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Thaiane Barros – Medicina P2 1 Tutor: Hicla Relator: Mauro Vital Coordenador: Ana Catarina Problema 03: Que cansaço é esse?! PASSO 5- LISTANDO OS OBJETIVOS: ♡ 1º Compreender os tipos de insuficiência cardíaca, suas causas, sintomas e diagnósticos; ♡ 2º Associar os sintomas apresentados pelo paciente com a insuficiência; ♡ 3º Entender o ecocardiograma e o eletrocardiograma; ♡ 4º Compreender os valores dos exames laboratoriais do paciente com os de referência; ♡ 5º Definir os tipos de valvopatias, suas causas e consequências; PASSO 6- DESCREVENDO OS OBJETIVOS: 1 Tipos de insuficiência cardíaca, suas causas, sintomas e diagnósticos: CONCEITO: A insuficiência cardíaca, ou também conhecida por insuficiência cardíaca congestiva é uma síndrome clínica em que o coração se torna incapaz de ofertar oxigênio aos tecidos do corpo na quantidade certa as suas necessidades, ou realiza esse trabalho necessitando de muito esforço elevando os níveis pressóricos de enchimento (pré-carga). A insuficiência cardíaca pode afetar o lado esquerdo (ventrículo esquerdo), o lado direito (ventrículo direito) ou ambos os lados do coração. Em geral, a insuficiência cardíaca começa no lado esquerdo, especificamente, no ventrículo esquerdo, a câmara principal de bombeamento do coração. No caso de insuficiência cardíaca, ela pode ser pode ser resultante de disfunção estrutural ou funcional, onde as principais câmaras de bombeamento do coração (ventrículos) podem ficar rígidas e não encher adequadamente entre as batidas. Em alguns casos de insuficiência cardíaca, o músculo cardíaco pode ficar danificado e enfraquecido, e os ventrículos se esticam (dilatar), comprometendo, assim, compromete a capacidade de o coração encher de sangue ou ejetá-lo, até o ponto onde o coração não pode bombear sangue eficientemente para todo o corpo. Com o tempo, o coração não consegue mais manter as exigências normais que tem de bombear sangue para o resto do corpo, podendo causar insuficiência ou até a falência de outros órgãos ou tecidos, isso porque a insuficiência cardíaca (IC) é uma doença sistêmica com repercussão em vários órgãos, entre eles, rim, pulmão e o fígado. Thaiane Barros – Medicina P2 2 CAUSAS: A IC pode ser resultado de inúmeras doenças cardíacas e/ou sistêmicas. A causa mais comum é a redução da contratilidade miocárdica (função sistólica alterada), que pode ser originada por Infarto agudo do miocárdio (IAM), fase dilatada da cardiopatia hipertensiva e miocardiopatias. Nos adultos, em aproximadamente 69% dos casos, a IC está associada à disfunção sistólica do ventrículo esquerdo. Já nos 40% restantes, a IC está relacionada com a disfunção diastólica. A insuficiência cardíaca é a causa responsável por 33% das doenças cardiovasculares, sendo que diabetes e hipertensão arterial sistêmica são fatores responsáveis pela maior incidência em afro-americanos. ♡ Doença arterial coronariana e ataque cardíaco. A doença arterial coronariana é a forma mais comum de doença cardíaca e a causa mais comum de insuficiência cardíaca. Esta doença resulta da formação de depósitos de gordura (placa) nas artérias, o que reduz o fluxo sanguíneo e pode levar a um ataque cardíaco. ♡ Pressão alta (hipertensão). Se a pressão arterial está alta, o coração tem que trabalhar mais do que deveria para circular sangue por todo o corpo. Com o tempo, esse esforço extra pode fazer com que o músculo cardíaco fique muito duro ou muito fraco para bombear sangue efetivamente. ♡ Válvulas cardíacas defeituosas. As válvulas cardíacas fazem com que o sangue continue fluindo na direção certa através do coração. Uma válvula danificada - devido a um defeito cardíaco, doença arterial coronariana ou infecção cardíaca - força o coração a trabalhar mais, o que pode enfraquecê-lo ao longo do tempo. ♡ Danos no músculo cardíaco (cardiomiopatia). Danos no músculo cardíaco (cardiomiopatia) podem ter muitas causas, como várias doenças, infecções, abuso de álcool e o efeito tóxico de drogas, como cocaína ou algumas drogas usadas na quimioterapia. Fatores genéticos também podem desempenhar um papel. ♡ Miocardite. Miocardite é inflamação do músculo cardíaco. Sua causa mais comum é um vírus, incluindo o vírus COVID-19, e pode levar à insuficiência cardíaca esquerda. ♡ Defeitos cardíacos congênitos (defeitos cardíacos congênitos). Se o coração e suas câmaras ou válvulas não se formaram adequadamente, as partes saudáveis têm que trabalhar mais para bombear sangue através do coração, o que, por sua vez, pode levar à insuficiência cardíaca. ♡ Ritmos cardíacos anormais (arritmias cardíacas). Ritmos cardíacos anormais podem fazer com que o coração bata muito rápido, o que dá a este órgão um esforço extra. Um batimento cardíaco muito lento também pode levar à insuficiência cardíaca. ♡ Outras doenças. Doenças crônicas — como diabetes, HIV, hipertireoidismo, hipotireoidismo ou acúmulo de ferro (hemocromatose) ou proteína (amiloidose) — também podem contribuir para a insuficiência cardíaca. As causas da insuficiência cardíaca aguda incluem vírus que atacam o músculo cardíaco, infecções graves, reações alérgicas, coágulos sanguíneos nos pulmões, uso de certos medicamentos ou qualquer doença que afete todo o corpo. Thaiane Barros – Medicina P2 3 SINTOMAS: A insuficiência cardíaca pode se apresentar de forma constante (crônica) ou pode começar de repente (aguda). ♡ Dispneia: que pode ser > a) Dispneia aos grandes esforços. b) Ortopneia: casos mais avançados. c) Dispneia paroxística noturna: casos avançados. d) Padrão respiratório de Cheyne-Stokes: casos avançados. ♡ Fadiga e Astenia ♡ Inchaço (edema) nas pernas, tornozelos e pés ♡ Palpitações: quando há arritmia subjacente. ♡ Síncope: quando há arritmia subjacente. ♡ Anorexia e dor abdominal: IC direita avançada. ♡ Batimentos cardíacos rápidos ou irregulares ♡ Capacidade reduzida de exercício ♡ Tosse constante ou chiado com fleuma branca ou rosa manchada de sangue ♡ Aumento da necessidade de urinar à noite ♡ Inchaço do abdômen (ascites) ♡ Ganho de peso muito rápido da retenção de fluidos ♡ Falta de apetite e náusea ♡ Dificuldade de concentração/ menor alerta ♡ Súbita e severa falta de ar, e tossir muco rosa cintilante ♡ Dor no peito se insuficiência cardíaca for o resultado de um ataque cardíaco CLASSIFICAÇÃO Estágio A: sem cardiopatias, mas com alto risco de desenvolver insuficiência cardíaca. Estágio B: possuem cardiopatias, mas não tem sintomas de insuficiência cardíaca. Estágio C: possuem cardiopatias e possuem ou possuíram sintomas de insuficiência. Estágio D: insuficiência cardíaca em estágio final. TIPOS: A IC pode ser classificada de acordo com o lado do coração afetado (classificação anatômica), de acordo com a função alterada (classificação funcional) e de acordo com o débito cardíaco. ♡ Insuficiência cardíaca esquerda: É a mais comum e ocorre devido à insuficiência ventricular (dificuldade em bombear ou em relaxar. Nela o fluido pode se acumular nos pulmões, causando falta de ar. ♡ Insuficiência cardíaca direita: acontece por conta da insuficiência ventricular direita, onde na maioria dos casos, a principal causa de insuficiência cardíaca direita é justamente a própria insuficiência esquerda, mas também pode estar ligada a outras causas como o “cor pulmonale”, a hipertensão pulmonar primária e o tromboembolismo pulmonar. Nesse tipo de IC, o fluido pode se acumular no abdômen, pernas e pés, causando o que chamamos de edema.♡ IC congestiva (ICC) ou biventricular: Ocorre a insuficiência dos dois lados, normalmente, iniciando pelo lado esquerdo, que, retrogradamente, leva ao acometimento do lado direito. ♡ Insuficiência cardíaca sistólica/ de acordo com a função afetada: A função sistólica como nós bem sabemos está referente a capacidade dos ventrículos em bombear e ejetar o sangue em direção as artérias (pulmonar e aorta). O ventrículo esquerdo não pode se contrair vigorosamente, e, consequentemente, de ejetar o sangue, indicando um problema de bombeamento. Esse tipo de IC, é bastante comum e possui como principais causas a cardiopatia hipertensiva, a doença coronariana, valvopatias, cardiomiopatia dilatada idiopática, Thaiane Barros – Medicina P2 4 cardiomiopatia alcoólica e a doença de Chagas (nas áreas endêmicas). ♡ Insuficiência cardíaca diastólica (também chamada de insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada): Nesse tipo de IC, representa a capacidade de relaxamento dos ventrículos durante a diástole para se encher de sangue e não aumentar consideravelmente a pressão intracavitária. Ou seja, o ventrículo esquerdo não consegue relaxar ou preencher completamente, indicando um problema de enchimento, consequentemente, uma restrição do relaxamento ventricular e do seu enchimento diastólico, estando sua capacidade contrátil inalterada, isto é, sua fração de ejeção é PRESERVADA (FE >= 50%).As principais etiologias da IC diastólica são: a cardiopatia hipertensiva na fase hipertrófica, a fibrose isquêmica, cardiomiopatia hipertrófica hereditária, cardiomiopatias restritivas e desordens do endomiocárdio. ♡ IC de alto débito: Quando ocorre aumento do trabalho cardíaco na ausência de alguma alteração orgânica no coração na tentativa ineficaz de suprir alta demanda metabólica (lembrem-se do conceito de insuficiência cardíaca) ou por fístulas arteriovenosas (desvio do sangue do leito arterial diretamente por leito venoso, sem passar por capilar). A IC de alto débito ocorre, por exemplo, na anemia grave, treotoxicose, sepse, beribéri e cirrose. ♡ IC de baixo débito: Corresponde à maioria dos casos, é ocasionada principalmente por disfunção cardíaca sistólica, onde o coração não consegue bombear sangue de forma adequada. 2 Associar os sintomas apresentados pelo paciente com a insuficiência: SINAIS E SINTOMAS: - Sobrecarga atrial e ventricular esquerdas; - Alterações da repolarização ventricular; - hipertrofia E dilatação do coração; - Frequência de 75 bpm; - Ritmo sinusal; - Bloqueio atrioventricular do 1º grau (PR 240 ms); - Eixo de QRS indeterminado no plano frontal; - Dilatação acentuada do ventrículo esquerdo, átrio esquerdo e ventrículo direito; - Aumento acentuado do diâmetro da aorta; - Insuficiência acentuada na valva aórtica; - Exames de urina revelando proteinúria de 24hs o,23 g/L; - Valvopatias (insuficiência da valva aórtica), de grau acentuado; FUNÇÕES RENAIS: Um dos principais mecanismos de compensação do corpo para o fluxo sanguíneo reduzido na insuficiência cardíaca é o aumento da quantidade de sal e de água retidos pelos rins. A retenção de sal e de água, em vez de sua excreção na urina, aumenta o volume de sangue na corrente sanguínea e ajuda a manter a pressão sanguínea. No entanto, o maior volume de sangue também estende o músculo cardíaco, aumentando as câmaras do coração, em particular os ventrículos. Em um primeiro momento, quanto mais o músculo cardíaco se estende, mais energicamente ele se contrai, o que melhora a função cardíaca. No entanto, após um certo período de distensão, esta já não contribui para função cardíaca, pois enfraquece contrações do coração (como quando um elástico é esticado demais). Consequentemente, ocorre agravamento da insuficiência cardíaca. Além disso, a retenção de sal e água aumenta a congestão de líquidos nos órgãos como pulmões, causando piora dos sintomas de insuficiência cardíaca. AUMENTO DO TAMANHO DO CORAÇÃO: Outro mecanismo importante de compensação é o espessamento das paredes musculares dos ventrículos (hipertrofia ventricular). Quando um esforço mais intenso é exigido do coração, ocorrem espessamento e distensão das paredes cardíacas, semelhante ao que acontece com os músculos do bíceps após meses de treino com halteres. No Thaiane Barros – Medicina P2 5 início, o aumento de tamanho permite que o coração mantenha o volume de sangue que bombeia para fora (débito cardíaco). No entanto, o coração aumentado e/ou espessado acaba se enrijecendo, causando ou piorando a insuficiência cardíaca. 3 Entender o ecocardiograma e o eletrocardiograma; ECOCARDIOGRAMA| CONCEITO: É um exame diagnóstico não invasivo de imagens em tempo real da estrutura e da função cardíaca. Esse exame consiste na aquisição de imagens através da utilização de ultrassons para o estudo da função cardíaca. O exame permite detectar distúrbios que afetam os vasos sanguíneos em outras partes do corpo, anomalias morfológicas e funcionais das suas estruturas como válvulas defeituosas, defeitos congênitos (como orifícios nas paredes entre as câmaras cardíacas) e alargamento das paredes ou câmaras do coração, como ocorre em pessoas com hipertensão arterial, insuficiência cardíaca ou insuficiência das paredes musculares do coração (cardiomiopatia). – Câmaras cardíacas (aurículas e ventrículos), válvulas e grandes vasos sanguíneos (artéria pulmonar e aorta). Um dos principais motivos para a solicitação do ecocardiograma é a avaliação do tamanho das câmaras do VE e da função sistólica. Para isso, é realizado o cálculo do débito cardíaco a partir da quantidade de sangue que sai dos ventrículos por minuto. TIPOS: ♡ Bidimensional ♡ Tridimensional ♡ Doppler ♡ Doppler a cores ♡ Ecocardiograma com análise de deformação (“strain”) ECOCARDIOGRAFIA MODO MOVIMENTO OU “M” É uma das primeiras formas de ultra-som cardíaco e pouco utilizado hoje no exame de rotina, exceto para melhor discriminação de patologias (por exemplo, vegetação). ULTRASSONOGRAFIA BIDIMENSIONAL: é a técnica mais utilizada, produz imagens bidimensionais realistas em “fatias” geradas por computador. O “empilhamento” das fatias pode recriar uma estrutura tridimensional. ECOCARDIOGRAFIA 3D/TRIDIMENSIONAL: Acontece em tempo real e permite a aquisição de um ou vários batimentos de conjuntos de dados piramidais durante uma apneia sem a necessidade de reconstrução offline. Uma grande vantagem da ecocardiografia 3D justamente a melhoria na resolução, na precisão e na reprodutibilidade da avaliação dos volumes das câmaras cardíacas, além de conseguir também visualizar melhor as válvulas cardíacas e anomalias congênitas, orientando as intervenções para doenças cardíacas estruturais. A ULTRASSONOGRAFIA DOPPLER: Esse exame é baseado nas mudanças na frequência do sinal de retroespalhamento de pequenas estruturas móveis (ou seja, os eritrócitos) interceptadas pelo feixe de ultrassom, mostrando, assim, a direção e velocidade do fluxo sanguíneo e,com isso, pode detectar fluxo turbulento decorrente de estreitamento ou um possível bloqueio dos vasos sanguíneos. A ULTRASSONOGRAFIA DOPPLER COLORIDA: Indica as diferentes direções do fluxo sanguíneo em cores diferentes. são comumente usadas para ajudar a diagnosticar distúrbios que afetam o coração e as artérias e veias no tronco, pernas e braços, determina se as válvulas do coração se abrem e se fecham adequadamente, se elas vazam quando fechadas e o volume desse vazamento, se https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/valvulopatias/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-valvulopatiashttps://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/valvulopatias/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-valvulopatias https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/defeitos-cong%C3%AAnitos-do-cora%C3%A7%C3%A3o/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-defeitos-card%C3%ADacos https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/hipertens%C3%A3o-arterial/hipertens%C3%A3o-arterial https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/hipertens%C3%A3o-arterial/hipertens%C3%A3o-arterial https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/insufici%C3%AAncia-card%C3%ADaca/insufici%C3%AAncia-card%C3%ADaca-ic https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/cardiomiopatia/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-cardiomiopatia Thaiane Barros – Medicina P2 6 houver, bem como se o sangue flui normalmente. Também podem ser detectadas conexões anormais entre uma artéria e uma veia ou entre as câmaras cardíacas. ECOCARDIOGRAMA COM ANÁLISE DE DEFORMAÇÃO: Ele mede mudanças no movimento do músculo cardíaco. O ecocardiograma com análise de deformação é capaz de diagnosticar uma doença cardíaca antes que as alterações se tornem visíveis com ecocardiograma convencional, diferenciar entre diversas causas de doença cardíaca e prever o prognóstico em uma variedade de cardiopatias, incluindo insuficiência cardíaca. TÉCNICAS DE PROCEDIMENTO: As ondas de ultrassom são emitidas por uma sonda que emite e detecta ondas de ultrassom (transdutor). O transdutor pode ser colocado Sobre: ECOCARDIOGRAMA TRANSTORÁCICO (EM REPOUSO OU EM STRESS): podem visualizar o coração e os grandes vasos sanguíneos adjacentes de vários ângulos e, assim, obter uma imagem precisa da estrutura e função do coração. Durante várias partes do exame, as pessoas terão que prender a respiração por cerca de dez segundos para garantir a obtenção de imagens nítidas. O ecocardiograma transtorácico é indolor e demora de 20 a 30 minutos. ECOCARDIOGRAMA TRANSESOFÁGICO: obter maior clareza para analisar a aorta ou estruturas na parte de trás do coração (particularmente no átrio esquerdo ou ventrículo esquerdo), Também se utiliza o ecocardiograma transesofágico quando o ecocardiograma regular for difícil de realizar em decorrência de obesidade, distúrbios pulmonares ou outros problemas técnicos ou quando os médicos estiverem procurando doenças específicas, como endocardite da válvula mitral ou da válvula aórtica ou um coágulo no coração. ECOCARDIOGRAMA INTRATORÁCICO (VIA CATETER NO INTERIOR DO CORAÇÃO). Utilizado quando os médicos precisam obter imagens detalhadas do coração que não podem ser obtidas usando ecocardiograma transtorácico ou transesofágico, geralmente é solicitado quando uma pessoa está sendo submetida a um procedimento no coração, por exemplo, um procedimento para reparar um defeito do septo atrial (orifício no coração). ELETROCARDIOGRAMA (ECG) ou ELETROCARDIOGRAFIA | CONCEITO é um exame que permite a reprodução gráfica da atividade elétrica do coração, O ECG registra a atividade elétrica do coração refletindo os eventos em conjunto de suas células funcionalidade e a condução dessa atividade elétrica, por isso são fixados eletrodos fixados na pele para captação da atividade elétrica. Através desse exame, é possível detectar o ritmo do coração e o número de batimentos por minuto. O exame é rápido, simples, indolor e geralmente leva de 5 a 10 minutos para ser concluído. PODE DETECTAR: Irregularidades no ritmo cardíaco (arritmia), seja por um coração acelerado (taquicardia), devagar (bradicardia) ou fora do ritmo; Aumento de cavidades cardíacas; Patologias coronarianas; Infarto do miocárdio; Distúrbios na condução elétrica do órgão; Problemas nas válvulas do coração; Pericardite - Inflamação da membrana que envolve o coração; Hipertrofia das câmaras cardíacas - átrios e ventrículos; Doenças que isolam o coração - derrame pericárdico ou pneumotórax; Infarto em situações emergenciais; Doenças genéticas; Doenças transmissíveis (Doença de Chagas). Pressão alta ou hipertensão; Colesterol alto; Tabagismo; Diabetes; Thaiane Barros – Medicina P2 7 PROCEDIMENTO: Na realização do ECG, o paciente fica deitado numa maca em repouso por 5 minutos antes do procedimento, para que o resultado não sofra influência de fatores externos, tais como atividades físicas ou uso de cigarros e de preferência que o paciente esteja em jejum. Em seguida, são colocados os eletrodos na parede torácica anterior (região frontal do peito), nos punhos e tornozelos, e aplica-se um gel sobre esses dispositivos para facilitar a medição da corrente elétrica. A pele deve estar bem limpa e desengordurada nos locais de fixação dos eletrodos. Se o corpo do paciente tiver muitos pelos, a depilação deve ser feita e se a pele for especialmente oleosa deve ser promovida uma limpeza local com álcool. RESULTADOS DO ELETROCARDIOGRAMA CONVENCIONAL: RESULTADOS NORMAIS DO ELETROCARDIOGRAMA: O coração bate em um ritmo regular, geralmente entre 60 e 100 batidas por minutos (bpm); ou o traço parece normal. RESULTADOS ANORMAIS: O coração bate muito lentamente (abaixo de 60 bpm); O coração bate muito rápido (acima de 100 bpm), o ritmo cardíaco não é regular e o traço não parece normal. Onda P: - Representa a despolarização atrial. - É positiva em D1, D2 e aVF e negativa em aVR. Duração de até 100ms (dois quadradinhos e meio). Complexo QRS: - Formado pelas Ondas Q, R e S, que, juntas, representam a despolarização ventricular. A duração do complexo não deve ultrapassar 120 ms (0,12 segundos). O fim do complexo QRS é chamado “ponto J”. Intervalo PR: - Do início da ONDA P até o início da atividade do COMPLEXO QRS. - Mede a condução átrio- ventricular. - Representa o tempo entre a despolarização dos átrios até a despolarização inicial dos ventrículos. - Duração normal = 120 – 200ms. Onda T: - A onda T corresponde à repolarização ventricular. - A onda T normal é assimétrica por apresentar uma ascendência lenta e descendência rápida. Intervalo QT: - É o intervalo entre o início do COMPLEXO QRS e o final da ONDA T. - Representa a primeira despolarização ventricular até a última, marcando assim toda a atividade ventricular. - Sua duração pode variar de 0,30 a 0,44 segundos. Segmento ST: - É um segmento marcado do fim do COMPLEXO QRS ao fim da ONDA T. - Representa o intervalo entre o fim da despolarização ventricular e o início da repolarização ventricular. Onda U: - Tem o significado ainda indefinido. - Sempre segue a polaridade da onda T. - Presente somente em V2 a V4 Thaiane Barros – Medicina P2 8 Thaiane Barros – Medicina P2 9 4 Compreender os valores dos exames laboratoriais do paciente com os de referência; - HEMOGLOBINA 15,4g/dL (12 a 17g/dL) NORMAL - HEMATÓCRITO 45% (36 – 50%) NORMAL - 10.200 LEUCÓCITOS/MM3 (5.000 a 11.000) NORMAL - 138.000 PLAQUETAS/MM3 (150.000 a 400.000) BAIXO=plaquetopenia - SÓDIO 129 MEQ/L (135‐145 mEq/L) BAIXO - POTÁSSIO 4,4 mEq/L (3,5 a 4,5 mEq/L) NORMAL- UREIA de 67 mg/dL (10 e 50 mg/dL) ALTO - CREATININA de 1,3 mg/dL (<1,5 mg/dL) NORMAL - TEMPO DE PROTROMBINA INR=1,33 (0,8- 1s) ALTO Tempo de Atividade da Protrombina (TAP) avalia a capacidade do sangue para coagular, ou seja, o tempo necessário para estancar uma hemorragia, por exemplo. - TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADA de 1,27 (24 - 40s) BAIXO (muito baixo, ou seja, coagula rápido demais, talvez necessitando de uso de anticoagulantes como a heparina) Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa), é o tempo em que a protrombina será convertida em trombina para a formação do coagulo. Quanto maior for esse tempo, maior será o tempo necessário para a coagulação sanguínea. -SOROLOGIA PARA SÍFILIS NEGATIVA - URINA COM PROTEINÚRIA DE 0,23 g/. ALTERADA/ NÃO DEVE CONTER 3 Tipos de valvopatias, suas causas e consequências; VALVOPATIAS: É uma doença cardíaca valvar (valvopatia cardíaca) é geralmente consequente à agressão crônica às cúspides da valva ou a o aparato valvar, que pode trabalhar com sobrecarga de pressão ou volume nas câmaras cardíacas. Quando os mecanismos adaptativos (hipertrofia, ou remodelamento atrial e ventricular) não conseguem manter baixas as pressões de enchimento e/ou o débito cardíaco adequado o paciente torna- se sintomáticos. TIPOS DE VALVAS: VALVAS ATRIOVENTRICULARES: VALVA MITRAL– Valva atrioventricular esquerda, possui duas cúspides. VALVA TRICÚSPIDE– Valva atrioventricular direita, possui três cúspides). VALVAS SEMILUNARES: Possuem três folhetos e estão inseridas na saída das artérias aorta (VALVA AÓRTICA –localizada entre o VE e a aorta) e pulmonar (VALVA PULMONAR– interpõe- se entre o VD e a artéria pulmonar). Thaiane Barros – Medicina P2 1 0 ETIOLOGIA DAS VALVOPATIAS: De uma forma geral, a etiologia mais comum das valvopatias é a Febre Reumática (doença autoimune). Entre outras causas, estão: ♡ CALCIFICAÇÕES: Estenose aórtica por HAS, idade avançada; ♡ CONGÊNITA: Prolapso de valva mitral; ♡ DOENÇAS DO TECIDO CONJUNTIVO: Lúpus Eritematoso Sistêmico e Artrite reumatoide; ♡ INFECÇÕES: Endocardite; DISFUNÇÕES DA VALVA CARDÍACA INCLUEM: REGURGITAÇÃO AÓRTICA: insuficiência da valva aórtica que causa fluxo reverso do sangue da aorta para o ventrículo esquerdo durante a diástole; ESTENOSE AÓRTICA (EAo): É basicamente um estreitamento da valva aórtica, obstruindo o fluxo sanguíneo do ventrículo esquerdo para a aorta ascendente durante a sístole. Nesse tipo, acontece uma obstrução da via de saída do VE pela calcificação das estruturas valvares, associada ou não à fusão das válvulas da valva aórtica. É a doença valvar aórtica adquirida mais frequente e está presente em 4,5% da população acima de 75 anos. CAUSAS: EAo congênita, calcificação de uma valva aórtica bicúspide, calcificação de uma valva aórtica tricúspide– EAo degenerativa, e FR. Esta última está invariavelmente associada à valvopatia mitral, e apesar da diminuição de sua incidência nos países desenvolvidos, continua frequente no Brasil e demais países da América La tina, levando ao acometimento de pacientes mais jovens. CONSEQUÊNCIAS: EAo leva à hipertrofia ventricular concêntrica, à elevação das pressões de enchimento, e finalmente à disfunção ventricular. REGURGITAÇÃO MITRAL: insuficiência da valva mitral que provoca o fluxo do sangue do ventrículo esquerdo para o AE durante a sístole ventricular. ESTENOSE MITRAL: estreitamento do orifício mitral que obstrui o fluxo sanguíneo do AE para o ventrículo esquerdo. PROLAPSO DA VALVA MITRAL: abaulamento das cúspides da valva mitral para o AE durante a sístole REGURGITAÇÃO PULMONAR: insuficiência da valva pulmonar que provoca fluxo sanguíneo da artéria pulmonar para o ventrículo direito durante a diástole. ESTENOSE PULMONAR: estreitamento da via de saída pulmonar provocando obstrução do fluxo sanguíneo do ventrículo direito para a artéria pulmonar durante a sístole REGURGITAÇÃO TRICÚSPIDE: insuficiência da valva tricúspide, que provoca fluxo sanguíneo do ventrículo direito para AD durante a sístole ESTENOSE TRICÚSPIDE: estreitamento do orifício tricúspide que obstrui o fluxo sanguíneo do AD para o ventrículo direito
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