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material didático_Análise de Investimento(Modelagem de Negócios)

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Prévia do material em texto

Direito Empresarial/
Legislação Aplicada à Micro e Pequenas Empresas Empresarial
ALEXANDRE SALGADO
CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTODE NOVAS EMPRESAS
SEMESTRE 1
Créditos e Copyrights
COELHO, Fernanda
                   Análise de Investimento (Modelagem de Negócios). Fernanda Coelho. Santos: Núcleo de Educação a Distância da UNIMES, (Material didático. Curso de Administração).
                 Modo de acesso: www.unimes.br
1. Ensino a distância.  2. Administração.  3. Educação
CDD
Este curso foi concebido e produzido pela Unimes Virtual. Eventuais marcas aqui publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários.
A Unimes Virtual terá o direito de utilizar qualquer material publicado neste curso oriunda da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em qualquer forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos.
Copyright (c) Unimes Virtual
É proibida a reprodução total ou parcial deste curso, em qualquer mídia ou formato.
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
PLANO DE ENSINO
CURSO: ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: Análise de Investimento
SEMESTRE: 8º
CARGA HORÁRIA TOTAL: 80HS
 
 
EMENTA
Princípios de avaliação de investimentos. Métodos de escolha entre opções de investimento. Critérios de análise de projetos de investimentos. Risco e Retorno. Risco e diversificação de investimentos. Métodos de análise de projetos de investimentos sob condição de risco.
 
OBJETIVO GERAL
Capacitar os alunos nas ferramentas teóricas necessárias à análise da viabilidade econômico-financeira de investimentos reais.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Compreender a importância, estrutura e funcionamento do mercado de capitais. Diferenciar os tipos de análises do mercado de ações. Elencar as principais estratégias operacionais, destacando a importância do uso das ferramentas para a determinação de uma boa estratégia de investimento.
 
 
UNIDADE I - Introdução à análise de investimentos
UNIDADE II - As decisões de investimentos
UNIDADE III - Avaliação sob incerteza
UNIDADE IV – Imposto de Renda
UNIDADE V – Mercado de Capitais: renda fixa e variável
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Unidade I - Introdução à análise de investimentos
Conceitos
Princípios de Investimentos
A decisão de investimentos
 
Unidade II - As decisões de investimentos
Abordagens nas decisões de investimento
Dimensionamento dos fluxos de caixa das propostas de investimento
 
Unidade III - Avaliação sob incerteza
Avaliação sob incerteza
Análise de sensibilidade
Decisão em condições de risco
 
Unidade IV - Imposto de Renda
A influência do IR sobre os Investimentos
Alíquotas do IRPJ por tipos de Investimentos
 
UNIDADE V – Mercado de Capitais: renda fixa e variável
Tipos, classificação e mercados de Investimentos
Renda fixa
Renda variável
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
DUARTE JR, Antônio M. Gestão de Riscos para Fundos de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
GITMAN, Lawrence J. e JOEHNK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
REBELATTO, Daisy (Org.). Projeto de Investimento. São Paulo: Manole, 2004.
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
GITMAN, Lawrence J. e MADURA, Jeff. Administração Financeira uma Abordagem Gerencial. São Paulo: Pearson, 2003. 
GITMAN, Lawrence J. Princípios da Administração Financeira. São Paulo; Pearson Prentice Hall, 2010. 
MEGLIORINI, Evandir. Administração Financeira: uma abordagem financeira. São Paulo Pearson Prentice Hall, 2009. 
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval. Economia Micro e Macro. 3ª Ed. São Paulo: Atlas, 2002. 
SAMANEZ, Carlos Patrício. Matemática Financeira. Pearson Prentice Hall, 2010.
 
 
 
METODOLOGIA
A disciplina está dividida em unidades temáticas que serão desenvolvidas por meio de recursos didáticos, como: material em formato de texto, videoaulas, fóruns e atividades individuais. O trabalho educativo se dará por sugestão de leitura de textos, indicação de pensadores, de sites, de atividades diversificadas, reflexivas, envolvendo o universo da relação dos estudantes, do professor e do processo ensino/aprendizagem.
 
AVALIAÇÃO
A avaliação dos alunos é contínua, considerando-se o conteúdo desenvolvido e apoiado nos trabalhos e exercícios práticos propostos ao longo do curso, como forma de reflexão e aquisição de conhecimento dos conceitos trabalhados tanto na parte teórica como na prática e habilidades. Prevê, ainda, a realização de atividades em momentos específicos como fóruns, chats, tarefas, avaliações a distância e Prova Presencial, de acordo com a Portaria de Avaliação vigente. A Avaliação Presencial está prevista para ser realizada nos polos de apoio presencial, no entanto, poderá ser realizada em home seguindo as orientações das autoridades da área da saúde e da educação e considerando a Pandemia COVID 19.
 
Núcleo de Educação a Distância
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
Sumário
AULA 1 – INTRODUÇÃO ANÁLISE DE INVESTIMENTOS	9
AULA 2 – A DECISÃO SOBRE INVESTIMENTOS FINANCEIROS	13
Aula 3 - RAZÕES PARA INVESTIR – DILEMA RISCO RETORNO	17
AULA 4 – A TOMADA DE DECISÃO DE INVESTIMENTO	22
AULA 5 – ATIVOS E OS FLUXOS DE CAIXA PARA FINANÇAS	26
AULA 6 – ATIVO FINANCEIRO	29
AULA 7 – SÍNTESE DA SEÇÃO	33
AULA 8 – O AMBIENTE DE INVESTIMENTO	36
AULA 9 – RISCO E A ESCOLHA DE UM INVESTIMENTO	41
AULA 10 – O DILEMA DA ANÁLISE ENTRE INVESTIMENTO E RISCO	45
AULA 11 – ANÁLISE DE SENSIBILIDADE	48
AULA 12 – ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AS ALTERNATIVAS DE UM PROJETO: 1ª PARTE	52
AULA 13 - ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AS ALTERNATIVAS DE UM PROJETO: ANÁLISE INCREMENTAL, 2 ª PARTE	55
Aula 14 – SÍNTESE DA SEÇÃO	58
AULA 15 – A INFLUÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE AS ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOS: 1ª PARTE	61
AULA 16 – A INFLUÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE AS ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOS: 2ª PARTE	65
AULA 17_A INFLUÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE AS ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOS: 3ª PARTE	69
AULA 18 _A ANÁLISE SE INVESTIMENTOS: O PERFIL DO INVESTIMENTO	73
AULA 19 _ A ANÁLISE SE INVESTIMENTO E A DIVERSIFICAÇÃO	77
AULA 20_FUNDOS DE INVESTIMENTO EM RENDA FIXA: TÍTULOS PÚBLICOS	80
AULA 21_FUNDOS DE INVESTIMENTO EM RENDA FIXA: TÍTULOS PRIVADOS	84
AULA 22_FUNDOS DE INVESTIMENTO EM RENDA VARIÁVEL	89
AULA 23_A CLASSIFICAÇÃO DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS: RENDA FIXA	92
AULA 24 – A CLASSIFICAÇÃO DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS: RENDA VARIÁVEL	96
AULA 25_A CARTEIRA DE INVESTIMENTOS: 1ª PARTE	99
AULA 26 _A CARTEIRA DE INVESTIMENTOS: 2ª PARTE	103
AULA 27_INVESTIMENTOS DE RENDA VARIÁVEL: AÇÕES	107
AULA 28_INVESTIMENTOS DE RENDA VARÁVEL: INVESTIMENTO DIRETO NA BOLSA (1ª PARTE)	110
AULA 29_INVESTIMENTOS DE RENDA VARÁVEL: INVESTIMENTO DIRETO NA BOLSA (2ª PARTE)	114
AULA 30_ INVESTIMENTOS DE RENDA VARÁVEL: DERIVATIVOS	119
AULA 31_INVESTIMENTOS DE RENDA VARÁVEL: MERCADO DE OPÇÕES E OURO	123
AULA 32_INVESTIMENTO, ESPECULAÇÃO & CONSIDERAÇÕES FINAIS	126
AULA 1 – INTRODUÇÃO ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
 
A tomada de decisões é estratégica para atividades de investimento, exigindo, de qualquer gestor, posicionamentos organizacionais para satisfazer dois requisitos básicos para qualquer empresa: Risco e Retorno esperados. Assim, nosso objetivo nessas aulas é propor uma metodologia para análise de investimento que conduza o gestor a melhor opção de carteira de investimento, baseado em teorias e metodologias que serão tratadas no curso.
 
Introdução
Para se atingir uma análise de carteira de investimentos são empregadas as metodologias utilizadas para análise de investimentos empresariais, com as devidas adaptações que o cenário econômico e político, sempre, nos impõe. Essa nota é facilmente aceitável visto que as empresas por apresentarem um capital a investir, mobilizam colaboradores e terceiros para desenvolver metodologias e análises mais adequadas e eficazes, no que diz respeito ao assunto. 
“As finanças são a arte e a ciência de administrar fundos, isto é, aplicar princípios econômicos, contábeis e conceitos do valor do dinheiro no tempo às tomadas de decisões em negócios”. Fonte: www.bertolo.pro.br.
 
As organizações alcançam receitas ou levantam fundos, gastam ouinvestem. O processo, as instituições, os mercados e os instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, companhias e governos, formam as finanças e/ou os mercados financeiros do Brasil e do mundo.
Conectando as discussões que tivemos até aqui, podemos afirmar que o conceito de análise de investimentos pode ser entendido como sendo um conjunto de técnicas avançadas, usando princípios de Economia, Estatística, Matemática Financeira e Tecnologia, que admitem a comparação entre os resultados envolvendo retorno versus risco.
De um modo comum, investimento é todo emprego de dinheiro visando a ganhos. O emprego pode ser no mercado financeiro, fundos, ações e poupança; bem como em unidades produtivas de empresas em geral, o investimento direto.
Ao realizar um determinado investimento, consideramos várias alternativas para seu implemento final. Ao conjunto de determinados métodos utilizados para otimizar as alternativas propostas, denominamos análise de investimento. Para se realizar, ainda que superficialmente, a análise de investimento deve-se compreender, primeiro, qual é o seu propósito. Por exemplo:
· Compra para substituição de uma máquina;
· Abertura de filiais – lojas ou fábricas;
· P&D para novo produto;
· Lançamento de um novo produto ou serviço; 
· Entrada da empresa no comércio internacional;
· Ações promocionais para atrair mais consumidores, etc.
 
Definido propósito, será necessário avaliar se existem recursos: humanos, financeiros, tecnológicos e estruturais para tal objetivo. A resposta para este dilema está em um conceito contábil já conhecido dos gestores, Fluxo de Caixa. A maior parte dos problemas de análise de investimentos envolve receitas e despesas que foram apresentadas em algumas disciplinas que já estudamos, lembra? 
O investimento, qualquer investimento, pessoal ou empresarial constitui em si um projeto. Como qualquer projeto, deve-se considerar todos fatores, se não possível todos, a grande maioria então dos fatores presentes no ambiente organizacional – fatores: econômicos, culturais, políticos, comerciais e legais que nos auxiliam na escolha da melhor alternativa de investimento. Por exemplo: 
· As receitas operacionais;
· As despesas operacionais e de investimento;
· O custo de entrada (valor inicial do investimento);
· O custo total (residual) do investimento;
· A taxa mínima de atratividade (TMA);
· A taxa de retorno;
· O Payback; 
· E até mesmo a depreciação ou ciclo de vida útil de um investimento.
 
Resumindo o que aprendemos hoje, as decisões de investimentos organizacionais, são escolhas que envolvem todos os aspectos organizacionais nas mais diversas áreas de qualquer empresa, pois quando se faz a opção pela aquisição de uma máquina ou equipamento, quando se decide internacionalizar, quando se resolve obter uma certificação de qualidade, quando se pagam cursos de aperfeiçoamento para os colaboradores, quando se aplicam no mercado financeiro recursos da empresa – estamos criando intersecções entre todas as partes de uma mesma empresa e os impactos positivos ou não serão sentidos por todos. Deve-se, nessas e em outras conjunturas, adotar os recursos disponibilizados pelo conhecimento de Finanças para a tomada de decisão que seja mais adequada, ao momento organizacional. Não há decisão de investimento perfeita – há a melhor decisão de investimento que pode ser feita diante do cenário que se tem.
Na aula seguinte, vamos explorar as etapas gerais do processo de tomada de decisão de investimento. O objetivo é propor um método, quase um passo a passo de forma a permitir um melhor entendimento deste tema.
 
Saiba mais: para um acesso rápido a termos financeiros que você já aprendeu em outras disciplinas e aprenderá em Análise de Investimentos, deixe salvo nas suas preferências um Dicionário Financeiro online – este é do Portal Sebrae, mas existem diversos outros acessíveis gratuitamente na rede. Acesse: https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/dicionariofinanceiro.pdf
REFERÊNCIAS
DUARTE JR, Antônio M. Gestão de Riscos para Fundos de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
GITMAN, Lawrence J. e JOEHNK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
LOWE, Janet. Warren Buffett: Lições do maior de todos os investidores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
REBELATTO, Daisy (Org.). Projeto de Investimento. São Paulo: Manole, 2004
 
Sites:
B3. Bolsa de Valores. Disponível em: < http://www.b3.com.br/pt_br/ >. 
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Receita Federal. Disponível em: < http://receita.economia.gov.br/ >.
AULA 2 – A DECISÃO SOBRE INVESTIMENTOS FINANCEIROS
 
No senso comum, um investimento é um sacrifício hoje para alcance de uma série de ganhos no futuro. No estudo e prática da área financeira, o entendimento de sacrifícios e ganhos estão conectados aos fluxos de caixa necessários e gerados pelo investimento. Assim, a análise de investimentos precisa, basicamente, de uma projeção de fluxos de caixa.
 
INTRODUÇÃO
Sob a ótica da decisão financeira empresarial, os investimentos podem ter duas naturezas distintas: investimento financeiro propriamente dito ou investimento de capital. Sobre os investimentos financeiros estão as aquisições de ações e títulos de outras empresas e governos, conhecidos por uma maior liquidez – maior capacidade de conversão de um ativo em dinheiro; e pela possibilidade de obtenção de informações relevantes nos mercados de capitais e financeiros. 
Um investimento pode ser caracterizado, geralmente, como um sacrifício feito hoje para obtenção de uma série de vantagens futuras. Em finanças, os conceitos de sacrifícios e vantagens futuras estão associados aos fluxos de caixas necessário e gerados pelo investimento empresarial. Dessa forma, a análise de investimentos diz respeito, fundamentalmente, em uma análise de projeção de fluxos de caixa.
 
A NATUREZA DOS INVESTIMENTOS EMPRESARIAIS
 
Sob a ótica da tomada de decisão financeira para as empresas, os investimentos podem ter duas naturezas distintas: investimento financeiro em si ou investimento de capital.
1. Investimentos Financeiros: são as aquisições de títulos e valores mobiliários, caracterizados por maior liquidez e maiores chances de retorno dos valores investidos, e pela possibilidade de obtenção de informações importantes nos mercados de capitais ou financeiros.
2. Investimentos de Capital: são os gastos empresariais maiores, mais complexos, como aquisição de um equipamento ou a abertura de uma nova filial, por exemplo e justamente por agregar um planejamento intenso e detalhado este tipo de investimento é conhecido como projeto de investimento.
 
A análise de investimentos envolve decisões de aplicação de recursos com longos prazos – superiores a 1 ano – com a finalidade de gerar retorno adequado aos proprietários desse capital, no caso das empresas seus donos e/ou acionistas.
 
E pensando no retorno de um capital investido, vem a pergunta – quanto a empresa pode, deve ou deseja investir? Qual o orçamento de capital?
 
Orçamento de Capital
Orçamento de capital é um processo que envolve a seleção de projetos de investimento e a quantificação dos recursos a serem empregados e busca responder a questões como:
Este novo projeto vai se pagar? Ele aumentará lucros e/ou dividendos dos donos e acionistas? Quais os riscos de haver perda de capital? Qual a melhor alternativa de investimentos?
O orçamento de capital requer uma estimativa de fluxos de caixa livres que serão obtidos com o projeto de análise. As previsões de investimentos em ativos, de vendas, também de preços, de custos e despesas devem ser elaboradas da forma mais realista e precisa que puderem ser realizadas. De qualquer modo, a incerteza em orçamentos de capital é elevada, pois envolve cenários econômicos e políticos de longo prazo.
Em Administração Financeira e Orçamentária aprendemos métodos mais comuns de avaliação de projetos de investimento – Payback, VPL (Valor presente líquido) e TIR (Taxa interna de retorno); e estes mesmos métodos ainda serão mais relevantes agora. 
Por fim, algumasdessas técnicas e decisões sobre investimentos são escolhas estratégicas, porque a lógica que as sustenta não é operacional ou rotineira, mas é uma lógica de longo prazo, empresarial, destinada, de certa forma, a tentar tornar a empresa mais bem sucedida. Essas escolhas demandam investimentos de tempo, de dinheiro e de tempo em um projeto ou mais projetos cujos efeitos são desconhecidos, pois ocorrerão no futuro, ou seja, num ambiente de risco e/ou de incerteza. 
 
Nesta aula, vimos que o gestor empresarial, involuntariamente sua formação ou atuação profissional, sempre encontrará dificuldades financeiras, em todas as suas formas, complexidades e prazos e isso é um alerta para sempre administrar a empresa não apenas baseado no hoje, e sim dar a mesma atenção e importância ao futuro; já que a sustentabilidade do negócio não depende, unicamente, do que aconteceu antes, no passado, nem do desempenho passado, nem do patrimônio atual, mas, fundamentalmente, da sua capacidade de gerar e gerir o fluxo de caixa no futuro.
 
Saiba mais: Quer saber mais sobre Orçamento de Capital? Acesse: https://investorcp.com/gestao-empresarial/o-que-e-orcamento-capital/#:~:text=Or%C3%A7amento%20de%20capital%20%C3%A9%20o,envolvem%20grande%20volume%20de%20capital.
 
REFERÊNCIAS
DUARTE JR, Antônio M. Gestão de Riscos para Fundos de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
GITMAN, Lawrence J. e JOEHNK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
LOWE, Janet. Warren Buffett: Lições do maior de todos os investidores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
REBELATTO, Daisy (Org.). Projeto de Investimento. São Paulo: Manole, 2004
 
Sites:
B3. Bolsa de Valores. Disponível em: < http://www.b3.com.br/pt_br/ >. 
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Receita Federal. Disponível em: < http://receita.economia.gov.br/ >.
Aula 3 - RAZÕES PARA INVESTIR – DILEMA RISCO RETORNO
 
Introdução
 
Já discutimos, anteriormente, na prática, que as decisões financeiras são tomadas em ambiente de incerteza com relação a seus resultados. Em verdade, procuramos com estudos e projeções, minimizar as incertezas – mas, não existe ambiente de negócios 100% seguro. Por estarem essas decisões, basicamente, voltadas ao futuro, é imprescindível que se introduza a variável incerteza como um dos mais significativos aspectos do estudo das operações do mercado financeiro e das finanças corporativas sem que isso seja um fator inibidor ao investimento corporativo tão necessário para movimentos de crescimento, manutenção e até mesmo proteção diante uma crise.
 
ASSAF NETO (1999) diz que a ideia de risco, de forma mais específica, está diretamente associada às possibilidades de acontecimentos de certos resultados em relação a um valor médio esperado. É um conceito voltado para o futuro, revelando uma possibilidade de perda. 
 
Risco – total, econômico e sistemático
 
O conceito de risco, também já estudado em Administração Financeira e Orçamentária, é muito amplo e em finanças corporativas, nos focamos nos componentes de risco total: econômico e financeiro.
 
· risco econômico: de natureza conjuntural (políticas, crises e/ou oportunidades econômicas, tecnológicas ...), de mercado (crescimento da concorrência, por ex.) e do planejamento e gestão da empresa (vendas, custos, preços, investimentos etc.). 
· risco financeiro: diretamente ligado relacionado com o endividamento da empresa e com sua capacidade de pagamento.
 
Assim, dizemos que o risco total de qualquer ativo é definido pela sua parte sistemática (risco sistemático ou conjuntural) e não-sistemática (risco específico ou próprio do ativo). O risco sistemático é intrínseco aos ativos negociados no mercado, sendo determinado por eventos de natureza política, econômica e social. Cada ativo se movimenta de forma diferente diante da situação conjuntural estabelecida. Não há como se evitar totalmente o risco sistemático! A única ferramenta, conhecida, efetivamente eficaz para “lidar” com este risco é a diversificação da carteira de ativos como medida preventiva para redução desse risco.
Deve ser lembrado aqui um dos princípios fundamentais de finanças corporativas: resultados passados não garantirão os mesmos resultados no futuro; eles podem e servem como análise de uma tendência para as previsões de cenários futuros. Assim sendo, pode -se imaginar que bons cenários futuros podem ser elaborados com base em dados históricos mais a subjetividade, a intuição e o conhecimento dos especialistas, também serão necessárias.
Em resumo, o dilema risco – retorno pode ser interpretado de dois modos: 
(1º) Baseado no risco, ou seja, quando um ambiente de risco é identificado, no caso de um investimento ou de um projeto, deve -se exigir uma certa compensação, sob a forma de juros, para que tal risco seja assumido; 
(2º) Baseado no retorno, ou seja, se um investimento ou projeto oferecem um retorno alto, fora dos padrões conhecidos, deve -se procurar saber qual o tamanho do risco que estará em jogo, para que se possa assumi-lo ou não.
 
Razões para investir
Agora, devemos aprender por que investir? Apesar de parecer óbvio, profissionalmente falando, você poderá continuamente se ver em uma oposição de defesa de um investimento, de acatar sobre um investimento; então é importante a formação de argumentos dos mais básicos aos mais elaborados e específicos a sua atividade e experiência. 
A resposta para essa pergunta pode ser dada em função de diversas razões e/ou motivações. No entanto, na essência, investimos para atingir nossos objetivos financeiros e de nossa família. Investir não resolve todos os problemas empresariais, mas permite alcance de condições melhores para negociações e será, ainda, uma tentativa para aumentar o patrimônio. Em outras palavras, o investimento está na expectativa de obter um fluxo de benefícios futuros. 
Na prática, a razão para investir é manter o valor de nossa riqueza. Nesse sentido, poupar e investir o dinheiro traz benefícios, como:
· Compras à vista;
· Descontos nas compras;
· Aproveitar oportunidades de mercado não planejadas;
· Garantir a produção e entrega de produtos/serviços;
· Estar prevenido e financeiramente para alguma emergência, entre outros.
 
O cenário econômico brasileiro proporciona um ambiente bastante favorável ao poupador e uma eterna preocupação para o devedor, pois o custo do crédito, empréstimos, no país é muito caro. Por outro lado, o investidor tem oportunidade de obter ganhos reais.
As empresas têm muitas responsabilidades, ou seja, dívidas. E neste contexto, muitas empresas perdem a noção da força do rendimento dos investimentos. Isso acontece porque elas esquecem que os juros incidem sobre os juros passados – o denominado juro composto. 
Devemos investir, não o que sobra no caixa ao final do mês; e sim o que programamos, sistematicamente, pois desse modo, quando da entrada das receitas, já se separa o valor em dinheiro para a aplicação; este é o modo mais assertivo e rápido para conquistar os objetivos empresariais.
Muitos gestores creem que, para investir, basta ter dinheiro. No entanto, não é tão fácil assim. Problemas podem surgir, como a inflação. Estes problemas, poderão comprometer parte do rendimento; assim para fazer com que os investimentos tenham uma melhor performance, deve-se: 
· estudar e conhecer as diferentes alternativas de investimento;
· estudar sobre os impostos que incidem sobre cada um desses produtos;
· comparar as diferentes alternativas, levando em conta as características de cada produto financeiro;
· analisar todas as alternativas em um período maior, cinco anos, por exemplo;
· tirar as dúvidas pesquisando livros, internet ou com amigos que tenham mais conhecimento; e
· ser disciplinado nos investimentos.
 
Por fim, o planejamento financeiro é absolutamente necessário para o sucesso nos investimentos; assim como traçar objetivos e metas financeiras e fazer orçamentos, por exemplo. 
 
Nesta aula, vimos que no mercado, não existe aplicação que garanta rentabilidade. Todos os tipos de investimento de dinheiro envolvem algum grau derisco. No entanto, risco maior seria não realizar qualquer investimento, para isso; um planejamento financeiro é absolutamente necessário para o sucesso nos 
investimentos; da mesma forma que traçar objetivos e metas financeiras para o crescimento e manutenção das atividades corporativas.
 
https://www.investidor.gov.br/menu/primeiros_passos/antes_investir/caminho_investimento.html
 
REFERÊNCIAS
DUARTE JR, Antônio M. Gestão de Riscos para Fundos de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
GITMAN, Lawrence J. e JOEHNK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
LOWE, Janet. Warren Buffett: Lições do maior de todos os investidores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
REBELATTO, Daisy (Org.). Projeto de Investimento. São Paulo: Manole, 2004
 
Sites:
B3. Bolsa de Valores. Disponível em: < http://www.b3.com.br/pt_br/ >. 
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Receita Federal. Disponível em: < http://receita.economia.gov.br/ >. 
AULA 4 – A TOMADA DE DECISÃO DE INVESTIMENTO
Quando tratamos de investimentos e, portanto, de criar valor e maximizar a riqueza, o alcance de nossos objetivos depende sempre de nossa capacidade de nossas decisões financeiras. A otimização das escolhas financeiras não é algo simples ou superficial, tem de ser a melhor escolha possível, diante dos objetivos e com os recursos que se tem. 
Introdução 
A busca por respostas sobre a decisões de investimentos é antiga ao mesmo tempo que não deixa, de forma alguma, de ser atual. Gestores estão sempre em busca das respostas à 4 questões fundamentais:
1. Quanto investir? 
2. Onde investir?
3. Como financiar o investimento?
4. Como distribuir os resultados?
Quando um gestor tem recursos disponíveis para investir, como avaliar a melhor escolha? Como tomar essa decisão? É necessário saber responder a essas quatro questões fundamentais; ou será, muito difícil para empresa obter base de informação que promova subsídios para as melhores decisões. 
Quanto Investir?
Um gestor deve ser capaz de saber avaliar o investimento. Avaliar é necessário para ciência do quanto poderemos pagar ou investir em um negócio. Por exemplo, para adquirir uma nova planta, temos de saber avaliar o valor desse negócio. Esse valor é determinado pelo concorrente para fechar o negócio. Como não devemos pagar mais do que vale o negócio, temos de conhecer seu valor antes de tomar qualquer decisão.
Onde investir?
Diante de variadas opções de investimento disponíveis, qual seria a melhor? Onde, deve-se realizar um aporte de capital? No mercado, encontramos investimentos para: 
· Ampliação da estrutura; 
· Aquisição de uma nova instalação; 
· Investimento no mercado financeiro;
· Investimento em suprimentos;
· Treinamento de pessoal;
· Desenvolvimento de processos e produtos, etc.
O gestor, sobretudo o financeiro, deve ser capaz de analisar e, portanto, escolher e recomendar o melhor investimento.
Como financiar o investimento?
Após definir onde e quanto investir, é preciso compreender como financiar o negócio – definir o valor de capital próprio e o valor de capital de terceiros presentes na empresa. É muito importante, neste ponto, que as empresas dispõem de apenas duas fontes primárias de capital. São elas:
· capital próprio – capital dos sócios;
· capital de terceiros – capital dos credores.
Mesmo quando as empresas possuem recursos próprios para um projeto ou para fechar qualquer outro tipo de negócio, é comum não desejar o uso total deste, e que seja melhor aproveitar uma boa oportunidade de financiamento barato disponível naquele momento – essa é a decisão de financiamento.
Distribuição de resultados
Como distribuir os resultados do negócio? Das operações de um projeto – ou de uma empresa –, decorre um determinado faturamento. No entanto, para custear suas operações, a empresa comete em custos operacionais fixos e variáveis – salários, matéria-prima, embalagens e despesas com a logística. Subtraindo do faturamento os custos operacionais, obtemos o resultado operacional bruto. Com o resultado operacional bruto, deve-se atuar do seguinte modo:
1. pagar aos credores pelo uso do capital de terceiros;
2. recolher os impostos;
3. realizar os reinvestimentos necessários;
4. pagar dividendos aos sócios.
O faturamento pode ou não ser suficiente para a realização desses pagamentos. Se a empresa – ou o projeto – for capaz de distribuir os resultados esperados pelos credores e sócios, haverá lucro. Se ocorrer o contrário, não. 
A definição da melhor alternativa – quanto, onde e como - é uma decisão de investimento.
REFERÊNCIAS
DUARTE JR, Antônio M. Gestão de Riscos para Fundos de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
GITMAN, Lawrence J. e JOEHNK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
LOWE, Janet. Warren Buffett: Lições do maior de todos os investidores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
REBELATTO, Daisy (Org.). Projeto de Investimento. São Paulo: Manole, 2004
Sites:
B3. Bolsa de Valores. Disponível em: < http://www.b3.com.br/pt_br/ >. 
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Receita Federal. Disponível em: < http://receita.economia.gov.br/ >.
AULA 5 – ATIVOS E OS FLUXOS DE CAIXA PARA FINANÇAS
Para analisar investimentos, precisamos previamente conhecer a diferença entre ativos reais e ativos financeiros. A correta identificação do ativo é o primeiro passo para a tomada de decisões financeiras ótimas. O ativo é o seu negócio, sua empresa, sua máquina, sua linha de montagem, seu restaurante.
INTRODUÇÃO
Ativo é o nome “genérico” que usamos, por exemplo, para nos referir a um investimento, a uma empresa, a um projeto, a uma aplicação, a um equipamento. Os ativos proporcionam fluxos de caixa para os investidores. Investidores somente investem quando têm a expectativa de receber fluxos de caixa, como retorno dos seus investimentos. 
Se a empresa tem um galpão e o aluga recebendo aluguéis, este é o seu ativo. Se você tem uma empresa com 10 galpões e recebe lucros e dividendos por ser acionista desta empresa, esta empresa é o ativo.
Identificar corretamente o ativo significa identificar qual é a natureza do seu negócio, ou seja, saber por que sua empresa ganha o que ganha. Em outras palavras, saber de verdade qual é o seu negócio em que você gera resultados. Temos de identificar corretamente o ativo sob análise para que possamos representá-lo adequadamente. Representamos os ativos como a sequência de fluxos de caixa que esse ativo entrega aos seus investidores ao longo do tempo.
Ativos tangíveis e intangíveis
Uma das dificuldades da representação dos ativos em um fluxo de caixa é a existência de ativos tangíveis e ativos intangíveis, ambos ativos, proporcionam fluxos de caixa a seus investidores; por isso, é necessário determinar esses fluxos de caixa. 
Categorias de Ativos
Os ativos podem ser divididos em dois tipos. São eles:
· Ativos tangíveis: Prédios, máquinas, fábricas, barras de ouro – tudo o que pode ser tocado.
· Ativos intangíveis: Nomes, percepção de qualidade, expertise, direitos, por exemplo, o que não pode ser tocado.
A identificação de qualquer ativo, tangível ou intangível, implica a identificação dos fluxos de caixa que esse ativo possa gerar para seus investidores. 
Fluxo de Caixa
O fluxo de caixa necessário à tomada de decisão administrativa é o fluxo de caixa incremental, livre após o pagamento de todas as taxas e de todos os impostos para o recebimento dos investidores – sócios e credores.
Fluxos de caixa em Finanças – Fluxo de Caixa Projetados
Dependendo do contexto profissional, podemos representar ativos de diferentes maneiras. Em finanças, representamos os ativos por meio de seus fluxos de caixa futuros projetados. Por exemplo, um imóvel, o galpão que falamos acima. Um gestor financeiro, ao representar esse mesmo galpão, o vê como um investimento, uma aplicação financeira de recurso do investidor e que por isto mesmo espera obter retorno adequado a esta aplicação.
Quanto ele custa? Quanto custa sua administração? Quanto vale o aluguel? Quanto é o IR sobre o aluguel? Quanto vai ‘sobrar’ líquido para o bolsodo investidor? 
Enfim, representar ativos como uma sequência de fluxos de caixa – entradas e saídas – é a linguagem que os gestores utilizam para visualizar os ativos disponíveis para a organização. 
Nesta aula, aprendemos por que devemos saber os fluxos de caixa de um ativo, uma empresa ou um projeto? Podemos considerar um ativo como um instrumento que proporciona a seus detentores – proprietários – o direito a um possivelmente incerto fluxo futuro de pagamentos – ou recebimentos. E precisamos conhecer os fluxos de caixa do ativo para que possamos determinar o valor do ativo, precisamos saber avaliar ativos para que possamos tomar decisões ótimas.
REFERÊNCIAS
DUARTE JR, Antônio M. Gestão de Riscos para Fundos de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
GITMAN, Lawrence J. e JOEHNK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
LOWE, Janet. Warren Buffett: Lições do maior de todos os investidores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
REBELATTO, Daisy (Org.). Projeto de Investimento. São Paulo: Manole, 2004
Sites:
B3. Bolsa de Valores. Disponível em: < http://www.b3.com.br/pt_br/ >. 
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Receita Federal. Disponível em: < http://receita.economia.gov.br/ >.
AULA 6 – ATIVO FINANCEIRO
Na análise dos investimentos tratamos diretamente de um tipo de ativo – o financeiro; no entanto, mesmo os investimentos se ocupando destes, ainda assim precisamos compreender o que é um ativo real e suas diferenças quanto ao financeiro. 
Introdução
Os ATIVOS REAIS são bens materiais: carros, joias, móveis, empresa etc. Na compra de um ativo real, a expectativa é de obtenção de uma vantagem ou benefício; por exemplo, quando compramos um carro, projetamos um melhor deslocamento, mais rápido, mais confortável... ou seja, temos a expectativa de conseguir efetivo fluxo de benefícios. 
Agora, se aquisição do automóvel tiver como objetivo o serviço de transporte pessoal de passageiros, esperamos um fluxo de benefícios financeiros, já que haverá obtenção de uma renda mensal por esta atividade. 
Os ATIVOS FINANCEIROS são títulos financeiros que tomam forma quando emprestamos dinheiro a um terceiro. Neste modelo, os ativos financeiros representam direitos sobre terceiros, como:
· Ações;
· CDB ou CDI;
· Poupança;
· Títulos de dívida pública; e
· Outros fundos em geral.
Na teoria e na prática, os ativos financeiros são conhecidos igualmente como: títulos, aplicações financeiras e papéis; a escolha de qualquer um deles para investimento, traz a expectativa de um fluxo de benefícios futuros. No caso dos ativos financeiros, o fluxo de benefícios futuros representa um rendimento. 
Por exemplo, o CDI. Por hábito, dizemos que compramos um CDI quando, na verdade, estamos emprestando dinheiro para o banco. Nesse caso, ficamos com o direito a receber de volta o valor investido, mais os juros. Para configurar essa relação em termos jurídicos, recebemos um documento ou título chamado CDI. Assim, aceitamos que mantemos um ativo financeiro como reserva de valor. 
Lançamos mão de ativos financeiros quando desejamos preservar nossa riqueza e ainda obter algum ganho.
Classificação dos Títulos
Os títulos podem ser classificados de acordo com: correção pré ou pós-fixada, forma de remuneração, órgão emissor; e prazo.
Correção Pré ou Pós-fixada
O título pré-fixado é aquele cujo rendimento final já está definido no ato da compra. Um exemplo de título pré-fixado é um CDB que promete pagar 2% ao mês. Nesse caso, receberemos a quantia de R$2,00 por mês para cada R$ R$100 investidos no título.
Já, o título pós-fixado não define o rendimento final no ato da compra. A poupança, por exemplo, promete pagar ao investidor 0,5% ao mês mais a variação da taxa referencial de juros – TR.
Forma de remuneração
A forma de remuneração está dividida em renda fixa ou renda variável. Os títulos de renda fixa são aqueles que prometem devolver o valor principal mais os juros determinados. Dessa maneira, quem investe em títulos de renda fixa tem o direito de receber de volta o principal alienado mais os juros combinados. Essa soma de valores é uma forma de remuneração pelo capital emprestado; por exemplo, letra de câmbio, poupança, CDB e CDI. 
O título de renda variável é adquirido quando o investidor tem a expectativa de ter um retorno positivo. No entanto, não há garantia desse retorno e pode haver perda financeira. Por exemplo, no caso das ações de uma empresa, se o desempenho desta for insatisfatório, o investidor poderá perder parte do seu dinheiro, até mesmo do investimento inicial; no entanto, se a performance empresarial for boa, haverá um retorno atraente. Os fundos, o ouro, o câmbio são exemplos de títulos de renda variável.
Órgão emissor
Os títulos podem ser emitidos de órgãos públicos ou privados.
Os títulos do Tesouro Nacional e da Dívida Pública de um país são exemplos de emissão de órgão público. Veja:
· Tesouro IPCA + Juros semestrais – NTN – Notas do Tesouro Nacional.
· Tesouro Prefixado – LTN – Letras do Tesouro Nacional;
· Tesouro SELIC – LFT – Letras Financeiras do Tesouro. 
Por outro lado, são exemplos de emissão de órgão privado o CDB, a caderneta de poupança, as ações e os debêntures.
Prazo
O prazo pode ser fixo ou indeterminado, ou seja, a data de resgate poderá já ser conhecida ou não no ato da aquisição do título.
Títulos de prazo fixo têm o dia de resgate determinado, ou seja, têm um prazo de vencimento previamente estabelecido. Os CDI e Swaps Cambiais são exemplos de títulos de prazo fixo. Títulos de prazo indeterminado não têm vencimento. Dessa forma, enquanto não resgatamos o valor depositado, o título continuará rendendo juros. São exemplos de título de prazo indeterminado a caderneta de poupança e as ações – que continuam gerando ganhos de capital e dividendos enquanto não forem vendidas.
saiba mais: Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, assista a uma cena do filme Em Boa Companhia.
REFERÊNCIAS
DUARTE JR, Antônio M. Gestão de Riscos para Fundos de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
GITMAN, Lawrence J. e JOEHNK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
LOWE, Janet. Warren Buffett: Lições do maior de todos os investidores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
REBELATTO, Daisy (Org.). Projeto de Investimento. São Paulo: Manole, 2004
Sites:
B3. Bolsa de Valores. Disponível em: < http://www.b3.com.br/pt_br/ >. 
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Receita Federal. Disponível em: < http://receita.economia.gov.br/ >.
AULA 7 – SÍNTESE DA SEÇÃO
A correta identificação do ativo é o primeiro passo para a tomada de decisões financeiras adequadas à empresa; e esta é um ativo em si, bem como os equipamentos, a linha de montagem, os veículos, o prédio, etc.
Ativo é o nome “genérico” que usamos, por exemplo, para nos referir a um investimento, a uma empresa, a um projeto, a uma aplicação, a um imóvel. Os ativos proporcionam fluxos de caixa para os investidores. Investidores somente investem quando têm a expectativa de receber fluxos de caixa, como retorno dos seus investimentos. 
Um ativo deve valer hoje o valor presente de tudo aquilo o que poderá pagar aos seus investidores no futuro – nem precisa ser mais, nem deve ser menos. Em outras palavras, um ativo deve valer o somatório do valor presente de seus fluxos de caixa futuros projetados, descontados a valor presente pela taxa de retorno adequada ao risco do negócio.
Importante ainda é perceber as características do fluxo futuro de recebimentos que são relevantes para a avaliação dos investimentos; assim um ativo valerá mais:
1. Quanto maiores forem seus fluxos de caixa de entrada (recebíveis) e menores forem os fluxos de caixa de saída (pagamentos);
2. Se os fluxos de caixa entram mais rapidamente e mais cedo do que outro ativo que gere fluxos de caixa que demorem mais a se concretizar;
3. Se proporciona fluxos de caixa mais certos ou mais garantidos do que outro ativo, cujos fluxos não sejam garantidos.
Assim, a identificação de qualquer ativo, tangível ou intangível, implica a identificaçãodos fluxos de caixa que esse ativo possa gerar para seus investidores; e quando o assunto é investimentos, o fluxo de caixa necessário à tomada de decisão administrativa é o fluxo de caixa incremental; que é o resultado líquido após o pagamento de todas as taxas e de todos os impostos para os investidores, acionistas, sócios e credores. 
De uma maneira genérica e bastante simplificada, o fluxo de caixa incremental livre, após taxas e impostos, que vai para os investidores, é obtido da seguinte forma:
Fluxo de caixa do período visto separadamente. Entende-se como o fluxo de caixa de uma empresa o conjunto dos fluxos de caixa incrementais de cada período.
Em síntese, por que devemos saber os fluxos de caixa de um ativo, uma empresa ou um projeto? Podemos considerar um ativo como um instrumento que proporciona a seus detentores – proprietários – o direito a um possivelmente incerto fluxo futuro de pagamentos – ou recebimentos.
Precisamos conhecer os fluxos de caixa do ativo para que possamos determinar o valor do ativo. Precisamos saber avaliar ativos para que possamos tomar decisões ótimas. 
REFERÊNCIAS
DUARTE JR, Antônio M. Gestão de Riscos para Fundos de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
GITMAN, Lawrence J. e JOEHNK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
LOWE, Janet. Warren Buffett: Lições do maior de todos os investidores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
REBELATTO, Daisy (Org.). Projeto de Investimento. São Paulo: Manole, 2004
Sites:
B3. Bolsa de Valores. Disponível em: < http://www.b3.com.br/pt_br/ >. 
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Receita Federal. Disponível em: < http://receita.economia.gov.br/ >.
AULA 8 – O AMBIENTE DE INVESTIMENTO
O ambiente são as leis, o mercado, a política, o clima, a geografia, a sociedade onde o ativo está inserido. O ambiente exerce uma influência sobre a empresa, e como a empresa é uma ativo, este ambiente o pressiona também, com taxa de juros, impostos, oferta e demanda dos consumidores, enfim, o ambiente apresenta uma série de cenários e situações, externas à empresa e fora do controle da empresa, com as quais a empresa terá que lida.
INTRODUÇÃO
A correta identificação do ambiente e dos cenários econômicos, culturais e políticos que possam influenciar, positiva ou negativamente, a geração dos fluxos de caixa pela empresa deve ser objeto de levantamento e estudo detalhados. 
Quando analisamos um ambiente para investimentos consideramos inúmeros aspectos, como:
· ambiente legal para abertura de empresas;
· comportamento dos consumidores;
· disponibilidade dos fornecedores; 
· impostos e taxas;
· taxas de inflação;
· taxas de juros da economia local; 
· transparência jurídica; etc.
Esses, entre outros fatores, podem inibir resultados e transformar receitas de sucesso em pesadelos. Vamos imaginar lojas de produtos Havaianas, com franquias implantadas na Europa e nas Américas. Qual seria o desempenho de uma nova franquia dessa marca em Xangai, em Sidney ou em Dubai? 
Ao gestor financeiro caberá analisar todos aspectos ambientais, que se conectam com o mercado de investimentos; pois cada mercado é único; mas as características a serem estudadas no momento do investimento, são as mesmas.
Comportamento do investidor
O investidor é o proprietário do dinheiro (capital), seja ele sócio ou credor é aquele que abriu mão de algo no presente (sacrificou algo) quando utilizou o dinheiro que tem hoje para investir em uma empresa. Em troca, este investidor espera receber de volta o principal do capital que investiu e, além deste, como prêmio pelo aluguel destes recursos, espera receber juros ou dividendos proporcionais ao risco que está correndo com este investimento.
A literatura e a vida prática demonstram que o investidor típico tem um comportamento de aversão ao risco. Por uma questão de sobrevivência, o investidor não gosta do risco. Para correr mais risco, o investidor tem de ser atraído como, por exemplo, por benefícios maiores ou maiores lucros. O investidor não gosta de risco. Se dois investimentos pagarem o mesmo rendimento, mas tiverem riscos diferentes, o investidor típico sempre vai preferir ganhar o mesmo com um risco menor. Se o investidor gostar do risco, ele estaria mais disposto a correr risco, em troca de um melhor e maior rendimento.
O investidor demanda taxas de retorno maiores para assumir riscos maiores.
Investidor frente ao risco
A regra é: taxas de retorno maiores para assumir riscos maiores. Por exemplo, os juros que os bancos cobram para financiar diferentes tipos de empréstimos são diferentes dependendo do risco de cada empréstimo: 
	Empréstimos - Tipos
	Taxa Média
	Carros
	1,71% a.m.
	Cartão de Crédito
	326,4% a.a
	Imóvel Próprio (casa)
	1,41% a.a
Fonte: Valor Investe, 2020.
Bancos financiam imóveis com taxas de juros mais baixas do que as taxas de juros com as quais financiam carros. Qual a razão disso? Porque o risco de financiar um automóvel é maior do que o risco de financiar um imóvel. Em uma situação de aperto, uma pessoa normal preferiria ter o cartão de crédito cancelado por falta de pagamento a perder a casa onde mora por falta de pagamento.
Agora, ainda é preciso estabelecer que existem apenas duas fontes de recursos para financiar projetos e empresas:
· o capital próprio – que é o capital dos sócios;
· o capital de terceiros – que é o capital dos credores.
Nesta aula, vimos que para podermos tomar uma decisão ótima, precisamos saber determinar os seguintes itens:
· os investimentos necessários;
· os fluxos de caixa a serem obtidos com esses investimentos;
· as taxas de retorno adequadas aos investidores.
Só assim podemos verificar se os investimentos serão capazes de atender aos resultados esperados tanto pela empresa quanto pelos investidores.
REFERÊNCIAS
DUARTE JR, Antônio M. Gestão de Riscos para Fundos de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
GITMAN, Lawrence J. e JOEHNK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
LOWE, Janet. Warren Buffett: Lições do maior de todos os investidores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
REBELATTO, Daisy (Org.). Projeto de Investimento. São Paulo: Manole, 2004
Sites:
B3. Bolsa de Valores. Disponível em: < http://www.b3.com.br/pt_br/ >. 
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Receita Federal. Disponível em: < http://receita.economia.gov.br/ >.
AULA 9 – RISCO E A ESCOLHA DE UM INVESTIMENTO
Agora que já sabemos o que é investimento e conhecemos os conceitos de risco e retorno, devemos considerar alguns fatores importantes na hora de aplicar recursos. Sendo devidamente racional, sempre que dois ativos oferecerem o mesmo retorno, devemos escolher aquele de menor grau de risco.
Introdução
Nem sempre é fácil analisar precisamente corretamente o grau de risco dos investimentos. Para auxiliar nessa ação, existe uma classificação geral e relativa entre os diversos ativos financeiros. 
Quadro 1 – Classificação dos ativos financeiros
Risco de liquidez
A liquidez de uma aplicação pode ser entendida como a velocidade de transformação do título em dinheiro, em condições normais de preço (sem grandes diferenças de preço em relação ao mercado). Considere um exemplo para falar sobre risco de liquidez. O que apresenta maior liquidez: um carro ou um terreno? 
Se não reduzirmos muito o preço do terreno, a venda mais rápida, provavelmente, será a do carro. O mesmo ocorre com os títulos do mercado, já que nem todos os investimentos podem ser convertidos em moeda de maneira rápida. A esse respeito, vejamos algumas observações importantes:
No âmbito de risco do ativo financeiro, a liquidez é um dos aspectos que devem ser observados com mais cuidado, já que para qualquer empresa, de qualquer tamanho, a capacidade de o investimento em dinheiro é um atrativo importantíssimo para manutenção e sustentabilidade dos negócios. 
Quando menos líquido for o investimento, maior será o seu risco.
O passado recente do mercado de investimento está repleto de histórias de investimentos que são oferecidos como milagrosos porque apresentam baixo risco; porém, deixamde mencionar que o risco de liquidez é alto.
Risco Liquidez – alta ou baixa: significa que, se necessitamos nos desfazer do investimento com rapidez, o valor obtido provavelmente, será muito abaixo de estimativa de mercado. Como exemplo de um negócio com baixa liquidez, temos uma coleção de souvenirs de viagens. 
Agora, um bom exemplo do que é liquidez é comparar um apartamento alugado com uma aplicação em renda fixa. Em caso de uma emergência de dinheiro, aplicação em renda fixa ficará disponível em termos de recursos financeiros, de forma mais rápida e fácil. 
Riscos para o Retorno de um Investimento
Ao realizarmos investimentos, estamos sujeitos a riscos de liquidez, riscos de mercado e riscos de crédito. Nem sempre esses diferentes riscos são visíveis ao investidor comum. No entanto, todos os tipos riscos devem ser analisados cuidadosamente. O retorno do seu investimento pode ser afetado por outros vários tipos de risco, em destaque temos: taxa de juros, a inflação e o resgate antecipado.
Risco de Taxa de Juros
As taxas de juros têm influência direta sobre os custos de produção. Assim, investimentos sofrerão os efeitos de uma apreciação da taxa de juros que reduzirá o valor das ações; bem como os fundos de renda fixa também sofrerão os efeitos negativos do aumento da taxa de juros. 
Risco de inflação
O risco de inflação acontece quando a sua aplicação não acompanha a inflação, de forma que o dinheiro perde poder de compra.
Risco de resgate antecipado
No caso particular dos títulos de longo prazo, usualmente, há uma cláusula de resgate antecipado por parte do órgão emissor e neste caso o investidor poderá estar sujeito à perda do nível de taxa de juros que está recebendo. Por exemplo, uma aplicação em um fundo rende 12% a.a. e tem vencimento para 10 anos, porém, após 4 anos de investimento, o cenário financeiro se altera e os juros caem. O emissor do título, que negociou a venda e obteve o dinheiro do investidor– poderá exercer o seu direito de resgate antecipado do título para poder emitir outros, com taxas de juros compatíveis com os juros atuais.
Nesta aula, aprendemos que o risco é a oportunidade de ganhar ou perder mais do que o esperado em qualquer investimento. Na prática, o risco é o grau de variação de retorno. No mercado, não existe investimento que garanta rentabilidade. Todos os tipos de aplicação de dinheiro envolvem algum grau de risco.
Saiba mais: Para complementar seu entendimento sobre risco e retorno assista ao filme “A Lavanderia”.
Referências
DUARTE JR, Antônio M. Gestão de Riscos para Fundos de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
GITMAN, Lawrence J. e JOEHNK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
LOWE, Janet. Warren Buffett: Lições do maior de todos os investidores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
REBELATTO, Daisy (Org.). Projeto de Investimento. São Paulo: Manole, 2004
Sites:
B3. Bolsa de Valores. Disponível em: < http://www.b3.com.br/pt_br/ >. 
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Receita Federal. Disponível em: < http://receita.economia.gov.br/ >.
AULA 10 – O DILEMA DA ANÁLISE ENTRE INVESTIMENTO E RISCO
Até hoje, todos os cálculos para a análise de um projeto de investimento consideravam que os dados empregados eram precisos e certos; porém sabe-se que os dados que compõem o fluxo de caixa de um projeto são estimativas de valores e as decisões são tomadas envolvendo risco e incerteza para o cenário futuro. Dessa forma, por mais verificadas que sejam as premissas fundamentais e executadas as melhores projeções e estimativas possíveis, não se pode garantir a certeza inquestionável sobre a ocorrência dos resultados esperados. Esta imprecisão dos resultados traz para o investidor um sentido de risco sobre o projeto.
Introdução
Como vimos acima, na discussão toda tomada de decisão envolve risco e incertezas do ambiente. No entanto, risco e incerteza não são sinônimos, e cabe uma importante distinção entre os termos, cuja conceituação depende do grau de imprecisão associado às estimativas.
Assim, quando todas as possibilidades e combinações possíveis sobre uma certa varável forem avaliadas, matematicamente, a partir de ocorrências passadas; ou seja, pode ser calculada com alguma precisão (não existe precisão absoluta!) – temo então um RISCO ASSOCIADO. 
Já, quando este cálculo, esta probabilidade não pode ser validada por nenhuma ocorrência passada, temos um cenário de incerteza. A incerteza, basicamente, envolve situações pouco comuns na prática, isoladas e assim fica muito difícil determinar sua probabilidade em termos de alguma racionalidade. 
O risco é uma incerteza que pode ser medida e, opostamente, incerteza é um risco que não pode ser avaliado. (Oliveira, 1982)
Fundamentos da Análise de projetos de investimento: certeza, incerteza e o risco
De forma didática e simplificada existem 3 possibilidades para a análise de projetos: a certeza, a incerteza o risco. Em caso de certeza, o resultado obtido é sempre o esperado; já quando se tem a incerteza, as probabilidades e os acontecimentos são desconhecidos, casuais. Por fim, no cenário de risco essas probabilidades e acontecimentos são conhecidos. 
	Análise
	Probabilidade
	Resultado
	Certeza
	Conhecida
	Esperado
	Incerteza
	Desconhecida
	Desconhecido
	Risco
	Conhecida
	Esperado, mas com certeza reduzida.
Quando uma indústria qualquer responde a um pedido de cotação ou um orçamento; risco ou incerteza é o nome dado à preocupação de que as expectativas e esperanças com relação ao futuro de um negócio possam não se concretizar. É preciso realizar várias simulações de cenários, principalmente quando se tem recursos limitados – sejam eles físicos, humanos ou financeiros. 
No dia a dia operacional, é fato que, em razão de diversos acontecimentos que saem do controle da empresa, o faturamento e os outros custos previstos no orçamento empresarial nunca serão iguais aos obtidos ao final. Isso porque as suposições realizadas antes da ocorrência das atividades que podem ter contemplado custos estavam erradas, ou a ocorrência de um fato não esperado relacionado a vendas ou estoques; custos foram maiores que o previsto ou menores do que os orçados; o nível de produtividade foi maior ou menor do que esperado; a conjuntura econômica tornou-se mais ou menos favorável; mudanças tecnológicas tornaram o nível de faturamento e/ou custos diferente no orçamento planejado; o preço de alguns produtos específicos e serviços foi diferente do planejado.
Para minimizar os impactos negativos, existem diversas técnicas desenvolvidas para o tratamento do risco e da incerteza em análise econômica de projetos, inclusive modelos matemáticos e estatísticos sofisticados. Porém, muitas dessas técnicas são intensamente teóricas, de difícil aplicação prática, ou muito simplificadas, resultando em informações insuficientes para a tomada de decisão.
Na próxima aula, vamos continuar com esse tema de análise preliminar dos investimentos e apresentar uma técnica comumente aplicada no tratamento do risco e da incerteza na análise de alternativas de projetos – é a Análise de Sensibilidade.
Referências
DUARTE JR, Antônio M. Gestão de Riscos para Fundos de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
GITMAN, Lawrence J. e JOEHNK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
LOWE, Janet. Warren Buffett: Lições do maior de todos os investidores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
REBELATTO, Daisy (Org.). Projeto de Investimento. São Paulo: Manole, 2004
Sites:
B3. Bolsa de Valores. Disponível em: < http://www.b3.com.br/pt_br/ >. 
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Receita Federal. Disponível em: < http://receita.economia.gov.br/ >.
AULA 11 – ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Dentre todas as técnicas disponíveis para a análise de risco e incerteza associada a projetos de investimento, a Análise de Sensibilidade é uma das mais populares. Sua finalidade é óbvia – auxiliar a tomada de decisão, a partir do efeito produzido, na rentabilidade do projeto por variações nos valores de seus parâmetros componentes.
Quando uma pequena mudançano valor de uma estimativa resulta em mudança na escolha da alternativa ou rejeição de um projeto, diz-se que a decisão é sensível àquela estimativa.
A sensibilidade da solução pode ser examinada para inúmeras variáveis, tais como: taxa de desconto, preço de venda, vida do projeto, valor do investimento, custos operacionais etc.
A variação de valores para todas as variáveis de um projeto proporcionaria uma vasta quantidade de combinações, apresentando resultados diferentes que, provavelmente, levaria qualquer analista a perder sua capacidade de crítica sobre o investimento. Assim, na prática, é conveniente escolher-se algumas variáveis mais sensíveis e analisar a rentabilidade do empreendimento, mudando uma de cada vez. 
De modo geral, a análise de sensibilidade procura responder a perguntas do tipo: o que aconteceria na alternativa de um projeto caso um item do fluxo de caixa sofresse uma variação? 
É uma técnica que permite de forma controlada conduzir experimentos e investigações com o uso de um modelo de simulação á partir da identificação de quais componentes, variáveis, têm importância e consequentemente influência no comportamento ao longo dos exercícios de suas atividades.
 
	Por exemplo, se atividade empresarial é transporte, o componente ou variável – preço do combustível, têm extremo “peso” para avaliação dos seus projetos de investimentos. Dessa forma, a análise de sensibilidade pode ser tratada sob outro enfoque, de forma que se possa medir em que intensidade uma alteração pré-fixada, em um ou mais componentes/variáveis do projeto, altera o resultado final. 
Exemplo 1 
O VPL de um fluxo de caixa de um projeto de investimento é R$14.000 e vida útil está em 20 anos. Caso esta vida útil seja alterada de 10%, ou seja, passe de 20 para 21 anos, e os demais componentes do fluxo de caixa permaneçam constantes, o VPL deste projeto passaria de $14.000 para $17.500, confirmando a sua viabilidade econômica. Diz-se, portanto, que o projeto não é sensível à variação procedida. Por outro lado, se vida útil variasse de 20 para 10 anos, o VPL assumiria o valor negativo de $1.000, inviabilizando, agora, o projeto. Desta forma, o projeto pode ser considerado sensível à alteração proposta.
Exemplo 2
Adote uma variação de aproximadamente 10% no valor do investimento do fluxo de caixa para que a sensibilidade do projeto possa ser realizado com base na TIR.
	Ano
	0
	1
	2
	3
	Fluxo (R$)
	-100.000
	50.000
	60.000
	65.000
A princípio, se calcular a TIR no status original e, na sequência calcular a TIR para os valores de investimentos alterados, pode-se observar que a variação da TIR é mais do que proporcional à variação resultante no investimento, conforme os resultados abaixo:
	Investimento
	TIR (%) a.a
	Variação (%)
	+ 10%
	25,98
	- 20
	Inicial
	32,4
	---
	- 10%
	40,01
	+ 23
Nesta aula, conhecemos brevemente, uma das técnicas mais utilizadas para avaliação os projetos de investimentos que, na verdade, trabalha com ferramentas já conhecidas como o VPL e o TIR; no entanto, esta técnica agrega a estes cálculos a inserção dos parâmetros mais relevantes para análise de um investimento; compreendendo como relevantes, os elementos que tem maior impacto nos resultados operacionais e, consequentemente, no valor da empresa.
Saiba mais: Para maiores exemplos da prática de análise de sensibilidade leia o artigo ANÁLISE DE SENSIBILIDADE NA AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS POR “DOE” SIMULADO. disponível em: https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos06/425_SEGeT2006AS.pdf
Referências
DUARTE JR, Antônio M. Gestão de Riscos para Fundos de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
GITMAN, Lawrence J. e JOEHNK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
LOWE, Janet. Warren Buffett: Lições do maior de todos os investidores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
REBELATTO, Daisy (Org.). Projeto de Investimento. São Paulo: Manole, 2004
Sites:
B3. Bolsa de Valores. Disponível em: < http://www.b3.com.br/pt_br/ >. 
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Receita Federal. Disponível em: < http://receita.economia.gov.br/ >.
AULA 12 – ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AS ALTERNATIVAS DE UM PROJETO: 1ª PARTE
Nas comparações entre alternativas de projetos de investimentos, o valor do dinheiro no tempo é um fator fundamental e qualquer metodologia utilizada para tal finalidade deve realizar suas considerações, tendo como ponto de partida os elementos dos fluxos de caixa dos projetos que serão analisados.
INTRODUÇÃO
Os já conhecidos métodos – VPL, TMA e TIR são os mais utilizados para a comparação entre alternativas de projetos e a aplicação de cada um deles depende das características de seus fluxos de caixa e do inter-relacionamento entre as diversas alternativas de investimento, ou seja, o modo como os efeitos de um dos projetos afeta os fluxos de caixa dos demais.
Uma vez conhecida a interdependência entre os projetos, o primeiro passo a ser tomado é sua redefinição/revisão, de maneira que sejam formados conjuntos de projetos mutuamente exclusivos, conjuntos esses independentes entre si. Tal procedimento é importante, uma vez que permite a comparação dos projetos, ou seja, fica-se em condições de escolher em cada conjunto a melhor alternativa e, além disso, ficar-se-á com um conjunto de alternativas de projetos economicamente independentes entre si, fundamental à seleção de projetos sob restrição de capital.
Um exemplo claro desta relação está na fala de Abreu e Stephan (1982) que trazem: Se um dos locais alternativos para a construção de uma nova fábrica implicar, primeiramente, na abertura de uma estrada ligando-a à mais próxima rodovia, o seu custo deverá ser incluído no custo de localizar a fábrica nesse local. Desta maneira, somente restarão para análise as alternativas mutuamente exclusivas de localização da fábrica em questão.
Alternativas de Mesma Duração
Projetos com diferentes vidas úteis não são diretamente comparáveis, uma vez que estão sujeitos a conflitos em decorrência das disparidades de tamanho e de tempo. Mesmo no caso de projetos de mesma duração, ou seja, com a mesma vida útil, deve-se ficar atento às disparidades de tamanho, já que podem apresentar divergências nos resultados das figuras de mérito do VPL e TIR.
A situação mais comum nas análises de projetos é a necessidade de escolha dentre um conjunto de alternativas mutuamente exclusivas e com a mesma duração, isto é, com todas as alternativas se estendendo por um mesmo horizonte de planejamento.
O VPL é um dos métodos mais utilizados para a comparação entre alternativas mutuamente exclusivas e de mesma duração. Como já estudado em Administração Financeira e Orçamentária, a TIR não é critério para comparação entre alternativas porque não considera a variação do valor do dinheiro no tempo. Porém, considerando-se que uma empresa tem por objetivo a maximização do lucro, em função do capital investido, o VPL é o indicador mais apropriado para a comparações em questão.
Como já descrito anteriormente, quando a aceitação de um dos projetos pertencentes a um grupo de propostas de investimento implicar na impedância da realização de qualquer outro projeto deste mesmo grupo, estes são considerados mutuamente exclusivos.
Por exemplo, uma fazenda deseja pavimentar um certa estrada de terra da e possui as seguintes alternativas: (1) utilizar paralelepípedos; (2) executar o serviço em concreto asfáltico; e (3) aplicar emulsão asfáltica. É óbvio que a escolha recairá exclusivamente sobre uma única alternativa, pois não podem ocorrer simultaneamente.
Na comparação entre projetos mutuamente exclusivos, a diferença futura entre as alternativas é importante para a determinação da conveniência econômica de um projeto comparado com os demais.
Para se demonstrar a importância da questão acima, considere os fluxos de caixa e dois projetos mutuamente exclusivos F1 e F2, bem como o fluxo de caixa da diferença entre eles. A comparação entre as alternativas F1 e F2 é feita pelo simples exame do fluxo de caixa da diferença entre F1 e F2. Assim, para que adecisão da escolha possa ser tomada, utiliza-se a seguinte regra: se o fluxo de caixa (F2 - F1) for economicamente viável, a alternativa F2 deve ser a escolhida; caso contrário, a preferência deve ser dada à alternativa F1.
Isto caracteriza a análise econômica do investimento incremental, que pode ser efetuada com a utilização do VPL e da TIR, conforme aprenderemos na próxima aula – Análise Incremental.
REFERÊNCIAS
DUARTE JR, Antônio M. Gestão de Riscos para Fundos de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
GITMAN, Lawrence J. e JOEHNK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
LOWE, Janet. Warren Buffett: Lições do maior de todos os investidores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
REBELATTO, Daisy (Org.). Projeto de Investimento. São Paulo: Manole, 2004
Sites:
B3. Bolsa de Valores. Disponível em: < http://www.b3.com.br/pt_br/ >. 
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Receita Federal. Disponível em: < http://receita.economia.gov.br/ >.
AULA 13 - ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AS ALTERNATIVAS DE UM PROJETO: ANÁLISE INCREMENTAL, 2 ª PARTE
Análise Incremental
A análise incremental é uma ferramenta importante na comparação de duas alternativas mutuamente exclusivas, com a mesma duração. Ela consiste em subtrair os diagramas de fluxos de caixa das alternativas e analisar a viabilidade do incremento. O investimento ou projeto incremental é considerado desejável economicamente se produzir um retorno que exceda a taxa de retorno de atratividade mínima. Em outras palavras, se o VPL do investimento incremental for maior que zero, o incremento é considerado viável economicamente e a alternativa que comporta este investimento adicional é designada como a melhor.
O uso do VPL como critério de decisão para uma série de alternativas mutuamente exclusivas segue os seguintes passos:
1. As alternativas de vem ser listadas em ordem crescente de investimentos;
2. A princípio, a alternativa de menor custo no ano zero é considerada a melhor, no momento;
3. Compara-se a melhor alternativa no momento com a primeira alternativa concorrente, ou seja, a próxima de menor investimento. Resultado: Se o VPL do fluxo de caixa incremental for maior que zero, esta alternativa passa a ocupar a posição de melhor no momento. Caso contrário, esta alternativa é eliminada da análise e aquela que era a melhor até o momento, permanece em sua posição. A próxima alternativa a ser comparada será a de menor investimento; 
4. Repete-se o passo 3. Estas comparações prosseguem até que todas as
alternativas tenham participado da análise. A alternativa que maximiza o VPL é aquela com a posição de melhor no momento quando terminarem as comparações.
A utilização da TIR na análise incremental segue o mesmo padrão empregado para o VPL. A única diferença está no passo 3, que determina se um investimento é economicamente viável ou não. Para este caso, o incremento do projeto é considerado desejável se sua TIR for maior que a TMA, isto é, o custo de oportunidade dos recursos disponíveis em outros investimentos. Entretanto, o simples fato do retorno sobre o investimento incremental ser superior à TMA não significa que o projeto de maior investimento também apresenta resultado semelhante.
Assim sendo, se dois projetos são comparados pela TIR e o primeiro deles, de menor investimento inicial, apresentar retorno insuficiente, a análise incremental poderá indicar um resultado superior à TMA, sem, contudo, o segundo projeto ser atrativo. Torna -se essencial a observância por parte do analista de que a proposta de menor investimento inicial apresenta um retorno superior ao mínimo exigido.
Quadro - Análise Incremental de Projetos Mutuamente Exclusivos
	Projeto
	A
	B
	B - A
	Investimento
	100.000
	120.000
	20.000
	Fluxo anual líquido
	40.000
	50.000
	10.000
	Duração
	5 anos
	5 anos
	5 anos
 
Considerando os projetos A e B acima, podemos determinar o melhor, para uma TMA de 10% a.a, por exemplo.
A partir da técnica da análise incremental do VPL e da TIR:
PROJETO A: 
· VPL (10% a.a.) = 51.631,47; 
· TIR A = 28,65% a.a. 
· Projeto é VIÁVEL.
PROJETO B: 
· VPL (10% a.a.) = 17.907,87; 
· TIR A = 41,04% a.a. 
· Projeto é VIÁVEL.
Resultado: Logo, em virtude do Projeto Incremental ser viável, o Projeto B é melhor que o Projeto A.
Na próxima aula, vamos acrescentar mais um componente na análise de um investimento – o Imposto de Renda.
REFERÊNCIAS
DUARTE JR, Antônio M. Gestão de Riscos para Fundos de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
GITMAN, Lawrence J. e JOEHNK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
LOWE, Janet. Warren Buffett: Lições do maior de todos os investidores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
REBELATTO, Daisy (Org.). Projeto de Investimento. São Paulo: Manole, 2004
Sites:
B3. Bolsa de Valores. Disponível em: < http://www.b3.com.br/pt_br/ >. 
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Receita Federal. Disponível em: < http://receita.economia.gov.br/ >.
Aula 14 – SÍNTESE DA SEÇÃO
Nas aulas anteriores você a conheceu os fundamentos teóricos das técnicas quantitativas de apoio à decisão de investimento; métodos quantitativos são o passo inicial da avaliação de investimentos. O conhecimento desses métodos é importante para apoiar a boa qualidade da tomada de decisão de investimentos.
Coloque-se na posição de um gestor que é informado de que uma linha de produção está ultrapassada, apresentando custos crescentes e altos índices de refugo de produtos. Você dispõe de duas alternativas para resolver o problema: a primeira é substituir o equipamento existente por um novo; e a segunda é modernizar o equipamento existente. A questão que se coloca para esse gestor é: como escolher a melhor alternativa?
Imagine-se, agora, no lugar de um gestor público que deve escolher entre construir e operar um posto de saúde ou uma escola. Novamente emerge a pergunta: como escolher o projeto mais conveniente? Qual a dimensão mais adequada desse projeto? Qual o melhor local para implementá-lo?
Esses exemplos retratam situações correntes em que empresas e governos precisam decidir sobre a implementação de um ou de alguns projetos dentre os vários possíveis.
A escolha dos melhores projetos é condição necessária para a boa gestão e isso exige a utilização de instrumentos de apoio à tomada de decisão. Uma parte desses instrumentos é constituída por ferramentas financeiras que ajudam a decidir sobre a aplicação de capital em projetos de maturação em longo prazo, isto é, cujos retornos estão previstos para vários períodos consecutivos.
As organizações, ao avaliarem alternativas de investimento, têm como principal objetivo:
· se a empresa é privada: o aumento da sua riqueza líquida (para maximizar a riqueza do acionista) ou, dito em outras palavras, a maximização da contribuição marginal dos capitais investidos; e
· se a empresa for pública: a maximização do bem-estar social da população.
As ações públicas podem ser diretas ou indiretas. No primeiro caso, os projetos são desenvolvidos, avaliados e implementados diretamente pelo governo; é o caso de estradas, escolas e obras de infraestrutura em geral. No segundo caso, o gestor público adota medidas para orientar o processo de decisão de investimentos privados de acordo com os interesses sociais, como: estímulos fiscais e creditícios, apoio em infraestrutura, estímulo à formação de Arranjos Produtivos Locais (APL’s), além de outras formas.
Assim, nesta unidade, conhecemos os principais métodos quantitativos utilizados para a tomada de decisão de investimento e faremos um primeiro estudo das limitações inerentes a cada um deles. Esses métodos quantitativos são aplicáveis às organizações com fins lucrativos e podem ser um dos instrumentos de apoio para a tomada decisão governamental.
Os métodos de análise de investimentos se baseiam nos retornos propiciados pelos fluxos de caixa relevantes associados aos projetos em estudo. A construção desses fluxos de caixa requer grande quantidade de informações históricas, exige projeções de resultados futuros e eles devem representar adequadamente a realidade atuale o futuro projetado. Você deve ter sempre em mente que fluxos de caixa mal elaborados podem conduzir a decisões desastrosas.
É importante entender que as técnicas de avaliação de investimentos são tão somente instrumentos de apoio à tomada de decisão. Outros fatores de decisão, como objetivos estratégicos, aspectos econômicos, políticos e gerenciais, são também relevantes na seleção de projetos de investimentos.
Por fim, você também teve a oportunidade de discutir possíveis conflitos de decisão entre os métodos que podem ocorrer em determinadas situações. Lembre-se de que essas análises são preliminares em projetos de interesse público que depois serão submetidos a critérios sociais de avaliação.
Referências
DUARTE JR, Antônio M. Gestão de Riscos para Fundos de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
GITMAN, Lawrence J. e JOEHNK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
LOWE, Janet. Warren Buffett: Lições do maior de todos os investidores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
REBELATTO, Daisy (Org.). Projeto de Investimento. São Paulo: Manole, 2004
AULA 15 – A INFLUÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE AS ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOS: 1ª PARTE 
Até agora considerou-se apenas a premissa básica de que o objetivo da avaliação privada é a maximização dos lucros, mas não foi levado em consideração que nem todos os lucros dos projetos privados destinam-se integralmente aos proprietários das empresas, uma vez que boa parte vai para o governo, sob a forma de impostos.
Introdução
O procedimento para se considerar a existência dos impostos é simples: basta subtrair do diagrama de fluxo de caixa do projeto considerado, período a período, o fluxo correspondente aos impostos incidentes sobre o projeto. O quadro abaixo apresenta a classificação da maioria dos impostos.
	classificação
	descrição
	Impostos do tipo custos fixos
	Independem da produção e são pagos de uma só vez ou periodicamente (por exemplo, imposto de transmissão de imóveis e imposto predial);
	Impostos do tipo custos variáveis
	dependem diretamente da produção, incidindo sobre os gastos com algum insumo, sobre o serviço, sobre a receita de venda ou sobre o valor agregado (por exemplo, impostos de importação, IPI, ICMS e ISS).
Quando o imposto está num dos grupos acima, torna -se simples colocar seu efeito no diagrama de fluxo de caixa de um projeto. Entretanto, quando o imposto não se enquadra nos grupos mencionados, como é o caso do Imposto de Renda - IR, existe a necessidade de se estudar seus efeitos sobre o projeto.
Outro fator importante nesta conta é a relação entre o IR e a depreciação e como esta relação afetará os investimentos empresariais, porque a conta de depreciação pode levar a redução da base de cálculo do imposto sobre a renda – e isso poderá alavancar ou não um investimento.
as contas da Depreciação
A depreciação pode ser definida como a redução no valor de um patrimônio físico com o decorrer do tempo. Independentemente do método utilizado, a carga anual de depreciação é função do custo original do ativo, de sua vida útil estimada e do preço, denominado valor residual, que se espera obter pela sua venda, quando este for retirado de serviço. 
Só existe sentido em se tratar da depreciação para os ativos fixos de uma empresa, que são os bens cuja duração em uso é superior a um ano e destinam-se à utilização nas operações da empresa e não à venda. Exemplos: máquinas, edifícios, terrenos, móveis etc.
Do ponto de vista econômico, e este é o conceito que deve ser adotado nas análises de projetos, a depreciação não é considerada como um custo, mas como uma fonte de recursos para as operações da empresa. Trata-se de um volume de capital sem destinação específica a curto prazo, que poderá ser utilizado a critério da administração da empresa. 
A depreciação produz um impacto sobre os impostos e, portanto, afeta a rentabilidade dos projetos empresariais de investimento. A legislação brasileira do Imposto de Renda regulamenta a depreciação anual de ativos, a partir da fixação de taxas-limites anuais de depreciação, como, por exemplo: 10% para móveis e utensílios; 10% para máquinas e acessórios industriais; 20% para veículos; 4% para edifícios e construções; etc. Deve-se sempre confirmar as taxas da legislação brasileira em vigor.
Essas taxas são as cargas máximas de depreciação anual permitida legalmente pelo governo. Dentro desses limites, a legislação brasileira permite a utilização de qualquer método de depreciação, desde que a cota a ser lançada em cada período não ultrapasse o valor determinado pela depreciação linear. Satisfeito esse requisito, pode-se, inclusive, alterar o esquema de um período para o outro. 
Quando a depreciação é considerada para fins contábeis, o padrão de valor futuro de um patrimônio deve ser prenunciado. Normalmente, assume-se que o valor de um ativo decresce anualmente, de acordo com as várias funções matemáticas existentes. Por ora, a escolha de um modelo particular que possa representar, da melhor maneira possível, a redução do valor de um ativo no decorrer do tempo, é uma tarefa difícil. Contudo, uma vez selecionada a função matemática que relacione o valor do ativo ao longo do tempo, pode-se conhecer o valor contábil deste patrimônio em qualquer momento de sua vida útil. 
Função Genérica Valor do Ativo X Tempo
REFERÊNCIAS
DUARTE JR, Antônio M. Gestão de Riscos para Fundos de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
GITMAN, Lawrence J. e JOEHNK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005. 
LOWE, Janet. Warren Buffett: Lições do maior de todos os investidores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
REBELATTO, Daisy (Org.). Projeto de Investimento. São Paulo: Manole, 2004
Sites:
B3. Bolsa de Valores. Disponível em: < http://www.b3.com.br/pt_br/ >. 
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Receita Federal. Disponível em: < http://receita.economia.gov.br/ >.
AULA 16 – A INFLUÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE AS ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOS: 2ª PARTE 
Na aula anterior verificamos o grande desafio para um gestor administrar o imposto de renda é o fato de que que não pode ser dimensionado num fluxo de caixa projetado – como fazemos em investimentos. Além disso, o valor contábil, ao final de um ano qualquer, é igual ao valor contábil no início do ano menos o custo de depreciação debitado durante este ano. Em outras palavras, o valor contábil de um ativo equivale ao valor original de compra subtraído das correspondentes depreciações anuais acumuladas.
Apesar de existirem vários métodos de cálculo da depreciação, na prática apenas o método linear é adotado pelas empresas brasileiras. O método de depreciação linear, também denominado de depreciação em linha reta ou em quotas fixas, assume que o valor de um ativo decresce à uma taxa constante.
A legislação do Imposto de Renda permite que o valor residual estimado seja igual a zero, independentemente de sua possível ocorrência no futuro. Entretanto, qualquer venda de ativos da empresa, no futuro, deve ser tributada pelo Imposto de Renda. A quota de depreciação a ser deduzida anualmente e o valor contábil a cada ano podem ser expressos pelas seguintes fórmulas:
Dt = C0 / n
r = 1 / n
onde Dt é a depreciação contabilizada durante o ano t; C0 corresponde ao valor de aquisição do ativo; n indica a vida útil estimada do ativo; e r é a taxa anual de depreciação.
Exemplo: um ativo foi adquirido por R$50.000,00, e seu valor residual é estimado em 20% do valor de aquisição e sua vida útil, em 4 anos. Dessa forma, calculamos a parcela anual de depreciação linear deste ativo e a correspondente taxa de depreciação.
VR = 0; D = 50.000 / 4 = 12.500; r = 1/4 = 0,25.
Daí temos: Depreciação Anual = $ 12.500,00 e Taxa de Depreciação = 25 % a.a
Apuração do Lucro Tributável
A carga tributária representa um ônus real, cujo efeito é o reduzir o valor dos fluxos monetários resultantes de um dado investimento. Desta forma, um projeto viável economicamente pode ser considerado antieconômico, caso o Imposto de Renda não

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