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Thayná T. Pereira – Odontologia XLII Thayná T. Pereira – Odontologia XLII ESTOMATOLOGIA É a semiologia odontológica: estudo dos sinais e sintomas Ciência que estuda, integra e interpreta os dados obtidos pelos exames: clínicos (anamnese + exame físico), radiográfico e laboratorial, com finalidade de instituir o diagnóstico de uma doença e seu prognóstico. SEMIOLOGIA Semiotécnica: Técnica para realizar diversos exames; Propedêutica: Interpretação e análise dos exames; Semiogênese: Origem dos sinais; A semiologia depende basicamente de três métodos semiológicos: exame clinico, radiográfico e histopatológico. EXAME CLÍNICO Anamnese: Conversa com o paciente para saber o que não se vê; Exame Físico: Examinar, enxergar, palpação. SINAIS E SINTOMAS Sinais: Manifestação, indicio, vestígio. É possível VISUALIZAÇÃO. Ex.: tumefação; Sintomas: O que o paciente relata que sente. Ex.: Dor, cansaço, prurido. A somatória de sinais e sintomas formam a SINTOMATOLOGIA. · TIPOS DE SINAIS E SINTOMAS Sintomas Reflexos: Não há localidade da dor; Sintomas Patognomônicos: Caracteristica especifica daquela síndrome; Sintomas Anatômicos: Visualização; Sintomas Comuns: Várias doenças possuem. Ex.: Dor de cabeça. DIAGNÓSTICO Reconhecer uma dada enfermidade por suas manifestações clinicas Identifica através de sinais e sintomas. · TIPOS DE DIAGNOSTICOS Direto e imediato: Só com exame clinico; Presuntivo (hipótese de diagnostico): Radiografia; Diferencial; Cirúrgico; Terapêutico; Definitivo, exato, certeiro, final: Histopatológico. PROGNÓSTICO É a previsão que o profissional faz da evolução e cura da doença favorável, razoável ou sombrio. Avalia-se o tipo da doença, o órgão ou região afetada, recursos terapêuticos disponíveis, estado geral e psíquico do paciente. · TIPOS DE DOENÇAS Endocrinometabólica, de desenvolvimento, traumática, localizada ou sistêmica, recidivante. · PLANOS DE TRATAMENTOS Tipo de doença, condições sistêmicas, condições psíquicas, condições socioeconômicas. PROSERVAÇÃO Acompanhamento clinico e/ou através de exames complementares de um paciente por um período de tempo, que pode ser curto ou longo, dependendo da doença. ANAMNESE Exame Clínico: Anamnese e exame físico; Exames complementares. Tem como objetivos, obter relação profissional-paciente adequada, conhecer dimensões do espaço diagnóstico-paciente-doença-circunstância. Auxiliar na solicitação de exames físicos e complementares; avaliar a resposta dos tratamentos passados. A anamnese é a primeira oportunidade de comunicação dentista-paciente, e para uma boa relação, necessita-se boa aparência geral do clinico, capacidade de compreensão, preocupação e interesse. · CATEGORIAS BÁSICAS DA ANAMNESE Identificação do paciente, queixa principal, circunstancia que envolve o início e o desenvolvimento da queixa (HDA), condições médicas passadas e atuais, revisão dos sistemas e órgãos, fatores genéticos (HF) e hábitos. SINAIS VITAIS · Temperatura - 35,8 a 37,8ºC · Respiração - 12 a 18 movimentos por minuto (em repouso) · Pulso - 60 a 100 bpm · Pressão arterial - 120/80 mmHg TEMPERATURA Controlada pelo sistema neuro-endócrino; Vias de verificação: Oral, retal e axilar. A temperatura é o equilíbrio entre o calor ganho e perdido, é produzido como produto do metabolismo. O metabolismo basal consiste no consumo em repouso. · FEBRE: Mecanismo de defesa no processo inflamatório. Funções da pele na regulação: Isolamento térmico, termostato pela constrição e dilatação. Fatores que alteram a temperatura: Doenças, atividades físicas, distúrbios das glândulas de tiroide, vestuário, medicamentos, fatores emocionais, alimentação, ambiente, efeito da ovulação. Termos utilizados: · <35ºC – hiportemia; · 36 - 37ºC – Normotermia ou afebril; · 37,1 - 37,4ºC – Febricula; · 37,5 – 37,9 – Febril; · 38 – 39ºC febre; · 39,1 – 40ºC –hipertemia; · >40ºC – Hiperpirexia. RESPIRAÇÃO Tem como função, suprir as células do organismo de oxigênio e retirar o excesso de dióxido de carbono. · Principais movimentos respiratórios · Torácico ou costal · Abdominal ou diafragmático · Tipos respiratórios · Bradipnéia – Abaixo do normal; · Taquipnéia – Acima do normal; · Eupnéia – Normal; · Dispinéia- Anormal; · Apneia – Sem respiração. · Sinais importantes na qualidade da respiração · Chiado · Estridor · Dificuldade VALORES NORMAIS DE FREQUENCIA RESPIRATÓRIA Homens: 16 – 18 mpm (movimento por minuto) Mulheres: 18 – 20 mpm Adultos: 16 – 20 mpm (média) Criança: 20 – 25 mpm Lactente: 30 – 40 mpm Até 1 ano, leite é o principal alimento. PULSO Criança: 120 – 130 btm Adulto: 60 – 100 btm Idoso: 70 – 80 btm PRESSÃO ARTERIAL Esta depende da força de contração do coração, resistência periférica (calibre dos vasos periféricos), volume do sangue circulante, elasticidade das paredes dos vasos. · Pressão máxima - Pressão sistólica · Pressão mínima - Pressão diastólica · Aumento da pressão - hipertensão · Diminuição da pressão - hipotensão · Monitorização - estetoscópio e esfigmomanômetro OBS: Idoso: 150/90 mmHg é considerado normal, devido a flacidez dos vasos sanguíneos. OBS2: Controle renal: Controla-se a volemia (quantidade de agua no sangue) P.A. = Debito cardíaco X Resistencia dos vasos Controla fluxo sanguíneo · O debito cardíaco é a velocidade e o volume (mL/min), com que o sangue é bombeado pelo coração. P.A. de pulso: Intervalo entre a pressão sistólica e diastólica (30 a 50 mmHg) = 40 mmHg é a media. DIVERGENTE (maior): AVC/aneurisma cerebral; CONVERGENTE (menor): Falta de irrigação dos tecidos (deterioração tecidual) · MECANISMOS REGULADORES DE P.A. Controle neural: Reflexos barorreceptores: bulbo radiquiano – SNA; Controle Renal: Mecanismo hidrodinâmico: controla a volemia; Controle Hormonal: Sistema renina e angiotensina. · VARIAÇÃO COM A IDADE Recém-nascido: 90/55 mmHg Adulto: 120/80 mmHg Velhice: 150/90 mmHg · FATORES QUE PODEM ALTERAR A P.A. Hemorragias, de pressão intracraniana, dor, insuficiência renal crônica, anestesia geral, idade, ansiedade, estresse, drogas, hormônios. · CONSEQUENCIAS DA HIPERTENSÃO AVC, insuficiência renal, órgãos vitais (cegueira, surdez), infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca (devido a carga excessiva no coração. PULSO = Frequência cardíaca = Pulsação cardíaca. Na sístole (máxima), o volume adicional de sangue que entra na aorta provoca uma onda de pressão que se transmite ao longo dos vasos. Pulsação Cardíaca: Frequência (nº de pulsação/min), ritmo (regularidade do intervalo) e amplitude (intervalo). · FREQUENCIA: Adulto: 60 – 100 bpm Taquicardia: da frequência cardíaca; Bradicardia: da frequência cardíaca. · RITMO: Rítmico: Batimentos obdecem a intervalos regulares; Arrítmico: Batimentos com intervalos irregulares. · AMPLITUDE: Reflete o volume de sangue ejetado contra a parede arterial em cada contração cardíaca (tátil) Cheio (forte); Filiforme (fraco). EXAME FÍSICO Manobras Clássicas: Inspeção (observação visual), palpação, percussão, auscultação e olfato. Exame Extra Bucal/Ectoscopia: Face, gânglios linfáticos, ATM, músculos da mastigação. Aspecto Geral Do Paciente: Postura, biótipo (longilíneo, normolíneo, brevelíneo), alteração de marcha. Face: Assimetria, cor da pele, erupções, manchas, nódulos, exoftalmia. ATM: Abertura interincisal ( abertura sem dor): 35 a 50 mm. Observar desvios na abertura e no fechamento. BIÓPSIA É um procedimento de elucidação diagnostica, através da remoção de tecido vivo para estudo macro e microscópico. INDICAÇÕES: · Doenças que provocam alterações morfológicas (neoplasias e hiperplasias); · Avaliar extensão da lesão; · Estabelecer o tipo do tumor (maligno ou benigno); · Auxiliar na evolução diagnostica de algumas doenças infecciosas; · Avaliar resultados de tratamento. COMPLICAÇÕES: · Agravamento das lesões malignas (excesso de manipulação); · Hemorragias, infecções, fistulação. CAUSAS DE ERROS E FALHAS NAS BIOPSIAS: · Uso de substancia antisséptica corante; · Introduzir agente anestésico sobre a lesão; · Falta de representatividade do materialcolhido; · Manipulação inadequada; informação deficiente; troca de material pelo clinico ou laboratório. REQUISIÇÃO PARA SOLICITAÇÃO DE EXAME HISTOPATOLOGICO · Identificação do paciente e do profissional requisitante; · Tipo da biopsia; local e data de envio; · Aspecto e história clínica da lesão; · Presença de outras lesões; · Diagnostico presuntivo/ hipótese de diagnostico; OBS.: · Nas bordas da lesão, incluindo uma pequena parte de tecido normal (biopsia incisional); · Qualquer ulceração superficial das eritroplasias e leucoplasias; · Porção mais verrugosa das leucoplasias; · Lesões livres de excessos de ceratinização (remoção de crostas); · Lesões livres das áreas necróticas ou ulceradas profundas. TIPOS: Excisional (remove toda lesão), incisional (remove parte da lesão), por punção, por aspiração (usada em lesões nodulares solidas, facilmente palpáveis, da tireoide, mamas, glândulas salivares e linfonodos), por congelamento (CO2: -40 a -60ºC. Coloração simples, diagnostico em 15 minutos). CITOLOGIA ESFOLIATIVA · Eficaz nas displasias, lesões ulcerativas e eritoplasias; · Auxiliar diagnostico em doenças viróticas, fungicas e bacterianas. · NÃO indicado para LEUCOPLASIAS; · Método de diagnostico que NÃO dispensa o exame histopatológico; · 20% dos resultados são falso-negativo; · Excelente auxiliar para lesões ulcerativas e pacientes pós tratamento – CIR e RXT VANTAGENS: Equipamento simples, rapidez na execução, não induz o paciente a cancerofobia. DESVANTAGENS: · Detecta apenas lesões de superfície; · O tratamento não pode ser planejado · Positivo: faz-se biópsia; · Negativo: Induz a terapia inadequada; · Não completa diagnostico, pois, o material não é representativo; · Na boca, as células não ficam retidas na saliva; · Não se aplica à diagnostico diferencial. FIXAÇÃO: · ½ Álcool + ½ éter; · Álcool absoluto; · Fixador em spray. CLASSIFICAÇÃO DO ESFREGAÇO: · Classe I: células normais; · Classe II: células atípicas, decorrentes do processo inflamatório, sem malignidade; · Classe III: células sugestivas de malignidade; · Classe IV: células fortemente sugestivas de malignidade; · Classe V: células conclusivas de malignidade. EXAMES COMPLEMENTARES: HEMOGRAMA E COAGULOGRAMA O objetivo na odontologia dos exames laboratoriais são: · Avaliar o estado geral do paciente; · Preservar a sua integridade física durante e após o tratamento odontológico; · Formular diagnóstico, instituir terapêutica e / ou encaminhar o paciente para tratamento médico. HEMOGRAMA · Os resultados do hemograma auxiliam a identificação de doenças de origem primária ou secundária de característica aguda ou crônica; · São utilizados para acompanhar na evolução de várias doenças e para monitorar os efeitos colaterais de alguns medicamentos. O hemograma é um exame que analisa as variações quantitativas e morfológicas (qualitativas) dos elementos figurados do sangue. Como todo exame, complementa dados clínicos para elaboração de uma hipótese diagnóstica. Sua importância se relaciona com a facilidade de realização e a analise pormenorizada de suas variantes. SANGUE O sangue é um tecido líquido que veicula os elementos indispensáveis à vida. No corpo humano circula cerca de 5 litros de sangue. As células sanguíneas formam-se principalmente na medula óssea, sobretudo nos ossos chatos e extremidades de ossos. O sangue humano é composto do plasma 55% e parte sólida (elementos figurados) correspondem a 2% de leucócitos e plaquetas e 43% restantes de eritrócitos Noções básicas sobre sangue: · Vasos sanguíneos; · Constituintes: plasma, elementos figurados · Hematócrito: % de elementos figurados em relação ao sangue Homem - 40 a 50% Mulher - 37 a 45% Crianças - 35 a 37% · Diminuição dos elementos figurados – anemia; · Aumento dos elementos figurados – policitemia. Função do sangue / Todas são vitais · Respiração; · Nutrição; · Defesa; · Excretora; · Regulador do equilíbrio hídrico; · Regulador da temperatura corporal. HEMÁCIA · Disco bicôncavo - 8m no seu maior diâmetro · Transporte de oxigênio - ligação fraca com hemoglobina Produção · Na criança e adulto/jovens - medula de todos os ossos; · A partir de 20 anos: vértebras, esterno, costelas e pélvica Tempo de vida - 120 dias Estímulo para a produção de hemácias hipóxia ↓ O2 – fator eritopoético renal + globulinas plasmáticas → eritropoetina (estimula a produção de hemácias). · Tempo de vida - 120 dias; · Hemoglobina – Fe + heme (biliverdina – bilirrubina – sais biliares); Hemácias (valores normais): · Homem: 4,5 a 6,0 milhões por mm3 · Mulher: 4,0 a 5,5 milhões por mm3 Hemoglobina (valores normais): · Homem: 15,5 a 17,3g % · Mulher: 13,8 a 15,5g % · Média: 15,5g % ANEMIAS Anemia por perda de sangue /aguda · Traumatismo; · Ruptura de aneurisma; · Lesão ulcerosa do aparelho digestivo; · Prenhes ectópica. Anemia por perda de sangue /crônica · Neoplasia maligna; · Verminose; · Úlcera péptica; Anemia Perniciosa · Diminuição orgânica de vitamina B12 ou ácido fólico. · Produz hemácias megaloblastos na medula óssea, que são frágeis e se rompem com facilidade. · Ácido fólico: O seu efeito é o mesmo da vitamina B12. Anemia aplásica Não funcionamento da medula óssea. · Exposição à radiação ionizante (gama e rx); · Medicamentos: benzeno, cloranfenicol, fenil - butazona, difenilidantoína e outros. Anemia hemolítica/Hiperemólise das hemácias · Hereditária: · Defeito intrínseco da hemácia; · Anemia falciforme e as talassemia. · Adquirida: · Eritroblastose fetal e anemias autoimunes. Anemia ferropriva (é um tipo de anemia hemolítica) · Deficiência de ferro na formação da hemoglobina; · Ferro pode estar diminuído por deficiência dietética, má absorção intestinal e perda sanguínea; Diagnóstico das Anemias · Hemograma - eritrograma Hematócrito: · Homem - abaixo de 40% · Mulheres - abaixo de 37% Contagem das hemácias: · Homens - abaixo 4,5 milhões/ mm3 · Mulheres -abaixo3,7milhões/mm3 Taxa de hemoglobina · Menor que 13% Diagnóstico das Anemias VGM - volume globular médio (tamanho do glóbulo vermelho); · 87+ 5 fentolitro (fl)/normocítica, macrocítica, microcítica. HGM - peso médio da hemoglobina por eritrócito; · 29 + picogramas (pg). Hemácias - normocrônicas, hipercrônicas, hipocrômicas. CHGM - concentração de hemoglobina globular média (concentração de hemoglobina em cada 100ml de hemácias); · 34+ 2 gramas por decilitros g/dl. RDW – (Red Cell Distribution Widt) – índice de anisocitose / população mistas de células analisado eletronicamente/amplitude e distribuição de glóbulos vermelhos/na deficiência de ferro altera antes do VGM. · Macrocitose - anemia perniciosa, anemia secundária, afecções de fígado, pâncreas e carcinoma gástrico, nefrites crônicas, sífilis e tuberculose; · Microcitose - anemia ferropriva, anemias hemolítica; · Hipercromia - anemias perniciosa e hemolítica; · Hipocromia - anemia ferropriva. ANEMIAS · O2; · Hematócrito; · Hemácias; · Hemoglobina; · Defeito congênito da hemácia ou hemoglobina; · Afecções da medula óssea, fígado, rim e baço. CONSEQUÊNCIAS CLÍNICAS DA ANEMIA O2 viscosidade do sangue - resistência do fluxo – taquicardia - PA · Hipóxia – vasodilatação – taquicardia – hiperpineia/fraqueza e palidez; · Anemia ferropriva – desnutrição - proteínas – retardo da cicatrização das feridas – aumenta o tempo de sangramento e de coagulação. POLICITEMIA Hemácias · Acima de 55% · Acima de5,5 milhões por mm3 Policitemia fisiológica · Pessoas que morram em lugares acima de 3000 metros de altitude. Policitemia vera · Tumor nos órgãos hematopoiéticos; · Fumantes inveterados - menor capacidade de captação de hemoglobina pelo oxigênio; Glóbulos brancos ou Leucócitos · Granulócitos - neutrófilos, eosinófilos e os basófilos; · Agranulócotos - linfócitos e monócitos produzidos no tecido hematopoiético (medula óssea, baçotimo, amígdalas e gânglios linfáticos). Leucócitos 5.000 a10.000 p/ mm3 de sangue · Neutrófilos (segmentados) 60 - 66% · Eosinófilos 2 - 4% · Basófilos 0 - 1% · Monócitos 4 - 8% · Linfócitos 20 - 26% Funções e alterações dos leucócitos · Neutrófilos (são fagócitos ativos); · Neutrófilos (são fagócitos ativos); · Neutrofilia - nas infecções, durante a menstruação e no infarto do miocárdio. Aumento dos elementos jovens (contagem diferencial dos neutrófilos/mielócitos, metamielócitos e bastonetes) · Sinal de infecção aguda - desvio para esquerda. Aumento dos segmentados (neutrófilos adultos) · Sinal de infecções crônicas – desvio para a direita. Mielócito, metamielócitos, bastometes, segmentados: · Normais: 0 (mielócitos), 1% (matamielócitos), 3 a 5% (bastonetes), 55 a 65% (segmentados); · Inflamação Aguda: 1% (mielócitos), 3% (matamielócitos), 8% (bastonetes), 52% (segmentados); · Inflamação Crônica: 0 (mielócitos), 0 (metamielócitos), 1% (bastonetes), 70% (segmentados); · Leucemia: 6 % (mielócitos), 50% (metamielócitos), 8% (bastonetes). Neutropenia · Nas radiações ionizantes/medicamentos - anti-inflamatórios, antidepressivos do SNC, analgésicos (dipirona, sulfa e clorofenicol); · Nas doenças viróticas (hepatite, rubéola, sarampo e caxumba); · Contato constante com benzeno. Eosinófilos: Fagócito pouco ativo, fagocitam complexo antígeno-anticorpo; Eosinófilos: Fagócito pouco ativo, fagocitam complexo antígeno-anticorpo; Eosinofilia: Parasitoses intestinais, processos alérgicos (asma brônquica, urticária, eczema), leucemia e artrites; Eosinopenia: Infecções agudas. Basófilos: Assemelha estruturalmente ao mastócito encontrados na parte externa dos capilares. Basófilos: Assemelha estruturalmente ao mastócito encontrados na parte externa dos capilares. Basofilía: Alergias, colite ulcerativas, policitemia e doenças inflamatórias crônicas. Basopenia: Não tem significado clínico. Monócitos: Transformam em macrófagos nos tecidos. Monócitos: Transformam em macrófagos nos tecidos. Monocitose: Malária, fase ativa da tuberculose, febre tifoide, infecções crônica. Monocitopenia: Acontece junto com a queda geral dos leucócitos. Macrofagos: Tem origem nos monócitos / são fixadas no tecido. Linfócitos: Linfócitos B - plasmócitos e linfócitos T - linfocitos T sensibilizados; Linficitose: Febre tifoide, viroses, leucemia linfocítica, tuberculose, sífilis e em geral nas infecções crônicas; Linfopenia: Tratamento com corticoide, irradiações, linfoma de Hodgkin, lúpus eritematoso e estresse. Anomalias dos leucocítos Agranulocitose: A medula óssea deixa de produzir leucócitos polimorfonucleares, ficando o organismo desprotegido das infecções. Leucemias: Doença cancerosa, progressiva nos tecidos hematopoiéticos, quando não tratada 90% dos casos leva a óbito em um período de 6 meses/leucócitos imaturos e anormais. Leucopenia: Menor que 5.000 p/ mm3 de sangue - menor resistência do indivíduo Leucocitose: Acima de 10.000 p/ mm3 de sangue - infecção já estabelecida. · Em ambos os casos um tratamento odontológico deverá ser evitado, porque aumentará a sobrecarga do sistema imunológico, agravando ainda mais o quadro infeccioso ou prolongamento do tempo normal de recuperação · Ambos os caso o paciente está debilitado/adiar o tratamento odontológico / casos de emergência usar profilaxia antibiótica PLAQUETAS Contagem de plaquetas CP: 150 a 450 mil/mm³. PDW (%) – índice de anisocitose ( grau de diferenciação celular). MPV – volume médio plaquetário (fm³). Hemograma - Contagem Global · Valores relativos: % encontradas de cada tipo de leucócitos em relação ao valor global; · Valores absolutos: Quantidade de cada elemento por mm3 de sangue (tem maior importância). COAGULOGRAMA INDICAÇÕES · História clínica para antecedentes familiares de hemorragia e trombose (ex.: sangramentos em cirurgias ou após extração dentária, passado de trombose). · Pré-operatório para procedimentos cirúrgicos HEMOSTASIA E COAGULAÇÃO DO SANGUE · Ruptura do vaso (estímulos miogênicos); · Contraem fortemente a parede do vaso); · Diminui o fluxo sanguíneo; · Serotonina; · Aumentando ainda mais a vasoconstrição; · Tampão plaquetário (modificado pela indometacina e aspirina); · Formação do coagulo; · Retração do coagulo; · Aproximação do lúmen dos vasos total hemostasia; · Cicatrização do coagulo. Coagulação do sangue · Equilíbrio dos fatore pró - coagulantes e fatores anticoagulantes; · XIII são os fatores de coagulação (maioria elaborados pelo fígado). FATORES DA COAGULAÇÃO · Fator I : Fibrinogênio; · Fator II: Protombina; · Fator III: Tomboplastina tecidual; · Fator IV: Cálcio; · Fator V: Pró acelerina; · Fator VI: Pró – fator V; · Fator VII: Convertina; · Fator VIII: Anti-hemofílico A; · Fator IX: Anti-hemofílico B; · Fator X: Fator Stuart-Prower; · Fator XI: Anti-hemofílico C; · Fator XII: Fator de Hageman/ anti-hemofílico D; · Fator XIII: Fator estabilizador da fibrina. COAGULAÇÃO · Via extrínseca (sangue entra em contato com a parede traumatizada do vaso) · Fator tecidual (fosfolipídios teciduais) CA++ e fator VII (convertina) · Fator X (fator de Stuart Power) + fator V (pró-acelerina) + CA++ · Ativador de protrombina ou tromboplastina parcial COAGULAÇÃO · Via intrínseca (sangue entra em contato com endotélio lesado) · Fator XII + fosfolípides plaquetários( fator plaquetário 3) · Fator XI (anti-hemofílico C) · Fator IX ( anti-hemofílico B ) + CA + fator VII ( anti-hemofílico A) · Fator X ( fator de Stuart Prower) + fator V ( pro-acelerina) + CA · Ativador de protrombima ou tromboplastina parcial COAGULAÇÃO Via extrínseca e via intrínseca Ativador de protrombima ou tromboplastina parcial Protrombina Trombina Fibrinogênio Fibrina + plaquetas + plasma= coágulo Como evitar a hemorragia · Anamnese e exame físico ( HP e HF ) · Sinais e sintomas · Púrpuras e manchas violáceas · Petéqueas (até 2mm), equimoses, hematomas. · Epistache, melena, hematúria, menstruações prolongadas e anemias. Como evitar a hemorragia · Solicitar exames CONTAGEM DE PLAQUETAS OU TROMBÓCITOS · 200.000 a 350.000 p/ mm³ de sangue; · Produz: serotonina, ADT, tromboxano, prostaglandinas, Ca, K; · Função importante no processo de hemostasia; · Trombocitopenia: púrpura trombocitopenia. COAGULOGRAMA: · TP – tempo de protrombina - INR – razão normalizada internacional (índice internacional normalizado derivado do tempo de protrombina/ para controle de anticoagulantes orais/ 0,8 a 1,2); · AT: Atividade de protrombina; · TTPa: Tempo de tromboplastina parcial ativa; · Contagem de plaquetas. Completa o tempo de protrombina; Normal - 40 a 60 segundos; Teste pesquisa os fatores intrínsecos da coagulação; Anormalidades neste exame - doenças hepáticas e anticoagulantes. TEMPO DE SANGRIA · Normal - 1 a 3 min (método Duke) · Quando aumentado - ausência de vários fatores principalmente os plaquetários. TEMPO DE COAGULAÇÃO · Normal - 2 a 7 min (método Sabazés); · Quando aumentado - diminuição dos fatores de coagulação, deficiência do fator XII, presença de anticoagulante circulante (clexame, heparina sódica, hirudoid, liquemine, marcoumar e marevan). FRAGILIDADE CAPILAR (PROVA DO LAÇO) · Avaliar a resistência capilar; · Aparecimento ou não de ptéqueas. TEMPO DE PROTOMBINA · Quantidade de protrombina existente no sangue · Normal: 12 segundos · Aumentado: Deficiência dos fatore extrínsecos da coagulação ou doença hepática - uso de anticoagulantes orais Retirou-se do coagulograma os testes: TS,TC, PL, RC Testes de baixa sensibilidade: Falsa sensação de segurança aos cirurgiões e pacientes. · Embora simples sua execução, não é rápida e são dolorosos; · São realizados por diferentes técnicos/decorrendo daí outras imperfeições RETRAÇÃO DO COAGULO · Número de plaquetas existentes no sangue; · Retração do coagulo completa entre 18 a 24 horas. · Tempo superior: diminuição dasplaquetas / Investigação dos distúrbios plaquetários. TRAMENTO LOCAL DAS HEMORRAGIAS BUCAIS · Compressão – 5 a 10 min · Sutura · Hemostático de uso local (absorvíveis) + sutura Esponjas de fibrina (fibrinol); Celulose oxidada; Esponja de gelatina (gelfoan). OUTROS EXAMES Diabetes: · Glicose no sangue 70 a 110 mg/dl; · Hemoglobina glicosilada; · Glicosúria: Dosagem da glicose na urina; · G.T.T. – teste de tolerância à glicose, chamada curva glicêmica. Testes Reumatológicos: · Antiestreptolisina O -febre reumática + 250 TODD; · Muco proteína sérica- agudização dos processos reumáticos; · Proteína C reativa; · Prova de látex – artrite reumatoide. Sífilis · VDRL (veneral diaseases research laboratory): Teste sorológico de rotina par a sífilis, antígeno inespecífico. · FTA (fluorescent treponemal antibody), imunofluorecência. Lesões ósseas · Dosagem de cálcio no sangue e na urina; · Dosagem de fósforo no sangue e na urina; · Dosagem de fosfatase alcalina no sangue; · Dosagem de proteínas totais no sangue; · Dosagem de creatinina no sangue (índice de filtragem tubular renal); · Tumor marrom do hiperparatireoidismo/doença de Paget; Imunofluorência (variação do exame sorológico) · Toxoplasmose; · Pênfigo; Reações dérmicas · PPD: Tuberculose; · Teste de Montenegro: Leishmaniose; · Mitsuda: Hanseníase; · Teste alérgico: Hipersensibilidade. Outros exames Esfregaço micológico · Cultura; · Antibiograma. Ex. parasitológico fezes; halitose Ex. de urina (Hálito urêmico) PROTOCOLO PARA ANESTESIA GERAL DE EXAMES COMPLEMENTARES · HEMOGRAMA COMPLETO; · COAGULOGRAMA; · GLICEMIA EM JEJUM (sangue); · CREATININA NO SANGUE; · URÉIA (sangue); · ECG (eletrocardiograma). ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO DE INTERESSE ODONTOLÓGICO ANOMALIAS DOS MAXILARES MACROGNATIA · Um ou mais ossos dos maxilares são amornais, o volume ultrapassa o tamanho normal / hereditariedade MICROGNATIA · Congênita ou adquirida; · Principalmente alterações no côndilo; · Pode fazer parte de síndromes. EXOSTOSE · Torus · Palatino e mandibular SÍNDROME DE GARDNER · Herança autossômica dominante; · Exostose (osteoma) maxilo-mandibular; · Polipose intestinal; · Fibroma cutâneo e cisto epidermóide; · Dentes supranumerários /dentes impactados. ANOMALIAS DA LÍNGUA · Macroglossia Primária / hereditária / Síndrome de Down Secundária / tumor · Microglossia Anomalia congênita rara; Dificuldade articulatória e de alimentação; aglossia (ausência completa da língua). · Língua fissurada · Síndrome de Melkerson Rosental Paralisia hemifacial, queilite granulomatosa, edema facial e língua fissurada FISSURAS LABIO - PALATAIS Entre as anomalias da boca destacam as fissuras que podem ocorrer como transtornos isolados ou associados a outras anomalias de gravidade variável. A etipatogenia das fissuras orofaciais está relacionada à hereditariedade e a fatores ambientais aos quais as mães são expostas como: drogas antiepiléticas, fumo, álcool, deficiência vitamínica, intoxicação por vitamina A. · Etiopatogenia Hereditária / 1/3 tem história familial Congênita / fatores ambientais · Aspectos maternos: fisiologia de útero, hormônios maternos, diabéticos, hipertireoidismo, estresse, infecções (viroses, toxoplasma, rubéola) · Fatores alimentares: carência proteica e vitamínica/ ácido fólico-B (metabolismo dos ácidos nucleicos) e ausência de riboflavina- B12; · Medicamentos: substâncias antimicótica e antiácido fólico; ação da aspirina (em estudo), cortizona e doses maciças de vitamina A; · Irradiações: destroem as células e alteram sua capacidade de multiplicação e diferenciação. OBS: os teratogênicos agem entre a 6º e 9º semana de vida uterina. · A prevalência brasileira para fissuras orais, é de 0,19/1000 nascidos vivos; · Em 1968 em Bauru, a prevalência de fissuras labiopalatais entre escolares foi de 1,54/1000 nascidos vivos; · 1978, em Porto Alegre, de 1970 a 1974 encontrou a prevalência de 0,88/1000 nascidos; · 2006, verificou incidência de 1,6 fissurados por cada 1000 nascidos vivos no estado de Minas Gerais, Brasil; · 2007 verificou no estudo epidemiológico das fissuras labiopalatais não sindrômicas no sul do estado de Minas Gerais, que as fissuras labiopalatais são as mais frequentes seguidas das fissuras labiais e palatinas. CLASSIFICAÇÃO DAS FISSURAS · Fissura pré forame incisivo - unilateral D e E / bilateral · Fissura pós forame incisivo - mediana do palato · Fissura transforme incisivo - unilateral D e E / bilateral · Fissura rara da face - obliqua do lábio, nariz e olho / horizontal FOSSETAS CONGÊNITAS DO LÁBIO E DA COMISSURA LÁBIO DUPLO GLÂNULOS DE FORDYCE OSTEOGÊNESE IMPERFEITA: Esqueleto e outros tecidos mesenquimais; Ossos frágeis; Esclerótica azulada; Afeta o feto, a criança e o adulto; Defeito metabólico no aumento da quantidade do aminoácido PROLINA; Cicatrização de fraturas com calo ósseo excessivo; Envolvimento da dentina, DENTINOGÊNESE IMPERFEITA. ATROFIA HEMIFACIAL PROGRESSIVA · Doença rara/ uma atrofia unilateral progressiva da face e pode afetar outras regiões do mesmo lado do corpo; · Causa desconhecida/ sugere-se: traumatismo, distúrbios do sistema nervoso periférico, infecções e alterações genéticas; · Surge tipicamente no início da vida adulta/ afeta tecidos moles e ossos, erupção retardada do lado afetado; · O curso da doença é de vários anos, porém pode ser notado eventualmente estabilização da doença sem nenhum tipo de tratamento; · Acompanha: epilepsia, nevralgia de trigêmeo e alterações no olho e no cabelo; HIPERTROFIA HEMIFACIAL · Distúrbio congênito raro; · Assimetria grosseira do corpo/ pode ser simples a qual envolve apenas partes ou complexa que envolve todo um lado do corpo; · 1 para 86000 paciente/ mulheres são mais afetadas; · Aumento hemifacial/ pode afetar tecido mole e osso; · Macroglossia e macrodontia unilateral/ mal oclusões; · Erupção prematura dos dentes. DISOSTOSE CRANIOFACIAL- SÍNDROME DE CROUZON · Malformações em ossos do crânio e face; · Hereditário autossômica dominante; · Sinostose precoce das suturas / frontal proeminente, hipoplasia da maxila, prognatismo mandibular, nariz em gancho e exoftalmia (cegueira); · Síndrome de PIERRE ROBIN, caracterizada por micrognatia, fenda patina e glossoptose, é considerada uma forma branda da disostose craniofacial. ACROCEFALOSSINDACTILIA - SÍNDROME DE APERT · No nascimento todas as suturas estão alteradas; · Cabeça em forma de torre; · Testa e olhos protuberante, nariz em bico e o palato elevado; · Fusão dos dedos (mão de meia – luva) das mãos e dos pés; · As unhas podem estar fundidas. DISOSTOSE MANDÍBULO-FACIAL (SÍNDROME DE TREACHER- COLLINS) · Hereditária autossômica dominante/penetrancia e expressividade variável; · Manifestações clínicas: hipoplasia dos ossos faciais (mandíbula e osso zigomático), macrodontia, palato alto (fenda), mal oclusão, fissura palpebral oblíqua para baixo, malformação de ouvido (surdez). DISPLASIA OCULO-AURICULO-VERTEBRAL - (SINDROME DE GOLDENHAR) · 1 a cada 100,000 a 160,000 nascidos vivos; · Herança autossomica dominante; · Crânio assimétrico, bossa frontal, implantação baixa dos cabelos, hipognatia, hipoplasia malar; · Dermóide epibulbar, apêndice ou fístulas auricular, microssomia hemifacial e anomalias vertebrais. DISOSTOSE CLEIDO-CRANIAL/ DOENÇA DE MARIE E SAINTON · Formação defeituosa de certos ossos (ombro e crânio); · Hereditária autossômica dominante/ igual frequência nos dois sexos; · Diminuição do terço médio da face, mal oclusão/ erupção retardada/ dentes supranumerários; · As clavículas são ausentes ou hipoplásicas, o que possibilita ao paciente aproximar os ombros. ARACNODACTILIA – SÍNDROME DE MARFAN · Autossômica dominante; · Crescimento exagerado dos ossos tubulares; · Crânio e face alongados e estreito; · Alterações cardiovasculares e oculares; · Palato ogival, úvula bifita, lesões císticas e má oclusão; · As mãos e dedos com “pernas de aranhas”. SÍNDROME DE PAPILON - LEFÉVRE · Doença rara que produz uma hiperqueratose palmo–plantar e severadestruição dos tecidos periodontais em dentes decíduos e permanentes; · 1 em cada 100.000 crianças; · Periodontite rapidamente progressiva; · Diminuição da mobilidade e quimiotaxia dos polimorfonucleares; · Diminuição da fagocitose dos monócitos; · A microflora e o processo inflamatório nos pacientes com SPL, são semelhantes aos pacientes com periodontite adulta severa. SÍNDROME DE CHEDIAK - HIGACHI · Doença autossômica recessiva; · Defeitos lisossomais que leva às anomalias das células sanguíneas e à disfunção de neutrófilos; · Susceptibilidade a infecção; · Morte prematura (frequentemente antes de 5 anos); · Periodontalmente: periodontite grave e uma rápida perda de inserção levando à exfoliação dos dentes. SÍNDROME DE DOWN · Trissomia autossômica hereditária do cromossomo 21; · Microcefalia que se torna mais visível com a idade; · Proeminência frontal; · Pálpebras oblíquas ; · A longevidade não é muito alta devido a infecções intercorrentes; · Tanto a dentição decídua como a permanente são afetados por uma inflamação rápida e grave em mais da metade dos pacientes. SÍNDROME DE EHLERS-DANLOS MANIFESTAÇÕES BUCAIS · As mucosas, a pele e os vasos sanguíneos são mais frágeis, portanto o processo de cicatrização é desfavorecido, pelo maior risco de hemorragias, persistência de inflamações; · Incidência de hiperplasias e início precoce de doenças periodontais; · Os dentes, ainda, podem ser malformados ou com grau de translucidez variável; · Podem ocorrer calcificações pulpares, perda precoce de dentes decíduos e até a perda precoce de dentes permanentes; · Mais comum de distúrbios do tecido conjuntivo herdados; · Genes codificadores ou modificadores de colágeno, fibrilina e/ou outras proteínas matriciais (por exemplo, a tenascina); · Distúrbios apresentam fenótipos similares com graus variados de expressão; · Hipermobilidade articular, hiperelasticidade cutânea, formação de equimoses, cicatrizes atróficas e hábito marfanoide; · Quase sempre não há contraindicação médica para o tratamento odontológico. NEUTROPENIA SEVERA - (neutropenia congênita - Síndrome de Kostmann e neutropenia cíclica) · A neutropenia consiste na redução da contagem de neutrófilos; · há aumento no risco e na gravidade de infecções causadas por bactérias e fungos.; · Os sintomas focais da infecção podem ser silenciosos, mas a febre surge durante as infecções mais sérias. · O diagnóstico é feito pela contagem com diferencial de leucócitos, mas a avaliação requer a identificação da causa; · A neutropenia cíclica é um distúrbio granulocitopoiético congênito raro, em geral transmitido de maneira autossômica dominante; · Neutropenia congênita grave (síndrome de Kostmann) consiste em distúrbio raro que ocorre esporadicamente nos EUA e caracteriza-se por interrupção da maturação mieloide no estádio pró-mielócito na medula óssea; MANIFESTAÇÕES BUCAIS · Doença periodontal/perda precoce de dentes decíduos, a perda de osso alveolar, a mobilidade dentária; · A estomatite, por exemplo, pode ser por espécies de Cândida, por herpes ou simplesmente um quadro de estomatite aftosa recorrente. EPIDERMÓLISE BOLHOSA · Hereditária é uma doença secundária a mutações de genes responsáveis pela formação de proteínas que permitem a coesão entre as diferentes camadas da pele; · É caracterizada pelo aparecimento de bolhas e lesões na pele e nas membranas mucosas espontaneamente ou como resposta a traumatismos mínimos; · Quatro grandes tipos: EB Simples (EBS), EB Juncional (EBJ), EB Distrófica (EBD) e Síndrome de Kindler. MANIFESTAÇÕES BUCAIS · Formação de bolhas na mucosa, variando a severidade das lesões conforme o subtipo; · A EBJ está particularmente associada a hipoplasia de esmalte; · A forma recessiva de EBD é a que apresenta lesões bucais mais significativas como: microstomia, anquiloglossia, obliteração vestibular e alterações teciduais com potencial maligno (carcinoma das células escamosas/ 2ª década de vida ); · A escovagem dentária diária leva frequentemente à formação de bolhas e úlceras nos lábios, gengivas e mucosas, causando dor e desconforto; · A perda de funcionalidade da mão também dificulta a realização de uma higiene oral adequada, aumentando o risco de desenvolvimento de cáries e doença periodontal severa, que pode levar a um edentulismo precoce da dentição decídua e permanente; · A dieta dos pacientes com EB constitui um fator importante no aumento do risco de cárie; · Flúor: suplementação diária de flúor para doentes que vivem em áreas geográficas onde a água não é fluoretada; · Clorohexidina a 0,12% é particularmente útil na prevenção da candidíase oral, propondo-se a sua utilização periódica (por exemplo, em esquema de 2x/dia durante 2 semanas, a cada 3 meses); · Suspensão de sucralfato (sulfato básico de alumínio e sacarose) tem demonstrado eficácia na redução de bolhas na cavidade oral e no desconforto causado pelas mesmas. SÍNDROME DE BEHÇET · Enfermidade rara / hereditária / autoimune; · Ulcerações (semelhantes a aftas vulgar) bucais e genitais associadas a lesões oftálmicas; · Secundariamente: lesões de pele, alterações de sistema nervoso, atralgias. SÍNDROME DE ALBRIGHT · Tipo de displasia fibrosa poliostótica grave, envolvendo quase todos os ossos; · Lesões pigmentadas de pele; · Distúrbios endócrinos - puberdade precoce. SÍNDROME DE REITER · Condições imunologicamente imediata / ligada HIV, ou após quadro de disenteria e/ou doença venérica; · Uretrite / conjuntivite / artrite; · 20% dos pacientes podem apresentar lesões de boca (pápulas e/ou ulcerações em mucosa jugal e língua). ANOMALIAS DENTÁRIAS E DO COMPLEXO MAXILOMANDIBULAR Anomalias, Distúrbios do desenvolvimento, Malformações · Hereditária: Fase de informação genética; · Congênita: Fase de formação intrauterina; · Adquirida: Fase de formação pós-natal. ETIPATOGENIA DAS ANOMALIAS CONGÊNITAS E ADQUIRIDAS · Infecções; · Traumatismo; · Variações nutricionais; · Temperatura; · Intoxicação. CLASSIFICAÇÃO · Alterações de forma · Alterações de número · Alterações de erupção ALTERAÇÕES DE FORMA · MACRODONTIA Hiperpituitarismo; hemihipertrofia facial; hereditariedade cruzada; macrodontia localizada; 2,7% de frequência na população; afeta mais dentes permanentes: IC, C e M. · MICRODONTIA Nanismo hipofisário; localizada; hereditariedade cruzada; 12% na população; IL superior, e 3ºM são os mais atingidos. · GEMINAÇÃO Aumento da distância mésio-distal; 1 canal alargado; incisivos e caninos decíduos; mais comum na dentição decídua; incisivos permanentes. · FUSÃO União pela dentina e/ ou esmalte; 2 canais; incisivos e caninos decíduos. · CONCRESCÊNCIA União de dentes pelo cemento; difícil diagnóstico; Comum na dentição permanente; Mais comum em molares. · DENS IN DENT (DENTE INVAGINADO) Dentes anteriores (cíngulo); A incidência de 6,5; mais comum em IL superiores permanentes/não se conhece relato na dentição decídua.; deformidade da coroa (conoidismo) e encurtamento da raiz. · HIPOPLASIA DE ESMALTE Esmalte na fase de formação (produção, deposição de matriz orgânica, mineralização e maturação): · Adquirida; · Congênita; · Hereditária. · HIPOPLASIA DE ESMALTE ADQUIRIDA · Locais: agente causal de longo tempo e/ou de grande intensidade · Infecções periapicais da dentição decídua; · Trauma direto / intrusão do dente decíduo. · Sistêmicas: · Hipovitaminose A e C; · Doenças exantemáticas: sarampo, varicela, rubéola e escarlatina; · Hipocalcemia: carência de vitamina D, disfunção da paratireoide, raquitismo; · Intoxicação: ex. fluorose dentária / forma leve e forma grave. FLUOROSE · Hipoplasia do esmalte causada pela ingestão excessiva de flúor no período de calcificação dos dentes; · Clinicamente: estrias esbranquiçadas em geral horizontais e translúcida / manchas opacas de esmalte, em dentes homólogos, até regiões amareladas ou acastanhadas em casos de alterações mais graves. ETIOPATOGENIA: · Toxicidade do flúor em altas doses: · Água de abastecimento; · Dentifrícios fluoretados, soluções de bochechos, géis e vernizessão fatores de risco em caso de deglutição (fontes sistêmicas de alta concentração); · Suplementação com flúor (pastilhas, tabletes e medicamentos) · Flúor ingerido na dieta; · Além da dosagem do flúor outros fatore interferem na severidade da doença: · Baixo peso corporal; · Crescimento esquelético; · Estado nutricional; · Atividade renal. “A fluorose dental torna-se um problema relevante de saúde pública, porque em suas formas moderada e severa provoca alterações funcionais estéticas que interferem na formação da personalidade, na inserção no mercado de trabalho”. HIPOPLASIA DE ESMALTE · CONGÊNITA · Dentes de Hutchinson / incisivos em forma de barril ou chave de fenda e molares em amora; · Sífilis/treponema pallidum invade o germe dentário; · tríade de Hutchinson / surdez, queratose intersticial e dentes comprometidos. · HEREDITÁRIA · Amelogênese imperfeita (2 tipos) · Hipoplasia do esmalte hereditária · Produz matriz orgânica reduzida / apresenta redução na espessura/coloração âmbar, lisa e brilhante. · Hipocalcificação do esmalte hereditária: · Matriz é normal; defeito na maturação e calcificação; coloração branco - opaco e superfície áspera. AMELOGÊNESE IMPERFEITA · Herança dominante, afeta tanto a dentição decídua como a permanente, atinge todos os dentes; · Canais amplos e rizogênese tardia; · Defeito na forma da coroa; · Radiopacidade única (dente = esmalte). DENTINOGÊNESE IMPERFEITA: (Alteração hereditária autossômica dominante, relativamente rara, pode estar associada ã osteogênese imperfeita) · Dentes decíduos e permanentes; · Coloração de cinza claro ou chumbo até marrom; · Dentina pouco resistente; · Esmalte normal, mais se destaca com facilidade; · Obliteração total ou parcial da câmara e dos canais radicares; · Contrição do terço cervical, coroa bulbosa e curta. ODONTODISPLASIA REGIONAL: (dentes - fantasmas) · Idiopática; · Relacionadas à várias síndromes, anormalidades de crescimento, alterações neurais e malformação vasculares; · Evolve tanto a dentição permanente como a decídua; · Esmalte e dentina delgados, envolvendo uma polpa aumentada; · As vezes não erupcionam e quando fazem, se infecciona rápido, devendo ser removido. DILACERAÇÃO · Ângulo ou curvatura brusca da raiz ou coroa; · Desvio na trajetória do longo eixo do dente; · Cervical, média ou apical. TAURODONTISMO · Hereditário; · Raízes curtas; · Aumento ocluso-apical da câmara pulpar. ALTERAÇÕES DE NÚMERO DISPLASIA ECTODERMA · Distúrbio hereditário/ mutação recessiva / · Anodontia total ou parcial; ausência de glândula sudorípara, sebácea e de pelos totais ou parcial; ANODONTIA · Total/ displasia ectodérmica / parcial (oligodontia ) /agenesia dental. DENTES SUPRANUMERÁRIOS · mésio-dens / quarto molar / mais comum na maxila. DENTIÇÃO PRÉ-DECÍDUA · Dentes natais / neonatais DENTIÇÃO PÓS PERMANENTE RAÍZES SUPRANUMERÁRIAS · Mais frequentes em molares permanentes (terceiros molares) canino inferior e pré molares. CÚSPIDES SUPRANUMERÁRIAS ALTERAÇÕES DE ERUPÇÃO · Dentes retidos/ impactados; · Dentes não erupcionados. OUTRAS ANOMALIAS DENTÁRIAS / ALTERAÇÕES PÓS ERUPTIVAS MÁ POSIÇÃO DENTÁRIA · Transposição dentária; erupção do dente fora do seu local habitual, mas dentro do arco dentário. Caninos e pré-molares superiores. Falta de espaço. · Transmigração dentária; deslocamento do dente em uma área anatômica fora do processo alveolar. VESTÍBULO-VERSÃO, LÍNGUO-VERSÃO OU PALATO-VERSÃO · Deslocamento do dente para vestibular, lingual ou palatino; sucção de dedo e chupeta; ausência de espaço para erupção. Doença periodontal avançada. GIROVERSÃO · Rotação do dente em torno do seu longo eixo, completa ou incompleta; · Excesso ou falta de espaço; · Pré molares inferiores. PERDA DA ESTRUTURA DENTÁRIA · Atrição - na incisal ou oclusal dos dentes/contatos funcionais / bruxismo; · Abrasão - desgaste mecânico por agente externo; · Erosão - processos químicos não bacterianos; · Abfração - perda do esmalte cervical, por esforço mastigatório / dentina vitrificada / comum em caninos e pré-molares (quando há a perda do 1º molar / lesão em forma de V ou pires. ANQUILOSE DENTÁRIA · União do denta ao osso alveolar; · Reabsorção parcial da raiz; · Causas: · Traumatismo oclusal; infecção pulpar; terapêutica endodôntica; inflamação periapcal. HIPERCEMENTOSE · Cemento celular na superfície radicular. LESÕES FUNDAMENTAIS DA MUCOSA BUCAL CONCEITO: Formam um verdadeiro alfabeto através do qual o clínico lê o que existe na superfície da mucosa ou da pele. Recebem denominações especiais, afim de que possam ser reconhecidas, entendidas, comparadas e diferenciadas. IMPORTÂNCIA DO TEMA: O diagnóstico presuntivo de muitas doenças é estabelecido através do conhecimento das suas manifestações clínicas fundamentais. CRITÉRIOS DE NOMECLATURA · Há uma variação muito grande entre os autores, alguns classificam segundo a morfologia e a dimensão, outros consideram a evolução, histologia e até a etiologia; · Ex: GRINSPAN - 50 tipos / BECHELI - 23 tipos / KERR - 15 tipos / TOMMASI - 9 tipos. LESÕES FUNDAMENTAIS DA MUCOSA BUCAL · MANCHAS OU MÁCULAS: Alteração da cor normal sem depressão ou elevação; · PLACAS: Lesões sólidas, ligeiramente elevadas no plano mucoso, contorno irregular; · VESÍCULA: Elevações circunscritas, contendo líquido, localizada no interior do epitélio ou justapostas a esse. Medindo até 3mm; · BOLHAS: Característica semelhante às vesículas, só que medem mais que 3mm; · PÚSTULAS: São vesículas que contem pus; · ATROFIAS: Áreas diminuídas de espessura da mucosa; · PÁPULAS: São elevações superficiais circunscritas, o tamanho é de até 5mm; · NÓDULOS: São lesões sólidas, circunscrita, de localização superficial ou profunda; · TUMOR: Usado para designar neoplasia, já diagnosticada; · EROSÕES OU EXULCERAÇÕES: Perda superficial de substância das camadas mais externas do epitélio; · ÚLCERAS OU ULCERAÇÕES: Constitui uma solução de descontinuidade do epitélio, deixando conjuntivo exposto; · PSEUDOMENBRANA: Falsa membrana, caracterizado por um exsudato fibrinoso, bactérias, leucócitos e produtos necróticos; · ESCARAS: São massas de tecido necrótico produzido por queimaduras ou corrosivos químicos; · FISSURAS: São fendas no tecido; · CROSTAS: São produtos secos, resultados de ressecamento de pus, sangue, fibrina, restos epiteliais, etc; · INDENTACÃO: São impressões ou marcas dos dentes na língua e/ou mucosa jugal; · FÍSTULA: Orifício elevado na superfície da mucosa ou pele, que dá saída a secreções purulentas; · HIPERPLASIA: Aumento do volume tecidual pelo aumento do número de células; · BOLSA PERIODONTAL: Aprofundamento patológico do sulco gengival. DETALHES SEMIOLÓGICOS A SEREM CONSIDERADOS Número, distribuição, forma, tamanho, cor, superfície, sensibilidade, consistência, implantação e deslizamento. LESÕES ULCERATIVAS E VÉSICO-BOLHOSAS · ÚLCERAS Úlcera benigna · Evolução rápida, involução rápida, dolorosa, pouco sangrante, rasa, forma arredondada, halo inflamatório, base não endurecida. Úlcera maligna · Evolução lenta, não involui, indolor inicialmente, sangra facilmente, rasa, destrutiva, forma variável, sem halo inflamatório, base endurecida. ÚLCERA TRAUMÁTICA · Traumatismo físico; · Substâncias químicas; · Retirada a causa cicatriza de 2 a 4 dias. AFTAS BUCAIS: (estomatite aftosa recorrente) · 80% das lesões bucais; · Aphtae (grego) usado por Hipócrates (460 a 370 a.C.) – significa úlcera; · Ulcera inflamatória benigna. Caracteriza-se por úlceras necrosantes na boca que persistem e reaparecem em diversos episódios ao longo da vida, podendo ser debilitantes e frequentemente motivos de ansiedade para os pacientes. PREVALÊNCIA 5% e 25% da população geral, · Primeiro episódio varia entre 10 e 30 anos e tipicamente há um decréscimo na freqüência e na severidade com o passar dos anos; · Sexo feminino (2:1) e classes sociais mais elevadas. Frequência Das Recorrências · Um a três meses (50%); · Mensalmente (30%); · Mais do que três meses (10%). ETIOPATOGENIA / CAUSAS“Agentes diferentes em pessoas diferentes. ” · Fatores genéticos; · Alterações imunológicas (antígeno endógeno / doença autoimune – antígeno exógeno /hipersensibilidades / alergias); · Alterações hormonais; · Trauma; · Estresse; · Alergia a certos alimentos; · Deficiências nutricionais (ferro, vitamina B12 e ácido fólico e vit. C); · Alterações hematológicas; · Agentes microbianos; · Suspensão do tabaco. ALERGIA A CERTOS ALIMENTOS Tomates, morangos, nozes, chocolate, glúten, mentolados, melão, agrião, abacaxi, refrigerantes, café, alimentos ácidos, queijos, condimentados ou embutidos. · A hipótese que mais prevalece é da teoria do complexo autoimune sendo a mais significativa e aceita hoje. Contudo, por não ter uma uniformidade dos seus efeitos na população, a etiologia ainda é desconhecida DIAGNÓSTICO História clínica e no exame físico (afastar certas doenças sistêmicas e outra doença cutaneomucosa); Exames hematológicos e sorológicos. · (Deficiências nos níveis de ferritina, ferro e vitamina B12. As mais comuns são a de ferritina e a de ferro, ocorrendo em 11% a 36% dos pacientes com UAR (Valores de hemoglobina e hematócrito se apresentam dentro da normalidade). Algumas vezes estados anêmicos são descobertos e o tratamento dos mesmos pode ajudar na resolução das úlceras. · Exame parasitológico de fezes (afastar parasitose intestinal); · Exame histopatológicos (o diagnóstico é duvidoso). DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL · Lúpus, as aftas costumam ser indolores e acompanhadas de lesões de pele e dores nas articulações, febre baixa e cansaço. · Doença de Behcet e doença autoimune, as aftas são múltiplas, recorrentes e acompanhadas de úlceras também nos órgãos genitais. Também é comum haver lesões nos olhos. · Doença celíaca e na doença de Crohn, as aftas vêm em conjunto com sintomas intestinais, como diarreia e sangue nas fezes. · Neutropenia, queda no número de neutrófilos também é causa de úlceras orais. Normalmente é visto em doentes em quimioterapia, mas pode ocorrer em qualquer doença ou medicamento que cause neutropenia. · Várias infecções podem causar úlceras orais semelhantes a aftas: · O vírus HIV pode causar úlceras orais em fases avançadas · Infecção pelo Coxsackie virus (herpangina), muito comum em crianças, pode cursar com dores de garganta, febre, pequenas úlceras orais e lesões nas palmas das mãos e plantas dos pés. · A sífilis, tanto a fase primária como a secundária podem cursar com úlceras orais. Normalmente são múltiplas e na fase secundária demoram a cicatrizar. · O herpes se apresenta como vesículas que podem virar pequenas úlceras após romperem-se. O aspecto não é muito parecido com afta, mas pode ser confundido por leigos. São duas doenças diferentes, com etiologias e tratamentos distintos. · Alguns cânceres da boca podem se apresentar como ulcerações, sendo inicialmente confundidos com aftas comuns. · Por isso, toda afta que demora a cicatrizar deve ser avaliada por um dentista, principalmente se o paciente for etilista e tabagista. ÚLCERAS AFTOSAS RECORRENTES Clinicamente, apresentam-se em três subtipos AFTA VULGAR: (afta de Mikulicz, afta menor) · Forma mais comum: 80% a 90%; · Únicas ou múltiplas de 1 a 5 lesões com diâmetro de 3 a 10mm; · Porção não ceratinizada da mucosa bucal; · Comum em mulheres; · Cura espontaneamente entre 7 e 14 dias, sem deixar cicatrizes; · Recorrência varia de 1 episódio ao ano ou até 2 ao mês. LOCAIS MAIS AFETADOS Mucosa labial, língua, assoalho bucal, palato mole, orofaringe PERIADENITE MUCOSA NECRÓTICA RECORRENTE: (afta maior, doença de sutton) · Forma mais agressiva da afta; · 10% a 15% das UAR; · Sintomatologia dolorosa bastante intensa crateriformes e profundas; · Podem se estender para mucosa ceratinizada; · Variam de 1 a 10 lesões com tamanho de 0,5 a 3 cm de diâmetro; · Persiste por 2 a 6 semanas; · As vezes observa-se notável fibrose cicatricial; · Causa disfasia; · Frequente em pacientes com HIV. AFTAS HERPETIFORME: (ulceração aftosa herpetiforme) · Menos comum - 5% a 10%; · Ulcerações raras e múltiplas, de 10 até 100 lesões, podem confluir; · 1 a 3mm de diâmetro; · Ocorrem em qualquer região da mucosa bucal; · Maior frequência em pacientes idosos + 60 anos. · Lembra as lesões herpéticas, mas não foi isolado nenhum tipo de vírus; TRATAMENTO · Orientações-profilaxia; · Terapêutica visa apenas o controle da doença e não a sua cura; · Medidas gerais como boa higiene bucal, troca de escova dental por uma mais macia ou com cabeça menor para diminuir a possibilidade de trauma; · Evitar comidas alergênicas como nozes, queijo e chocolate; · Reconhecer as causas de estresse psicológico; · Terapia de reposição de vitaminas e minerais são medidas simples e úteis para o paciente. Um ponto crucial é esclarecer ao paciente que o tratamento é paliativo e empírico, pois pela ausência do conhecimento da etiopatogenia, o efeito curativo é restringido, tendo como desafio terapêutico, o controle dos sintomas e a redução da frequência dos episódios. OBJETIVOS PRINCIPAIS: Resolução da úlcera, redução da duração, alívio da dor, diminuição das recorrências. · Depende da severidade e frequência em que se apresentam as lesões devem conduzir a escolha da terapêutica a ser utilizada; · Úlceras aftosas maiores e herpetiformes por serem quadros severos; · Doenças sistêmicas como a AIDS, doença de Crohn, síndrome de Reiter, Behçet e anemias, nestes casos torna-se necessário um tratamento multiprofissional; · Onde caberá ao cirurgião dentista realizar os cuidados com as alterações bucais e contribuir no diagnóstico precoce da doença. TERAPIA TÓPICA Em geral, agentes tópicos são preferíveis de certa forma, pela segurança em relação aos efeitos colaterais serem praticamente ausentes pela quantidade administrada e por apresentarem pequena possibilidade de interação medicamentosa, apesar de ser questionada a sua efetividade em relação ao uso de medicação sistêmica. TRATAMENTO CORTICOIDE TERAPIA TÓPICA; · Acetonido de triancinolona a 0,05% (Oncilon- A - orabase®); · Propianato de clobetasol – 0,05% - gel; · Dexametasona – 0,01% - elixir; · Dipropianato de beclometasona – aerrosol / spray: · Limpar o leito da afta com soro fisiológico e aplicar o seguinte gel 5 vezes ao dia; · Betametasona 0,1%; · Ácido acetilsalicílico 2,0%; · Gel de hidroxipropilcelulose 50g. No caso de medicações tópicas potentes, pode-se associar à composição do fármaco algum agente antifúngico, como a nistatina, uma vez que o uso de corticosteroides tópicos por tempo prolongado, pode provocar o supercrescimento da cândida albicans na boca. · CORTICOIDE TERAPIA SISTÊMICA Aftas maiores e aftas herpetiformes: Prednisona (Meticorten) 40mg ou 20 mg – 1 comp. pela manhã durante 1 semana, seguido ½ dose inicial por mais 1 semana. · Analgésicos; · Antissépticos; · Albocresil / Embeber um cotonete e pincelar nas lesões durante 1 min 2 a 3 vezes ao dia; · Solução de clorexidina a 0,2% ou gel a 1%; · Solução de clorexidina (manipulação) / Embeber um cotonete e pincelar nas lesões durante 1 min 2 a 3 vezes ao dia; Lidocaína__________________________ 2% Digluconato de clorexidina 0,12%_______ 0,5% Solução viscosa de anis q.s.p.__________ 50ml · Suspensão vasa / Embeber um cotonete e pincelar nas lesões durante 1 min 2 a 3 vezes ao dia Violeta genciana 1%_________________ 0,3g Anestesina_________________________ 1,5g Sacarina___________________________ 0.05g Agua destilada q.s.p.__________________ 30ml · Bismu – Jet/solução (antibiótico + antisséptico + anestésico); · Hexomedine / antisséptico e anestésico – aerossol. ANALGÉSICOS TÓPICOS / ANESTÉSICOS TÓPICOS O cloridrato de benzidamina ou gel de lidocaína podem ser agentes anestésicos que promovem uma analgesia local. É utilizado principalmente antes das refeições, para diminuir a sensação dolorosa. DROGAS CÁUSTICAS · Ácidos tricloroacético à 33%; · Nitrato de prata; · Cloreto de zinco a 20% (Aftagil®); · Fenol. Talidomida: É considerado o fármaco mais efetivo no tratamento das úlceras aftosas recorrentes (UAR). Este medicamentoé um sedativo hipnótico, ação anti-inflamatória, supressor da resposta imunológica. ANTIBIÓTICOS LOCAIS · Tetraciclina em solução aquosa, (dissolvendo 250mg em 5ml de água morna, realizando bochechos, durante 21 dias). MEDICAÇÕES FITOTERÁPICAS · Soluções de própolis, um antibiótico natural, que tem mostrado aceleração na cicatrização; · Planta Uncaria Tomentosa (vulgarmente conhecida como unha de gato); · Camomila – antibacteriano com auxílio na cicatrização · Kamilisan– spray e pomada. TERAPIA COM LASER Laser de baixa intensidade; estaciona seu ciclo inicial; recuperação mais rápida; menos dolorosa. IMUNORREGULADORES · Levamizole (Ascaridil) 50mg causa leucopenia (pedir hemograma); Tomar 1 comp. de 8 em 8 horas durante 2 dias (3 comprimidos por dia) suspender 1 semana. Depois de uma semana o mesmo esquema e suspender por 2 meses (60 dias), repetir o esquema se houver necessidade. · Leucogem (Timomodulina /imorregulador) 1 medida, 2 vezes ao dia (após o almoço e após o jantar) por 30 dias. Repetir a operação novamente após 6 meses por mais 30 dias. · Vitaminas / 1 comp. de cada vitamina por dia no mínimo 60 dias · Vitamina B (complexo B) · Vitamina C (CEWIN); · Vitamina D (Importada / difícil no mercado); · Vitamina E (VITA E). CONSIDERAÇÕES FINAIS Uma vez que a etiopatogenia das aftas é multifatorial, torna-se necessário que o cirurgião dentista realize um adequado exame clínico do paciente, e seja crítico diante desta gama de terapias, para que assim possa prescrever um medicamento que se adéque a real condição do paciente amenizando o quadro clínico das lesões. AFTAS RECORRENTES BUCAIS, UMA NOVA OPÇÃO DE TRATAMENTO Tratamento · Corticoide terapia sistêmica Prednisona (Meticorten) 20 mg – 2 comprimidos pela manhã, durante 1 semana, seguido 1comp (½ dose inicial) por mais 1 semana. SÍNDROME DE BECHET · Hereditária; · Inflamação ocular crônica; · Ulcerações aftosas, orogenitais e cutânea; · Artrite; · Comum no Japão, Turquia, países do Leste mediterrâneo. QUEILITE ANGULAR · Carência vitamínica / principalmente B; · Perda da dimensão vertical; · Agravante: Infecções fúngicas e bacterianas. GENGIVO ESTOMATITE HERPÉTICA Primária Recorrente GENGIVO ESTOMATITE HÉRPETICA AGUDA PRIMÁRIA · Primo: infecção ao vírus HVS tipo I; · Comum em crianças em torno de 2 anos; · Incubação de 3 a 9 dias; Tempo entre o contato com o vírus e as manifestações. · Alterações sistêmicas; sialorréia, febre, taquicardíaca, linfo adenopatia, dor, febre · Alterações locais; · Não promove imunidade absoluta; · Cura espontaneamente em 2 semanas; DIAGNÓSTICO: citologia / sorologia / quadro clínico; Complicação. TRATAMENTO PALIATIVO: Dieta liquefeita e fria/hiperproteica, antisséptico / VASA – clorexidiana, analgésico, antipirético, antibiótico (só se a febre persistir) / Infecção secundária. OBS: Os corticoides não devem ser usados, eles disseminam a infecção HERPES SIMPLES RECORRENTE · Local mais comum - no lábio no limite cutâneo – mucoso; · Vesículas que se rompem e formam úlceras rasas e crosta; · Cicatriza dento de 7 a 14 dias; · Diagnóstico: citologia, sorologia, cultura. FATORES DESENCADEANTES: · Imunossupressão; · Estados febris; · Distúrbios gastrointestinais; · Alergias; · Infecções respiratórias; · Menstruação; · Tensão emocional (estresse); · Trauma local; · Luz solar; · Enfermidades debilitantes; · Intervenção no nervo trigêmeo; TRATAMENTO · Antivirais; · Aciclovir (Zovirax); · Idoxiuridina ( Idu). Casos graves / medicação sistêmica / Acicloveir (Zovirax) –200mg ou 400mg por dia · Imunoreguladores · Levamizole (ascaridil) · Leucogen HERPES ZOSTER · VZV - vírus varicela Zoster · Transmissão pela saliva e contato direto · Primo infecção - varicela (catapora) / latência em gânglio sensitivo (neurotrópico) · Comum em adultos velhos; · Segue a ramificação do nervo sensitivo / unilateral, quase sempre; · Incubação - 7 a 14 dias; · Cicatrização de 8 a 15 dias; · Confere imunidade absoluta. ETIOPATOGENIA: · Predisposição do indivíduo (reativação do vírus varicela zoster é rara) · Imunossupressão: neoplasias malignas, administração de drogas e cirurgias debilitantes. · Incubação- 7 a 14 dias SINTOMAS: Febre, mal-estar geral, cefaleia, dor e parestesia TRATAMENTO · Analgésicos fortes; · Aciclovir tópico e sistêmicos (até 800mg diárias). GENGIVO ESTOMATITE ÚLCERO NECROSANTE AGUDA - GUNA · Fatores locais: bacteria comumente encontrada associação fuso – espiroquetal (proventella intermedia e fusobacterium nucleatum) · Fatores predisponentes: imunossupressão (emocional estresse), higiene oral deficiente e má nutrição; · Aspectos clínicos; TRATAMENTO: · Limpeza profissional (24 ou 48 horas); · Bochechos de clorexidina 0,12%; · Antibiótico – só se houver sintomas gerais como febre, linfoadenopatia, taquicardia, mal-estar geral, falta de apetite; · Amoxicilina 500mg + metronidazol 250mg / de 8 em 8 horas durante 5 ou 7 dias; · Clindamicina 300mg (Dalacin C) / 1 cápsula de 6 em 6 horas durante 5 a 7 dias; · Amoxicilina, 500mg + clavulanato de potássio 125mg (Clavuluim) – 1 comprimido de 8/8 horas durante 5 a 7 dias. PÊNFIGO VULGAR · Manifestações cutânea e bucais; · Não tem prevalência por nenhum sexo e pode aparecer em qualquer idade; · Enfermidade autoimune; · Vesículas e bolhas que ao se romperem; formam lesões irregulares; · Sinal de Nickolsky positivo. DIAGNÓSTICO: histológico e imunofluorência direta (IgG, IgM, C3) PENFIGÓIDE BENIGNO DAS MUCOSAS: (PENFIGÓIDE CICATRICIAL) · Auto - anticorpos contra a camada basal, bolha sub epitelial; · Mucosa: oral, conjuntiva ocular, nasal, esofágica, laríngea e vaginal. Na pele é raro; · Adultos idosos / + em mulheres; · Sinal de Nikolsky positivo; DIAGNÓSTICO: histológico, imunofluorecência direta IgG e C3; ERITEMA MULTIFORME · Reação de hipersensibilidade do setor vascular; · Agentes desencadeantes / antibióticos, analgésico, barbitúricos e sulfamidas; · Máculas e pápulas intensamente eritematosa; · Vesículas e bolhas que se rompem deixando uma úlcera irregular com um halo eritematoso; FATORES PREDISPONENTES: Infecções por Herpes Simples e Micoplasma peneumonie. TRATAMENTO: · Corticoides sistêmicos e locais; · Tratamento igual para queimaduras; · Quando ativado pelo HSV / antiviral sistêmico 400 e 600mg. LESÕES BRANCAS LESÕES CERATÓTICAS · Leucoplasia; · Hiperceratose ou ceratose irritativa; · Ceratose actínica (queilite actínica); · Líquem plano; · Lingua pilosa; · Estomatite ou palatite nicotínica; · Psoríase; · Nevo branco esponjoso; · Lúpus eritematoso crônico discoide. LEUCOPLASIA -Placas ou manchas esbranquiçadas; -Irremissíveis por raspagem; -Assintomática, homens, 60 anos; -Aspectos – homogênea a mosqueada; -Fator local – tabaco, álcool, radiação ultravioleta, -Microrganismo – treponema pallidum, cândida albicans, HPV. - Hipovitaminose; Mais comum das lesões brancas; · Grau I – uperficiais, bem delimitada, lisa, homogênea e flácida; · Grau II – elevada, superfície rugosa, consistente à palpação; · Grau III – superfície dura e sulcada, puntiforme ou elevada; CERATOSE ACTÍNICA · Vermelhão de lábio inferior; Comum em pessoas de pele clara; · Placas esbranquiçadas que sofrem processo inflamatório agudo secundário; · Grande potencial maligno; LÍQUEN PLANO · Doença autoimune mucocutânea; fatores desencadeantes: tensão nervosa e medicamento; · Formas erosivas ou ulcerativa, reticular e bolhosa; · Na boca comum em mucosa jugal, dorso e borda de língua; · Na pele - lesões papulares avermelhadas ou brancas com estrias delicadas, que podem apresentar uma depressão central; · Na boca - rendilhado/ estrias delicadas/ ulcerações; · Baixo potencial maligno; · Proservação do paciente; HIPERCERATOSE OU CERATOSE IRRITATIVA PALATITE NICOTÍNICA · Estomatite nicotínica; · Áreas brancas superficiais, onde observa-se pontos avermelhados (orifícios das glândulas salivares inflamados). · Calor de combustão do tabaco; · Diagnóstico é clínico; · Tratamento - remoção da causa PSORÍASE · Doença autoimune cutaneomucosa; · Possibilidadede uma herança · pápulas secas isoladas e coalescentes, irregulares, cobertas por fina escamas esbranquiçadas, semelhante a raspa de vela, removida deixa pontos sangrantes ( sinal Auspitz); · terceira década da vida; NEVO BRANCO ESPONJOSO · Doença hereditária autossomica dominante / acomete desde o nascimento; · comum em leucoderma, sexo masculino e mucosa jugal; · rara, a maior casuística é no Brasil; · lesão branca elevada, confere um aspecto esponjoso e descama superficialmente; · raro e não tem necessidade de tratamento; LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO · Doença auto imune crônica; · Atinge vários órgãos e sistemas, pode acompanhar o eritema de face; · mais frequente nas mulheres,raça negra; · O LES afeta principalmente: · As articulações; pele; as células e os vasos sanguíneos; as membranas serosas (pericárdio e pleura); os rins; o Sistema Nervoso. Os sinais e sintomas do LES incluem: · Febre, manchas na pele, vermelhidão no nariz e na zona malar (maçãs do rosto), formando uma imagem semelhante às asas de uma borboleta, fotossensibilidade, pequenas feridas na boca e no nariz (aftose); dor nas articulações; fadiga / cansaço / mal-estar; dificuldade em respirar, palpitações; tosse seca; cefaleias; convulsões; depressão, ansiedade; alterações nas células do sangue. LUPUS ERITEMATOSO CRÔNICO DISCÓIDE OU CUTÂNEO · Manifesta apenas com manchas na pele (geralmente avermelhadas ou eritematosas, daí o nome Lúpus Eritematoso), principalmente nas áreas que ficam mais facilmente expostas à luz solar (rosto, orelhas, decote e nos braços); LUPO ERITEMATOSO CRÔNICO DISCÓIDE · Na pele: região zigomática e nasal (asa de borboleta), placas ceratóticas brancas que descamam; · Na boca: 20 a 25% dos casos /mucosa jugal – lesões liquenóides ou leucoplasia / lábio – queilite esfoliativa. · Ardor, dor e xerostomia; LESÕES NÃO CERATÓTICAS · Candidíase · Necrose · Matéria Alba · Queimaduras · Cicatrizes LESÕES PIGMENTADAS · PIGMENTOS ENDÓGENO · Melanina, hemoglobina, hemossiderina, bilirrubina, ferro orgânico e lipocromos. · PIGMENTOS EXÓGENO · Microorganismos cromófilos, metais pesados (chumbo, prata, bismuto, mercúrio, ouro e arsênico). LESÕES PIGMENTADA (com melanina) MELANOSE FISIOLÓGICA · Pontos e zonas de melanose (Pigmentação melânica racial) · Sardas / Efélides · Melanose da gravidez (cloasma) MELANOSE PATOGÊNICA · Nevo pigmentado · Nevo azul · Doença de Addison · Síndrome de Peutz - Jehers · Melanoma maligno NEVO PIGMENTADO · Nevo ou nevus · Má formação do desenvolvimento / hereditária / mucocutânea · Comum em pele, mais raro em mucosa · Aumento do pimento em células névicas; · Nevo intradérmico, nevo juncional (potencial de transformação maligna), nevo composto; · Mais comum em mulheres; · Recomenda-se a remoção cirúrgica; NEVO AZUL · Lesão lenticular de cor azul enegrecida; · Eleva a superfície cutânea ou mucosa; · Consistente à palpação; · Mais comum na pele e raro na boca; · Potencial malignização; · Deve se fazer remoção cirúrgica; DOENÇA DE ADDISON · Hipofunção da glândula adrenal (córtex) / diminuindo o hormônio adrenocorticóide ACTH / aumento MSH, hormônio melanócito estimulante (hipófise); · Tuberculose, amiloidose, infecções parasitárias da glândula; · Aumento da pigmentação difusa em pele e mucosa (regiões de dobras,gengiva, lábio, lingua, mucosa jugal e palato) · Astenia progressiva · Fraqueza, perda de peso, náusea, vômitos e hipotensão; SÍNDROME DE PEUTZ - JEGHERS · Doença hereditária, dominante ligada ao sexo; · Manchas melanóticas na pele e na mucosa bucal; · Pólipos adenomatosos intestinais, com potencial de transformação maligna; · Diagnóstico de 10 aos 30 anos; · Não tem tratamento específico. LESÕES PIGMENTADA (sem melanina) ALTERAÇÕES VASCULARES · Varizes bucais · Hemangioma · Síndrome de Sturge - Weber ALTERAÇÕES EXTRAVASCULARES · Petéquias · Hematomas · Equimoses HEMANGIOMA · Proliferação de vasos sangüíneos; · Predominância na mucosa jugal e língua; · hemangioma capilar (nevo flâmeo) / mancha azulada, plana ou nodular, superfície lisa, circunscrita ou difusa, de tamanho variável; · hemangioma cavernoso, podendo ser intra- ósseo; SÍNDROME DE STURGE - WEBER · Hemangioma capilar em face e intracerebral; · Convulsões; · Calcificação das meninges; · Alterações oculares · Retardo mental PRESENÇA DE CORPOS ESTRANHOS · Tatuagem de amalgama · Intoxicações por metais pesados (hidragismo, saturnismo, bismutismo) TATUAGEM DE AMÁLGAMA · Mancha negra - azulada de tamanho e intensidade variável; · Assintomática, entidade comum; · Diagnóstico radiográfico; · Tratamento apenas por fator estético ou psíquico; PIGMENTAÇÃO POR METAIS PESADOS · Hidrarginismo(mercúrio); · Saturnismo ou plumbismo(chumbo); · Arginismo (sais de prata); · Bismutismo. NÃO CLASSIFICADOS · Mancha negra dentária; · Cálculo dentário; · Lingua pilosa negra; · Carotenemia; · Icterícia. MANCHAS NEGRAS DENTÁRIAS · Hábitos de fumar; · Hemoglobina depois de hemorragias gengivais crônicas; · Medicamentos contendo complexo ferroso; · Presença de bactérias cromogênicas na flora bucal; · Removido com raspagem e polimento coronário; LÍNGUA PILOSA · Impregnação na língua de pigmentos exógeno dos alimentos, medicamentos e cigarro; · Aumento das papilas filiformes: desidratação local, má higiene bucal e xerostomia da idade avançada ou por medicamentos; · Comum em mulheres brancas, idade avançada. ICTERÍCIA · Bilirrubina no soro em excesso: hepatite, obstrução do colédoco, alterações degenerativas do fígado; · Coloração amarelada de diversas tonalidade. PROCESSOS PROLIFERATIVOS NÃO NEOPLÁSICOS (PPNN) · Tecido de origem com o mesmo ou maior número de células +componentes inflamatório (ligada sempre a um estimulo irritativo); Neoplasia Benigna · Células iguais ao tecido de origem, mais o número extremamente maior, com ou sem componente inflamatório (crescimento autônomo); Neoplasia Maligna · Células diferentes das do tecido de origem, em intensa proliferação e diferenciação, com ou sem componente inflamatório (crescimento autônomo); PPNN · Lesões de maior ocorrência na mucosa bucal; · Evolução lenta, assintomático; · Implantação séssil ou pediculado; · Limites nítidos, superfície lisa ou rugosa; · Coloração rosa/pálido a vermelho vivo; · Palpação consistente ou ligeiramente flácida; HIPERPLASIA GENGIVAL · Fibromatose Gengival Irritativa · Irritação crônica ocasionadas por má higene bucal + fatores retentores de placa; · Fibromatose gengival herditária · Primeiros cinco anos de vida, históra familiar, pode acompanhar deficiência mental, autossômica dominante; · Fibromatose gengival anatómica ou idiopática · Hereditária, crescimento na tuberosidade; · Pode interferir na fonação e mastigação; · Fibromatose gengival medicamentosa (dilantínica) · 10% a 30% dos pacientes que fazem uso de derivados da difenil-hidantoína sódica (anticonvulsivante), fenitoína (Hidantal e Dilantil) por tempo prolongado; · Outros medicamentos: fenobarbital /Gardenal (anticonvulcivante); nifidipina / Adalat (antihipertensivo) e ciclosporina (Imunossupresssor); HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA Hiperplasia fibrosa inflamatória focal · Lesão nodular séssil; · Raramente ultrapassa 1cm de diâmetro; · Palpação: consistente ou flácida; · Mucosa jugal lábio inferior e língua; · Etiologia traumática; Hiperplasia fibrosa inflamatória de em fundo de sulco vestibular · Irritação por prótese, · Localizada no sulco vestibular, mucosa labial ou jugal; · Aspecto pregueado, base séssil; · Tamanho, consistência e coloração variáveis; · Histológico: hiperplasia fibrosa infamatória; Hiperplasia fibrosa inflamatória em palato · Palato duro; · Câmara de sucção em prótese total; · Aumento volumétrico de forma variável, globoso ou papilar; · Indolor; · Rosa-pálido ou hiperêmico Hiperplasia papilar palatina · Proeminências sésseis no palato; · 1 a 4 mm de diâmetro; · Arredondadas, superfície lisa, avermelhadas ou rosa - pálido; · Prótese total inadequada Lábio duplo · Malformação do lábio, normalmente o superior; · 2% da população; · Limite entre semi-mucosae mucosa labial; · Evidência quando o paciente sorri ou abre a boca; Granuloma piogênico · Aumento nodular; · Gengiva (75%), lábio, língua, mucosa jugal; · Crescimento exofítico indolor, · Consistência mole; · Geralmente pediculado; · Vermelho - vivo a arroxeado; · Ligado a fatores locais e hormonais (diabetes, adolecentes e grávidas / granuloma gravídico); Lesão de células gigantes periféricas · Nodular, indolor, roxo - avermelhado; · Exclusivamente gengival (mucosa alveolar de desdentado); · Evolução rápida e história de trauma; · 2 cm ou mais; · Dentado: arredondado, base pediculada; · Desdentado: mais arredondada, base séssil; · Reabsorção óssea em forma de taça, · Tratamento cirurgico / 10% de recidiva · DD- Tumor marrom osteoclástico de hiperparatireóidismo; Pólipo · Pólipo sinusal; · Pólipo pulpar; Neuroma de Amputação · Etiologia traumática / hiperplasia das fibras nervosas e tecidos de suportes; · Tentativa de regeneração de um nervo através de um nódulo móvel e doloroso; · Forame mentoniano, lábio, língua e intra - ósseo; NEOPLASIAS BENIGNAS DOS TECIDOS MOLES · Crescimento lento e expansivo; · Assintomático; · Móvel à palpação; · Radiograficamente - limites bem definidos nas margens; · Persistência da cortical óssea; · Modificam as posições dos dentes; · Não produz metástase; Neoplasia benigna · Crescimento independente da coordenação do tecido; · Não regride após a remoção do estímulo, envolta por uma cápsula fibrosa; Processo proliferativo · Estímulo traumático ou inflamatório Anomalia do desenvolvimento / Malformação / hamartoma; ORIGEM EPITELIAL · Papiloma; · Ceratoacantoma; Origem tecido conjuntivo · Fibroma, lipoma, hemangioma, linfagioma e mixoma Origem no tecido muscular · Leiomioma · rhabdomioma Origem tecido nervoso · neurilenoma ( shwannoma) · Neurofibroma PAPILOMA HPV - vírus papiloma humano · Origem epitelial, proliferação benigna do epitélio escamoso; · Possivelmente induzido pelo papiloma vírus humano (HPV) / HPV6 e HPV11 subtipos orais; · A transmissão é desconhecida (taxa de virulência é baixa); · Constitui 3% das lesões orais / 4 entre 1000 adultos; · Aparece em qualquer idade / 30 a 50 anos é mais acometida, mesma freqüência entre os sexos; PAPILOMA · Mucosa jugal, palato, lábios e língua; · Exofítica, superfície irregular ou rugosa (digitiforme); aspecto de couve flor, base pediculada; · Geralmente único, solitários, tamanho até 0,5cm; · Quando múltiplo fazer diagnóstico diferencial com verruga vulgar; · D.D. também com condiloma acuminado; Verruga vulgar · HPV2, HPV4, HPV40 · É contagiosa / não é muito comum em boca, mas extremamente comum em pele. · Comum em crianças, pessoas de meia idade / freqüência nas mãos e na boca: lábio e parte anterior da língua; · Pápulas e/ou nódulos, projeções papulares com superfície verrugosa de coloração amarelada ou branca · As lesões são múltiplas e o aglomerado é comum · Tratamento: cirúrgico / eletrocir. Ou crioterapia · Tópico - ceratolítico · 2/3 desaparecem espontaneamente em 2 anos; CONDILONA ACUMINADO · HPV6, HPV11, HPV16, HPV18 · Doença venérea transmissível, 20% das DST (região anogenital); · Rósea, exofítico, firme à palpação, superfície moriforme; · São maiores que o papiloma, múltiplos e aglutinados; QUERATOACANTOMA · Regiões expostas da pele como: bochecha, nariz e lábio (semimucosa); · Raramente atinge mais que 2 cm; · Desenvolvimento rápido; · Lesão elevada, crateriforme, possui na sua porção central mais deprimida massas de ceratina; · Dor local e linfoadenopatia regional; · Tratamento cirúrgico + proservação; · Pode regredir espontaneamente. FIBROMA · Origem conjuntivo; · Massa tumoral arredondada, de evolução lenta e indolor; · Base séssil, consistente à palpação, superfície lisa e cor rosa - pálido; · Fibromas periféricos de localização gengival, (fibroma ossificante periférico); LIPOMA · Origem no tecido conjuntivo adiposo; · Raro na boca / mucosa labial, mucosa jugal, língua e assoalho da boca; · Evolução lenta, indolor, flácido à palpação, superfície lisa, tamanho variável e arredondado; · Não imersão da peça cirúrgica quando colocada na solução fixadora (formol-10%); · Diagnóstico diferencial cistocercose. MIXOMA - mucinose bucal focal · Origem tecido conjuntivo mixomatoso frouxo; · Evolução lenta; indolor e raro na boca, · Coloração rosa - pálido, superfície lisa e flácida à palpação; · Tratamento cirúrgico, recidiva comum por não ser encapsulado; LEIOMIOMA E RABDOMIOMA · Origem tecido muscular liso e estriado esquelético · Nódulo firme, evolução lenta; indolor e raro na boca, · Tratamento cirúrgico, recidiva rara; HEMANGIOMA · Anomalia do desenvolvimento / malformação - hamartoma; · Proliferação de vasos sangüíneos; · Na boca - predomínio na mucosa jugal e na língua; · 1,1 a 2,6% dos neonatos; · 1/4 a 1/3 localiza na região de cabeça e pescoço; HEMANGIOMA CAPILAR · Mais comum · Sexo feminino · Vermelho a roxo / aparece no nascimento e pode involuir HEMANGIOMA CARVENOSO · Intra ósseo · Grandes vasos · Não regride HEMANGIOMA ARTEROVENOSO · Malformação arteriovenosa. HEMANGIOMA CAPILAR · Na face - (nevo flámeo) - síndrome de Sturge - Weber · hemangioma de face e crânio · Alterações oculares · Convulsões e retardo mental · Calcificação das meninges LINFANGIOMA · Proliferação de vasos linfáticos; · Língua, mucosa jugal; · Massa múltiplas, excrescências moles e assintomáticas, que quando superficiais, apresentam translúcidas; · maglossomia linfomatosa; · hemangiolinfagioma; NEURILENOMA schwannoma · Origem na bainha Schwann de nervos; · Raro, quando na boca + na língua; · Adultos jovens / bem encapsulado · Ocorre do lado do nervo / assintomático; · Varia de tamanho de alguns cm para vários; · Tratamento cirúrgico / recidiva raro NEUROFIBROMA · Origem na bainha mielínica de nervos; · Massas nodulares profundas ou superficiais circunscritas; · Língua, lábio, palato e bochecha; · Crescimento lento e indolores, de superfície lisa e móvel à palpação; · neurofibromatose múltipla (doença de Von Recklinghausen); DOENÇA DE VON RECKLINGHAUSEN · neurofibromatose múltipla na pele; · Manchas cutâneas, planas de cor; pardacenta (manchas café com leite); · Anomalias esqueléticas e alterações oculares; · Síndrome de caracter hereditário dominante; PROCESSOS PROLIFERATIVOS NÃO NEOPLÁSICOS (PPNN) Tecido de origem com o mesmo ou maior número de células + componentes inflamatórios (ligada sempre a um estimulo irritativo); NEOPLASIA BENIGNA Células iguais ao tecido de origem, mais o número extremamente maior, com ou sem componente inflamatório (crescimento autônomo); NEOPLASIA MALIGNA Células diferentes das do tecido de origem, em intensa proliferação e diferenciação, com ou sem componente inflamatório (crescimento autônomo); → PPNN · Lesões de maior ocorrência na mucosa bucal; · Evolução lenta, assintomático; · Implantação séssil ou pediculado; · Limites nítidos, superfície lisa ou rugosa; · coloração rosa/pálido a vermelho vivo; · palpação consistente ou ligeiramente flácida; HIPERPLASIA GENGIVAL · Fibromatose Gengival Irritativa · Irritação crônica ocasionadas por má higene bucal + fatores retentores de placa; · Fibromatose gengival herditária · primeiros cinco anos de vida, história familiar, pode acompanhar deficiência mental, autossômica dominante; · Fibromatose gengival anatómica ou idiopática · hereditária, crescimento na tuberosidade; · pode interferir na fonação e mastigação; · Fibromatose gengival medicamentosa (dilantínica) · 10% a 30% dos pacientes que fazem uso de derivados da difenil-hidantoína sódica (anticonvulsivante ),fenitoína (Hidantal e Dilantil) por tempo prolongado; · Outros medicamentos: fenobarbital /Gardenal (anticonvulcivante); nifidipina / Adalat ( antihipertensivo) e ciclosporina (Imunossupresssor); HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA · Hiperplasia fibrosa inflamatória focal · lesão nodular séssil; · raramente ultrapassa 1cm de diâmetro; · palpação: consistente ou flácida; · mucosa jugal lábio inferior e língua; · etiologia traumática; · Hiperplasia fibrosa inflamatória
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