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180 QUESTÕES DE PROVAS DISCURSIVAS PARA TREINAMENTO - DEMONSTRATIVO

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PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – 
ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO 
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SUMÁRIO 
SOBRE O AUTOR .................................................................................................. 3 
APRESENTEÇÃO DO TRABALHO ...................................................................... 4 
TÉCNICAS BÁSICAS PARA UMA BOA DISSERTAÇÃO – ............................... 6 
DICAS DO PROFESSOR EDUARDO GONÇALVES .......................................... 6 
FOLHA DE RESPOSTA ......................................................................................... 7 
DIREITO CONSTITUCIONAL ................................................................................ 9 
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................... Erro! Indicador não definido. 
DIREITO CIVIL .............................................................. Erro! Indicador não definido. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ................................... Erro! Indicador não definido. 
DIREITO PENAL ........................................................... Erro! Indicador não definido. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL ................................ Erro! Indicador não definido. 
EXECUÇÃO PENAL E LEGISLAÇÃO PENAL E PROCESSUAL PENAL 
ESPECIAL ..................................................................... Erro! Indicador não definido. 
DIREITO TRIBUTÁRIO ................................................ Erro! Indicador não definido. 
DIREITO EMPRESARIAL ............................................ Erro! Indicador não definido. 
DIREITOS HUMANOS/INTERNACIONAL .................. Erro! Indicador não definido. 
DIREITO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE .................... Erro! Indicador não definido. 
DIREITO AMBIENTAL ................................................. Erro! Indicador não definido. 
DIREITO DO CONSUMIDOR ....................................... Erro! Indicador não definido. 
 
 
 
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SOBRE O AUTOR 
 
EDUARDO RODRIGUES GONÇALVES: Idealizador do projeto Editais 
Esquematizados ainda no ano de 2015. Bacharel em Direito pela Universidade 
Estadual do Norte do Paraná (2008/2012). Procurador da República (aprovado 
no concurso aos 23 anos). Ex-Advogado da União (aprovado ainda na faculdade 
aos 22 anos). Aprovado também nos seguintes certames: Técnico Judiciário do 
TJ-PR (2009); Analista Processual junto ao MPU (2010); Procurador do Estado 
do Paraná (2011); Advogado da União (2012, 5º lugar com nota 100,00 na fase 
oral); Procurador da República (MPF/PGR- 2013/2014); e Promotor de Justiça 
do Estado do Paraná (2015- 1º Lugar). Nunca reprovado em primeira fase de 
concurso público. 
Além disso, o professor Eduardo Gonçalves já realizou diversos cursos de 
dissertação, tendo em seu histórico a correção de mais de 2 mil questões 
dissertativas. 
 
 
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APRESENTEÇÃO DO TRABALHO 
 
1- O objetivo desse trabalho é fornecer aos alunos dicas e treinamento para 
a adequada resposta de provas discursivas. 
 
2- Para tanto fornecemos um material composto por técnicas básicas de 
dissertação, a que se acrescem centenas de questões (180 questões), 
com o respectivo espelho de resposta esperada, para que o aluno 
compare a resposta ideal com a sua própria. 
 
3- Ao fazer as questões deve o aluno aplicar as técnicas que ensinamos no 
documento “TÉCNICAS BÁSICAS PARA UMA BOA DISSERTAÇÃO – 
DICAS DO PROFESSOR EDUARDO GONÇALVES”, e ao final comparar 
sua resposta com o padrão proposto pelo professor, tanto no aspecto 
material como no aspecto de estrutura da resposta ideal. 
 
4- Treinaremos vários estilos de resposta, sendo importante que o aluno 
respeite rigorosamente o limite de linhas. 
 
5- Sugerimos que o aluno faça algumas respostas consultando apenas a lei 
seca, não anotada e não comentada, e outras sem qualquer consulta. 
 
6- Uma boa sugestão é fazer as questões cerca de 10 dias após estudar o 
tema que ela traz, a fim de que o treinamento sirva de revisão. 
 
7- Quando a questão tiver limitação de linhas, cuidado com letras muito 
grande, pois isso diminui a quantidade de informação que vocês poderão 
incluir na resposta. 
 
8- Somente veja o espelho proposto após fazer você mesmo sua resposta. 
 
9- Esse material foi feito para treinamento de prova discursiva, mas as 
questões podem ser aproveitadas para treinamento de prova oral. 
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10- Fornecemos abaixo uma folha de resposta, de forma que sugerimos 
imprimir várias e fazer a sua resposta à mão nessa folha, simulando, 
assim, o ambiente de prova. 
 
11- Convidamos vocês a conhecerem também (basta clicar para 
redirecionamento): 
a- Editais Sistematizados – seu passo a passo nos estudos, onde 
indicamos o que estudar e em que profundidade para seu concurso 
desejado. Trata-se de um verdadeiro autocoaching. 
 
b- Meu Organizado – aplicativo para organização de estudo, permitindo 
controle de revisões, cronometro de estudo, planejamento de sua 
semana, mês ou ano. 
 
c- Legislação Organizada – trata-se de um plano de leitura eficiente para 
os principais concursos do país. Com ele você começará e terminará 
de ler as leis cobradas em sua prova, não mais interrompendo os 
estudos no art. 5º da CF. E o melhor: com uma hora de estudo diária. 
 
d- Informativos sistematizados- com ele você treinará informativos por 
meio de simulados, fixando muito melhor o conteúdo. 
 
e- Blog – dicas diárias e gratuitas para sua preparação. 
 
12- O presente material é identificado por e-mail e por traço oculto a fim de 
que se evitem compartilhamentos. Trata-se de material de uso pessoal. 
 
13- Boa sorte a todos e bom curso de questões. 
 
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TÉCNICAS BÁSICAS PARA UMA BOA DISSERTAÇÃO – 
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AS TÉCNICAS FORAM SUPRIMIDAS 
 
 
 
 
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FOLHA DE RESPOSTA 
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DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
TEMA: TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E NORMAS CONSTITUCIONAIS 
 
O QUE SE ENTENDE PELO FENÔMENO DA 
DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO? É ELE ACEITO ATUALMENTE NO 
BRASIL? EM SENDO NEGATIVA A RESPOSTA, ELE PODERIA TER SIDO 
ACEITO? 
Responder em até 15 linhas. 
 
ESPELHO PROPOSTO: 
Por desconstitucionalização entende-se o fenômeno pelo qual uma norma 
inserida na Constituição anterior é recepcionada pela nova ordem constitucional 
com status de norma formalmente infraconstitucional. 
Assim, a denominação “desconstitucionalização” se dá em razão de 
verdadeira queda hierárquica da norma constitucional que, com a promulgação 
da nova Constituição e desde que materialmente compatível com a mesma, é 
recepcionada com status de lei, podendo, portanto, ser modificada ou revogada 
por outras normas também infraconstitucionais. 
A Constituição Federal de 1.988 não adotou o fenômeno da 
desconstitucionalização em seu texto, motivo pelo qual pode-se afirmar que 
atualmente ele não é aceito no Brasil. 
Contudo, tendo em vista o caráter ilimitado do Poder Constituinte 
Originário, nada obsta que no texto de uma nova Constituição seja possível tal 
fenômeno, desde que haja previsão expressa nesse sentido. 
 
 
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TRATE DOS PARÂMETROS DE CONTROLE UTILIZADOS PARA 
UMA ANÁLISE COMPLETA DA RECEPÇÃO DE UMA LEI. 
Responder em até 15 linhas. 
 
ESPELHO PROPOSTO: 
Recepção é um processo simplificado de criação de normas jurídicas pelo 
qual a nova Constituição adota as leis já existentes, se com ela compatíveis, 
dando-lhes validade, sendo, portanto, recepcionadas pelo novo ordenamento 
jurídico. 
Para que tal ocorra algumas condições devem ser atendidas. 
A primeira condição é que a norma esteja em vigor no momento do 
advento da nova Constituição. Além disso, deve ser compatível com a 
Constituição anterior, tanto formalmente quanto materialmente. 
Outra condição é a compatibilidade material com a Constituição recém-
promulgada. Em relação a esta última condição, basta a compatibilidade material 
com a nova Constituição, sendo dispensada a formal. Isso porque é admitida, 
por exemplo, a recepção de uma Lei Ordinária como Lei Complementar no novo 
ordenamento. Foi exatamente o que ocorreu com o Código Tributário Nacional, 
que foi publicado originalmente como Lei Ordinária, na vigência da Constituição 
anterior, mas recepcionado pela Constituição de 1988 como uma Lei 
Complementar. 
 
Observação extra - cuidado com a repetição de termos, no caso essa 
resposta usou muito o termo condição, o que não é recomendado. 
 
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COMENTE, EM 20 LINHAS, A SEGUINTE PASSAGEM EXEMPLIFICANDO 
AO FINAL: "A INTERPRETAÇÃO DA NORMA PROGRAMÁTICA NÃO PODE 
TRANSFORMÁ-LA EM PROMESSA CONSTITUCIONAL INCONSEQÜENTE". 
Responder em até 20 linhas. 
 
ESPELHO PROPOSTO: 
As normas constitucionais programáticas podem ser definidas como 
regras constitucionais que buscam a conciliação entre interesses de grupos 
políticos e sociais antagônicos, cujo arquétipo remonta a um conteúdo 
precipuamente econômico-social, que vincula órgãos públicos mediante a 
fixação de diretrizes a serem cumpridas para efetivação de direitos sociais 
previstos na Constituição da República. 
Embora seja possível a ponderação entre o direito subjetivo do 
administrado e o princípio da reserva do possível, deve-se atentar para que a 
garantia do mínimo existencial não seja afastada apenas com base em 
limitações financeiro-orçamentárias do ente público. A título de exemplo, tem-se 
a norma encartada no art. 196 da Constituição da República, que traz em seu 
núcleo duro a saúde como direito de todos e dever do Estado. 
Nesse viés, de acordo com o Supremo Tribunal Federal, o 
reconhecimento, pelo Poder Judiciário, da validade jurídica de certos programas 
sociais, como a distribuição gratuita de medicamentos a pessoas 
hipossuficientes, faz-se imprescindível para que se confira efetividade a 
preceitos fundamentais da Constituição da República, sob pena de, não o 
fazendo, estar o Estado substituindo de forma ilegítima seu dever impostergável, 
transformando referido direito social em verdadeira promessa constitucional 
inconsequente, meramente estampada no texto normativo. 
 
 
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TEMA: DIREITOS FUNDAMENTAIS 
 
CONCEITUE E TRAGA AS HIPÓTESES DE CABIMENTO DOS REMÉDIOS 
CONSTITUCIONAIS VINCULADOS AO CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA. 
Responder em até 20 linhas. 
 
ESPELHO PROPOSTO 
Inicialmente, cumpre mencionar que os remédios constitucionais são 
ações previstas na Constituição Federal cujo objetivo é garantir e concretizar 
direitos fundamentais, controlando os atos praticados pela Administração 
Pública. 
Dentre estes instrumentos de controle, cita-se o habeas data que consiste 
em remédio constitucional que visa garantir o direito à informação do cidadão no 
tocante a dados relativos à sua pessoa e/ou garantir a sua retificação quando 
não prefira fazê-lo por processo sigiloso (art. 5, LXXII). 
Destaca-se ainda o habeas corpus, tratando-se de ação que controla os 
atos ilegais ou abusivos da autoridade pública que ameacem ou violem o direito 
de locomoção do cidadão (art. 5º, LXVIII). 
O mandado de segurança também é importante ação constitucional já que 
cabível para controlar qualquer ato da Administração Pública que seja ilegal ou 
abusivo e que viole ou ameace direito líquido e certo do cidadão, podendo ser 
impetrado individualmente ou coletivamente, desde que, no caso concreto, o 
direito não seja amparado por habeas data ou habeas corpos (art. 5º, LXIX e 
LXX). 
No tocante aos atos omissivos da Administração, o Constituinte previu o 
mandado de injunção, remédio constitucional apto a sanar a denominada 
síndrome da inefetividade das normas constitucionais de eficácia limitada (art. 
5º, LXXI). 
Por fim, elenca-se a ação popular que legitima qualquer cidadão stricto 
sensu a pleitear a anulação de atos lesivos ao patrimônio público, à moralidade 
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administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural (art. 5º, 
LXXIII) 
 
COMENTE, EM ATÉ 30 LINHAS, A SEGUINTE ASSERTIVA: “NÃO EXISTE 
DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO DO ALUNO OU DE SUA FAMÍLIA AO 
ENSINO DOMICILIAR, INEXISTENTE NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA”. 
Responder em até 30 linhas. 
 
ESPELHO PROPOSTO: 
O chamado ensino domiciliar admite gradações que vão desde a 
desescolarização total (radical) até o denominado homeschooling que, 
comumente, é associado à forma mais branda de ensino domiciliar e que 
contempla o estudo em casa associadoa algum acompanhamento escolar. 
Trata-se de fenômeno crescente no mundo, seja em razão de uma 
desconfiança acerca da qualidade do ensino escolar, notadamente o público, 
seja por razões de traumas e violências tais como ocorre com a prática do 
bullyng. 
Os adeptos do ensino domiciliar invocam um direito dos pais ou 
responsáveis pela orientação na formação de seus filhos, ancorados na 
liberdade de convicção inscrita tanto na Declaração Universal de Direitos 
Humanos e no Pacto de São José da Costa Rica. De outra banda há os que 
entendem que a prática pode gerar prejuízos de ordem psicológica e impor um 
indesejado distanciamento social para a criança ou adolescente que repercutiria 
na vida adulta. 
Em sede de Recurso Extraordinário o STF distinguiu as diversas formas 
de ensino domiciliar e assentou que não há vedação constitucional ao 
homeschooling, enquanto prática que não afasta completamente a supervisão e 
acompanhamento do poder público. Entretanto, não há no ordenamento jurídico 
vigente no Brasil autorização e regulamentação para tal prática. 
Em outras palavras é dizer que o Congresso pode editar lei que institua o 
ensino domiciliar. Nada obstante, tal lei não poderia afastar completamente o 
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Estado da educação domiciliar, sendo certo que este deve zelar pela frequência, 
currículo mínimo e pela convivência comunitária. 
Por todo o exposto a assertiva inaugural está correta. Isto é, face a 
inexistência de lei que regulamente e autorize o ensino domiciliar não pode o 
cidadão exigir em juízo se imponha ao Estado que tolere a desescolarização, em 
qualquer de suas modalidades. 
 
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TEMA: DIREITOS POLITICOS 
 
 O QUE SE ENTENDE POR FIDELIDADE PARTIDÁRIA? ELA LEVA A PERDA 
DE CARGOS ELEITOS PELO SISTEMA MAJORITÁRIO E PROPORCIONAL? 
Responder em até 30 linhas. 
 
ESPELHO PROPOSTO: 
A fidelidade partidária é um dos requisitos para que o candidato 
democraticamente eleito permaneça no partido a que está filiado. Por ela, o 
titular de mandato eletivo deve se alinhar à ideologia e às orientações do seu 
partido. 
Nesse sentido, um dos principais casos da chamada infidelidade 
partidária ocorre quando o eleito manifesta a intenção de se filiar a um outro 
partido, demonstrando não ter mais simpatia pelo seu partido atual. 
Assim, entende-se que aquele que age com infidelidade partidária deve 
ser desligado do partido. Como a filiação partidária é uma das condições de 
elegibilidade previstas na Constituição Federal (CF), a consequência não é outra 
senão a perda do cargo eletivo. Portanto, as previsões legais são no sentido de 
que a infidelidade partidária acarreta a perda do mandato, salvo em situações 
excepcionais, como a de perseguição política. 
Contudo, o STF estabeleceu uma diferenciação para que haja perda do 
mandato por infidelidade partidária. Se quem a cometeu houver sido eleito pelo 
sistema proporcional, haverá a perda do mandato, uma vez que o cargo 
pertenceria ao partido, em razão da existência do voto de legenda. Por outro 
lado, se a eleição se deu pelo sistema majoritário, não haverá perda do mandato, 
pois o cargo pertenceria ao próprio candidato, em respeito à vontade popular. 
 
 
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DISCORRA SOBRE O PRINCÍPIO DA ANUALIDADE ELEITORAL, BEM 
COMO SOBRE O CARÁTER RETROSPECTIVO DA LEI DA FICHA LIMPA. 
Responder em até 20 linhas. 
 
Espelho proposto: 
O princípio da anualidade eleitoral consiste na exigência constitucional de 
que as leis que alterarem o processo eleitoral somente sejam aplicadas para 
eleições que ocorram pelo menos um ano após a sua entrada em vigor, a 
despeito de entrar em vigor na data de sua publicação. 
A sua previsão constitucional expressa é extraída do art. 16 da 
Constituição da República de 1988. 
A propósito do tema, é importante salientar que o Ministro Luiz Fux, no 
julgamento conjunto das ADCs 29, 30 e de uma reclamação constitucional, citou 
a lição do mestre português José Joaquim Gomes Canotilho que distingue 
retrospectividade ou retroatividade inautêntica da mera retroatividade afirmando-
se que a retrospectividade é a consideração de fatos passados que projetam 
seus efeitos no futuro, diferentemente da retroatividade que é lei futura 
alcançando fatos passados. 
Com efeito, entendeu o C. STF que seria possível a consideração da vida 
pregressa do candidato a partir da interpretação do § 9º, do art. 14, da CRFB/88 
em cotejo com a LC 135/10 "lei da ficha limpa", de modo a ser aplicada inclusive 
para aqueles que estavam cumprindo o prazo de inelegibilidade que, 
anteriormente à referida lei, era de 3 anos, aplicando-se lhes o prazo de 8 anos, 
sem prejuízo do desconto do tempo já cumprido. 
 
 
 
 
 
 
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TEMA: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
 
TRATE, EM ATÉ 20 LINHAS, SOBRE O CABIMENTO DE RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO EM SEDE DE CONTROLE CONCENTRADO DE 
CONSTITUCIONALIDADE ESTADUAL. 
Responder em até 20 linhas. 
 
ESPELHO PROPOSTO: 
Bem se sabe que o controle concentrado de constitucionalidade, perante 
a Constituição Federal, é exercido pelo STF, enquanto os Tribunais de Justiça o 
exercem em face das Constituições Estaduais. 
Neste passo, é possível afirmar que cada qual, no âmbito de sua 
competência, detêm a “última palavra” acerca da constitucionalidade das leis e 
atos normativos. 
Ocorre que as Constituições Estaduais são constituídas, também, por 
normas de repetição obrigatória. 
Assim, o exame da constitucionalidade em razão destas normas, em 
última análise, ocorre em observância a própria CF, razão pela qual não se pode 
subtrair do STF a sua competência. Cabível, portanto, do acórdão exarado pelos 
Tribunais de Justiça em controle abstrato, quando o parâmetro for de repetição 
obrigatória, o Recurso Extraordinário que, por sua vez, surtirá efeitos erga 
omnes, ex tunc e vinculante. 
Trata-se de verdadeira hipótese de controle incidental, pela via difusa, no 
âmbito do controle de constitucionalidade concentrado e em abstrato estadual. 
 
 
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NO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE DE NORMA 
ESTADUAL PERANTE O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, PODE A CORTE 
CONSTITUCIONAL DECLARAR A INCONSTITUCIONALIDADE INCIDENTAL 
DE NORMA FEDERAL NÃO ATACADA DIRETAMENTE? 
Responder em até 30 linhas. 
 
ESPELHO PROPOSTO: 
É possível que o Supremo Tribunal Federal (STF) declare 
inconstitucionalidade incidental de norma federal que não seja objeto de controle 
concentrado de constitucionalidade. 
O controle de constitucionalidade no sistema brasileiro pode ser efetivado 
por qualquer Juiz ou Tribunal incidentalmente, quando constitua causa de pedir 
ou prejudicialde mérito (sistema difuso), ou por Tribunal constitucionalmente 
competente para julgar as ações que tenham como objeto a constitucionalidade 
(ou inconstitucionalidade) de leis ou atos normativos (sistema concentrado). 
Com efeito, nas ADI’s e ADC’s o Supremo Tribunal Federal já destacou 
que a “causa petendi” é aberta, ou seja, a Suprema Corte não está vinculada à 
fundamentação sustentada pelo autor para julgá-la procedente (ou 
improcedente), tendo em vista que o objeto da demanda (pedido) é que faz coisa 
julgada e produz efeitos vinculante e “erga omnes”. 
De fato, fora levado à julgamento por aquele Tribunal Constitucional ação 
direta de constitucionalidade em face de legislação estadual ambiental sobre 
proibição ao uso de amianto, que apesar de contrariar norma federal específica 
ao acrescer limitações que não ali previstas, estaria alcançando o objetivo de 
proteção ao meio ambiente. 
Portanto, tendo o STF reconhecido a compatibilidade da legislação 
estadual ambiental com a Constituição Federal, decidiu pela declaração 
incidental de inconstitucionalidade da legislação federal, pois não está adstrito à 
causa de pedir suscitada pelo autor. 
 
 
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DETERMINADO ESTADO DA FEDERAÇÃO EDITOU LEI QUE TORNA O 
EXERCÍCIO DA ACUPUNTURA UMA EXCLUSIVIDADE DOS MÉDICOS. 
DADA A EXISTÊNCIA DE RELEVANTE CONTROVÉRSIA DOUTRINÁRIA 
SOBRE A APLICAÇÃO DESSA LEI, O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA 
(CFM) AJUIZOU NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) AÇÃO 
DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE (ADC) PEDINDO QUE O 
TRIBUNAL DECLARE SUA CONSTITUCIONALIDADE. 
COM BASE NA JURISPRUDÊNCIA DO STF E NAS NORMAS 
CONSTITUCIONAIS, REDIJA UM TEXTO DISSERTATIVO ACERCA DA 
VIABILIDADE DA ADC APRESENTADA. EM SEU TEXTO, ABORDE: 
1- A FINALIDADE DA ADC E A PRESUNÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE 
DAS NORMAS; 
2- A LEGITIMIDADE DO CFM PARA AJUIZAR ADC; 
3- O OBJETO DA ADC; 
4- RELEVANTE CONTROVÉRSIA SOBRE A APLICAÇÃO DA NORMA 
OBJETO DA REFERIDA ADC COMO REQUISITO PARA SUA 
PROPOSITURA. 
Responder em até 30 linhas. 
 
ESPELHO PROPOSTO: 
As leis e atos normativos são dotados de presunção de 
constitucionalidade, a qual, entretanto, é uma presunção relativa (juris tantum), 
que admite prova em contrário. A Ação Direta de Constitucionalidade visa 
converter essa presunção relativa de constitucionalidade em presunção absoluta 
(jure et de jure). Assim, quando a ADC é julgada procedente pelo STF, a norma 
impugnada não pode mais ser questionada. 
No caso em apreço, o Conselho Federal de Medicina, entidade de 
fiscalização profissional, não possui legitimidade para propor a ADC, tendo em 
vista que não se encontra previsto no rol taxativo de legitimados do art. 103 da 
CF/88. Esse é o entendimento do STF, que não enquadra os Conselhos de 
fiscalização profissional no conceito de entidades de classe, cuja única exceção 
é o Conselho Federal da OAB, expressamente prevista na Constituição. 
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20 
Verifica-se, ainda, o não cabimento da ação proposta tendo em vista que 
a ADC somente poderá ter como objeto uma lei federal, nos termos do art. 102, 
I, a, da CF, o que não ocorre na questão ora em análise. 
Por fim, um dos requisitos para a propositura da ADC é a presença de 
relevante controvérsia judicial acerca da matéria prevista na norma impugnada, 
não bastando para tanto, a mera controvérsia doutrinária. Assim, da mesma 
forma, incabível a ação proposta. Ressalte-se, ainda, entendimento do STF de 
que a controvérsia deverá ser qualitativa, não meramente quantitativa. 
 
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21 
TEMA: PODER EXECUTIVO 
 
COMENTE, DE FORMA FUNDAMENTADA, O ACERTO OU ERRO DA 
SEGUINTE PASSAGEM: "NO IMPEACHMENT, TODAS AS VOTAÇÕES 
DEVEM SER ABERTAS". 
Responder em até 30 linhas. 
 
ESPELHO PROPOSTO: 
Inicialmente, o “impeachment” consiste em sanção política de perda do 
cargo, aplicável a determinadas autoridades (v.g. presidente e vice da república, 
ministros de Estado, ministros do STF, etc). 
No caso do presidente e vice-presidente da república e ministros de 
Estados, o art. 51, I, da CF estabelece que a Câmara dos Deputados deve 
autorizar a instauração do processo por 2/3 de seus membros, e, caso admitido, 
o processo segue ao Senado Federal, que tem competência para efetivamente 
processar e julgar tais autoridades, conforme art. 52, I, da CF – ocasião em que 
podem efetuar novo juízo de admissibilidade, consoante orientação firmada pelo 
STF. 
Nesse sentido, a Constituição não impõe a cláusula de sigilo nas votações 
do processo de “impeachment”, como o faz em outros casos (v.g. exoneração 
do Procurador Geral da República pelo Senado, conforme art. 52, XI, da CF), de 
modo que deve prevalecer a publicidade, que é princípio norteador da 
Administração Pública (art. 37, da CF) e da própria jurisdição (art. 93, IX, da CF). 
Portanto, a assertiva é correta, pois não há, à luz da Constituição da 
República, qualquer razão para votação secreta no processo de “impeachment”, 
notadamente em face do regime democrático de direito e da necessária 
transparência da atuação dos representantes políticos (que decidem o processo) 
perante os representados (art. 1º, p. ú., do CF). 
 
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22 
DISCORRA SOBRE A NATUREZA DO IMPEACHMENT, BEM COMO SOBRE 
O PAPEL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS NO JULGAMENTO E 
PROCESSAMENTO DO IMPEACHMENT. 
 Responder em até 20 linhas. 
 
ESPELHO PROPOSTO: 
Na doutrina brasileira, a natureza do impeachment é controvertida, 
existindo 3 correntes: a que defende a natureza política, a que entende possuir 
natureza penal e, por fim, a que adota a natureza mista ou dupla, consistindo em 
um procedimento de natureza político-penal. A corrente que prevalece é a que 
defende a natureza mista. 
No processo de impeachment cabe à Câmara dos Deputados autorizar 
por dois terços de seus membros, a instauração de processo (art. 51, I, CF). Vale 
ressaltar que o Presidente da Câmara realiza um juízo de admissibilidade da 
denúncia, podendo, inclusive, rejeitá-la. 
Recentemente, no entanto, durante o processo de impeachment da ex-
presidente Dilma, o STF entendeu que a decisão da Câmara autorizando a 
instauração do processo não vinculado o Senado, em que pese a lei e a doutrina 
defenderem posição contrária. Para o STF, a Câmara atua no âmbito pré-
processual, cabendo ao Senado não apenas o julgamento final do processo, mas 
também um juízo de instauração ou não do processo. Ou seja, ainda que a 
Câmara autorize a instauração do processo, o Senado não é obrigado a julgar e 
processar o Presidente. 
 
 
 
 
 
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23 
TEMA: PODER LEGISLATIVO 
 
O QUE SE ENTENDE POR CONTRABANDO LEGISLATIVO? COMO O TEMA 
É TRATADO NA JURISPRUDÊNCIA DOSTF? 
Responder em até 20 linhas. 
 
ESPELHO PROPOSTO: 
O contrabando legislativo pode ser conceituado como o mecanismo de 
inclusão de emendas pelo parlamento durante o processo legislativo, tanto de 
projetos de lei, quanto de medidas provisórias, propostos pelo poder executivo, 
sem que o conteúdo da emenda tenha pertinência temática com a proposta 
originária. 
Nesse sentido, o STF entende que tal prática é inconstitucional por violar 
o princípio da separação dos poderes (art. 2º da CRFB) no processo legislativo, 
sobretudo em relação às medidas provisórias, que possuem processo de 
deliberação mais célere em razão de sua urgência e por se tratar de competência 
privativa do Presidente da República, de modo ingerências parlamentares 
podem ferir competência para propositura. 
Assim, conclui-se que são possíveis emendas parlamentares a projetos 
de lei de competência privativa do poder executivo, bem como a medidas 
provisórias, no entanto, tais emendas devem ter relação de pertinência temática 
com o projeto apresentado, sob pena de se configurar contrabando legislativo, 
prática vedada pelo ordenamento jurídico pátrio. 
Por fim, cumpre ressaltar que o STF, ao modular os efeitos da decisão 
quanto à inconstitucionalidade de tal prática, estabeleceu efeitos ex nunc à 
decisão, considerando que o contrabando legislativo é uma prática arraigada ao 
processo legislativo, de modo que a ausência de modulação de efeitos isso 
poderia provocar enorme insegurança jurídica. 
 
 
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EM TEMA DE COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO, RESPONDAM:1- 
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA SUA CONSTITUIÇÃO. 2- 
POSSIBILIDADE DE DETERMINAR A QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO, 
FISCAL E TELEFÔNICO? 3- É POSSÍVEL QUE COMISSÃO PARLAMENTAR 
DE INQUÉRITO FEDERAL INVESTIGUE TEMA AFETO AO PODER 
EXECUTIVO ESTADUAL? 4- PODE CPI FEDERAL CONVOCAR A 
PRESIDENTE DA REPÚBLICA PARA PRESTAR ESCLARECIMENTOS? 5- O 
INVESTIGADO TEM DIREITO AO SILÊNCIO QUANDO PRESTA 
ESCLARECIMENTOS JUNTO A CPI? 
Responder em até 30 linhas. 
 
Espelho proposto: 
1) As comissões parlamentares de inquérito – CPI são órgãos temporários 
criados no âmbito dos Poderes Legislativos, dotados de poderes de investigação 
próprios de autoridades judiciais e que se destinam a apurar fato determinado. 
A sua previsão constitucional está no art. 58, § 3º, da CF, que exige os seguintes 
requisitos para sua instituição: a) requerimento de 1/3 dos membros da Casa 
Legislativa; b) apuração de fato determinado; e c) prazo certo de duração. Além 
disso, a doutrina e o Supremo Tribunal Federal – STF esclarecem que a CPI não 
pode ultrapassar uma legislatura. 
2) É sabido que as CPI são dotadas de poderes próprios de autoridades 
judiciais, porém muitos são os questionamentos sobre o limite destes poderes. 
No ponto, cabe saber que o STF reconhece possível a quebra de sigilo bancário 
e fiscal por CPI federal ou estadual/distrital, prevalecendo que CPI municipal não 
tem tal competência. Aliás, especificamente ao sigilo bancário, tal autorização é 
dada pelo art. 4º, § 1º, da LC n. 105/01. Quanto ao sigilo telefônico, o STF realiza 
distinção entre “interceptação telefônica” e “quebra dos registros telefônicos”, 
certo que a CPI somente pode realizar a quebra dos registros telefônicos, já que 
a “interceptação telefônica” está sob reserva de jurisdição e restrita para fins de 
investigação criminal e processo penal, na forma do art. 5º, XII, da CF. 
3) Em obediência ao princípio da federativo (art. 1º, CF), não é possível a 
CPI federal investigar tema afeto exclusivamente ao Poder Executivo Estadual, 
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incumbência que deve ser desempenhada pela respectiva Assembleia 
Legislativa. Nada obstante, nada impede que se apurem fatos conexos ao objeto 
da CPI federal e que estejam relacionados ao Poder Executivo Estadual, caso 
em que não se estaria violando o pacto federal. 
4) É certo que a CPI tem, por previsão constitucional (art. 58, § 2º, V, da 
CF), poder de convocar autoridades e cidadãos para prestar depoimento. 
Todavia, tal poder de convocação não alcança o Presidente da República por 
duas razões: a) respeito à separação dos poderes (art. 2º, CF); e b) a cláusula 
de irresponsabilidade presidencial (art. 86, § 4º, CF). 
5) Sim, o investigado tem direito ao silêncio quando convocado pela CPI 
a fim de não produzir prova contra si mesmo. Aliás, este direito ao silêncio tem 
sido reconhecido pela jurisprudência do STF que em sede, inclusive, de ‘habeas 
corpus’, concede o direito ao silêncio aos investigados. 
 
 
 
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TEMA: PODER JUDICIÁRIO E FUNÇÕES ESSENCIAIS A JUSTIÇA 
 
REDIJA UM TEXTO DISSERTATIVO ACERCA DA RELAÇÃO ENTRE OS 
PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS DO MINISTÉRIO PÚBLICO E A 
COMPETÊNCIA PARA PROMOVER ATIVIDADES INVESTIGATÓRIAS PARA 
FINS DE PREPARAÇÃO E EVENTUAL INSTAURAÇÃO DE AÇÃO PENAL. 
EM SEU TEXTO, RESPONDA DE FORMA FUNDAMENTADA, 
NECESSARIAMENTE, AOS SEGUINTES QUESTIONAMENTOS. 
1- A COMPETÊNCIA EM APREÇO ESTÁ EXPRESSAMENTE PREVISTA 
PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 ENTRE AS FUNÇÕES 
INSTITUCIONAIS DO MINISTÉRIO PÚBLICO? 
2- QUAL O POSICIONAMENTO ATUALMENTE PREDOMINANTE ACERCA 
DESSA MATÉRIA, NA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL? 
3- COMO O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL APLICA A DOUTRINA DOS 
“PODERES IMPLÍCITOS” A ESSA MATÉRIA? 
Responder em até 30 linhas. 
 
ESPELHO PROPOSTO: 
A Constituição Federal de 1988 prevê que são princípios institucionais do 
Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional, 
sendo uma de suas funções institucionais a promoção de ação penal, de forma 
privativa. Dessa forma, em 2015, o Plenário do Supremo Tribunal Federal 
decidiu, em sede de repercussão geral, que o Ministério Público pode realizar 
atividades investigatórias para fins de preparação e eventual instauração de 
ação penal. 
A despeito da CRFB/88 não mencionar expressamente que o Parquet 
possui competência para investigar crimes, a Suprema Corte adotou a teoria dos 
poderes implícitos, segundo a qual é necessário que se conceda todos os meios 
imprescindíveis para a execução da atividade fim, no caso, a propositura da ação 
penal. 
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Assim, a Constituição garantiu ao Ministério Público os meios necessários 
para que se possa propor a ação penal, inclusive a respectiva investigação para 
a formação do arcabouço probatório. Todavia, o STF apontou que deveriam ser 
respeitadas determinadas balizas: I) respeito aos direitos e garantias 
assegurados a qualquer pessoa sob a investigação do Estado; II) observância 
das prerrogativas dos advogados; e III) possibilidade de controle jurisdicional dos 
atos praticados pelos membros do MP, os quais devem ser documentados 
(Súmula Vinculante 14). 
 
 
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28 
A SISTEMÁTICA CONSTITUCIONAL DA JUSTIÇA DESPORTIVA PODE SER 
CONSIDERADA UMA EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE? 
Responder em até 20 linhas. 
 
ESPELHO PROPOSTO: 
O princípio da inafastabilidade da jurisdição está previsto no rol dos 
direitos e garantias fundamentais do art. 5º, XXXV, da CRFB, segundo o qual 
qualquer lesão ou ameaça a direito poderá ser apreciada pelo Poder Judiciário. 
Tal princípio, contudo, não é absoluto. A sistemática constitucional da 
justiça desportiva pode ser considerada uma mitigação ao princípio da 
inafastabilidade da jurisdição. Trata-se da CRFB excepcionando-se a si mesma. 
De acordo com o art. 217, §1º, da CRFB, as ações judiciais relativas às 
competições desportivas somente poderão ser propostas após esgotadas as 
instâncias legais da justiça desportiva. Há, entretanto, prazo constitucional 
expresso de 60 (sessenta) dias contados da instauração do processo para que 
seja proferida decisão final pela justiça especializada. 
Dessa forma, sendo a justiça desportiva um meio alternativo de solução 
de conflitos constitucionalmente previsto, é possível afirmar que não se trata 
propriamente de uma exceção, mas de uma mitigação temporária do princípio 
da inafastabilidade da jurisdição. 
 
 
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29 
DISCORRA SOBRE O PAPEL DO PODER JUDICIÁRIO DIANTE 
DA CONFIGURAÇÃO DE UM ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL. 
Responder em até 30 linhas. 
 
ESPELHO PROPOSTO: 
O estado de coisas inconstitucional (ECI) foi reconhecido inicialmente pela 
Suprema Corte da Colômbia, na década de noventa do século passado. Passava 
aquele país por grave crise no seu sistema penitenciário, conjugada com a 
reiterada violação dos direitos humanos, agravada pelo tráfico de drogas e pelas 
ações das demais organizações criminosas. 
O ECI surge no momento histórico em que cada vez mais é exigido dos 
poderes públicos o que convencionou chamar-se de accountability, que consiste 
no dever de exibir-se, explicar-se, justificar-se e, notadamente, sujeitar-se às 
sanções. 
Será o Poder Judiciário chamado a atuar quando houver reiterada, 
prolongada e maciça violação dos deveres constitucionais, notadamente dos 
direitos humanos, quando a solução envolver diversos órgãos superiores na 
hierarquia da Administração que exija a atuação do poder judiciário na 
coordenação das ações a serem implementadas. 
Neste sentido, o plenário do Supremo Tribunal Federal, em recente 
julgamento de liminar em ADPF, reconheceu a configuração do estado de coisas 
inconstitucional em relação aos presídios brasileiros. 
Todavia, até mesmo em respeito à separação dos poderes, a atuação do 
poder judiciário não é ampla. Tanto é que, entre as diversas medidas pleiteadas 
pelos autores da ação (entre elas, várias contra legem – progressão do regime - 
e outras que se limitavam a repetir normas legais), a Suprema Corte brasileira 
somente deferiu, liminarmente, a proibição do descontigenciamento das verbas 
do fundo penitenciário e também determinou a realização das audiência de 
custódia. 
Assim, vejam que retirei a introdução histórica, e ainda sim a resposta 
está excelente. OU seja, a introdução era dispensável, mormente diante do limite 
de linhas. 
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TEMA: ORDEM SOCIAL, FINANCEIRA E ECONÔMICA 
 
A PREFEITA DE DOURADOS/MS INCLUIU NA LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL 
DO MUNICÍPIO DISPOSITIVO DOANDO À POLÍCIA FEDERAL UM ANTIGO 
PRÉDIO DA MUNICIPALIDADE. A LEI FOI APROVADA NA CÂMARA DE 
VEREADORES E SANCIONADA. DIANTE DESSE CONTEXTO, INDAGA-SE: 
O DISPOSITIVO REFERIDO É CONSTITUCIONAL? 
Responder em até 10 linhas. 
 
ESPELHO PROPOSTO: 
De acordo com o art. 165, § 8º, da CF/88, a lei orçamentária anual não 
conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. A 
exceção fica por conta da possibilidade de o orçamento trazer autorização para 
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda 
que por antecipação de receita. Trata-se do princípio da exclusividade do 
orçamento ou da pureza orçamentária, que tem o objetivo de evitar os chamados 
orçamentos rabilongos. 
Neste contexto, não há dúvidas de que, se a lei orçamentária anual 
contém dispositivo doando à Polícia Federal imóvel pertencente ao Município, 
aquele padece de inconstitucionalidade, por violação ao citado art. 165, § 8º, da 
CF/88, uma vez que a matéria em questão não diz respeito à previsão de receita 
ou fixação de despesa nem mesmo à autorização para abertura de créditos 
suplementares e contratação de operações de crédito. 
 
 
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TRACE AS SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS EXISTENTES ENTRE 
A PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DAS TERRAS INDÍGENAS DAQUELA 
CONFERIDA AS TERRAS QUILOMBOLAS, ESPECIALMENTE NO QUE 
TANGE A RELAÇÃO COM A TERRA E PROPRIEDADE DA MESMA. 
Responder em até 30 linhas. 
 
ESPELHO PROPOSTO: 
Para as comunidades tradicionais em geral, a terra possui um significado 
diferente do que para a sociedade em geral. Para elas, a terra é o elo que 
mantém a união do grupo, e que permite a sua continuidade no tempo através 
de sucessivas gerações, possibilitando a preservação da cultura, dos valores e 
do modo peculiar de vida da comunidade étnica. Privado da terra, o grupo tende 
a se dispersar e a desaparecer, absorvido pela sociedade envolvente. 
O constituinte de 1988, atento a essa realidade, protegeu os territórios 
dos índios e dos remanescentes de quilombos, porém instituiu regimes de 
proteção diversos a tais grupos. 
No caso dos quilombolas, o artigo 68 do ADCT conferiu a titularidade 
coletiva das terras à própria comunidade. 
Entretanto, no caso de comunidades indígenas, a propriedade das terras 
é da União, conforme o artigo 20 XI, cabendo a comunidade indígena a posse 
permanente e o usufruto exclusivo das riquezas do solo, rios e lagos neles 
existentes. 
Apesar da adoção de regimes de proteção diferentes, os objetivos visados 
pelas normas são os mesmos, ou seja, a preservação da identidade e da 
manifestação cultural de tais grupos. 
 
 
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33 
O PODER PÚBLICO ESTÁ CONSTRUINDO UMA ESTRADA QUE CRUZA 
TODO O ESTADO DE RORAIMA, PASSANDO PELO INTERIOR DE UMA 
TERRA INDÍGENA. FEITOS OS ESTUDOS ANTROPOLÓGICOS, 
CONSTATOU-SE QUE A ESTRADA DESTRUIRÁ UM LOCAL SAGRADO 
PARA OS INDÍGENAS QUE VIVEM NO LOCAL, POIS CRUZARA O VASTO 
CEMITÉRIO DAQUELE POVO. O PODER PÚBLICO REFEZ OS ESTUDOS, E 
CONSTATOU QUE A ALTERAÇÃO DO PROJETO CAUSARÁ PREJUÍZO DE 
R$ 100.000.000,00 (CEM MILHÕES DE REAIS) AOS COFRES PÚBLICOS, 
TAMANHA A MUDANÇA QUE DEVERÁ SER FEITA PARA QUE SE DESVIE 
A ESTRADA,INCLUSIVE COM A CONSTRUÇÃO DE UMA PONTE, O QUE 
ATRASARA A OBRA EM PELO MENOS 02 ANOS PREJUDICANDO 
SOBREMANEIRA A ECONOMIA E INTEGRAÇÃO LOCAL. 
DIANTE DISSO, DISCORRA SOBRE COMO PONDERAR OS DIREITOS EM 
CONFLITO A LUZ DOS PRINCÍPIOS DA SUPREMACIA DO INTERESSE 
PÚBLICO E DA EFETIVA PROTEÇÃO A MINORIAS. 
Sem limite de linhas 
 
ESPELHO PROPOSTO: 
O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado consiste 
em um dos principais vetores que orientam a atuação do Estado, pois possibilita 
a utilização de prerrogativas que visam resguardar a finalidade pública. 
Desse modo, a doutrina e a jurisprudência delimitaram facetas desse 
princípio, tendo como desdobramentos o interesse público primário e o 
secundário. O primeiro, considerado imediato e geral, trata-se do atendimento 
do interesse público propriamente dito, enquanto que o secundário objetiva 
salvaguardar os interesses patrimoniais estatais. 
Em paralelo, a CF, em seu art.231, e os tratados internacionais aderidos, 
assentaram os direitos fundamentais das comunidades indígenas, 
reconhecendo sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, 
e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam. 
Dada a imperiosidade de se proteger essas comunidades, quaisquer atos 
que objetivam a ocupação, o domínio e a posse de suas terras ou a exploração 
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de rios e lagos e de riquezas naturais do solo são jungidos de nulidade e extintos, 
ressalvada a hipótese de relevante interesse público da União. 
A par disso, infere-se uma relativização quanto à proteção dessas terras, 
contudo essa exploração ou mesmo a incursão está condicionada à edição de 
Lei Complementar. Referida lei até o momento não foi editada, razão pela qual 
se faz imprescindível a análise do caso concreto e a observância do princípio da 
máxima efetividade dos direitos fundamentais. 
Nessa toada, esse relevante interesse público da União deve ser 
excepcional e substancial a ponto de imiscuir na tutela das terras indígenas. 
Como exemplo dessa possível interferência, é possível citar a fixação de 
unidades de conservação nas terras indígenas, restringindo o seu uso, a fim de 
garantir o meio ambiente ecologicamente equilibrado, insculpido no art. 225 da 
CF. 
Já no que pertine à construção de estradas, dentre outras explorações, 
essas atividades devem ser suspensas e não fomentadas, dada a notória 
prevalência dos direitos das populações indígenas, a fim de estimular a 
manutenção dessas comunidades e preservá-las quanto à possibilidade de 
extinção. 
 
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35 
SOB O VIÉS DA REGULAÇÃO ECONÔMICA PREVISTA NA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL, TRATE, EM ATÉ 20 LINHAS, DA (I)LEGALIDADE DA OPERAÇÃO 
DE SERVIÇOS REMUNERADOS DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS POR 
APLICATIVOS. 
Responder em até 30 linhas. 
 
ESPELHO PROPOSTO: 
De início, cumpre destacar que o art. 170 da CF/88 dispõe acerca dos 
princípios da ordem econômica, dentre os quais, encontram-se o da livre 
iniciativa e o da livre concorrência. 
Nesse diapasão, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou pela 
constitucionalidade da legislação federal que regulamenta as operações de 
serviços remunerados de transporte de passageiros por aplicativos, em 
decorrência do prisma constitucional concedido aos aludidos princípios, não 
tendo sido acolhida a tese de que tais meios de transporte deveriam ser 
permitidos apenas com concessão ou permissão dos entes públicos. 
Ademais, não se pode olvidar que o próprio STF, na modalidade de 
repercussão geral, julgou pela inconstitucionalidade das leis municipais ou 
estaduais que proibissem, integralmente, a prestação dos serviços de transporte 
por aplicativos ou que, de alguma forma, restringissem de maneira irrazoável e 
desproporcional a efetivação de tais serviços. 
Aliás, impende salientar que nos termos da decisão da mencionada 
Suprema Corte, haverá inconstitucionalidade das leis municipais ou estaduais 
que contrariem as normas dispostas na legislação federal, tendo em vista o 
descumprimento da competência concorrente transcrita no art. 21 da 
Constituição Federal. 
Sendo assim, verifica-se, segundo o STF, a constitucionalidade, e por 
certo, a legalidade na prestação dos serviços remunerados de transporte por 
aplicativos. 
 
 
 
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A ORDEM JURÍDICA BRASILEIRA É CONSIDERADA CAPITALISTA, ISSO 
EM VIRTUDE DO TEOR DO ART. 170 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 
DIGA SE O ENUNCIADO É VERDADEIRO OU FALSO, DISCORRENDO 
SOBRE A ORDEM JURÍDICO-ECONÔMICA BRASILEIRA. 
Responder em até 20 linhas. 
 
ESPELHO PROPOSTO: 
O capitalismo é um sistema econômico em que as relações de produção 
estão assentadas na propriedade privada dos bens em geral e tem por 
pressuposto a liberdade de iniciativa e de concorrência. Nesse sentido, de fato 
a Constituição Federal protege a propriedade privada de bens e produção e 
admite a livre concorrência na iniciativa privada (art. 170, incisos II e IV, CF/88), 
sendo legítimo afirmar que a ordem jurídico-econômica brasileira define uma 
opção pelo sistema capitalista. 
Entretanto, não se pode olvidar que Constituição, no mesmo dispositivo 
em comento, confere prioridade aos valores do trabalho humano sobre todos os 
demais valores da economia de mercado, ao mesmo tempo em que limita a 
liberdade com fundamento na justiça social (art. 170, caput, CF/88), bem como 
exige a observância da função social da propriedade e redução das 
desigualdades regionais e sociais; (art. 170, incisos III e VI da CF/88). 
Assim, a partir da interação de tais princípios, é possível concluir que a 
ordem econômica na Constituição de 1988 se define, sim, por um sistema 
capitalista, entretanto com certa mitigação de princípios publicistas que buscam 
harmonizar a livre iniciativa e os direitos sociais e humanos. 
 
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DEMAIS QUESTÕES FORAM SUPRIMIDAS 
 
 
 
 
 
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AGRADECIMENTOS 
 
Chegamos ao fim do nosso e-book, com a certeza de que vocês estão 
escrevendo melhor do que quando começaram as questões. 
Esperamos ter contribuído para o crescimento de cada um de vocês. 
Sigam-nos nas redes sociais: @meuesquematizado, @meuorganizado e 
@legislacaoorganizada . 
Envie suas opiniões, elogios e críticas para 
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Sucesso a todos. 
 
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