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Insuficiência cardíaca

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Thaiane Barros – Medicina P2 1 
Tutor: Hicla 
Relator: Mauro Vital 
Coordenador: Ana Catarina 
Problema 03: Que cansaço é esse?! 
 
PASSO 5- LISTANDO OS OBJETIVOS: 
♡ 1º Compreender os tipos de insuficiência 
cardíaca, suas causas, sintomas e 
diagnósticos; 
♡ 2º Associar os sintomas apresentados 
pelo paciente com a insuficiência; 
♡ 3º Entender o ecocardiograma e o 
eletrocardiograma; 
♡ 4º Compreender os valores dos exames 
laboratoriais do paciente com os de 
referência; 
♡ 5º Definir os tipos de valvopatias, suas 
causas e consequências; 
 
PASSO 6- DESCREVENDO OS OBJETIVOS: 
1 Tipos de insuficiência cardíaca, suas 
causas, sintomas e diagnósticos: 
CONCEITO: A insuficiência cardíaca, ou 
também conhecida por insuficiência 
cardíaca congestiva é uma síndrome 
clínica em que o coração se torna incapaz 
de ofertar oxigênio aos tecidos do corpo na 
quantidade certa as suas necessidades, 
ou realiza esse trabalho necessitando de 
muito esforço elevando os níveis 
pressóricos de enchimento (pré-carga). 
A insuficiência cardíaca pode afetar o lado 
esquerdo (ventrículo esquerdo), o lado 
direito (ventrículo direito) ou ambos os 
lados do coração. Em geral, a insuficiência 
cardíaca começa no lado esquerdo, 
especificamente, no ventrículo esquerdo, a 
câmara principal de bombeamento do 
coração. 
No caso de insuficiência cardíaca, ela 
pode ser pode ser resultante de disfunção 
estrutural ou funcional, onde as principais 
câmaras de bombeamento do coração 
(ventrículos) podem ficar rígidas e não 
encher adequadamente entre as batidas. 
Em alguns casos de insuficiência cardíaca, 
o músculo cardíaco pode ficar danificado e 
enfraquecido, e os ventrículos se esticam 
(dilatar), comprometendo, assim, 
compromete a capacidade de o coração 
encher de sangue ou ejetá-lo, até o ponto 
onde o coração não pode bombear sangue 
eficientemente para todo o corpo. 
Com o tempo, o coração não consegue 
mais manter as exigências normais que 
tem de bombear sangue para o resto do 
corpo, podendo causar insuficiência ou até 
a falência de outros órgãos ou tecidos, 
isso porque a insuficiência cardíaca (IC) é 
uma doença sistêmica com repercussão 
em vários órgãos, entre eles, rim, pulmão 
e o fígado. 
 
 
 
 Thaiane Barros – Medicina P2 
2 
CAUSAS: 
A IC pode ser resultado de inúmeras 
doenças cardíacas e/ou sistêmicas. A 
causa mais comum é a redução da 
contratilidade miocárdica (função sistólica 
alterada), que pode ser originada por 
Infarto agudo do miocárdio (IAM), fase 
dilatada da cardiopatia hipertensiva e 
miocardiopatias. Nos adultos, em 
aproximadamente 69% dos casos, a IC 
está associada à disfunção sistólica do 
ventrículo esquerdo. Já nos 40% 
restantes, a IC está relacionada com a 
disfunção diastólica. 
A insuficiência cardíaca é a causa 
responsável por 33% das doenças 
cardiovasculares, sendo que diabetes e 
hipertensão arterial sistêmica são fatores 
responsáveis pela maior incidência em 
afro-americanos. 
♡ Doença arterial coronariana e ataque 
cardíaco. A doença arterial coronariana é 
a forma mais comum de doença cardíaca 
e a causa mais comum de insuficiência 
cardíaca. Esta doença resulta da formação 
de depósitos de gordura (placa) nas 
artérias, o que reduz o fluxo sanguíneo e 
pode levar a um ataque cardíaco. 
 
♡ Pressão alta (hipertensão). Se a 
pressão arterial está alta, o coração tem 
que trabalhar mais do que deveria para 
circular sangue por todo o corpo. Com o 
tempo, esse esforço extra pode fazer com 
que o músculo cardíaco fique muito duro 
ou muito fraco para bombear sangue 
efetivamente. 
 
♡ Válvulas cardíacas defeituosas. As 
válvulas cardíacas fazem com que o 
sangue continue fluindo na direção certa 
através do coração. Uma válvula 
danificada - devido a um defeito cardíaco, 
doença arterial coronariana ou infecção 
cardíaca - força o coração a trabalhar 
mais, o que pode enfraquecê-lo ao longo 
do tempo. 
 
 
 
 
♡ Danos no músculo cardíaco 
(cardiomiopatia). Danos no músculo 
cardíaco (cardiomiopatia) podem ter 
muitas causas, como várias doenças, 
infecções, abuso de álcool e o efeito tóxico 
de drogas, como cocaína ou algumas 
drogas usadas na quimioterapia. Fatores 
genéticos também podem desempenhar 
um papel. 
 
♡ Miocardite. Miocardite é inflamação do 
músculo cardíaco. Sua causa mais comum 
é um vírus, incluindo o vírus COVID-19, e 
pode levar à insuficiência cardíaca 
esquerda. 
 
♡ Defeitos cardíacos congênitos 
(defeitos cardíacos congênitos). Se o 
coração e suas câmaras ou válvulas não 
se formaram adequadamente, as partes 
saudáveis têm que trabalhar mais para 
bombear sangue através do coração, o 
que, por sua vez, pode levar à insuficiência 
cardíaca. 
 
♡ Ritmos cardíacos anormais (arritmias 
cardíacas). Ritmos cardíacos anormais 
podem fazer com que o coração bata 
muito rápido, o que dá a este órgão um 
esforço extra. Um batimento cardíaco 
muito lento também pode levar à 
insuficiência cardíaca. 
 
♡ Outras doenças. Doenças crônicas — 
como diabetes, HIV, hipertireoidismo, 
hipotireoidismo ou acúmulo de ferro 
(hemocromatose) ou proteína (amiloidose) 
— também podem contribuir para a 
insuficiência cardíaca. 
 
As causas da insuficiência cardíaca 
aguda incluem vírus que atacam o 
músculo cardíaco, infecções graves, 
reações alérgicas, coágulos sanguíneos 
nos pulmões, uso de certos 
medicamentos ou qualquer doença que 
afete todo o corpo. 
 
 
 
 
 Thaiane Barros – Medicina P2 
3 
SINTOMAS: 
A insuficiência cardíaca pode se 
apresentar de forma constante (crônica) ou 
pode começar de repente (aguda). 
♡ Dispneia: que pode ser > 
a) Dispneia aos grandes esforços. 
b) Ortopneia: casos mais avançados. 
c) Dispneia paroxística noturna: casos 
avançados. 
d) Padrão respiratório de Cheyne-Stokes: 
casos avançados. 
♡ Fadiga e Astenia 
♡ Inchaço (edema) nas pernas, tornozelos 
e pés 
♡ Palpitações: quando há arritmia 
subjacente. 
♡ Síncope: quando há arritmia subjacente. 
♡ Anorexia e dor abdominal: IC direita 
avançada. 
♡ Batimentos cardíacos rápidos ou 
irregulares 
♡ Capacidade reduzida de exercício 
♡ Tosse constante ou chiado com fleuma 
branca ou rosa manchada de sangue 
♡ Aumento da necessidade de urinar à 
noite 
♡ Inchaço do abdômen (ascites) 
♡ Ganho de peso muito rápido da retenção 
de fluidos 
♡ Falta de apetite e náusea 
♡ Dificuldade de concentração/ menor 
alerta 
♡ Súbita e severa falta de ar, e tossir muco 
rosa cintilante 
♡ Dor no peito se insuficiência cardíaca for 
o resultado de um ataque cardíaco 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
Estágio A: sem cardiopatias, mas com alto risco de 
desenvolver insuficiência cardíaca. 
Estágio B: possuem cardiopatias, mas não tem 
sintomas de insuficiência cardíaca. 
Estágio C: possuem cardiopatias e possuem ou 
possuíram sintomas de insuficiência. 
Estágio D: insuficiência cardíaca em estágio final. 
 
TIPOS: A IC pode ser classificada 
de acordo com o lado do coração 
afetado (classificação anatômica), 
de acordo com a função alterada 
(classificação funcional) e de 
acordo com o débito cardíaco. 
 
♡ Insuficiência cardíaca esquerda: É a 
mais comum e ocorre devido à 
insuficiência ventricular (dificuldade em 
bombear ou em relaxar. Nela o fluido pode 
se acumular nos pulmões, causando falta 
de ar. 
 
♡ Insuficiência cardíaca direita: 
acontece por conta da insuficiência 
ventricular direita, onde na maioria dos 
casos, a principal causa de insuficiência 
cardíaca direita é justamente a própria 
insuficiência esquerda, mas também pode 
estar ligada a outras causas como o “cor 
pulmonale”, a hipertensão pulmonar 
primária e o tromboembolismo pulmonar. 
Nesse tipo de IC, o fluido pode se 
acumular no abdômen, pernas e pés, 
causando o que chamamos de edema.♡ IC congestiva (ICC) ou biventricular: 
Ocorre a insuficiência dos dois lados, 
normalmente, iniciando pelo lado 
esquerdo, que, retrogradamente, leva ao 
acometimento do lado direito. 
♡ Insuficiência cardíaca sistólica/ de 
acordo com a função afetada: A função 
sistólica como nós bem sabemos está 
referente a capacidade dos ventrículos em 
bombear e ejetar o sangue em direção as 
artérias (pulmonar e aorta). O ventrículo 
esquerdo não pode se contrair 
vigorosamente, e, consequentemente, de 
ejetar o sangue, indicando um problema 
de bombeamento. Esse tipo de IC, é 
bastante comum e possui como principais 
causas a cardiopatia hipertensiva, a 
doença coronariana, valvopatias, 
cardiomiopatia dilatada idiopática, 
 Thaiane Barros – Medicina P2 
4 
cardiomiopatia alcoólica e a doença de 
Chagas (nas áreas endêmicas). 
 
♡ Insuficiência cardíaca 
diastólica (também chamada de 
insuficiência cardíaca com fração de 
ejeção preservada): Nesse tipo de IC, 
representa a capacidade de relaxamento 
dos ventrículos durante a diástole para se 
encher de sangue e não aumentar 
consideravelmente a pressão 
intracavitária. Ou seja, o ventrículo 
esquerdo não consegue relaxar ou 
preencher completamente, indicando um 
problema de enchimento, 
consequentemente, uma restrição do 
relaxamento ventricular e do seu 
enchimento diastólico, estando sua 
capacidade contrátil inalterada, isto é, sua 
fração de ejeção é PRESERVADA (FE >= 
50%).As principais etiologias da IC 
diastólica são: a cardiopatia hipertensiva 
na fase hipertrófica, a fibrose isquêmica, 
cardiomiopatia hipertrófica hereditária, 
cardiomiopatias restritivas e desordens do 
endomiocárdio. 
 
♡ IC de alto débito: 
Quando ocorre aumento do trabalho 
cardíaco na ausência de alguma alteração 
orgânica no coração na tentativa ineficaz 
de suprir alta demanda metabólica 
(lembrem-se do conceito de insuficiência 
cardíaca) ou por fístulas arteriovenosas 
(desvio do sangue do leito arterial 
diretamente por leito venoso, sem passar 
por capilar). A IC de alto débito ocorre, por 
exemplo, na anemia grave, treotoxicose, 
sepse, beribéri e cirrose. 
 
♡ IC de baixo débito: 
Corresponde à maioria dos casos, é 
ocasionada principalmente por disfunção 
cardíaca sistólica, onde o coração não 
consegue bombear sangue de forma 
adequada. 
 
 
 
 
 
 
2 Associar os sintomas apresentados 
pelo paciente com a insuficiência: 
 
SINAIS E SINTOMAS: 
 
- Sobrecarga atrial e ventricular esquerdas; 
- Alterações da repolarização ventricular; 
- hipertrofia E dilatação do coração; 
- Frequência de 75 bpm; 
- Ritmo sinusal; 
- Bloqueio atrioventricular do 1º grau (PR 240 ms); 
- Eixo de QRS indeterminado no plano frontal; 
- Dilatação acentuada do ventrículo esquerdo, 
átrio esquerdo e ventrículo direito; 
- Aumento acentuado do diâmetro da aorta; 
- Insuficiência acentuada na valva aórtica; 
- Exames de urina revelando proteinúria de 24hs 
o,23 g/L; 
- Valvopatias (insuficiência da valva aórtica), de 
grau acentuado; 
 
FUNÇÕES RENAIS: Um dos principais mecanismos 
de compensação do corpo para o fluxo sanguíneo 
reduzido na insuficiência cardíaca é o aumento da 
quantidade de sal e de água retidos pelos rins. A 
retenção de sal e de água, em vez de sua excreção 
na urina, aumenta o volume de sangue na corrente 
sanguínea e ajuda a manter a pressão sanguínea. 
No entanto, o maior volume de sangue também 
estende o músculo cardíaco, aumentando as 
câmaras do coração, em particular os ventrículos. 
Em um primeiro momento, quanto mais o músculo 
cardíaco se estende, mais energicamente ele se 
contrai, o que melhora a função cardíaca. No 
entanto, após um certo período de distensão, esta 
já não contribui para função cardíaca, pois 
enfraquece contrações do coração (como quando 
um elástico é esticado demais). 
Consequentemente, ocorre agravamento da 
insuficiência cardíaca. Além disso, a retenção de sal 
e água aumenta a congestão de líquidos nos 
órgãos como pulmões, causando piora dos 
sintomas de insuficiência cardíaca. 
 
AUMENTO DO TAMANHO DO CORAÇÃO: 
Outro mecanismo importante de compensação é o 
espessamento das paredes musculares dos 
ventrículos (hipertrofia ventricular). Quando um 
esforço mais intenso é exigido do coração, ocorrem 
espessamento e distensão das paredes cardíacas, 
semelhante ao que acontece com os músculos do 
bíceps após meses de treino com halteres. No 
 Thaiane Barros – Medicina P2 
5 
início, o aumento de tamanho permite que o 
coração mantenha o volume de sangue que 
bombeia para fora (débito cardíaco). No entanto, o 
coração aumentado e/ou espessado acaba se 
enrijecendo, causando ou piorando a insuficiência 
cardíaca. 
 
3 Entender o ecocardiograma e o 
eletrocardiograma; 
 
ECOCARDIOGRAMA| CONCEITO: É um exame 
diagnóstico não invasivo de imagens em 
tempo real da estrutura e da função 
cardíaca. Esse exame consiste na 
aquisição de imagens através da utilização 
de ultrassons para o estudo da função 
cardíaca. O exame permite detectar 
distúrbios que afetam os vasos 
sanguíneos em outras partes do corpo, 
anomalias morfológicas e funcionais das 
suas estruturas como válvulas 
defeituosas, defeitos congênitos (como 
orifícios nas paredes entre as câmaras 
cardíacas) e alargamento das paredes ou 
câmaras do coração, como ocorre em 
pessoas com hipertensão 
arterial, insuficiência cardíaca ou 
insuficiência das paredes musculares do 
coração (cardiomiopatia). – Câmaras 
cardíacas (aurículas e ventrículos), 
válvulas e grandes vasos sanguíneos 
(artéria pulmonar e aorta). Um dos 
principais motivos para a solicitação do 
ecocardiograma é a avaliação do tamanho 
das câmaras do VE e da função sistólica. 
Para isso, é realizado o cálculo do débito 
cardíaco a partir da quantidade de sangue 
que sai dos ventrículos por minuto. 
 
TIPOS: 
 
♡ Bidimensional 
♡ Tridimensional 
♡ Doppler 
♡ Doppler a cores 
♡ Ecocardiograma com análise de 
deformação (“strain”) 
 
 
 
 
 
 
ECOCARDIOGRAFIA MODO 
MOVIMENTO OU “M” É uma das primeiras 
formas de ultra-som cardíaco e pouco 
utilizado hoje no exame de rotina, exceto 
para melhor discriminação de patologias 
(por exemplo, vegetação). 
 
ULTRASSONOGRAFIA BIDIMENSIONAL: 
é a técnica mais utilizada, produz imagens 
bidimensionais realistas em “fatias” 
geradas por computador. O 
“empilhamento” das fatias pode recriar 
uma estrutura tridimensional. 
 
ECOCARDIOGRAFIA 
3D/TRIDIMENSIONAL: Acontece em 
tempo real e permite a aquisição de um ou 
vários batimentos de conjuntos de dados 
piramidais durante uma apneia sem a 
necessidade de reconstrução offline. Uma 
grande vantagem da ecocardiografia 3D 
justamente a melhoria na resolução, na 
precisão e na reprodutibilidade da 
avaliação dos volumes das câmaras 
cardíacas, além de conseguir também 
visualizar melhor as válvulas cardíacas e 
anomalias congênitas, orientando as 
intervenções para doenças cardíacas 
estruturais. 
 
A ULTRASSONOGRAFIA DOPPLER: 
Esse exame é baseado nas mudanças na 
frequência do sinal de retroespalhamento 
de pequenas estruturas móveis (ou seja, 
os eritrócitos) interceptadas pelo feixe de 
ultrassom, mostrando, assim, a direção e 
velocidade do fluxo sanguíneo e,com isso, 
pode detectar fluxo turbulento decorrente 
de estreitamento ou um possível bloqueio 
dos vasos sanguíneos. 
 
A ULTRASSONOGRAFIA DOPPLER 
COLORIDA: Indica as diferentes direções 
do fluxo sanguíneo em cores diferentes. 
são comumente usadas para ajudar a 
diagnosticar distúrbios que afetam o 
coração e as artérias e veias no tronco, 
pernas e braços, determina se as válvulas 
do coração se abrem e se fecham 
adequadamente, se elas vazam quando 
fechadas e o volume desse vazamento, se 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/valvulopatias/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-valvulopatiashttps://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/valvulopatias/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-valvulopatias
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/defeitos-cong%C3%AAnitos-do-cora%C3%A7%C3%A3o/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-defeitos-card%C3%ADacos
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/hipertens%C3%A3o-arterial/hipertens%C3%A3o-arterial
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/hipertens%C3%A3o-arterial/hipertens%C3%A3o-arterial
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/insufici%C3%AAncia-card%C3%ADaca/insufici%C3%AAncia-card%C3%ADaca-ic
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/cardiomiopatia/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-cardiomiopatia
 Thaiane Barros – Medicina P2 
6 
houver, bem como se o sangue flui 
normalmente. Também podem ser 
detectadas conexões anormais entre uma 
artéria e uma veia ou entre as câmaras 
cardíacas. 
 
ECOCARDIOGRAMA COM ANÁLISE DE 
DEFORMAÇÃO: Ele mede mudanças no 
movimento do músculo cardíaco. O 
ecocardiograma com análise de 
deformação é capaz de diagnosticar uma 
doença cardíaca antes que as alterações 
se tornem visíveis com ecocardiograma 
convencional, diferenciar entre diversas 
causas de doença cardíaca e prever o 
prognóstico em uma variedade de 
cardiopatias, incluindo insuficiência 
cardíaca. 
 
TÉCNICAS DE PROCEDIMENTO: 
 
As ondas de ultrassom são emitidas por uma sonda 
que emite e detecta ondas de ultrassom 
(transdutor). O transdutor pode ser colocado 
Sobre: 
 
ECOCARDIOGRAMA TRANSTORÁCICO (EM 
REPOUSO OU EM STRESS): podem visualizar o 
coração e os grandes vasos sanguíneos 
adjacentes de vários ângulos e, assim, obter 
uma imagem precisa da estrutura e função 
do coração. Durante várias partes do exame, 
as pessoas terão que prender a respiração 
por cerca de dez segundos para garantir a 
obtenção de imagens nítidas. O 
ecocardiograma transtorácico é indolor e 
demora de 20 a 30 minutos. 
 
ECOCARDIOGRAMA TRANSESOFÁGICO: obter 
maior clareza para analisar a aorta ou 
estruturas na parte de trás do coração 
(particularmente no átrio esquerdo ou 
ventrículo esquerdo), Também se utiliza o 
ecocardiograma transesofágico quando o 
ecocardiograma regular for difícil de realizar 
em decorrência de obesidade, distúrbios 
pulmonares ou outros problemas técnicos ou 
quando os médicos estiverem procurando 
doenças específicas, como endocardite da 
válvula mitral ou da válvula aórtica ou um 
coágulo no coração. 
 
 
ECOCARDIOGRAMA INTRATORÁCICO (VIA CATETER 
NO INTERIOR DO CORAÇÃO). 
 
Utilizado quando os médicos precisam obter 
imagens detalhadas do coração que não 
podem ser obtidas usando ecocardiograma 
transtorácico ou transesofágico, geralmente é 
solicitado quando uma pessoa está sendo 
submetida a um procedimento no coração, por 
exemplo, um procedimento para reparar um 
defeito do septo atrial (orifício no coração). 
 
ELETROCARDIOGRAMA (ECG) ou 
ELETROCARDIOGRAFIA | CONCEITO é 
um exame que permite a reprodução 
gráfica da atividade elétrica do coração, O 
ECG registra a atividade elétrica do 
coração refletindo os eventos em conjunto 
de suas células funcionalidade e a 
condução dessa atividade elétrica, por isso 
são fixados eletrodos fixados na pele para 
captação da atividade elétrica. Através 
desse exame, é possível detectar o ritmo 
do coração e o número de batimentos por 
minuto. O exame é rápido, simples, indolor e 
geralmente leva de 5 a 10 minutos para ser 
concluído. 
 
PODE DETECTAR: 
 
 Irregularidades no ritmo cardíaco 
(arritmia), seja por um coração acelerado 
(taquicardia), devagar (bradicardia) ou 
fora do ritmo; 
 Aumento de cavidades cardíacas; 
 Patologias coronarianas; 
 Infarto do miocárdio; 
 Distúrbios na condução elétrica do órgão; 
 Problemas nas válvulas do coração; 
 Pericardite - Inflamação da membrana 
que envolve o coração; 
 Hipertrofia das câmaras cardíacas - 
átrios e ventrículos; 
 Doenças que isolam o coração - derrame 
pericárdico ou pneumotórax; 
 Infarto em situações emergenciais; 
 Doenças genéticas; 
 Doenças transmissíveis (Doença de 
Chagas). Pressão alta ou hipertensão; 
 Colesterol alto; 
 Tabagismo; 
 Diabetes; 
 
 Thaiane Barros – Medicina P2 
7 
PROCEDIMENTO: Na realização do ECG, o 
paciente fica deitado numa maca em 
repouso por 5 minutos antes do 
procedimento, para que o resultado não 
sofra influência de fatores externos, tais 
como atividades físicas ou uso de cigarros 
e de preferência que o paciente esteja em 
jejum. Em seguida, são colocados os 
eletrodos na parede torácica anterior 
(região frontal do peito), nos punhos e 
tornozelos, e aplica-se um gel sobre esses 
dispositivos para facilitar a medição da 
corrente elétrica. A pele deve estar bem 
limpa e desengordurada nos locais de 
fixação dos eletrodos. Se o corpo do 
paciente tiver muitos pelos, a depilação 
deve ser feita e se a pele for 
especialmente oleosa deve ser promovida 
uma limpeza local com álcool. 
RESULTADOS DO ELETROCARDIOGRAMA 
CONVENCIONAL: 
 
RESULTADOS NORMAIS DO 
ELETROCARDIOGRAMA: O coração bate 
em um ritmo regular, geralmente entre 60 
e 100 batidas por minutos (bpm); ou o 
traço parece normal. 
 
RESULTADOS ANORMAIS: O coração bate 
muito lentamente (abaixo de 60 bpm); O 
coração bate muito rápido (acima de 100 
bpm), o ritmo cardíaco não é regular e o 
traço não parece normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onda P: 
- Representa a despolarização atrial. 
- É positiva em D1, D2 e aVF e negativa 
em aVR. Duração de até 100ms (dois 
quadradinhos e meio). 
 
Complexo QRS: 
- Formado pelas Ondas Q, R e S, que, 
juntas, representam a despolarização 
ventricular. A duração do complexo não 
deve ultrapassar 120 ms (0,12 segundos). 
O fim do complexo QRS é chamado “ponto 
J”. 
 
Intervalo PR: 
- Do início da ONDA P até o início da 
atividade do COMPLEXO QRS. 
- Mede a condução átrio- ventricular. 
- Representa o tempo entre a 
despolarização dos átrios até a 
despolarização inicial dos ventrículos. 
- Duração normal = 120 – 200ms. 
 
Onda T: 
- A onda T corresponde à repolarização 
ventricular. 
- A onda T normal é assimétrica por 
apresentar uma ascendência lenta e 
descendência rápida. 
 
Intervalo QT: 
- É o intervalo entre o início do 
COMPLEXO QRS e o final da ONDA T. 
- Representa a primeira despolarização 
ventricular até a última, marcando assim 
toda a atividade ventricular. 
- Sua duração pode variar de 0,30 a 0,44 
segundos. 
 
Segmento ST: 
- É um segmento marcado do fim do 
COMPLEXO QRS ao fim da ONDA T. 
- Representa o intervalo entre o fim da 
despolarização ventricular e o início da 
repolarização ventricular. 
 
Onda U: 
- Tem o significado ainda indefinido. 
- Sempre segue a polaridade da onda T. 
- Presente somente em V2 a V4 
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 Thaiane Barros – Medicina P2 
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4 Compreender os valores dos exames 
laboratoriais do paciente com os de 
referência; 
 
- HEMOGLOBINA 15,4g/dL (12 a 17g/dL) 
NORMAL 
 
- HEMATÓCRITO 45% (36 – 50%) 
 NORMAL 
 
- 10.200 LEUCÓCITOS/MM3 (5.000 a 11.000) 
 NORMAL 
 
- 138.000 PLAQUETAS/MM3 (150.000 a 
400.000)  BAIXO=plaquetopenia 
 
- SÓDIO 129 MEQ/L (135‐145 mEq/L) 
 BAIXO 
 
- POTÁSSIO 4,4 mEq/L (3,5 a 4,5 mEq/L) 
 NORMAL- UREIA de 67 mg/dL (10 e 50 mg/dL) 
 ALTO 
 
- CREATININA de 1,3 mg/dL (<1,5 mg/dL) 
 NORMAL 
 
- TEMPO DE PROTROMBINA INR=1,33 (0,8-
1s)  ALTO 
 
Tempo de Atividade da Protrombina (TAP) 
avalia a capacidade do sangue para coagular, 
ou seja, o tempo necessário para estancar 
uma hemorragia, por exemplo. 
 
- TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL 
ATIVADA de 1,27 (24 - 40s) 
 BAIXO (muito baixo, ou seja, coagula 
rápido demais, talvez necessitando de uso 
de anticoagulantes como a heparina) 
 
Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada 
(TTPa), é o tempo em que a protrombina será 
convertida em trombina para a formação do 
coagulo. Quanto maior for esse tempo, maior 
será o tempo necessário para a coagulação 
sanguínea. 
 
-SOROLOGIA PARA SÍFILIS NEGATIVA 
 
- URINA COM PROTEINÚRIA DE 0,23 g/. 
 ALTERADA/ NÃO DEVE CONTER 
 
3 Tipos de valvopatias, suas causas e 
consequências; 
 
VALVOPATIAS: É uma doença cardíaca 
valvar (valvopatia cardíaca) é geralmente 
consequente à agressão crônica às 
cúspides da valva ou a o aparato valvar, 
que pode trabalhar com sobrecarga de 
pressão ou volume nas câmaras cardíacas. 
Quando os mecanismos adaptativos 
(hipertrofia, ou remodelamento atrial e 
ventricular) não conseguem manter baixas 
as pressões de enchimento e/ou o débito 
cardíaco adequado o paciente torna- se 
sintomáticos. 
 
TIPOS DE VALVAS: 
 
VALVAS ATRIOVENTRICULARES: 
 
VALVA MITRAL– Valva atrioventricular 
esquerda, possui duas cúspides. 
VALVA TRICÚSPIDE– Valva 
atrioventricular direita, possui três 
cúspides). 
 
VALVAS SEMILUNARES: 
Possuem três folhetos e estão inseridas na 
saída das artérias aorta (VALVA AÓRTICA 
–localizada entre o VE e a aorta) e 
pulmonar (VALVA PULMONAR– interpõe-
se entre o VD e a artéria pulmonar). 
 
 
 
 
 
 Thaiane Barros – Medicina P2 
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ETIOLOGIA DAS VALVOPATIAS: 
De uma forma geral, a etiologia mais comum 
das valvopatias é a Febre Reumática (doença 
autoimune). Entre outras causas, estão: 
 
♡ CALCIFICAÇÕES: Estenose aórtica por HAS, 
idade avançada; 
 
♡ CONGÊNITA: Prolapso de valva mitral; 
 
♡ DOENÇAS DO TECIDO CONJUNTIVO: Lúpus 
Eritematoso Sistêmico e Artrite reumatoide; 
 
♡ INFECÇÕES: Endocardite; 
 
DISFUNÇÕES DA VALVA CARDÍACA 
INCLUEM: 
 
 REGURGITAÇÃO AÓRTICA: insuficiência 
da valva aórtica que causa fluxo reverso do 
sangue da aorta para o ventrículo esquerdo 
durante a diástole; 
 
ESTENOSE AÓRTICA (EAo): É basicamente um 
estreitamento da valva aórtica, obstruindo o 
fluxo sanguíneo do ventrículo esquerdo para 
a aorta ascendente durante a sístole. Nesse 
tipo, acontece uma obstrução da via de saída 
do VE pela calcificação das estruturas 
valvares, associada ou não à fusão das 
válvulas da valva aórtica. É a doença valvar 
aórtica adquirida mais frequente e está 
presente em 4,5% da população acima de 75 
anos. 
CAUSAS: EAo congênita, calcificação de 
uma valva aórtica bicúspide, calcificação de 
uma valva aórtica tricúspide– EAo 
degenerativa, e FR. Esta última está 
invariavelmente associada à valvopatia 
mitral, e apesar da diminuição de sua 
incidência nos países desenvolvidos, 
continua frequente no Brasil e demais 
países da América La tina, levando ao 
acometimento de pacientes mais jovens. 
CONSEQUÊNCIAS: EAo leva à hipertrofia 
ventricular concêntrica, à elevação das 
pressões de enchimento, e finalmente à 
disfunção ventricular. 
 
 REGURGITAÇÃO MITRAL: 
insuficiência da valva mitral que 
provoca o fluxo do sangue do 
ventrículo esquerdo para o AE 
durante a sístole ventricular. 
 ESTENOSE MITRAL: estreitamento 
do orifício mitral que obstrui o fluxo 
sanguíneo do AE para o ventrículo 
esquerdo. 
 PROLAPSO DA VALVA MITRAL: 
abaulamento das cúspides da valva 
mitral para o AE durante a sístole 
 REGURGITAÇÃO PULMONAR: 
insuficiência da valva pulmonar que 
provoca fluxo sanguíneo da artéria 
pulmonar para o ventrículo direito 
durante a diástole. 
 ESTENOSE PULMONAR: 
estreitamento da via de saída 
pulmonar provocando obstrução do 
fluxo sanguíneo do ventrículo direito 
para a artéria pulmonar durante a 
sístole 
 REGURGITAÇÃO TRICÚSPIDE: 
insuficiência da valva tricúspide, 
que provoca fluxo sanguíneo do 
ventrículo direito para AD durante a 
sístole 
 ESTENOSE TRICÚSPIDE: 
estreitamento do orifício tricúspide 
que obstrui o fluxo sanguíneo do AD 
para o ventrículo direito

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