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APOSTILA - Processo Decisório - 12

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Processo Decisório
116Tomada de Decisão em Grupo
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Nesta aula, estudaremos a tomada de decisão em grupo.
Vamos entender como são formados os grupos, as redes de interdependência e a formações de papéis 
organizacionais, como também, analisar a importância do grupo no processo decisório.
Introdução
Ao estudar esta unidade de aprendizagem, você poderá:
 ● Conceituar grupos nas organizações;
 ● Entender as redes de interdependência no ambiente de trabalho;
 ● Perceber a importância da tomada de decisão em grupo.
No decorrer deste material você conhecerá diferentes temas. Confira abaixo:
 ● O grupo organizacional
 ● Interdependência e relações entre papéis
 ● Tomada de decisão em grupo
Objetivo
Tópicos Abordados
Processo Decisório
117Tomada de Decisão em Grupo
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O Grupo Organizacional
O grupo é amplamente reconhecido como uma importante unidade de análise no estudo do comportamento 
organizacional.
O estudo de grupos é de fundamental importância quando sua dinâmica é também analisada. A dinâmica 
de grupo significa as interações e forças entre os membros de um grupo em uma situação social 
(CHIAVENATO, 2005, p.279). Um grupo, segundo ainda Chiavenato (Ibid.), pode ser definido como 
duas ou mais pessoas que interagem e são interdependentes que se juntam para alcançar determinados 
objetivos particulares.
Para compreender o comportamento das pessoas em uma organização, é preciso entender as forças 
que as afetam e como essas pessoas afetam a organização. Afinal, o comportamento dos indivíduos 
influencia o grupo e suas realizações, assim como é influenciado por ele.
Tomada de Decisão em Grupo
Do ponto de vista da gestão, o trabalho desenvolvido em um grupo é o principal meio utilizado para coordenar 
o comportamento dos funcionários, a fim de atingir os objetivos organizacionais. Os gestores direcionam as 
atividades das pessoas, mas também direcionam e coordenam as interações dentro dos grupos.
Processo Decisório
118Tomada de Decisão em Grupo
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Segundo Griffin e Moorhead (2006, p.220), os grupos podem ser classificados genericamente de acordo com 
seu grau de formalização (formal ou informal) e de permanência (relativamente permanente ou relativamente 
temporário).
Os grupos formais são instituídos para realizar o trabalho de uma organização. Entre eles estão os grupos de 
comando (ou funcionais), os grupos de tarefas e os grupos por afinidade.
Grupos de Comando: é relativamente permanente e se caracteriza por relacionamentos funcionais, no caso 
de um gestor e seus subordinados.
Grupos de Tarefas: é criado para realizar uma tarefa específica e é relativamente temporário.
Grupos por Afinidade: é relativamente permanente e reúne funcionários do mesmo nível da empresa, que se 
encontram periodicamente para trocar informações, entender oportunidades emergentes e resolver problemas
Onde quer que a organização estabeleça grupos formais, surgem os grupos informais instituídos por seus 
membros, constituindo grupos de amizade relativamente permanente e grupos de interesse, que em geral, são 
relativamente temporários.
Grupos de Amizade: nascem de relacionamentos cordiais entre os membros e do prazer de estarem juntos.
Grupos de Interesse: se organizam em torno de uma atividade ou interesse comum, ainda que possa surgir 
amizade entre seus componentes.
Processo Decisório
119Tomada de Decisão em Grupo
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Interdependência e Relações Entre Papéis
As pessoas compartilham uma grande variedade de inter-relações no ambiente organizacional. O 
trabalho exige na maior parte do tempo que haja associações entre os indivíduos como parte regular do 
desempenho de inúmeros cargos.
De acordo com Wagner e Hollenbeck (2003, p. 183-185), no local de trabalho, a interdependência assume 
quatro formas: agrupada, seqüencial, recíproca ou inclusiva.
Interdependência Agrupada
Acontece entre pessoas que buscam recursos de uma fonte comum, mas que têm pouca coisa em comum.
Os recursos agrupados nessa interdependência podem incluir dinheiro, equipamento, matérias-primas, 
informações ou experiências. Sendo a forma mais simples, a interdependência agrupada, requer pouca ou 
nenhuma interação interpessoal.
Interdependência Seqüencial
É uma cadeia unidirecional de interações na qual as pessoas dependem daquelas que as antecedem. As 
pessoas que estão mais atrás na cadeia, porém, independem das que as sucedem. Por isso, diz-se que as 
relações sequencialmente interdependentes são assimétricas, ou seja, as pessoas envolvidas dependem 
de outras que não dependem delas.
A interdependência seqüencial normalmente envolve alguma forma de interação direta. As pessoas de 
uma linha de montagem, por exemplo, às vezes conversam entre si para passarem informações sobre o 
trabalho que está chegando pela linha. Embora a interdependência seqüencial seja mais complexa do que 
a agrupada, sua assimetria unidirecional torna-a menos complexa do que outros tipos de interdependência.
A união pode surgir com objetivos de compartilhar recursos 
valiosos, como o acesso a equipamentos ou capital, conversas 
informais e formais entre as equipes de trabalho para a 
socialização de idéias, para formar opiniões diversas sobre o 
trabalho que desempenham e o ambiente que se relacionam. 
Entres as pessoas e os grupos, essas ligações assumem a 
forma de padrões ou redes de interdependência.
Processo Decisório
120Tomada de Decisão em Grupo
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Interdependência Recíproca
A interdependência recíproca sempre envolve um tipo ou outro de interação direta, como a comunicação face 
a face, conversas telefônicas ou instruções por escrito. Consequentemente, as pessoas reciprocamente 
interdependentes estão mais estreitamente ligadas do que os indivíduos que são interligados por 
interdependência agrupada ou seqüencial. Além disso, a interdependência recíproca é significativamente 
mais complexa, pois incorpora interações simétricas e bidirecionais nas quais as pessoas dependem 
de outras que dependem delas. Por exemplo, os médicos dependem do trabalho das enfermeiras para 
checagem periódica dos pacientes, administração de medicamentos e informes de sintomas alarmantes. 
As enfermeiras dependem dos médicos para a prescrição de medicamentos e especificação dos sintomasa 
que devem atentar.
Interdependência Inclusiva
A interdependência inclusiva desenvolve-se numa estreita cadeia de interdependência recíproca. O que 
torna a interdependência inclusiva a forma mais complexa de interdependência, pois todos os envolvidos 
são reciprocamente interdependentes. Como na interdependência recíproca, as pessoas que dependem 
umas das outras interagem diretamente. Na interdependência inclusiva porém, as interações tendem a ser 
mais freqüentes, mais intensas e de maior duração do que todas as outras.
O tipo de interdependência que liga as pessoas em relações interpessoais possui várias e importantes 
implicações gerenciais. Existe uma probabilidade maior de conflito quando o nível de interdependência 
aumenta, tornando-se cada vez mais complexo. Compartilhar de um maior número de interligações e estar 
mais estreitamente ligado aumenta as diferenças de opinião, metas ou resultados.
À medida que as pessoas interdependentes se associam umas com 
as outras e ganham experiência nas relações interpessoais, passam a 
esperar que as outras se comportem de determinadas maneiras. Tomando 
como exemplo, relacionamento professor-aluno, os professores esperam 
que os alunos leiam o texto antes de virem para a aula, e os alunos, por 
sua vez, esperam que os professores administrem as provas com base 
no que foi dado. Quando qualquer das expectativas é violada, a relação 
evidenciará tensão (WAGNER E HOLLENBECK, 2003, p. 186).
Processo Decisório
121Tomada de Decisão em Grupo
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Segundo Biddle (apud Wagner e Hollenbeck, 2003, p. 186), expectativas como essas e os comportamentosque elas pressupõem constituem os papéis que os indivíduos ocupam nas relações interpessoais. As 
organizações são estruturadas em termos de comportamentos de papel e não em termos dos seus membros 
individuais específicos.
Qualquer dos dois tipos de norma pode evoluir a partir de diversas origens. Muitas vezes, precedentes 
estabelecidos, eventos históricos críticos e transferência de outras situações persistem no decorrer do 
tempo e se convertem em normas. Por exemplo, uma secretária que deixe vazar informações importantes 
da sua empresa para um concorrente, em resposta a esse fato, pode surgir uma norma exigindo que todas 
as informações de caráter sigiloso sejam digitadas pelos gerentes e não passadas para as secretárias.
Por conta disso, continuam estáveis em relação à rotatividade de pessoal, pois as pessoas geralmente 
assumem esses papéis já definidos e planejados por elas. Sendo assim, os papéis são de fundamental 
importância para as empresas. As normas são essenciais na administração do comportamento 
organizacional, elas constituem as expectativas e dão forma às relações interpessoais no ambiente de 
trabalho.
Por conta disso, continuam estáveis em relação 
à rotatividade de pessoal, pois as pessoas 
geralmente assumem esses papéis já definidos e 
planejados por elas. Sendo assim, os papéis são 
de fundamental importância para as empresas. 
As normas são essenciais na administração do 
comportamento organizacional, elas constituem as 
expectativas e dão forma às relações interpessoais 
no ambiente de trabalho.
Tomando como exemplo novamente, o contexto de uma sala de aula, 
existem normas para que os estudantes sentem-se para o professor 
iniciar as atividades do dia. Sem essas normas, cada encontro em 
sala de aula exigiria que o professor redefinisse regras básicas de 
comportamento e um programa de trabalho para aquele dia, em 
conseqüência disso, haveria menos tempo para as atividades de 
aprendizagem. Nas organizações existem normas tanto para as 
exigências formais do trabalho, como para suas regras informais de 
aceitação geral.
Processo Decisório
122Tomada de Decisão em Grupo
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Normais centrais: é uma exigência absoluta para a continuidade das relações e para 
que o trabalho continue a ser executado sem maiores interrupções. A não adoção 
dessas normas ameaça a sobrevivência das relações interpessoais existentes e a 
continuidade da interdependência.
Normas periféricas: são consideradas normas desejáveis, mas não essenciais. 
Normalmente as escolas dispõem de códigos de vestuário que favorecem o uso de 
uniformes. Uma vez que os alunos aderam às normas centrais, podem violar uma ou 
mais normas periféricas e, por exemplo, usar calça jeans e tênis de cor sem serem 
impedidos de estudar, mas usando devidamente a camisa da escola.
O fato das pessoas adotarem normas centrais e periféricas tem conseqüências importantes para o seu 
comportamento e desempenho como membros de grupos e organizações. De acordo ainda com estes 
autores (2003, p.189-191), o ajustamento individual, ou a aceitação ou rejeição dessas normas, resulta em 
quatro padrões de comportamento: conformidade, rebelião subversiva, revolução explícita e individualismo 
criativo.
 ● Conformidade
 ● Quando os ocupantes do papel decidem aceitar normas centrais e periféricas, a conformidade 
resultante é marcada por uma tendência a ajustar-se aos demais de um modo leal, mas sem 
criatividade. Na medida em que as tarefas permaneçam inalteradas e a situação de trabalho 
permaneça estável, a conformidade pode facilitar a produtividade e o desempenho. Entretanto, 
ela pode colocar em risco a sobrevivência de longo prazo se houver mudanças significativas nas 
tarefas ou na situação circundante.
 ● Rebelião Subversiva
 ● Quando os indivíduos aceitam as normas periféricas, mas rejeitam as centrais, o resultado é a 
rebelião subversiva. As pessoas ocultam sua rejeição de normas cruciais à sobrevivência das 
relações interpessoais existentes, atuando segundo normas menos importantes.
 ● Revolução explicíta
 ● A revolução explícita pode eclodir se os ocupantes do papel decidirem rejeitar normas centrais e 
periféricas. Se apenas alguns indivíduos se revoltam, podem ser pressionados à conformidade 
ou a deixarem a organização. Entretanto, as relações interpessoais dominadas pela revolução 
explícita podem simplesmente se romper.
 ● Individualismo criativo
 ● No individualismo criativo, os indivíduos aceitam as normas centrais, mas rejeitam as periféricas. 
Isso garante a continuidade da produtividade e da sobrevivência. Abre também espaço 
para a criatividade individual necessária a desenvolver novas maneiras de fazer as coisas. O 
individualismo criativo é particularmente desejável ao lidar com mudanças nas tarefas ou nas 
situações de trabalho. Ele dá a liberdade aos indivíduos para inventarem respostas novas diante 
de condições em transformação.
Processo Decisório
123Tomada de Decisão em Grupo
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Estreitamente ligada ao processo de criar e assumir papéis encontra-se a socialização, que segundo Van 
Maanem e Shein (apud Wagner e Hollenbeck, 2003, p. 195), é um procedimento pelo qual as pessoas 
adquirem o conhecimento e habilidades sociais necessárias a assumirem corretamente seus papéis em 
um grupo ou organização.
 ● Dimensão Funcional: reflete diferenças nas várias tarefas executadas por membros de um grupo ou 
organização. Os papéis desempenhados em cada um desses agrupamentos são bastante distintos, 
porque os ocupantes de cargos estão concentrados em aspectos diferentes da missão global da 
organização.
 ● Dimensão Hierárquica: diz respeito à distribuição de posição e autoridade em um grupo ou 
organização. Em organizações tradicionais, essa dimensão assume a forma de uma pirâmide na qual 
os graus mais elevados são ocupados por menos pessoas. Os papéis desempenhados por pessoas 
nas posições mais altas da pirâmide diferem dos papéis de indivíduos de posições inferiores, em 
grande parte devido ao fato de que os primeiros detêm maior autoridade e poder. Numa organização 
altamente centralizada como a de um exército, o triângulo costuma ser bem mais íngreme, entretanto, 
numa organização mais descentralizada, onde existem menos níveis de autoridade, a pirâmide é 
mais achatada.
 ● Dimensão Inclusiva: reflete o grau em que os trabalhadores de uma organização se vêem no centro 
ou na periferia das coisas. Por exemplo, uma pessoa pode passar da condição de estranho, do lado 
de fora da periferia da organização, para um líder informal, no centro da organização, dependendo 
das relações interpessoais formadas com os outros membros organizacionais.
Segundo ainda Wagner e Hollenbeck (2003, p.195), a socialização é o 
processo de “aprender as manhas” e envolve muito mais do que o simples 
aprendizado dos requisitos técnicos associados ao trabalho. Trata-se 
também de aprender sobre o grupo ou a organização, seus valores, 
cultura, história passada e potencial, e o lugar onde se encaixa o ocupante 
do papel.
De acordo com os autores citados anteriormente (2003, 
195-197), a socialização ocorre toda vez que um indivíduo 
se move ao longo de alguma das três dimensões 
organizacionais: funcional, hierárquica e inclusiva.
Processo Decisório
124Tomada de Decisão em Grupo
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Segundo Maximiano (2004, p.128-129), a principal característica do processo de decisão em grupos é a 
influência que cada pessoa recebe das demais ou vai depender dos seguintes fatores:
 ● Habilidades de liderança de alguns integrantes: a presença de uma ou mais pessoas com personalidade 
forte e habilidades de liderança pode influenciar profundamente o desempenho de um grupo. O líder 
pode facilmente fazer o grupo adotar suas decisões.
 ● Persuasão: é comum, em um grupo, uma pessoa mudar de opinião após ouvir as idéias e 
informaçõesdos demais. A mudança de opiniões pode ocorrer devido às habilidadesde comunicação 
e persuasão de alguns membros, que conseguem fazer os demais a aceitarem suas idéias.
 ● Formação de subgrupos: interesses comuns e amizade são os principais motivos que levam as 
pessoas a formar subgrupos dentro de um grupo formal. Em um processo de decisão coletivo, os 
membros de um subgrupo provavelmente apoiarão as proposições de seus amigos.
 ● Temperamento dos integrantes do grupo: a personalidade de cada integrante influencia no 
desenvolvimento do trabalho em grupo, por exemplo: alguns são mais extrovertidos e falantes; outros 
mais tímidos e conservadores, etc. A combinação destas personalidades pode ser uma força ou uma 
fraqueza para o grupo, dependendo como serão trabalhadas as mesmas.
Processo Decisório
125Tomada de Decisão em Grupo
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De acordo com Robbins, Judge e Sobral (2010, p.280-281) existem pontos fortes e fracos na tomada de 
decisões em grupo, como veremos a seguir:
Pontos Fortes
 ● Geram mais informações e conhecimentos;
 ● Diversidade de pensamentos e idéias;
 ● Aumentam as chances de uma aceitação de uma solução.
Pontos Fracos
 ● Consomem mais tempo para a tomada de decisão, pois os grupos demoram muito mais para chegar 
a uma solução;
 ● Existem pressões para a conformidade;
 ● As discussões podem ser dominadas por uma pessoa ou um pequeno subgrupo.
Segundo ainda estes autores (ibid.), os grupos oferecem um excelente veículo para a realização de 
diversas etapas do processo decisório, por inúmeras razões, entre elas:
 ● Eles são um meio de reunir as informações de forma mais ampla e profunda;
 ● Se o grupo for composto de pessoas com formações diferentes, as alternativas geradas 
serão mais extensivas e a análise, mais crítica;
 ● Quando a solução final for escolhida, haverá mais gente do grupo de decisão para apoiála 
e implementá-la.
As técnicas mais utilizadas nas decisões em grupo e, já estudadas na Unidade de aprendizagem 
4 são: brainstorming (tempestade de idéias); matriz de prioridade; análise de vantagens e 
desvantagens, além das mais tradicionais: debates, reuniões, simpósios, conferências e mesa 
redonda.
Saiba Mais
Processo Decisório
126Tomada de Decisão em Grupo
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Avaliação a Distância
Estudo de Caso
“Se duas cabeças pensam melhor do que uma, quatro são ainda melhor?”
Maria Clara Dias, 24 anos, é analista de marketing da Brás-Coffe, uma pequena rede de casas de café do 
norte do Brasil. Recentemente, um tio rico de Maria faleceu e deixou para ela, sua única sobrinha, R$200 
mil. Maria Clara considera seu atual salário adequado para cobrir seu custo de vida, portanto pretende 
investir o dinheiro de modo que, quando comprar uma casa, ela poderá contar com uma boa poupança.
Um dos vizinhos de Maria Clara, Edson, é consultor financeiro e disse a ela que havia uma infinidade de 
opções de investimento. Ela lhe pediu que indicasse as duas melhores opções, e foi isto o que ele sugeriu:
 ● Fundo de títulos públicos de baixo risco. Com essa opção, baseada na informação fornecida por 
Edson, Maria calcula não ter nenhuma chance de perder dinheiro e espera, ao final de cinco anos, ter 
um ganho de aproximadamente 80 mil reais.
 ● Fundo de ações de risco moderado. Com base na informação fornecida por Edson, Maria Clara 
calcula que, com essa opção, tem 50% de chance de ganhar 210 mil reais, mas também 50% de 
perder 100 mil reais.
Maria Clara se considera uma pessoa bastante racional e objetiva na maneira de pensar. No entanto, ela 
não está certa sobre qual opção de investimento escolher. Edson se recusa a ajudá-la, dizendo que ela 
já se limitou bastante ao pedir apenas duas alternativas. Enquanto dirigia para a casa de seus pais, onde 
passaria o final de semana, Maria Clara ficou pensando sobre as duas possibilidades. Ao chegar lá, ela 
chamou os pais (mãe, psicóloga e pai, economista) e o irmão (contador) à mesa e pediu que eles dessem 
sua opinião. “Vocês conhecem o velho ditado: duas cabeças pensam melhor do que uma”, diz ela, “então 
quatro serão ainda melhor”.
Com base no estudo de caso que acabamos de ver participe de nosso Fórum de Discussão, respondendo 
as perguntas:
 ● a) Maria Clara fez uma boa opção sobre a maneira pela qual irá se decidir?
 ● b) Qual investimento você escolheria? Por quê?
 ● c) Como a família de Maria Clara poderá ajudá-la? Você acha que eles escolheriam alguns desses 
investimentos ou vão sugerir mais alternativas?
 ● d) Você acredita que quatro cabeças pensam melhor que uma? Justifique.
Conto com você!
Processo Decisório
127Tomada de Decisão em Grupo
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Atividade Obrigatória
Caro (a) aluno,
Faça um checklist das principais vantagens e desvantagens do trabalho em grupo (pense em suas 
experiências, tanto no ambiente de trabalho, como aqui na Universidade).
No geral, você considera que a tomada de decisão em grupo é eficaz?
O que as empresas podem fazer para facilitar a tomada de decisão em grupo?
Compartilhe estas respostas no fórum complementar da respectiva unidade.
Processo Decisório
128Tomada de Decisão em Grupo
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Síntese
Vimos nesta aula Segundo Griffin e Moorhead (2006, p.220), os grupos podem ser classificados 
genericamente de acordo com seu grau de formalização (formal ou informal) e de permanência 
(relativamente permanente ou relativamente temporário).
 ● Os grupos formais são instituídos para realizar o trabalho de uma organização. Entre eles estão os 
grupos de comando (ou funcionais), os grupos de tarefas e os grupos por afinidade.
 ● Onde quer que a organização estabeleça grupos formais, surgem os grupos informais instituídos por 
seus membros, constituindo grupos de amizade relativamente permanente e grupos de interesse, que 
em geral, são relativamente temporários.
 ● As pessoas compartilham uma grande variedade de inter-relações no ambiente organizacional. O 
trabalho exige na maior parte do tempo que haja associações entre os indivíduos como parte regular 
do desempenho de inúmeros cargos.
A união pode surgir com objetivos de compartilhar recursos valiosos, como o acesso a equipamentos ou 
capital, conversas informais e formais entre as equipes de trabalho para a socialização de idéias, para 
formar opiniões diversas sobre o trabalho que desempenham e o ambiente que se relacionam.
No local de trabalho, a interdependência assume quatro formas: agrupada, seqüencial, recíproca ou 
inclusiva.
Segundo Wagner e Hollenbeck (2003, p. 189), existem dois tipos de normas que se desenvolvem em todas 
as situações de trabalho: as centrais e as periféricas.
O fato das pessoas adotarem normas centrais e periféricas tem conseqüências importantes para o seu 
comportamento e desempenho como membros de grupos e organizações.
 ● De acordo ainda com estes autores (2003, p.189-191), o ajustamento individual, ou a aceitação ou rejeição 
dessas normas, resulta em quatro padrões de comportamento: conformidade, rebelião subversiva, revolução 
explícita e individualismo criativo.
 ● Segundo Maximiano (2004, p.128-129), a principal característica do processo de decisão em grupos é a 
influência que cada pessoa recebe das demais que vai depender dos seguintes fatores: Habilidades de 
liderança de alguns integrantes; Persuasão; Formação de subgrupos e Temperamento dos integrantes do 
grupo.
 ● De acordo com Robbins, Judge e Sobral (2010, p.281), os grupos oferecem um excelente veículo para 
arealização de diversas etapas do processo decisório, por inúmeras razões, entre elas: Eles são um meio de 
reunir as informações de forma mais ampla e profunda; Se o grupo for composto de pessoas com formações 
diferentes, as alternativas geradas serão mais extensivas, e a análise, mais crítica; Quando a solução final 
for escolhida, haverá mais gente do grupo de decisão para apoiá-la e implementá-la.
Processo Decisório
129Tomada de Decisão em Grupo
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 ● CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento Organizacional: a dinâmica do sucessodas organizações.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
 ● GRIFFIN, Ricky W.; MOORHEAD G. Fundamentos do Comportamento Organizacional. Tradução: 
Fernando Moreira Leal, André Siqueira Ferreira. São Paulo: Ática, 2006.
 ● MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à Administração. São Paulo: Atlas, 2004.
 ● WAGNER III, John A; HOLLEMBECK, John R. Comportamento Organizacional: criando vantagem
 ● competitiva. Tradução: Cid Knipel Moreira. São Paulo: Saraiva: 2003.
Bibliografia Recomendada

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