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PCC GRACILIANO RAMOS _ 6°SEMESTRE

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LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS - INGLÊS 
 
 
 
 
PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR 
 
 
 
 PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC) _6º SEMESTRE 
 
 
 
TÍTULO: Graciliano Ramos: Vida e Complexidade de sua obra 
 
 
 
 
Aluna: Camilla Mariana Domingos Silva Calonge 
 RA: 1739987 
 
 
 
 POLO PAULISTA 
 2021 
 
Graciliano Ramos: Breve Resumo sobre sua Vida e Obra 
 
Para este trabalho, foi utilizado artigo publicado pela “Revista Cult” (de número 42), 
publicado nos idos de janeiro de 2001, cujo título é “Graciliano Ramos e os cárceres da 
Linguagem”, em comemoração ao centenário1 do grande autor brasileiro, que tantas obras nos 
deixou. 
Tal artigo, já em suas primeiras linhas, informa que, releituras da obra de Ramos 
“enfatizam o caráter metalinguístico” da linguagem empregada pelo escritor, de forma a se 
conectar ao mundo real de forma ímpar: testemunhou as condições precárias da vida de sua 
gente sem, contudo, criar estereótipos. Neste sentido, Ramos fez mais: se destacou pela 
complexidade no detalhamento do material humano que o circundava, adicionando uma pitada 
de engajamento político-social com a época na qual vivia. 
Destarte, Ramos poderia ser inserido na categoria dos autores inclassificáveis dentro da 
Literatura Brasileira, segundo a epígrafe do romance “Em Liberdade”, escrito por Silviano 
Santiago, o qual dissecou (como muitos já o fizeram) as personagens trazidas pela obra de 
Ramos. 
Segundo Antônio Candido, a mudança da característica romanesca para as experiências 
individuais e mais complexas, dentro da obra de Ramos, ainda é um grande mistério. Segundo 
Candido, da obra Caetés (romance de costumes com feições Naturalistas), Ramos passa para o 
Realismo crítico de São Bernardo e, posteriormente, segue para a completa identificação do 
mundo que o cerca, narrado através das linhas de “Vidas Secas”. 
Com “Vidas Secas”, Ramos elimina tudo o que não seja essencial, pitoresco ou visto 
como lugar comum. “Vidas Secas”, portanto, seria o desenvolvimento mais profundo sobre a 
normalização do mal. 
Após a publicação de “Vidas Secas”, Ramos segue para a publicação de uma obra 
autobiográfica (“Infância”), na qual há a evasão da criança fraca em relação ao mundo hostil, 
através do mundo literário. A obra retrata a infância de Ramos e como foi trilhado o seu caminho 
ao detalhamento do âmago humano e de seus entrelaces com a vida real. 
A obra de Ramos promove, metaliguisticamente, um combate das formas 
estereotipadas do discurso. O escritor desmascara a linguagem estática, promovendo a reflexão 
sobre o ato da escrita. Em adendo, há intensa incursão no contexto cultural do Brasil, de forma 
 
1 Graciliano Ramos nasceu em Quadrangulo/AL, no dia 27 de outubro de 1892. Viveu sua infância na 
cidade de Viçosa/AL. Casou-se por duas vezes. Foi Prefeito da cidade de Palmeira dos Índios/AL, tendo 
importante engajamento político. Foi preso durante o governo de Getúlio Vargas. Faleceu em 20 de 
março de 1953, em decorrência de um câncer de pulmão. 
a refletir, narrar, a realidade vivida por muitos, além da angústia vivida por ele, em vários 
momentos de sua vida, inclusive quando encarcerado. 
A obra de Ramos faz uma contemplação do passado de forma a revisá-lo (não o 
glorificando), trazendo à baila problemáticas vividas pela sociedade de sua época, indicando a 
necessidade de mudanças. 
Neste sentido, Ramos se opôs ao Modernismo, pois não acreditava na unicidade de 
pensamentos, na doutrina que deturpa e causa homogeneização do pensamento. 
Por fim, seria apenas em “Memórias do Cárcere” que Ramos concretizou, segundo 
Candido, a alternância de uma escrita seca, equilibrada e o caos demoníaco, o qual já se 
apresentava intrínseco em sua obra. 
 “Memórias do Cárcere” apresenta o processo de queda do ser humano na fossa 
sombria da tirania e do fascismo, de forma a recriar o mundo externo de Ramos, mesclando-se 
ficção e realidade de incrível e inigualável maneira. 
Em suma, Ramos quebrou paradigmas ao se mostrar frágil, desfazendo-se a si mesmo e 
mostrando os cacos ao seu leitor. Belíssimo processo de desconstrução. 
 
 
 
 Bibliografia consultada: 
 
CULT: Revista Brasileira de Literatura. Número 42. Graciliano Ramos e os Cárceres da 
Linguagem. Biblioteca Virtual UNIP-EAD. Disponível em: 
< https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/187259/pdf/60 >. Acesso em: 
28/03/2021.

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