Prévia do material em texto
PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 1 PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 2 SUMÁRIO SOBRE O AUTOR .................................................................................................. 3 APRESENTEÇÃO DO TRABALHO ...................................................................... 4 TÉCNICAS BÁSICAS PARA UMA BOA DISSERTAÇÃO – ............................... 6 DICAS DO PROFESSOR EDUARDO GONÇALVES .......................................... 6 FOLHA DE RESPOSTA ......................................................................................... 7 DIREITO CONSTITUCIONAL ................................................................................ 9 DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................... Erro! Indicador não definido. DIREITO CIVIL .............................................................. Erro! Indicador não definido. DIREITO PROCESSUAL CIVIL ................................... Erro! Indicador não definido. DIREITO PENAL ........................................................... Erro! Indicador não definido. DIREITO PROCESSUAL PENAL ................................ Erro! Indicador não definido. EXECUÇÃO PENAL E LEGISLAÇÃO PENAL E PROCESSUAL PENAL ESPECIAL ..................................................................... Erro! Indicador não definido. DIREITO TRIBUTÁRIO ................................................ Erro! Indicador não definido. DIREITO EMPRESARIAL ............................................ Erro! Indicador não definido. DIREITOS HUMANOS/INTERNACIONAL .................. Erro! Indicador não definido. DIREITO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE .................... Erro! Indicador não definido. DIREITO AMBIENTAL ................................................. Erro! Indicador não definido. DIREITO DO CONSUMIDOR ....................................... Erro! Indicador não definido. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 3 SOBRE O AUTOR EDUARDO RODRIGUES GONÇALVES: Idealizador do projeto Editais Esquematizados ainda no ano de 2015. Bacharel em Direito pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (2008/2012). Procurador da República (aprovado no concurso aos 23 anos). Ex-Advogado da União (aprovado ainda na faculdade aos 22 anos). Aprovado também nos seguintes certames: Técnico Judiciário do TJ-PR (2009); Analista Processual junto ao MPU (2010); Procurador do Estado do Paraná (2011); Advogado da União (2012, 5º lugar com nota 100,00 na fase oral); Procurador da República (MPF/PGR- 2013/2014); e Promotor de Justiça do Estado do Paraná (2015- 1º Lugar). Nunca reprovado em primeira fase de concurso público. Além disso, o professor Eduardo Gonçalves já realizou diversos cursos de dissertação, tendo em seu histórico a correção de mais de 2 mil questões dissertativas. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 4 APRESENTEÇÃO DO TRABALHO 1- O objetivo desse trabalho é fornecer aos alunos dicas e treinamento para a adequada resposta de provas discursivas. 2- Para tanto fornecemos um material composto por técnicas básicas de dissertação, a que se acrescem centenas de questões (180 questões), com o respectivo espelho de resposta esperada, para que o aluno compare a resposta ideal com a sua própria. 3- Ao fazer as questões deve o aluno aplicar as técnicas que ensinamos no documento “TÉCNICAS BÁSICAS PARA UMA BOA DISSERTAÇÃO – DICAS DO PROFESSOR EDUARDO GONÇALVES”, e ao final comparar sua resposta com o padrão proposto pelo professor, tanto no aspecto material como no aspecto de estrutura da resposta ideal. 4- Treinaremos vários estilos de resposta, sendo importante que o aluno respeite rigorosamente o limite de linhas. 5- Sugerimos que o aluno faça algumas respostas consultando apenas a lei seca, não anotada e não comentada, e outras sem qualquer consulta. 6- Uma boa sugestão é fazer as questões cerca de 10 dias após estudar o tema que ela traz, a fim de que o treinamento sirva de revisão. 7- Quando a questão tiver limitação de linhas, cuidado com letras muito grande, pois isso diminui a quantidade de informação que vocês poderão incluir na resposta. 8- Somente veja o espelho proposto após fazer você mesmo sua resposta. 9- Esse material foi feito para treinamento de prova discursiva, mas as questões podem ser aproveitadas para treinamento de prova oral. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 5 10- Fornecemos abaixo uma folha de resposta, de forma que sugerimos imprimir várias e fazer a sua resposta à mão nessa folha, simulando, assim, o ambiente de prova. 11- Convidamos vocês a conhecerem também (basta clicar para redirecionamento): a- Editais Sistematizados – seu passo a passo nos estudos, onde indicamos o que estudar e em que profundidade para seu concurso desejado. Trata-se de um verdadeiro autocoaching. b- Meu Organizado – aplicativo para organização de estudo, permitindo controle de revisões, cronometro de estudo, planejamento de sua semana, mês ou ano. c- Legislação Organizada – trata-se de um plano de leitura eficiente para os principais concursos do país. Com ele você começará e terminará de ler as leis cobradas em sua prova, não mais interrompendo os estudos no art. 5º da CF. E o melhor: com uma hora de estudo diária. d- Informativos sistematizados- com ele você treinará informativos por meio de simulados, fixando muito melhor o conteúdo. e- Blog – dicas diárias e gratuitas para sua preparação. 12- O presente material é identificado por e-mail e por traço oculto a fim de que se evitem compartilhamentos. Trata-se de material de uso pessoal. 13- Boa sorte a todos e bom curso de questões. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 6 TÉCNICAS BÁSICAS PARA UMA BOA DISSERTAÇÃO – DICAS DO PROFESSOR EDUARDO GONÇALVES AS TÉCNICAS FORAM SUPRIMIDAS PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 7 FOLHA DE RESPOSTA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOSLTDA www.meuesquematizado.com.br 8 25 26 27 28 29 30 PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 9 DIREITO CONSTITUCIONAL TEMA: TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E NORMAS CONSTITUCIONAIS O QUE SE ENTENDE PELO FENÔMENO DA DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO? É ELE ACEITO ATUALMENTE NO BRASIL? EM SENDO NEGATIVA A RESPOSTA, ELE PODERIA TER SIDO ACEITO? Responder em até 15 linhas. ESPELHO PROPOSTO: Por desconstitucionalização entende-se o fenômeno pelo qual uma norma inserida na Constituição anterior é recepcionada pela nova ordem constitucional com status de norma formalmente infraconstitucional. Assim, a denominação “desconstitucionalização” se dá em razão de verdadeira queda hierárquica da norma constitucional que, com a promulgação da nova Constituição e desde que materialmente compatível com a mesma, é recepcionada com status de lei, podendo, portanto, ser modificada ou revogada por outras normas também infraconstitucionais. A Constituição Federal de 1.988 não adotou o fenômeno da desconstitucionalização em seu texto, motivo pelo qual pode-se afirmar que atualmente ele não é aceito no Brasil. Contudo, tendo em vista o caráter ilimitado do Poder Constituinte Originário, nada obsta que no texto de uma nova Constituição seja possível tal fenômeno, desde que haja previsão expressa nesse sentido. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 10 TRATE DOS PARÂMETROS DE CONTROLE UTILIZADOS PARA UMA ANÁLISE COMPLETA DA RECEPÇÃO DE UMA LEI. Responder em até 15 linhas. ESPELHO PROPOSTO: Recepção é um processo simplificado de criação de normas jurídicas pelo qual a nova Constituição adota as leis já existentes, se com ela compatíveis, dando-lhes validade, sendo, portanto, recepcionadas pelo novo ordenamento jurídico. Para que tal ocorra algumas condições devem ser atendidas. A primeira condição é que a norma esteja em vigor no momento do advento da nova Constituição. Além disso, deve ser compatível com a Constituição anterior, tanto formalmente quanto materialmente. Outra condição é a compatibilidade material com a Constituição recém- promulgada. Em relação a esta última condição, basta a compatibilidade material com a nova Constituição, sendo dispensada a formal. Isso porque é admitida, por exemplo, a recepção de uma Lei Ordinária como Lei Complementar no novo ordenamento. Foi exatamente o que ocorreu com o Código Tributário Nacional, que foi publicado originalmente como Lei Ordinária, na vigência da Constituição anterior, mas recepcionado pela Constituição de 1988 como uma Lei Complementar. Observação extra - cuidado com a repetição de termos, no caso essa resposta usou muito o termo condição, o que não é recomendado. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 11 COMENTE, EM 20 LINHAS, A SEGUINTE PASSAGEM EXEMPLIFICANDO AO FINAL: "A INTERPRETAÇÃO DA NORMA PROGRAMÁTICA NÃO PODE TRANSFORMÁ-LA EM PROMESSA CONSTITUCIONAL INCONSEQÜENTE". Responder em até 20 linhas. ESPELHO PROPOSTO: As normas constitucionais programáticas podem ser definidas como regras constitucionais que buscam a conciliação entre interesses de grupos políticos e sociais antagônicos, cujo arquétipo remonta a um conteúdo precipuamente econômico-social, que vincula órgãos públicos mediante a fixação de diretrizes a serem cumpridas para efetivação de direitos sociais previstos na Constituição da República. Embora seja possível a ponderação entre o direito subjetivo do administrado e o princípio da reserva do possível, deve-se atentar para que a garantia do mínimo existencial não seja afastada apenas com base em limitações financeiro-orçamentárias do ente público. A título de exemplo, tem-se a norma encartada no art. 196 da Constituição da República, que traz em seu núcleo duro a saúde como direito de todos e dever do Estado. Nesse viés, de acordo com o Supremo Tribunal Federal, o reconhecimento, pelo Poder Judiciário, da validade jurídica de certos programas sociais, como a distribuição gratuita de medicamentos a pessoas hipossuficientes, faz-se imprescindível para que se confira efetividade a preceitos fundamentais da Constituição da República, sob pena de, não o fazendo, estar o Estado substituindo de forma ilegítima seu dever impostergável, transformando referido direito social em verdadeira promessa constitucional inconsequente, meramente estampada no texto normativo. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 12 TEMA: DIREITOS FUNDAMENTAIS CONCEITUE E TRAGA AS HIPÓTESES DE CABIMENTO DOS REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS VINCULADOS AO CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Responder em até 20 linhas. ESPELHO PROPOSTO Inicialmente, cumpre mencionar que os remédios constitucionais são ações previstas na Constituição Federal cujo objetivo é garantir e concretizar direitos fundamentais, controlando os atos praticados pela Administração Pública. Dentre estes instrumentos de controle, cita-se o habeas data que consiste em remédio constitucional que visa garantir o direito à informação do cidadão no tocante a dados relativos à sua pessoa e/ou garantir a sua retificação quando não prefira fazê-lo por processo sigiloso (art. 5, LXXII). Destaca-se ainda o habeas corpus, tratando-se de ação que controla os atos ilegais ou abusivos da autoridade pública que ameacem ou violem o direito de locomoção do cidadão (art. 5º, LXVIII). O mandado de segurança também é importante ação constitucional já que cabível para controlar qualquer ato da Administração Pública que seja ilegal ou abusivo e que viole ou ameace direito líquido e certo do cidadão, podendo ser impetrado individualmente ou coletivamente, desde que, no caso concreto, o direito não seja amparado por habeas data ou habeas corpos (art. 5º, LXIX e LXX). No tocante aos atos omissivos da Administração, o Constituinte previu o mandado de injunção, remédio constitucional apto a sanar a denominada síndrome da inefetividade das normas constitucionais de eficácia limitada (art. 5º, LXXI). Por fim, elenca-se a ação popular que legitima qualquer cidadão stricto sensu a pleitear a anulação de atos lesivos ao patrimônio público, à moralidade PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 13 administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural (art. 5º, LXXIII) COMENTE, EM ATÉ 30 LINHAS, A SEGUINTE ASSERTIVA: “NÃO EXISTE DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO DO ALUNO OU DE SUA FAMÍLIA AO ENSINO DOMICILIAR, INEXISTENTE NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA”. Responder em até 30 linhas. ESPELHO PROPOSTO: O chamado ensino domiciliar admite gradações que vão desde a desescolarização total (radical) até o denominado homeschooling que, comumente, é associado à forma mais branda de ensino domiciliar e que contempla o estudo em casa associadoa algum acompanhamento escolar. Trata-se de fenômeno crescente no mundo, seja em razão de uma desconfiança acerca da qualidade do ensino escolar, notadamente o público, seja por razões de traumas e violências tais como ocorre com a prática do bullyng. Os adeptos do ensino domiciliar invocam um direito dos pais ou responsáveis pela orientação na formação de seus filhos, ancorados na liberdade de convicção inscrita tanto na Declaração Universal de Direitos Humanos e no Pacto de São José da Costa Rica. De outra banda há os que entendem que a prática pode gerar prejuízos de ordem psicológica e impor um indesejado distanciamento social para a criança ou adolescente que repercutiria na vida adulta. Em sede de Recurso Extraordinário o STF distinguiu as diversas formas de ensino domiciliar e assentou que não há vedação constitucional ao homeschooling, enquanto prática que não afasta completamente a supervisão e acompanhamento do poder público. Entretanto, não há no ordenamento jurídico vigente no Brasil autorização e regulamentação para tal prática. Em outras palavras é dizer que o Congresso pode editar lei que institua o ensino domiciliar. Nada obstante, tal lei não poderia afastar completamente o PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 14 Estado da educação domiciliar, sendo certo que este deve zelar pela frequência, currículo mínimo e pela convivência comunitária. Por todo o exposto a assertiva inaugural está correta. Isto é, face a inexistência de lei que regulamente e autorize o ensino domiciliar não pode o cidadão exigir em juízo se imponha ao Estado que tolere a desescolarização, em qualquer de suas modalidades. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 15 TEMA: DIREITOS POLITICOS O QUE SE ENTENDE POR FIDELIDADE PARTIDÁRIA? ELA LEVA A PERDA DE CARGOS ELEITOS PELO SISTEMA MAJORITÁRIO E PROPORCIONAL? Responder em até 30 linhas. ESPELHO PROPOSTO: A fidelidade partidária é um dos requisitos para que o candidato democraticamente eleito permaneça no partido a que está filiado. Por ela, o titular de mandato eletivo deve se alinhar à ideologia e às orientações do seu partido. Nesse sentido, um dos principais casos da chamada infidelidade partidária ocorre quando o eleito manifesta a intenção de se filiar a um outro partido, demonstrando não ter mais simpatia pelo seu partido atual. Assim, entende-se que aquele que age com infidelidade partidária deve ser desligado do partido. Como a filiação partidária é uma das condições de elegibilidade previstas na Constituição Federal (CF), a consequência não é outra senão a perda do cargo eletivo. Portanto, as previsões legais são no sentido de que a infidelidade partidária acarreta a perda do mandato, salvo em situações excepcionais, como a de perseguição política. Contudo, o STF estabeleceu uma diferenciação para que haja perda do mandato por infidelidade partidária. Se quem a cometeu houver sido eleito pelo sistema proporcional, haverá a perda do mandato, uma vez que o cargo pertenceria ao partido, em razão da existência do voto de legenda. Por outro lado, se a eleição se deu pelo sistema majoritário, não haverá perda do mandato, pois o cargo pertenceria ao próprio candidato, em respeito à vontade popular. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 16 DISCORRA SOBRE O PRINCÍPIO DA ANUALIDADE ELEITORAL, BEM COMO SOBRE O CARÁTER RETROSPECTIVO DA LEI DA FICHA LIMPA. Responder em até 20 linhas. Espelho proposto: O princípio da anualidade eleitoral consiste na exigência constitucional de que as leis que alterarem o processo eleitoral somente sejam aplicadas para eleições que ocorram pelo menos um ano após a sua entrada em vigor, a despeito de entrar em vigor na data de sua publicação. A sua previsão constitucional expressa é extraída do art. 16 da Constituição da República de 1988. A propósito do tema, é importante salientar que o Ministro Luiz Fux, no julgamento conjunto das ADCs 29, 30 e de uma reclamação constitucional, citou a lição do mestre português José Joaquim Gomes Canotilho que distingue retrospectividade ou retroatividade inautêntica da mera retroatividade afirmando- se que a retrospectividade é a consideração de fatos passados que projetam seus efeitos no futuro, diferentemente da retroatividade que é lei futura alcançando fatos passados. Com efeito, entendeu o C. STF que seria possível a consideração da vida pregressa do candidato a partir da interpretação do § 9º, do art. 14, da CRFB/88 em cotejo com a LC 135/10 "lei da ficha limpa", de modo a ser aplicada inclusive para aqueles que estavam cumprindo o prazo de inelegibilidade que, anteriormente à referida lei, era de 3 anos, aplicando-se lhes o prazo de 8 anos, sem prejuízo do desconto do tempo já cumprido. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 17 TEMA: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE TRATE, EM ATÉ 20 LINHAS, SOBRE O CABIMENTO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO EM SEDE DE CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE ESTADUAL. Responder em até 20 linhas. ESPELHO PROPOSTO: Bem se sabe que o controle concentrado de constitucionalidade, perante a Constituição Federal, é exercido pelo STF, enquanto os Tribunais de Justiça o exercem em face das Constituições Estaduais. Neste passo, é possível afirmar que cada qual, no âmbito de sua competência, detêm a “última palavra” acerca da constitucionalidade das leis e atos normativos. Ocorre que as Constituições Estaduais são constituídas, também, por normas de repetição obrigatória. Assim, o exame da constitucionalidade em razão destas normas, em última análise, ocorre em observância a própria CF, razão pela qual não se pode subtrair do STF a sua competência. Cabível, portanto, do acórdão exarado pelos Tribunais de Justiça em controle abstrato, quando o parâmetro for de repetição obrigatória, o Recurso Extraordinário que, por sua vez, surtirá efeitos erga omnes, ex tunc e vinculante. Trata-se de verdadeira hipótese de controle incidental, pela via difusa, no âmbito do controle de constitucionalidade concentrado e em abstrato estadual. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 18 NO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE DE NORMA ESTADUAL PERANTE O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, PODE A CORTE CONSTITUCIONAL DECLARAR A INCONSTITUCIONALIDADE INCIDENTAL DE NORMA FEDERAL NÃO ATACADA DIRETAMENTE? Responder em até 30 linhas. ESPELHO PROPOSTO: É possível que o Supremo Tribunal Federal (STF) declare inconstitucionalidade incidental de norma federal que não seja objeto de controle concentrado de constitucionalidade. O controle de constitucionalidade no sistema brasileiro pode ser efetivado por qualquer Juiz ou Tribunal incidentalmente, quando constitua causa de pedir ou prejudicialde mérito (sistema difuso), ou por Tribunal constitucionalmente competente para julgar as ações que tenham como objeto a constitucionalidade (ou inconstitucionalidade) de leis ou atos normativos (sistema concentrado). Com efeito, nas ADI’s e ADC’s o Supremo Tribunal Federal já destacou que a “causa petendi” é aberta, ou seja, a Suprema Corte não está vinculada à fundamentação sustentada pelo autor para julgá-la procedente (ou improcedente), tendo em vista que o objeto da demanda (pedido) é que faz coisa julgada e produz efeitos vinculante e “erga omnes”. De fato, fora levado à julgamento por aquele Tribunal Constitucional ação direta de constitucionalidade em face de legislação estadual ambiental sobre proibição ao uso de amianto, que apesar de contrariar norma federal específica ao acrescer limitações que não ali previstas, estaria alcançando o objetivo de proteção ao meio ambiente. Portanto, tendo o STF reconhecido a compatibilidade da legislação estadual ambiental com a Constituição Federal, decidiu pela declaração incidental de inconstitucionalidade da legislação federal, pois não está adstrito à causa de pedir suscitada pelo autor. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 19 DETERMINADO ESTADO DA FEDERAÇÃO EDITOU LEI QUE TORNA O EXERCÍCIO DA ACUPUNTURA UMA EXCLUSIVIDADE DOS MÉDICOS. DADA A EXISTÊNCIA DE RELEVANTE CONTROVÉRSIA DOUTRINÁRIA SOBRE A APLICAÇÃO DESSA LEI, O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM) AJUIZOU NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE (ADC) PEDINDO QUE O TRIBUNAL DECLARE SUA CONSTITUCIONALIDADE. COM BASE NA JURISPRUDÊNCIA DO STF E NAS NORMAS CONSTITUCIONAIS, REDIJA UM TEXTO DISSERTATIVO ACERCA DA VIABILIDADE DA ADC APRESENTADA. EM SEU TEXTO, ABORDE: 1- A FINALIDADE DA ADC E A PRESUNÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE DAS NORMAS; 2- A LEGITIMIDADE DO CFM PARA AJUIZAR ADC; 3- O OBJETO DA ADC; 4- RELEVANTE CONTROVÉRSIA SOBRE A APLICAÇÃO DA NORMA OBJETO DA REFERIDA ADC COMO REQUISITO PARA SUA PROPOSITURA. Responder em até 30 linhas. ESPELHO PROPOSTO: As leis e atos normativos são dotados de presunção de constitucionalidade, a qual, entretanto, é uma presunção relativa (juris tantum), que admite prova em contrário. A Ação Direta de Constitucionalidade visa converter essa presunção relativa de constitucionalidade em presunção absoluta (jure et de jure). Assim, quando a ADC é julgada procedente pelo STF, a norma impugnada não pode mais ser questionada. No caso em apreço, o Conselho Federal de Medicina, entidade de fiscalização profissional, não possui legitimidade para propor a ADC, tendo em vista que não se encontra previsto no rol taxativo de legitimados do art. 103 da CF/88. Esse é o entendimento do STF, que não enquadra os Conselhos de fiscalização profissional no conceito de entidades de classe, cuja única exceção é o Conselho Federal da OAB, expressamente prevista na Constituição. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 20 Verifica-se, ainda, o não cabimento da ação proposta tendo em vista que a ADC somente poderá ter como objeto uma lei federal, nos termos do art. 102, I, a, da CF, o que não ocorre na questão ora em análise. Por fim, um dos requisitos para a propositura da ADC é a presença de relevante controvérsia judicial acerca da matéria prevista na norma impugnada, não bastando para tanto, a mera controvérsia doutrinária. Assim, da mesma forma, incabível a ação proposta. Ressalte-se, ainda, entendimento do STF de que a controvérsia deverá ser qualitativa, não meramente quantitativa. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 21 TEMA: PODER EXECUTIVO COMENTE, DE FORMA FUNDAMENTADA, O ACERTO OU ERRO DA SEGUINTE PASSAGEM: "NO IMPEACHMENT, TODAS AS VOTAÇÕES DEVEM SER ABERTAS". Responder em até 30 linhas. ESPELHO PROPOSTO: Inicialmente, o “impeachment” consiste em sanção política de perda do cargo, aplicável a determinadas autoridades (v.g. presidente e vice da república, ministros de Estado, ministros do STF, etc). No caso do presidente e vice-presidente da república e ministros de Estados, o art. 51, I, da CF estabelece que a Câmara dos Deputados deve autorizar a instauração do processo por 2/3 de seus membros, e, caso admitido, o processo segue ao Senado Federal, que tem competência para efetivamente processar e julgar tais autoridades, conforme art. 52, I, da CF – ocasião em que podem efetuar novo juízo de admissibilidade, consoante orientação firmada pelo STF. Nesse sentido, a Constituição não impõe a cláusula de sigilo nas votações do processo de “impeachment”, como o faz em outros casos (v.g. exoneração do Procurador Geral da República pelo Senado, conforme art. 52, XI, da CF), de modo que deve prevalecer a publicidade, que é princípio norteador da Administração Pública (art. 37, da CF) e da própria jurisdição (art. 93, IX, da CF). Portanto, a assertiva é correta, pois não há, à luz da Constituição da República, qualquer razão para votação secreta no processo de “impeachment”, notadamente em face do regime democrático de direito e da necessária transparência da atuação dos representantes políticos (que decidem o processo) perante os representados (art. 1º, p. ú., do CF). PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 22 DISCORRA SOBRE A NATUREZA DO IMPEACHMENT, BEM COMO SOBRE O PAPEL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS NO JULGAMENTO E PROCESSAMENTO DO IMPEACHMENT. Responder em até 20 linhas. ESPELHO PROPOSTO: Na doutrina brasileira, a natureza do impeachment é controvertida, existindo 3 correntes: a que defende a natureza política, a que entende possuir natureza penal e, por fim, a que adota a natureza mista ou dupla, consistindo em um procedimento de natureza político-penal. A corrente que prevalece é a que defende a natureza mista. No processo de impeachment cabe à Câmara dos Deputados autorizar por dois terços de seus membros, a instauração de processo (art. 51, I, CF). Vale ressaltar que o Presidente da Câmara realiza um juízo de admissibilidade da denúncia, podendo, inclusive, rejeitá-la. Recentemente, no entanto, durante o processo de impeachment da ex- presidente Dilma, o STF entendeu que a decisão da Câmara autorizando a instauração do processo não vinculado o Senado, em que pese a lei e a doutrina defenderem posição contrária. Para o STF, a Câmara atua no âmbito pré- processual, cabendo ao Senado não apenas o julgamento final do processo, mas também um juízo de instauração ou não do processo. Ou seja, ainda que a Câmara autorize a instauração do processo, o Senado não é obrigado a julgar e processar o Presidente. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 23 TEMA: PODER LEGISLATIVO O QUE SE ENTENDE POR CONTRABANDO LEGISLATIVO? COMO O TEMA É TRATADO NA JURISPRUDÊNCIA DOSTF? Responder em até 20 linhas. ESPELHO PROPOSTO: O contrabando legislativo pode ser conceituado como o mecanismo de inclusão de emendas pelo parlamento durante o processo legislativo, tanto de projetos de lei, quanto de medidas provisórias, propostos pelo poder executivo, sem que o conteúdo da emenda tenha pertinência temática com a proposta originária. Nesse sentido, o STF entende que tal prática é inconstitucional por violar o princípio da separação dos poderes (art. 2º da CRFB) no processo legislativo, sobretudo em relação às medidas provisórias, que possuem processo de deliberação mais célere em razão de sua urgência e por se tratar de competência privativa do Presidente da República, de modo ingerências parlamentares podem ferir competência para propositura. Assim, conclui-se que são possíveis emendas parlamentares a projetos de lei de competência privativa do poder executivo, bem como a medidas provisórias, no entanto, tais emendas devem ter relação de pertinência temática com o projeto apresentado, sob pena de se configurar contrabando legislativo, prática vedada pelo ordenamento jurídico pátrio. Por fim, cumpre ressaltar que o STF, ao modular os efeitos da decisão quanto à inconstitucionalidade de tal prática, estabeleceu efeitos ex nunc à decisão, considerando que o contrabando legislativo é uma prática arraigada ao processo legislativo, de modo que a ausência de modulação de efeitos isso poderia provocar enorme insegurança jurídica. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 24 EM TEMA DE COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO, RESPONDAM:1- REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA SUA CONSTITUIÇÃO. 2- POSSIBILIDADE DE DETERMINAR A QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO, FISCAL E TELEFÔNICO? 3- É POSSÍVEL QUE COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO FEDERAL INVESTIGUE TEMA AFETO AO PODER EXECUTIVO ESTADUAL? 4- PODE CPI FEDERAL CONVOCAR A PRESIDENTE DA REPÚBLICA PARA PRESTAR ESCLARECIMENTOS? 5- O INVESTIGADO TEM DIREITO AO SILÊNCIO QUANDO PRESTA ESCLARECIMENTOS JUNTO A CPI? Responder em até 30 linhas. Espelho proposto: 1) As comissões parlamentares de inquérito – CPI são órgãos temporários criados no âmbito dos Poderes Legislativos, dotados de poderes de investigação próprios de autoridades judiciais e que se destinam a apurar fato determinado. A sua previsão constitucional está no art. 58, § 3º, da CF, que exige os seguintes requisitos para sua instituição: a) requerimento de 1/3 dos membros da Casa Legislativa; b) apuração de fato determinado; e c) prazo certo de duração. Além disso, a doutrina e o Supremo Tribunal Federal – STF esclarecem que a CPI não pode ultrapassar uma legislatura. 2) É sabido que as CPI são dotadas de poderes próprios de autoridades judiciais, porém muitos são os questionamentos sobre o limite destes poderes. No ponto, cabe saber que o STF reconhece possível a quebra de sigilo bancário e fiscal por CPI federal ou estadual/distrital, prevalecendo que CPI municipal não tem tal competência. Aliás, especificamente ao sigilo bancário, tal autorização é dada pelo art. 4º, § 1º, da LC n. 105/01. Quanto ao sigilo telefônico, o STF realiza distinção entre “interceptação telefônica” e “quebra dos registros telefônicos”, certo que a CPI somente pode realizar a quebra dos registros telefônicos, já que a “interceptação telefônica” está sob reserva de jurisdição e restrita para fins de investigação criminal e processo penal, na forma do art. 5º, XII, da CF. 3) Em obediência ao princípio da federativo (art. 1º, CF), não é possível a CPI federal investigar tema afeto exclusivamente ao Poder Executivo Estadual, PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 25 incumbência que deve ser desempenhada pela respectiva Assembleia Legislativa. Nada obstante, nada impede que se apurem fatos conexos ao objeto da CPI federal e que estejam relacionados ao Poder Executivo Estadual, caso em que não se estaria violando o pacto federal. 4) É certo que a CPI tem, por previsão constitucional (art. 58, § 2º, V, da CF), poder de convocar autoridades e cidadãos para prestar depoimento. Todavia, tal poder de convocação não alcança o Presidente da República por duas razões: a) respeito à separação dos poderes (art. 2º, CF); e b) a cláusula de irresponsabilidade presidencial (art. 86, § 4º, CF). 5) Sim, o investigado tem direito ao silêncio quando convocado pela CPI a fim de não produzir prova contra si mesmo. Aliás, este direito ao silêncio tem sido reconhecido pela jurisprudência do STF que em sede, inclusive, de ‘habeas corpus’, concede o direito ao silêncio aos investigados. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 26 TEMA: PODER JUDICIÁRIO E FUNÇÕES ESSENCIAIS A JUSTIÇA REDIJA UM TEXTO DISSERTATIVO ACERCA DA RELAÇÃO ENTRE OS PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS DO MINISTÉRIO PÚBLICO E A COMPETÊNCIA PARA PROMOVER ATIVIDADES INVESTIGATÓRIAS PARA FINS DE PREPARAÇÃO E EVENTUAL INSTAURAÇÃO DE AÇÃO PENAL. EM SEU TEXTO, RESPONDA DE FORMA FUNDAMENTADA, NECESSARIAMENTE, AOS SEGUINTES QUESTIONAMENTOS. 1- A COMPETÊNCIA EM APREÇO ESTÁ EXPRESSAMENTE PREVISTA PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 ENTRE AS FUNÇÕES INSTITUCIONAIS DO MINISTÉRIO PÚBLICO? 2- QUAL O POSICIONAMENTO ATUALMENTE PREDOMINANTE ACERCA DESSA MATÉRIA, NA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL? 3- COMO O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL APLICA A DOUTRINA DOS “PODERES IMPLÍCITOS” A ESSA MATÉRIA? Responder em até 30 linhas. ESPELHO PROPOSTO: A Constituição Federal de 1988 prevê que são princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional, sendo uma de suas funções institucionais a promoção de ação penal, de forma privativa. Dessa forma, em 2015, o Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu, em sede de repercussão geral, que o Ministério Público pode realizar atividades investigatórias para fins de preparação e eventual instauração de ação penal. A despeito da CRFB/88 não mencionar expressamente que o Parquet possui competência para investigar crimes, a Suprema Corte adotou a teoria dos poderes implícitos, segundo a qual é necessário que se conceda todos os meios imprescindíveis para a execução da atividade fim, no caso, a propositura da ação penal. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 27 Assim, a Constituição garantiu ao Ministério Público os meios necessários para que se possa propor a ação penal, inclusive a respectiva investigação para a formação do arcabouço probatório. Todavia, o STF apontou que deveriam ser respeitadas determinadas balizas: I) respeito aos direitos e garantias assegurados a qualquer pessoa sob a investigação do Estado; II) observância das prerrogativas dos advogados; e III) possibilidade de controle jurisdicional dos atos praticados pelos membros do MP, os quais devem ser documentados (Súmula Vinculante 14). PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.brGONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 28 A SISTEMÁTICA CONSTITUCIONAL DA JUSTIÇA DESPORTIVA PODE SER CONSIDERADA UMA EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE? Responder em até 20 linhas. ESPELHO PROPOSTO: O princípio da inafastabilidade da jurisdição está previsto no rol dos direitos e garantias fundamentais do art. 5º, XXXV, da CRFB, segundo o qual qualquer lesão ou ameaça a direito poderá ser apreciada pelo Poder Judiciário. Tal princípio, contudo, não é absoluto. A sistemática constitucional da justiça desportiva pode ser considerada uma mitigação ao princípio da inafastabilidade da jurisdição. Trata-se da CRFB excepcionando-se a si mesma. De acordo com o art. 217, §1º, da CRFB, as ações judiciais relativas às competições desportivas somente poderão ser propostas após esgotadas as instâncias legais da justiça desportiva. Há, entretanto, prazo constitucional expresso de 60 (sessenta) dias contados da instauração do processo para que seja proferida decisão final pela justiça especializada. Dessa forma, sendo a justiça desportiva um meio alternativo de solução de conflitos constitucionalmente previsto, é possível afirmar que não se trata propriamente de uma exceção, mas de uma mitigação temporária do princípio da inafastabilidade da jurisdição. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 29 DISCORRA SOBRE O PAPEL DO PODER JUDICIÁRIO DIANTE DA CONFIGURAÇÃO DE UM ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL. Responder em até 30 linhas. ESPELHO PROPOSTO: O estado de coisas inconstitucional (ECI) foi reconhecido inicialmente pela Suprema Corte da Colômbia, na década de noventa do século passado. Passava aquele país por grave crise no seu sistema penitenciário, conjugada com a reiterada violação dos direitos humanos, agravada pelo tráfico de drogas e pelas ações das demais organizações criminosas. O ECI surge no momento histórico em que cada vez mais é exigido dos poderes públicos o que convencionou chamar-se de accountability, que consiste no dever de exibir-se, explicar-se, justificar-se e, notadamente, sujeitar-se às sanções. Será o Poder Judiciário chamado a atuar quando houver reiterada, prolongada e maciça violação dos deveres constitucionais, notadamente dos direitos humanos, quando a solução envolver diversos órgãos superiores na hierarquia da Administração que exija a atuação do poder judiciário na coordenação das ações a serem implementadas. Neste sentido, o plenário do Supremo Tribunal Federal, em recente julgamento de liminar em ADPF, reconheceu a configuração do estado de coisas inconstitucional em relação aos presídios brasileiros. Todavia, até mesmo em respeito à separação dos poderes, a atuação do poder judiciário não é ampla. Tanto é que, entre as diversas medidas pleiteadas pelos autores da ação (entre elas, várias contra legem – progressão do regime - e outras que se limitavam a repetir normas legais), a Suprema Corte brasileira somente deferiu, liminarmente, a proibição do descontigenciamento das verbas do fundo penitenciário e também determinou a realização das audiência de custódia. Assim, vejam que retirei a introdução histórica, e ainda sim a resposta está excelente. OU seja, a introdução era dispensável, mormente diante do limite de linhas. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 30 PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 31 TEMA: ORDEM SOCIAL, FINANCEIRA E ECONÔMICA A PREFEITA DE DOURADOS/MS INCLUIU NA LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL DO MUNICÍPIO DISPOSITIVO DOANDO À POLÍCIA FEDERAL UM ANTIGO PRÉDIO DA MUNICIPALIDADE. A LEI FOI APROVADA NA CÂMARA DE VEREADORES E SANCIONADA. DIANTE DESSE CONTEXTO, INDAGA-SE: O DISPOSITIVO REFERIDO É CONSTITUCIONAL? Responder em até 10 linhas. ESPELHO PROPOSTO: De acordo com o art. 165, § 8º, da CF/88, a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. A exceção fica por conta da possibilidade de o orçamento trazer autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita. Trata-se do princípio da exclusividade do orçamento ou da pureza orçamentária, que tem o objetivo de evitar os chamados orçamentos rabilongos. Neste contexto, não há dúvidas de que, se a lei orçamentária anual contém dispositivo doando à Polícia Federal imóvel pertencente ao Município, aquele padece de inconstitucionalidade, por violação ao citado art. 165, § 8º, da CF/88, uma vez que a matéria em questão não diz respeito à previsão de receita ou fixação de despesa nem mesmo à autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 32 TRACE AS SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS EXISTENTES ENTRE A PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DAS TERRAS INDÍGENAS DAQUELA CONFERIDA AS TERRAS QUILOMBOLAS, ESPECIALMENTE NO QUE TANGE A RELAÇÃO COM A TERRA E PROPRIEDADE DA MESMA. Responder em até 30 linhas. ESPELHO PROPOSTO: Para as comunidades tradicionais em geral, a terra possui um significado diferente do que para a sociedade em geral. Para elas, a terra é o elo que mantém a união do grupo, e que permite a sua continuidade no tempo através de sucessivas gerações, possibilitando a preservação da cultura, dos valores e do modo peculiar de vida da comunidade étnica. Privado da terra, o grupo tende a se dispersar e a desaparecer, absorvido pela sociedade envolvente. O constituinte de 1988, atento a essa realidade, protegeu os territórios dos índios e dos remanescentes de quilombos, porém instituiu regimes de proteção diversos a tais grupos. No caso dos quilombolas, o artigo 68 do ADCT conferiu a titularidade coletiva das terras à própria comunidade. Entretanto, no caso de comunidades indígenas, a propriedade das terras é da União, conforme o artigo 20 XI, cabendo a comunidade indígena a posse permanente e o usufruto exclusivo das riquezas do solo, rios e lagos neles existentes. Apesar da adoção de regimes de proteção diferentes, os objetivos visados pelas normas são os mesmos, ou seja, a preservação da identidade e da manifestação cultural de tais grupos. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 33 O PODER PÚBLICO ESTÁ CONSTRUINDO UMA ESTRADA QUE CRUZA TODO O ESTADO DE RORAIMA, PASSANDO PELO INTERIOR DE UMA TERRA INDÍGENA. FEITOS OS ESTUDOS ANTROPOLÓGICOS, CONSTATOU-SE QUE A ESTRADA DESTRUIRÁ UM LOCAL SAGRADO PARA OS INDÍGENAS QUE VIVEM NO LOCAL, POIS CRUZARA O VASTO CEMITÉRIO DAQUELE POVO. O PODER PÚBLICO REFEZ OS ESTUDOS, E CONSTATOU QUE A ALTERAÇÃO DO PROJETO CAUSARÁ PREJUÍZO DE R$ 100.000.000,00 (CEM MILHÕES DE REAIS) AOS COFRES PÚBLICOS, TAMANHA A MUDANÇA QUE DEVERÁ SER FEITA PARA QUE SE DESVIE A ESTRADA,INCLUSIVE COM A CONSTRUÇÃO DE UMA PONTE, O QUE ATRASARA A OBRA EM PELO MENOS 02 ANOS PREJUDICANDO SOBREMANEIRA A ECONOMIA E INTEGRAÇÃO LOCAL. DIANTE DISSO, DISCORRA SOBRE COMO PONDERAR OS DIREITOS EM CONFLITO A LUZ DOS PRINCÍPIOS DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO E DA EFETIVA PROTEÇÃO A MINORIAS. Sem limite de linhas ESPELHO PROPOSTO: O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado consiste em um dos principais vetores que orientam a atuação do Estado, pois possibilita a utilização de prerrogativas que visam resguardar a finalidade pública. Desse modo, a doutrina e a jurisprudência delimitaram facetas desse princípio, tendo como desdobramentos o interesse público primário e o secundário. O primeiro, considerado imediato e geral, trata-se do atendimento do interesse público propriamente dito, enquanto que o secundário objetiva salvaguardar os interesses patrimoniais estatais. Em paralelo, a CF, em seu art.231, e os tratados internacionais aderidos, assentaram os direitos fundamentais das comunidades indígenas, reconhecendo sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam. Dada a imperiosidade de se proteger essas comunidades, quaisquer atos que objetivam a ocupação, o domínio e a posse de suas terras ou a exploração PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 34 de rios e lagos e de riquezas naturais do solo são jungidos de nulidade e extintos, ressalvada a hipótese de relevante interesse público da União. A par disso, infere-se uma relativização quanto à proteção dessas terras, contudo essa exploração ou mesmo a incursão está condicionada à edição de Lei Complementar. Referida lei até o momento não foi editada, razão pela qual se faz imprescindível a análise do caso concreto e a observância do princípio da máxima efetividade dos direitos fundamentais. Nessa toada, esse relevante interesse público da União deve ser excepcional e substancial a ponto de imiscuir na tutela das terras indígenas. Como exemplo dessa possível interferência, é possível citar a fixação de unidades de conservação nas terras indígenas, restringindo o seu uso, a fim de garantir o meio ambiente ecologicamente equilibrado, insculpido no art. 225 da CF. Já no que pertine à construção de estradas, dentre outras explorações, essas atividades devem ser suspensas e não fomentadas, dada a notória prevalência dos direitos das populações indígenas, a fim de estimular a manutenção dessas comunidades e preservá-las quanto à possibilidade de extinção. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 35 SOB O VIÉS DA REGULAÇÃO ECONÔMICA PREVISTA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, TRATE, EM ATÉ 20 LINHAS, DA (I)LEGALIDADE DA OPERAÇÃO DE SERVIÇOS REMUNERADOS DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS POR APLICATIVOS. Responder em até 30 linhas. ESPELHO PROPOSTO: De início, cumpre destacar que o art. 170 da CF/88 dispõe acerca dos princípios da ordem econômica, dentre os quais, encontram-se o da livre iniciativa e o da livre concorrência. Nesse diapasão, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou pela constitucionalidade da legislação federal que regulamenta as operações de serviços remunerados de transporte de passageiros por aplicativos, em decorrência do prisma constitucional concedido aos aludidos princípios, não tendo sido acolhida a tese de que tais meios de transporte deveriam ser permitidos apenas com concessão ou permissão dos entes públicos. Ademais, não se pode olvidar que o próprio STF, na modalidade de repercussão geral, julgou pela inconstitucionalidade das leis municipais ou estaduais que proibissem, integralmente, a prestação dos serviços de transporte por aplicativos ou que, de alguma forma, restringissem de maneira irrazoável e desproporcional a efetivação de tais serviços. Aliás, impende salientar que nos termos da decisão da mencionada Suprema Corte, haverá inconstitucionalidade das leis municipais ou estaduais que contrariem as normas dispostas na legislação federal, tendo em vista o descumprimento da competência concorrente transcrita no art. 21 da Constituição Federal. Sendo assim, verifica-se, segundo o STF, a constitucionalidade, e por certo, a legalidade na prestação dos serviços remunerados de transporte por aplicativos. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 36 A ORDEM JURÍDICA BRASILEIRA É CONSIDERADA CAPITALISTA, ISSO EM VIRTUDE DO TEOR DO ART. 170 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. DIGA SE O ENUNCIADO É VERDADEIRO OU FALSO, DISCORRENDO SOBRE A ORDEM JURÍDICO-ECONÔMICA BRASILEIRA. Responder em até 20 linhas. ESPELHO PROPOSTO: O capitalismo é um sistema econômico em que as relações de produção estão assentadas na propriedade privada dos bens em geral e tem por pressuposto a liberdade de iniciativa e de concorrência. Nesse sentido, de fato a Constituição Federal protege a propriedade privada de bens e produção e admite a livre concorrência na iniciativa privada (art. 170, incisos II e IV, CF/88), sendo legítimo afirmar que a ordem jurídico-econômica brasileira define uma opção pelo sistema capitalista. Entretanto, não se pode olvidar que Constituição, no mesmo dispositivo em comento, confere prioridade aos valores do trabalho humano sobre todos os demais valores da economia de mercado, ao mesmo tempo em que limita a liberdade com fundamento na justiça social (art. 170, caput, CF/88), bem como exige a observância da função social da propriedade e redução das desigualdades regionais e sociais; (art. 170, incisos III e VI da CF/88). Assim, a partir da interação de tais princípios, é possível concluir que a ordem econômica na Constituição de 1988 se define, sim, por um sistema capitalista, entretanto com certa mitigação de princípios publicistas que buscam harmonizar a livre iniciativa e os direitos sociais e humanos. PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 37 DEMAIS QUESTÕES FORAM SUPRIMIDAS PRODUTO CORTESIA PARA QUEM COMPROU O MANUAL DO CONCURSEIRO – ENVIO DE MATERIAL APENAS PARCIAL PARA FINS DE DIVULGAÇÃO MATERIAL COMPLETO DISPONÍVEL EM www.meuesquematizado.com.br GONÇALVES E CARVALHO PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS LTDA www.meuesquematizado.com.br 38 AGRADECIMENTOS Chegamos ao fim do nosso e-book, com a certeza de que vocês estão escrevendo melhor do que quando começaram as questões. Esperamos ter contribuído para o crescimento de cada um de vocês. Sigam-nos nas redes sociais: @meuesquematizado, @meuorganizado e @legislacaoorganizada . Envie suas opiniões, elogios e críticas para meuesquematizado@hotmail.com Sucesso a todos. Meu Esquematizado