de incremento. Para se exercitar a estatística gráfica deve-se observar: Tabulação - Antes de qualquer relatório ou gráficos devemos primeiramente efetuar a tabulação dos dados coletados evitando erros dentro do método estatístico. Estrutura da tabela e de um gráfico - Uma tabela ou um gráfico deve ser estruturado da seguinte maneira - cabeçalho, corpo e rodapé. Cabeçalho - é a apresentação do que a tabela está procurando estudar. Devem ser respondidas as seguintes questões: o quê? (referente ao fato), onde? (relativo ao lugar), quando? (relativo ao tempo). Exemplo: Acidentes na Rodovia BR-116 em 2008. Corpo - o corpo de uma tabela é representado por uma série de linhas, colunas e subcolunas onde ficam alocados os dados apurados. Prof. Francisco Moura – Economista 38 Rodapé - Nessa parte da tabela devemos colocar a legenda e todas as observações que venham esclarecer a interpretação da tabela. Também é no rodapé que se coloca a fonte dos dados. A seguir são mostrados alguns tipos de gráficos GRÁFICO DE COLUNAS Produção de Castanha no Ceará – Toneladas GRÁFICO EM LINHA Produção de Castanha no Ceará – Toneladas 0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 2006 2007 2008 2009 0 2.500 5.000 7.500 10.000 12.500 15.000 17.500 20.000 22.500 25.000 2003 2006 2007 2008 2009 Prof. Francisco Moura – Economista 39 GRÁFICO DE BARRAS Produção de Castanha no Ceará – Toneladas GRÁFICO EM SETORES (PIZZA) Produção de Castanha no Ceará -% - 2009 GRÁFICO EM ROSCA Composição da Torcida de Futebol – Rio de Janeiro - 2009 14.000 18.000 23.000 20.000 0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 2006 2007 2008 2009 Sul 12% Nordeste 35% Sudeste 30% Norte 8% Centro Oeste 15% Outros 23% Palmeiras 14% Flamengo 23% Corinthians 31% São Paulo 9% Prof. Francisco Moura – Economista 40 NOÇÕES DE ESTATÍSTICA – MODA A moda de um conjunto de dados é o valor que se repete mais, isto é, aquele com maior freqüência. Existem casos que ocorre mais de uma moda, e outros em que a moda não existe. Iremos representá-la por Mo. Exemplo: o número de livros vendidos a cada hora foi coletado, em três livrarias (A, B e C). Os dados em um período de 10 (dez) horas foram: Livraria A: 0,1,2,2,2,2,2,3,3,4,4,5 a Moda é 2 (Mo = 2) Livraria B: 0,1,2,2,2,2,33,3,3,5,5 as Modas são 2 e 3 (bimodal) Livraria C: 0,0,1,1,2,2,3,3,4,4,5,5 não existe Moda NOÇÕES DE ESTATÍSTICA – MEDIANA A mediana é o valor que divide um conjunto de dados ordenados ao meio, ou seja, ela nos fornece o elemento central desse conjunto de dados. A) para amostra para com número de elementos IMPAR a Mediana é: Md = n+1/2 Exemplo: Se considerarmos 2,3,3,6,7 Temos 5 elementos logo Md = n+1/2 = 5+1/2 = 3º elemento que é justamente o 3 (que é o termo central da amostra). Nota: os dados devem ser colocados em ordem crescente. B) para amostra com número de elementos PAR: Md = n/2 e n/2 + 1 Exemplo: Se considerarmos 2,3,3,6,7,8 Temos 6 elementos logo a Md = n/2 = 6/2 = 3º elemento e n/2+1 = 6/2+1 = 4º elemento. Então a Mediana está entre o 3º e o 4º elemento. Daí tiramos a média aritmética entre o 3º e 4º elemento logo: 3 + 6 / 2 (3 + 6 dividido por 2) = 4,5 portanto a Mediana = 4,5 (Md = 4,5) MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES A média aritmética simples é a mais utilizada no nosso dia a dia. É obtida dividindo-se a soma das observações pelo número delas. É um quociente geralmente representado pela letra M ou pelo símbolo X Se tivermos uma série de N valores de uma variável X, a média aritmética simples será determinada pela expressão: X = ∑ N / N Prof. Francisco Moura – Economista 41 Exemplo: Sabendo-se que a venda diária de arroz tipo A, durante uma semana, foi de 10, 14, 13, 15, 16, 18 e 12 kilos, temos que a venda média diária na semana foi de: X = (10+14+13+15+16+18+12) / 7 = 14 kilos MÉDIA ARITMÉTICA PONDERADA Consideremos uma amostra formada por n números: X1, X2, X3 ......XN de forma que cada um esteja sujeito a um peso ("peso" é sinônimo de ponderação"), respectivamente, indicado por: P1, P2, P3......PN A média
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