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MECANISMO DE PARTO - São as fases do parto e os movimentos que o feto faz durante a passagem pelo canal de parto. insinuação · É a passagem do maior diâmetro da parte apresentada pelo estreito superior da bacia materna · Nas apresentações cefálicas, o diâmetro de insinuação corresponde ao biparietal e nas apresentações pélvicas, ao bitrocantérico · Quando a parte fetal apresentada está insinuada, significa que o ponto de referência ósseo fetal está no nível das espinhas isquiáticas maternas (plano 0 de De Lee ou terceiro plano de Hodge) ou muito próximo dele. Só não ocorre quando a pelve da gestante é muito profunda ou muito rasa · A insinuação nas apresentações cefálicas fletidas varia conforme o tipo de bacia: na maioria dos casos, o feto se orienta direcionando a sutura sagital no diâmetro transverso da bacia, e nos outros casos no primeiro oblíquo (articulação sacroilíaca direita a eminência ileopectínea esquerda) e no segundo oblíquo (articulação sacroilíaca direita a eminência íleo pectínea direita) e por menos no diâmetro anteroposterior · No início, a cabeça fetal se mostra em atitude semifletida ou indiferente, depois das contrações e tendo encontrado a resistência do estreito superior da bacia, aumenta-se a flexão da cabeça · Em primigestas a insinuação ocorre, na maioria das vezes, por volta de 15 dias antes do parto. Já em multíparas, a insinuação pode ocorrer a qualquer momento · A ausência de insinuação precisa de atenção e exames adequados para descartar casos de desproporção cefalopélvica, apresentação anômala ou algo que possa estar bloqueado o canal de parto (tumores, placenta, etc) assinclitismo e sinclitismo · A articulação entre a cabeça e a coluna vertebral é bastante móvel, fazendo com que o polo cefálico assuma além de uma flexão anteroposterior, uma flexão lateral · Isso ocorre pois durante a insinuação, um dos ossos parietais atravessa o estreito superior antes do outro, aproximando a sutura sagital de um dos ossos ou anteriormente para o púbis ou posteriormente para o sacro · Quando a sutura sagital se aproxima da pube e o parietal posterior desce até ultrapassar o promontório materno, diz-se que há assinclitismo posterior · Quando a sutura sagital está mais próxima do sacro e o parietal anterior mais baixo, se diz assinclitismo anterior · Existe um momento durante o trabalho de parto em que o parietal insinuado ultrapassa o ponto de referência da bacia óssea e, com o aumento da área abaixo do estreito superior, é possível mover lateralmente o polo cefálico. Isso indica que a sutura está na mesma distância entre o púbis e o promontório, dizendo-se que está em sinclitismo cavalgamento dos ossos do crânio fetal · Reduz as dimensões do polo cefálico · O frontal e o occipital se colocam por baixo dos parietais · E a borda interna de um dos parietais se sobrepõe à outra descida · É o momento da passagem da apresentação fetal do estreito superior para o estreito inferior da pelve materna · Essa separação entre o primeiro e o segundo tempo de parto é para ser mais didático, pois ambos ocorrem em sincronia · Para verificar a descida, se utiliza na prática clínica o método de De Lee: O canal de parto não é um cilindro regular, possuindo uma curvatura em sua porção mais inferior. Assim, o feto precisa de adaptar a esse formato de J do canal de parto. Para isso ocorrem os movimentos de flexão já vistos na insinuação, a rotação e cavalgamento ósseo. rotação interna · O objetivo da rotação interna é coincidir o diâmetro anteroposterior do polo cefálico com o maior diâmetro da bacia materna · Os diâmetros maiores da bacia variam conforme o estreito em que se encontra a cabeça do feto · O estreito superior apresenta maior dimensão no sentido transverso, no estreito médio e inferior o diâmetro anteroposterior é maior · A rotação normalmente traz o ponto de referência fetal para a febre, perto do púbis (rotação anterior) · Nas exceções em que o feto roda para trás, denomina-se rotação posterior · Nas apresentações cefálica fletida, o occipício é o ponto de referência · Quando o occipício se encontra na região sacral da bacia, é mais difícil e lento o desprendimento cefálico · Alguns fatores podem impedir que essa rotação ocorra: contrações de baixa intensidade, ausência de flexão cefálica e fetos grandes desprendimento cefálico · Ocorre com a descida final da cabeça do feto em posição occipitopúbica · É necessário que ocorra o movimento de deflexão da cabeça para que o frontal seja exteriorizado · O diâmetro suboccipitobregmático ocupa o diâmetro antero-posterior do estreito inferior e a fronte do feto rechaça o cóccix, o que faz com que o diâmetro antero-posterior aumente de 9-11cm (retropulsão coccígea) · A região que se fixa ao subpúbis como ponto de apoio para o movimento de expulsão, é o suboccipício que está abaixo da fontanela lambdoide · Por meio da contração uterina e da resistência perineal (forças antagônicas), o feto é impulsionado para baixo e para fora do canal de parto · Ao vencer essa resistência, a cabeça fetal começa um movimento abrupto de extensão · Nas rotações posteriores, a extensão a ser vencida pelo occipício é a parede posterior da pelve, que é muito maior quando comparada à parede anterior, por isso o desprendimento é lento, por vezes necessitando de um auxílio instrumental, como o fórcipe rotação externa · Ela leva o occipício a voltar para o lado materno que ocupava no interior do canal de parto, fazendo com que a sutura sagital fique em sentido transversal · As espáduas rodam, trazendo o diâmetro biacromial para o diâmetro anteroposterior do estreito inferior desprendimento do ovoide córmico · É a exteriorização das cinturas escapular e pélvica do feto · Após a rotação das espáduas, o ombro anterior fixa-se no subpúbis, apresentando a inserção braquial do deltoide como ponto de apoio, e desprende-se por movimento de abaixamento · Desprende-se então o ombro posterior por movimento de elevação e, em seguida, completa-se com a expulsão da cintura escapular sem grande esforço já
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