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Trabalho de Anestesiologia Veterinária

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA
DISCIPLINA DE ANESTESIOLOGIA VETERINÁRIA
MARIANA LAURA DIAS SILVA; 11711MEV006
UBERLÂNDIA - MG 
2021
RELATO DE CASO DE ANESTESIOLOGIA EM PEQUENOS ANIMAIS
1. Dados do animal
Nome: Serafina
Espécie: Canina
Idade: 9 anos, 2 meses, 18 dias
Raça: Boxer
Sexo: Fêmea
Peso: 28,3 Kg
Responsável: Sérgio Biasotti Pompeu (CPF: 511.202.756-87)
Endereço: Rua João Balbino 510 - Santa Mônica - Uberlândia/MG
Telefone: (34) 99994-2428
2. Exame pré-anestésico
2.1 Anamnese anestésica 
Nunca apresentou crises convulsivas e também não tem síncopes. É um animal que não está cianótico, não apresenta cansaço fácil e não tem êmese frequente. Nunca apresentou hipersensibilidade a algum medicamento. Já apresentou mastocitoma anteriormente e possui displasia coxofemoral de grau moderado. Já foi submetido a diversos procedimentos cirúrgicos de nodulectomia, e passou por ovariosalpingohisterectomia, dado que teve intercorrências devido ao mastocitoma. É um animal que se alimenta bem, defeca e urina normalmente, e atualmente está sendo medicado com ômega 3.
2.2 Exame físico
Frequência cardíaca: 168 bpm (batimentos por minuto).
Frequência respiratória: 164 mrpm (movimentos respiratórios por minuto).
Pressão arterial sistêmica: 160 mmHg (milímetros de mercúrio).
Temperatura: 38ºC (graus celsius).
TPC: 2” (segundos).
3. Exames pré-operatórios
3.1 Hemograma
Imagem 1: Hemograma da canina Serafina.
Interpretação: O animal não apresenta uma anemia, seu CHGM está levemente aumentado, mas sabemos que não existe hipercromia de hemácias, podendo ser um achado sem significado quando isolado. Possui uma neutrofilia sem desvio à esquerda, e uma linfopenia. Não possui trombocitopenia, e o nível de proteínas totais está dentro do adequado para a espécie animal. O plasma está hemolisado, possivelmente pela coleta sanguínea; a presença de policromasia indica que tem hemácias de diferentes colorações na corrente sanguínea, podendo indicar um distúrbio hematológico. A presença de eritroblastos (1%) pode indicar que a medula óssea está liberando hemácias jovens na circulação sanguínea. 
3.2 Bioquímico
Imagem 2: Bioquímico da canina Serafina.
Interpretação: Foi dosada a enzima bioquímica creatinina, que avalia a função renal do paciente, encontrando resultados de normalidade. 
 
3.3. Ecocardiograma
Resultado
Laudo DVCM estágio B1+ Neoformação pulmonar
Conclusões
Frequência Cardíaca: 163 bpm
Ritmo: regular
>>Ventrículo Esquerdo
Septo – Movimento: normocinético
Espessura: 1,24 cm normal
Parede - Movimento: normocinético
Espessura: 1,18 cm normal
Cavidade - Diâmetro Diastólico: 3,29 cm normal
Diâmetro Diastólico Normalizado: 1,23 normal
Diâmetro Sistólico: 1,88 cm normal
Função: 42 % normal
Fração de Ejeção pelo método Teicholz: 0,75 normal
Fração de Ejeção pelo método Simpson: 0,75 normal
Aorta: 2,14 cm normal
Átrio Esquerdo: 3,11 cm normal
Relação Átrio esquerdo/ Aorta (método sueco): 1,46 normal
>>Ventrículo Direito: normal
>>Átrio Direito: normal
>>Valvas Atrioventriculares
Mitral: apresenta aspecto degenerado e movimentação normal. O estudo Doppler e o mapeamento de fluxo em cores demonstraram insuficiência de grau importante.
Tricúspide: apresenta aspecto e movimentação normal de suas cúspides. O estudo Doppler e o mapeamento de fluxos normais.
>>Valvas Sigmóideas
Aórtica: apresenta aspecto e movimentação normais de suas válvulas. O estudo Doppler e o mapeamento de fluxo em cores são normais.
Pulmonar: apresenta aspecto e movimentação normais de suas válvulas. O estudo Doppler e o mapeamento de fluxo em cores demonstraram insuficiência de grau mínimo.
Pericárdio: com aspecto ecocardiográfico normal.
Contração segmentar: normocinesia de todos os segmentos analisados.
>>Avaliação da função diastólica
Velocidade da onda E mitral: 0,72 m/s, onda A: 0,75 m/s;
Tempo de desaceleração da onda E mitral: 77 ms;
Relação onda E/A: 0,96 (padrão de enchimento ventricular de alteração de relaxamento)
Tempo de relaxamento isovolumétrico (TRIV): 58 ms normal;
Relação E/TRIV: 1,24;
Velocidade da onda Em: 0,14 m/s, onda Am: 0,14 m/s;
Relação E/E’: 5,14.
>>Avaliação hemodinâmica
Velocidade máxima do fluxo aórtico: 0,98 m/s, gradiente 3,86 mmHg;
Velocidade máxima do fluxo pulmonar :0,48m/s, gradiente 0,92 mmHg;
Velocidade máxima da regurgitação mitral: 5,41 m/s, gradiente 116,97mmHg.
>>Avaliação dos índices preditivos de ICC
Velocidade da onda E mitral: 0,72 m/s menor 1,08
Relação E/TRIV: 1,24 normal até 2,5
DIVEd/Ao: 1,53 normal até 3,0
OBS: Paciente agitada, ofegante e taquipneica. Na realização do Vetblue visibilizou-se na janela medial em hemitórax direito, uma neoformação ocupando lobo médio pulmonar direito, com as seguintes características ultrassonográficas: ecogenicidade heterogênea, vascularizado, com mensuração máxima de 5,83 cm de comprimento por 6,41 cm de largura, com bordas definidas e delimitadas por linha hiperecogênica (Neoformação pulmonar?).
Conclusões:
Neoformação em lobo pulmonar direito;
Valvopatia mitral mixomatosa sem remodelamento cardíaco;
Insuficiência valvar mitral de grau importante.
3.4 Tomografia computadorizada de tórax
Imagens 3 a 7: Tomografia computadorizada da canina Serafina.
3.5 ASA do paciente (visto os resultados de seu exame físico e dos exames complementares)
O paciente apresenta ASA 3, pois tem uma doença sistêmica moderada.
4. Caso cirúrgico
Toracotomia exploratória em flanco direito com lobectomia do lobo médio e pequena parte do cranial e acessório, retirando um nódulo de +- 6-7cm. Foi realizada juntamente com a nodulectomia de um mastocitoma cutâneo em região de face lateral do úmero direito. A cirurgia foi feita buscando excisar a neoplasia em lobos pulmonares, e de região do úmero direito, visto que se os focos tumorais não forem retirados podem realizar metástases e comprometer a vida do paciente, podendo levá-lo ao óbito. 
4.1 Técnica cirúrgica
Incisão de pele, musculatura e pleura pelo quarto espaço intercostal (em flanco direito), ligadura dos vasos com nó duplo, sutura do brônquio com PGA 2-0 com padrão de sutura wolf, e no lobo pulmonar foi realizado sutura padrão colchoeiro (fio PGA 2-0) e simples contínuo nas bordas (lobectomia do lobo médio e pequena parte do cranial e caudal), verificação de fuga de ar por meio de introdução de soro fisiológico aquecido - resultado negativo. Aproximação das costelas com ponto simples separado com nylon 0, fechamento da musculatura com sutura simples separado. Abolição do espaço morto com simples separado e zig zag ancorado. Fechamento da pele com nylon 2-0 e padrão de sutura wolf. Obs. foi realizado o acolchoamento da ferida e bandagem. A nodulectomia do mastocitoma cutâneo foi realizada por meio de uma incisão elíptica com margens de segurança ao redor do tumor, fazendo a sua exérese, e sutura do subcutâneo com abolição do espaço morto utilizando fio nylon 2-0 em padrão zig zag, com fechamento da pele com fio do mesmo tipo em padrão wolf (FOSSUM, 2015).
4.2 Achados transoperatórios
Nódulo torácico de +- 7cm em topografia de lobo médio, porém aderido em lobo cranial e lobo caudal. 
5. Protocolo anestésico
5.1 MPA
Metadona 0,3 mg/Kg/IM. A metadona é um fármaco opióide, e assim tem um potente efeito analgésico, e foi usada nesse caso pois a intensidade da dor esperada na toracotomia é de moderada a intensa, seguindo a escala de dor preemptiva. É um opióide agonista Mu (μ) puro, é antagonista não competitivo de receptores NMDA, envolvidos com a dor e que são ativados por glutamato. Pode provocar bradicardia, mas com valores de pressão arterial sistólica normais, sem que seja necessário interferir, exercendo efeitos cardiovasculares mínimos. Tem ação de quatro a seis horas, e pico de analgesia em duas horas, tendo assim tempo de ação durante a cirurgia. Quando associamos medicações analgésicas no nosso protocolo anestésico, podemos deixar a anestesia mais segura, pois diminuímos o requerimento de anestésico inalatório na manutençãoe assim diminui a observação dos seus efeitos adversos.
5.2 Indução
Diazepam 0,3 mg/Kg/IV, Propofol 4mg/Kg/IV. O diazepam é um medicamento ansiolítico que atua aumentando a ação do neurotransmissor GABA em seus receptores gabaérgicos, provocando atraso dos impulsos nervosos e assim, uma depressão do sistema nervoso central. Foi usado nesse caso como indutor em razão do seu efeito miorrelaxante central. Deve ser feito de maneira intravenosa lentamente, evitando de fazer IM pois pode promover dor e variações nas respostas. Possui biotransformação hepática e metabolização urinária. Na dose utilizada promove depressão mínima da ventilação, do débito cardíaco e pressão arterial. Alivia os efeitos excitatórios da cetamina, promovendo sedação (GRIMM et al., 2015). O propofol é um agente indutor alquil-fenol, que tem 98% de ligação em proteínas plasmáticas, produz indução rápida e suave, não promove analgesia e sim uma diminuição da percepção da dor pelo SNC, visto que possui mecanismo de ação de potencialização da atividade gabaérgica e diminuição do metabolismo central. Possui metabolização hepática, pulmonar, intestino e plasmática, tendo período hábil bem curto. A excreção é feita pela urina e fezes. É um fármaco que diminui o consumo de oxigênio pelo miocárdio. Também foi usado devido seu efeito relaxante muscular (GRIMM et al., 2015).
5.3 Intubação, ventilação e circuitos anestésicos
Sonda orotraqueal de tamanho 9. O tamanho de sonda orotraqueal é escolhido anteriormente avaliando o paciente visualmente, sendo necessário duas sondas: uma de tamanho menor e outra de tamanho maior, devendo ser testadas para avaliar se estão em perfeito estado inflando o seu CUFF antes do procedimento anestésico. O animal é posicionado em decúbito esternal para que seja intubado, sendo usada uma correntinha de gaze, a colocando atrás dos caninos, e a pessoa segura a cabeça do animal suspendida e segurando a região do pescoço. Colocamos o laringoscópio na base da língua do animal e observamos as aritenóides se evertendo. Podemos usar gel de lidocaína para que o tubo não passe raspando e machuque a mucosa do paciente. Observamos antes de intubar se o tônus de mandíbula foi perdido, pois assim notamos que o animal está corretamente induzido. O animal foi mantido em ventilação mecânica, visto que foi submetido a anestesia geral e assim permitimos uma melhor manutenção da função respiratória durante a cirurgia. Os seus objetivos são de manter a troca gasosa pulmonar, obtendo níveis de oxigenação arterial em parâmetros bons, otimizar a capacidade residual funcional e reduzir o trabalho muscular respiratório, reduzindo assim o desconforto respiratório (CASTRO, 2011). Colocamos o circuito circular valvular em sistema fechado em ventilação mecânica, fechamos a válvula pop-off e oferecemos uma quantidade de gases pequena para não aumentar muito a pressão de gases dentro do circuito, além de não ter muita contaminação ambiental, nem desperdício de gases. O fluxo de gases no fluxômetro é de 3 a 5 mL/Kg/min. 
5.4 Manutenção
Isoflurano, Fentanil/Cetamina (taxa de infusão de 7 mL/Kg/h). Isoflurano: Devemos monitorar constantemente a manutenção do animal com o gás anestésico, visto que é um paciente de idade mais avançada considerando seu porte e raça, e assim quando a sua função pulmonar está comprometida, pode apresentar uma captura anormal dos anestésicos inalatórios (FOSSUM, 2015). É um fármaco anestésico geral inalatório que deprime o sistema cardiovascular, mas não altera o débito cardíaco, sendo seguro em pacientes com doenças cardíacas (como o animal desse caso, que tem endocardiose de mitral e insuficiência valvar importante). Além disso, não sensibiliza o miocárdio à ação das catecolaminas, possuindo também biotransformação hepática desprezível. Observamos inconsciência (hipnose, depressão acentuada do SNC), preservação de reflexos autonômicos (como respiração, batimentos cardíacos) e ausência de reflexos protetores, relaxamento neuromuscular e analgesia ao fazer o seu uso. Sua CAM (concentração alveolar mínima), ou seja a quantidade de anestésico inalatório fornecido ao paciente que é capaz de abolir os movimentos em resposta a um estímulo doloroso a 50% dos indivíduos é de 1,41 % em cães, sendo necessária 1,5 CAM para anestesia cirúrgica de dor moderada, podendo ser diminuída em razão das associações feitas no protocolo analgésico desse procedimento (como o uso de metadona na MPA, fentanil e cetamina na indução). 
Fentanil: é agonista opióide μ completo, que apresenta efeito muito rápido (15-20 min), e por isso usamos no perioperatório de cirurgias de dor severa, em infusão contínua. Tem potente ação analgésica e hipnótica e por isso pode ser usado junto com agentes indutores para diminuir as doses (fentanil + propofol). Ao usarmos ele na manutenção anestésica diminuímos muito a dose do anestésico inalatório de manutenção, tornando a anestesia mais segura.
Cetamina: é um anestésico dissociativo que foi usado no protocolo pois promove analgesia somática importante, sendo um fármaco que produz depressão do sistema nervoso central por meio da dissociação entre a atividade neuronal no tálamo e no sistema límbico. Tem ligação de 20 a 30% em proteínas plasmáticas, biotransformação hepática e eliminação renal. Possui um período de latência de 0,5 min quando administrada IV, e um período hábil de 30 a 40 minutos.​ Sempre deve ser usada associada a outros fármacos fenotiazínicos, benzodiazepínicos ou agonistas alfa 2 adrenérgicos, em vista dos seus outros efeitos. Quando usada no protocolo anestésico nos atrapalha no enquadramento do paciente nos planos e estágios de Guedel, porque promove excitação, nistagmo, midríase, salivação, permanência do reflexo laringotraqueal e a não preservação dos reflexos protetores. 
5.5 Anestesia local/regional
Região intercostal, lidocaína 5 mL. A lidocaína é um anestésico local de potência e duração moderadas, qualidades essas influenciadas pela técnica de bloqueio locorregional e via de administração. Se liga nas proteínas plasmáticas em cerca de 64%. Possui baixa toxicidade, e foi usada nesse caso em virtude de todas as suas qualidades e também visando um controle da dor pós-operatória cirúrgica. Devemos nos atentar à dose tóxica do fármaco (7mg/Kg), e caso surjam sinais de intoxicação, após o seu diagnóstico realizamos a estabilização do animal de acordo com a sintomatologia apresentada, fazendo a desintoxicação por meio da fluidoterapia e terapia de suporte. Nesses casos podemos fazer oxigenoterapia, o que melhora a oxigenação cardíaca e do miocárdio. O bloqueio intercostal foi indicado nesse caso pois foi feita uma toracotomia. O seu método de execução: Devemos palpar as costelas e delimitar onde os nervos estão, pois os nervos estão caudais as costelas. A incisão na toracotomia é cranial a costela, para evitar a região onde se passa o nervo, artéria e veia. Vamos posicionar a agulha o mais caudalmente possível da costela, abaixo do músculo intercostal. Precisamos bloquear dois espaços intercostais craniais, e dois caudais e na linha de incisão, sendo feito normalmente 5 aplicações. Se for feito um bloqueio mais ventral tem a chance de não pegar todas as raízes nervosas, e por isso preconizamos fazer o mais dorsal possível. 
5.6 Pós-operatório
 
5.6.1 Pós-operatório imediato
Dipirona 25 mg/Kg/SC
Meloxicam 0,2% 01, mg/Kg/SC
Metadona 0,1 mg/Kg/SC
Comentários: Nesse caso de dor severa optou-se por utilizar uma medicação não opióide que é analgésica, um medicamento anti-inflamatório e um opióide para dor severa. Sendo assim, esse protocolo foi feito visando uma analgesia multimodal do paciente, onde temos diferentes fármacos com mecanismos de ação diferentes promovendo um sinergismo e potencialização da analgesia. A dipirona é um analgésico não opióide muito seguro utilizado em pequenos animais visto que faz a inibição das isoenzimas COX-1 e 2, além de bloquear a síntese central e periférica de PGE2 e a ativação dos sistemas opióide e canabinoide (TEIXEIRA et al., 2017). O meloxicam éuma droga anti-inflamatória não esteroidal com propriedades antipirética e analgésica, podendo ter uso em afecções musculoesqueléticas. É uma droga com rápida eliminação do organismo (JUNIOR et al., 2015). A analgesia é importante pois permite uma recuperação e cicatrização de feridas mais rapidamente, menor vulnerabilidade à infecções secundárias, menor tempo de internação e reinternação e uma melhor qualidade de vida.
5.6.2 Pós operatório tardio - internação hospitalar
Metadona 0,2mg/kg, QID, IM 
Ceftriaxona 30mg/kg, TID, IV 
Dipirona 25mg/kg, TID, IV 
Omeprazol 1mg/kg, BID, IV 
Oferecimento de alimento e água.
Realização da drenagem torácica a cada hora e monitoração da quantidade de líquido.
Comentários: Optou-se por manter o uso da metadona para a dor moderada a severa, visando manter o animal sem dor, podendo assim fazer com que ele coma e beba água em quantidades satisfatórias e não tenha desconforto. A ceftriaxona é uma medicação antibiótica do tipo cefalosporina de terceira geração, com boa ação contra bactérias aeróbias Gram-positivas e Gram-negativas e algumas anaeróbias (SALAZAR, 2011). A dipirona é feita com o mesmo intuito anterior do pós-operatório imediato. O omeprazol é um protetor gástrico, que faz o bloqueio da secreção gástrica, utilizado para prevenir lesões gástricas quando estamos prescrevendo antibióticos, visto que estes apresentam efeito deletério à mucosa gástrica (ABRAHÃO et al., 1999). A medida de manejo de oferecer alimento e água é essencial, principalmente pois se o animal se alimentar bem pode se recuperar melhor e assim retomar ao seu estado físico antes da cirurgia mais rapidamente, gerando uma melhora progressiva da sua qualidade de vida. A realização de drenagem torácica a cada hora é feita com o intuito em se restabelecer a pressão negativa torácica, a qual foi retirada em parte durante a cirurgia de toracotomia, e é extremamente necessária de ser feita, visto que quando não existe uma pressão intratorácica adequada, os pulmões não se expandem adequadamente, e o paciente tem uma piora na qualidade respiratória e nas trocas gasosas (FOSSUM et al., 2015). 
6. Monitoração anestésica e pós operatória
6.1 Parâmetros a serem observados no momento transcirúrgico e seus valores
6.1.1 Ficha anestésica do animal
Imagem 8: Ficha anestésica da canina Serafina.
A avaliação dos parâmetros do paciente no momento transoperatório deve ser feita constantemente com anotações a cada cinco minutos. Nesse caso as anotações foram feitas a cada 15 minutos pois tínhamos ao nosso lado na equipe anestésica a chefe do serviço de anestesiologia, mas o ideal é que os parâmetros fossem anotados a cada cinco minutos. Foram monitorados: frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial média, ETCO2 (Tensão de dióxido de carbono ao final da expiração), SPO2 (saturação de oxigênio na hemoglobina). Os parâmetros observados estão demarcados na ficha acima, sendo representados por símbolos, podendo identificar o seu valor na legenda ao lado. Foi realizado n-acetil cisteína 50 mg/Kg/IV, com a função de antioxidante (ONDANI; CARVALHO; GALVÃO, 2011).
6.2 Parâmetros a serem observados no momento pós cirúrgico e seus valores 
Frequência cardíaca: 140 bpm
Frequência respiratória: 130 mrpm
Temperatura: 38º C
Pressão arterial sistêmica (PAS): 120 mmHg.
*Os parâmetros são observados a cada 1 (uma) hora, sendo muito importantes, pois um aumento contínuo de frequência cardíaca e respiratória podem indicar que o animal está sentindo dor. Além disso, podemos fazer uso de escalas de dor pós-operatória, como a Escala de Glasgow modificada, onde avaliamos o comportamento do animal para predizer se ele está sentindo dor ou não. 
7. Possíveis complicações do procedimento cirúrgico e anestésico (no momento transoperatório e pós operatório) e intervenções a serem realizadas
7.1 Complicações no transoperatório
7.1.1 Complicações cirúrgicas
Ruptura dos vasos sanguíneos que irrigam os lobos pulmonares, perfuração pulmonar, vazamento de ar dos brônquios devido soltura ou enfraquecimento de ligadura destes, torção de algum lobo pulmonar durante a realização da técnica. Pequenos vazamentos de ar involuem, mas grandes e também hemorragias requerem uma nova cirurgia (FOSSUM, et al., 2015). O cirurgião deve estar atento às possíveis complicações e se preparar para revertê-las. 
7.1.2 Complicações anestésicas 
A indução com o propofol pode gerar efeitos cardiovasculares como a redução da pressão arterial, redução da resistência vascular sistêmica e débito cardíaco, efeitos dose-dependente. Apesar disso, não aumenta a frequência cardíaca em compensação e não sensibiliza o miocárdio à ação da epinefrina. Em relação ao sistema respiratório, pode promover depressão respiratória dose-dependente e apnéia pós indução de forma rápida com consequente cianose transitória, podendo provocar redução do volume corrente e de frequência respiratória (GRIMM et al., 2015). A ventilação mecânica pode gerar algumas complicações, como alteração da mecânica pulmonar e função respiratória, podendo lesionar diretamente os pulmões (como por volutrauma e barotrauma), sobrecarregar a musculatura respiratória (por dissincronia entre paciente e respirador) ou complicações relacionadas com a intubação do animal (como as lesões inflamatórias de laringe e traquéia). Outras consequências que podem ser vistas são a diminuição do débito urinário provocado pela redução do fluxo sanguíneo renal e aumento dos níveis de hormônio antidiurético (CASTRO, 2011). Alguns estudos afirmam que pode provocar também diminuição do fluxo sanguíneo de veias hepáticas, sistema porta e veias mesentéricas (KREBS; TROSTES, 2000). Fentanil: pode causar depressão respiratória, hipotensão e bradicardia se for administrado em velocidade muito rápida. O anestesista deve estar atento às possíveis complicações e tem que se preparar para revertê-las, lançando mão de medicações que melhoram o estado do animal e preservam as suas funções vitais.
7.2 Complicações no pós-operatório
7.2.1 Complicações cirúrgicas
Se ocorrer sangramentos e vazamentos de ar do local onde foi realizada a lobectomia pulmonar parcial e total, pode ser necessária uma nova cirurgia. Acidose respiratória e intolerância ao exercício em casos de perda considerável do parênquima pulmonar (até 50%). Diminuição do volume residual, capacidade vital e capacidade pulmonar total acentuada inicialmente, mas que o volume residual aumenta progressivamente após três meses. Alguns animais podem apresentar intolerância aos exercícios (FOSSUM, 2015). Deiscência de pontos do local onde foi feita a incisão (toracotomia intercostal), associado a complicações da ferida e problemas com o dreno torácico. Pode ocorrer acúmulo de líquido no tecido subcutâneo no aspecto ventral da incisão, sendo evitado por meio do fechamento cuidadoso da musculatura distal. Não estabelecimento da pressão negativa torácica, dificultando a expansão pulmonar. Hipoxemia pode ser identificada através de gasometria arterial, sendo tratada com oxigenoterapia por insuflação nasal ou por gaiola de oxigênio. Animais com hipoxemia severa ou progressiva devem ser avaliados quanto à presença de edema pulmonar. Em casos de hipoventilação podemos realizar uma radiografia torácica para descartar a presença de pneumotórax, hemotórax e edema pulmonar. Em alguns animais a ventilação inadequada pode ser uma consequência da dor. A hipotermia é uma consequência incomum, mas se acontecer podemos utilizar frascos com água morna ou cobertores de água circulante ou ar quente para aquecer o paciente. O animal pode apresentar no pós-operatório a complicação de claudicação, vista em razão da dor provocada pelo acesso cirúrgico de incisão das fibras musculares do grande dorsal, tendo resolução em dois dias (FOSSUM, 2015). 
7.2.2 Complicações anestésicas 
Subestimação da dor do animal, sendo necessária uma nova abordagem terapêutica analgésica. Além disso, caso o paciente esteja ruim na anestesia no momento transoperatório, essas alterações podem persistirno pós-operatório, e por isso a monitoração do paciente é tão importante nos dois momentos. 
8. Exames complementares pós-cirúrgicos
8.1 Exame histopatológico 
1)Nódulo torácico de +- 7cm.
Imagem 9 e 10: Exame histopatológico da canina Serafina.
9. Receita
USO ORAL
1. Tramadol ou cloridrato de tramadol 100mg-------------------------------------------02 caixas
Dê um comprimido a cada 8 horas durante 06 dias
2. Dipirona comprimido 500----------------------------------------------------------------------caixa
Dê um comprimido a cada 8 horas durante 06 dias.
3. Omeprazol 20mg---------------------------------------------------------------------------------caixa
Dê um comprimido a cada 12 horas durante 10 dias.
4. Cetamina Oral ---------------------------------------------------------------------------------seringa
De 1 (um) ml a cada 8 horas durante 6 dias.
Uberlândia, MG, 20/02/2021
SUZANA AKEMI TSURUTA
MG 7350
RELATO DE CASO DE ANESTESIOLOGIA EM GRANDES ANIMAIS
1. Dados do animal
Nome: Corcel Negro.
Espécie: Equina.
Idade: 8 anos.
Raça: SRD.
Sexo: Macho.
Pelagem: Tordilho.
Peso: 300 Kg.
Responsável: Mariana Laura Dias Silva.
Endereço: Rua dos Alfeneiros, nº4.
Telefone: 4002-8922.
2. Exame pré-anestésico
2.1 Anamnese anestésica 
O animal apresentava criptorquidia unilateral, com a presença somente do testículo direito na bolsa escrotal. É um animal com comportamento de garanhão e histórico de cobertura em éguas, apresentando libido alta. 
2.2 Exame físico
O exame físico realizado pelo médico veterinário determinou que o animal apresentava comportamento característico de garanhão, e por meio do método de palpação transretal em regiões inguinal e escrotal, foi localizado o testículo esquerdo na região inguinal, sendo determinado que esse animal apresentava criptorquidia inguinal unilateral.
Frequência cardíaca: 32 bpm.
Frequência respiratória: 12 mrpm.
Pressão arterial sistêmica: -
Temperatura: 37,8ºC.
TPC: 2”.
Mucosas: normocoradas.
3. Exames pré-operatórios
3.1 Hemograma
 Valores Referência
Hemácias: 7,5 x 10 elevado a seis. 5,5-9,5
Hg: 11 g% 8-14
VG: 35% 24-44
VGM: 44 microgramas ao cubo 39-52
CHGM: 33% 31-55 
Leucócitos: 8500 6.000-12.000
Contagem diferencial: 
Bastonetes: 2 0-2
Neutrófilos: 54 35-55
Linfócitos: 35 15-20
Monócitos: 5 2-10
Eosinófilos: 5 2-12
Basófilos: 2 0-3
Interpretação: o animal aparentemente não possui nenhuma alteração hematológica e nenhuma infecção digna de nota, pois não tem um aumento de leucócitos, em particular de nenhuma das células de defesa. 
3.2 Bioquímico
 Valores Referência
Albumina: 30 g/L. 26-37 
Creatinina: 1,3 mg/dL. 1,2-1,9
AST: 120 U/L. 0-366
(KANEKO et al., 2012)
Interpretação: a principal proteína plasmática sanguínea, albumina, encontra-se em valores normais para a espécie animal. Isso é importante pois usaremos fármacos que se ligam à elas, determinando a fração livre do medicamento. O animal aparentemente não tem alterações renais e nem hepáticas, pois suas enzimas creatinina e AST respectivamente, estão em valores normais.
3.3 Ultrassonografia
Imagem 11: imagem ultrassonográfica do equino Corcel Negro que mostra a presença do testículo direito em bolsa escrotal (BATISTA; DE MOURA, 2017).
Imagem 12: imagem ultrassonográfica do equino Corcel Negro evidenciando a presença do testículo esquerdo retido na região inguinal (BATISTA; DE MOURA, 2017).
3.4 ASA do paciente (visto os resultados de seu exame físico e dos exames complementares)
ASA 1. Está classificado nesse estado físico pois é um paciente hígido, sem doença concomitante, sendo submetido a uma cirurgia eletiva.
4. Caso cirúrgico
4.1 Técnica cirúrgica 
Orquiectomia em decúbito dorsal em animal criptorquídico unilateral. A intensidade da dor desse procedimento cirúrgico é de leve a moderada. A cirurgia foi indicada para que o animal não seja usado na reprodução, visto que essa doença é hereditária e acredita-se que esteja associada a um gene dominante (ETTINGER; FELDMAN, 1997). Ademais, quando os testículos ficam retidos na cavidade abdominal, estão propensos a se tornar uma neoplasia, podendo comprometer a vida do animal (NASCIMENTO; SANTOS, 1997).
4.2 Achados transoperatórios
Imagem 13: testículos do equino Corcel Negro após o procedimento de orquiectomia. Comparação do tamanho do testículo esquerdo retido em região inguinal com o testículo direito presente na bolsa escrotal, podendo ser notado uma diminuição deste (BATISTA; DE MOURA, 2017). 
5. Protocolo anestésico
5. 1 MPA 
Detomidina 0.01 mg/kg IV. É um fármaco agonista dos receptores alfa dois adrenérgicos, que proporciona analgesia e relaxamento muscular. É seguro de ser usado, pois existem reversores dos seus efeitos. A analgesia é decorrente da sua ligação em diversos receptores presentes em vias nociceptivas, como no corno dorsal da medula espinhal e no tronco encefálico. O seu pico de ação em equinos ocorre em cinco minutos após a sua administração IV, tendo duração do efeito de uma hora (GRIMM et al., 2015).
5.2 Indução 
Midazolam 0,04mg/kg IV e cetamina 2,2 mg/kg. O midazolam é um fármaco ansiolítico, depressor do sistema nervoso central, da mesma classe que o diazepam, que foi usado na indução para promover o miorrelaxamento. É um fármaco hidrossolúvel, que promove pouca alteração dos efeitos fisiológicos. Os equinos tipicamente não exibem sedação com o uso desse fármaco, podendo ser usado em associação com a cetamina para diminuir os seus efeitos excitatórios (GRIMM et al., 2015).
A cetamina foi usada no protocolo pois promove analgesia somática importante. Devemos ficar atentos, pois ela nos atrapalha no enquadramento do paciente nos planos e estágios de Guedel, como já mencionado anteriormente. A sua administração em equinos produz indução rápida e suave, mas que se for feita de maneira inadequada, gera excitação (GRIMM et al., 2015).
5.3 Intubação, ventilação e circuitos anestésicos
Sonda orotraqueal de tamanho 24. A ventilação do animal é espontânea, em que usamos um circuito circular valvular em sistema semifechado, onde ocorre reinalação de gás contínua, possuindo propriedades de conservação de calor e umidade razoáveis, sendo necessário alto fluxo de oxigênio e anestésico. O fluxo de oxigênio a ser oferecido é de 50-100 mL/Kg no rotâmetro. 
5.4 Manutenção
Isoflurano. 1 CAM de isoflurano nos equinos equivale a 1,31%, sendo necessário somente 1 CAM em cirurgias de dor leve. O isoflurano é um anestésico inalatório que promove depressão do sistema cardiovascular, mas sem alteração do débito cardíaco. Além disso, não sensibiliza o miocárdio à ação das catecolaminas.
5.5 Anestesia local/regional
Intratesticular: seguramos o testículo com a mão, e aplicamos 10 mL de lidocaína intratesticular (aspirando para ver se não pegou vasos) em cada testículo. Analgesia todo o testículo. Cordão espermático pelo método fechado: O modo fechado é feito por cima da pele, onde aplicamos lidocaína no subcutâneo, sempre aspirando o conteúdo da seringa para ter certeza de que não pegamos nenhum vaso, usando 5 mL de lidocaína em cada cordão. Linhade Incisão: Aplicamos 10 mL de lidocaína no SC em linha no local onde será feita a incisão. Usamos lidocaína pois é uma cirurgia pouco demorada, e o período de duração do seu efeito não é tão demorado quanto o da bupivacaína. 
5.6 Pós-operatório
Flunixina Meglumina (1,1 mg/kg, via IV, uma vez ao dia, por três dias), curativo tópico com iodopovidona 10%, duas vezes por dia, por dez dias. Esse fármaco é usado comumente no tratamento da dor visceral em equinos (DE OLIVEIRA et al., 2016), tendo grande ação anti-inflamatória (BERBERT; FERREIRA, 2012). 
6. Monitoração anestésica e pós operatória
6.1 Parâmetros a serem observados no momento transcirúrgico e seus valores
6.1.1 Ficha anestésica do animal
Imagem 14: Ficha anestésica do equino Corcel Negro.
Os parâmetros foram anotados a cada cinco minutos, mas a monitoração anestésica era constante. Foram monitorados: frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial sistêmica e SpO2. Os parâmetros observados estão demarcados na ficha acima, sendo representados por símbolos, podendo identificar o seu valor na legenda ao lado. O animal não teve nenhuma variação grande nos parâmetros no transcirúrgico, permanecendo estável.
6.2 Parâmetros a serem observados no momento pós cirúrgico e seus valores 
FC: 34 bpm
FR: 12 mrpm
TR: 38,0º C
TPC: 2”
*Os parâmetros são observados a cada 1 (uma) hora, sendo muito importantes, pois um aumento contínuo de frequência cardíaca e respiratória podem indicar que o animal está sentindo dor. 
7. Possíveis complicações do procedimento cirúrgico (no momento transoperatório e pós operatório) e intervenções a serem realizadas
7.1 Complicações anestésicas no transoperatório
O uso da detomidina: Os fármacos alfa dois agonistas podem promover uma série de efeitos adversos, como a bradicardia e hipotensão (mediadas pela ação em seus receptores centrais e periféricos), podendo promover excitação e atividade motora. Como atua em sistema cardiovascular promovendo a diminuição do débito cardíaco secundária a diminuição da frequência cardíaca, devemos sempre monitorar o paciente e prever esses riscos, utilizando drogas de emergência. Além disso, pode diminuir a motilidade gastrintestinal, e o tempo de esvaziamento gástrico, algo que é se suma importância em equinos, que tem problemas de cólica. A detomidina na dose de 0,01 mg/Kg IV pode promover bloqueio sinoatrial ou bloqueio atrioventricular de segundo grau. A função sistólica pode estar alterada, e concomitantemente temos um aumento do diâmetro interno do ventrículo esquerdo no ecocardiograma (GRIMM et al., 2015).
Cetamina: exerce efeito inotrópico negativo sobre o sistema cardiovascular, podendo gerar aumento da pressão arterial sistêmica e pulmonar, aumento do débito cardíaco e da frequência cardíaca com consequente aumento do trabalho cardíaco, podendo reduzir a oxigenação do miocárdio (GRIMM et al., 2015).
7.2 Complicações anestésicas no pós-operatório
Subestimação da dor do animal, sendo necessária uma nova abordagem terapêutica analgésica. 
8. Exames complementares pós-cirúrgicos
8.1 Exame histopatológico
O exame histopatológico dos dois testículos determinou que o testículo esquerdo retido na região inguinal apresentava hipoplasia testicular, enquanto o testículo direito se encontrava com características testiculares normais. 
Imagem 15: Exame histopatológico do testículo esquerdo, com achados compatíveis com hipoplasia testicular (BATISTA; DE MOURA, 2017). 
REFERÊNCIAS 
ABRAHÃO, Silvio et al. Efeito da ranitidina e do omeprazol sobre o pH gástrico em cães. Acta Cirurgica Brasileira, v. 14, n. 1, 1999.
BATISTA, Ananda Silvia Guimarães; DE MOURA, Alexandre José Origenes Luciano. Criptorquidismo unilateral em equino: Relato de caso. Revista Saber Digital, v. 9, n. 2, 2017.
BERBERT, Lídia Roedel Hinkelmann; FERREIRA, Luiz Fernando Lucas. Efeitos Colaterais de Antiinflamatórios Não Esteróides em Cães e Gatos. PUBVET, v. 6, p. Art. 1264-1269, 2012.
CASTRO, Marina Lopes. Princípios básicos da ventilação mecânica em cães. 2011.
DE OLIVEIRA ALVES, José Edgard et al. Aspectos Clínicos E Experimentais Da Dor Em Equinos: Revisão De Literatura. Science And Animal Health, v. 4, n. 2, p. 131-147, 2016.
ETTINGER, S. J. E.; FELDMAN, E. C. Tratado de medicina Interna Veterinária. 4 ed. v. 2. São Paulo: Manole,. p - 2941. 1997
FOSSUM, Theresa Welch. Cirurgia de pequenos animais. Elsevier Brasil, 2015.
GRIMM, Kurt et al. Anestesiologia e analgesia em veterinária. Editora Roca, 2015.
JUNIOR, José Ademar Villanova et al. Avaliação do meloxicam para o tratamento da inflamação e da dor associadas à operações ortopédicas em cães. Acta Veterinaria Brasilica, v. 9, n. 4, p. 354-361, 2015.
KANEKO, J.J. et al. Clinical biochemistry of domestic animals. 6.ed. New York: Academic, 2008. 896p.
KREBS, Vera Lúcia Jornada; TROSTES, E. J. Complicações da ventilação mecânica. Pediatria Moderna, v. 36, p. 58-60, 2000.
NASCIMENTO, E. F.; SANTOS, R. L. Patologias da bolsa escrotal e dos testículos In:______ Patologia da Reprodução dos Animais Domésticos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997. p.83-93.
ONDANI, Amanda Cristiane; CARVALHO, Marileda Bonafim; GALVÃO, André Luiz Baptista. N-acetilcisteína-ação antioxidante e utilização na clínica de pequenos animais. Archives of Veterinary Science, v. 16, n. 2, 2011.
TEIXEIRA, Luciana Goncalves et al. Uso de dipirona como analgésico no pós-operatório de cães. REVISTA VETERINÁRIA EM FOCO, v. 15, n. 1, 2017.
SALAZAR, Ana Sofia Leal Marques Oliveira. Estudo da resistência às cefalosporinas de terceira geração de isolados de Escherichia coli de origem canina. 2011. Tese de Doutorado. Universidade Técnica de Lisboa. Faculdade de Medicina Veterinária.

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