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EBOOK Esportes Coletivos Voleibol, Basquetebol e Handebol

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ESPORTES COLETIVOS I 
VOLEIBOL, BASQUETEBOL E 
HANDEBOL
PROF. DR. WILLIAM FERNANDO GARCIA
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-Reitoria Acadêmica
Maria Albertina Ferreira do 
Nascimento
Diretoria EAD:
Prof.a Dra. Gisele Caroline
Novakowski
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Fernando Sachetti Bomfim
Marta Yumi Ando
Produção Audiovisual:
Adriano Vieira Marques
Márcio Alexandre Júnior Lara
Osmar da Conceição Calisto
Gestão de Produção: 
Aliana de Araújo Camolez
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de 
Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios 
não vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande 
responsabilidade sobre as escolhas que 
fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida 
acadêmica e profissional, refletindo diretamente 
em nossa vida pessoal e em nossas relações 
com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade 
é exigente e busca por tecnologia, informação 
e conhecimento advindos de profissionais que 
possuam novas habilidades para liderança e 
sobrevivência no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a 
Distância, a proporcionar um ensino de qualidade, 
capaz de formar cidadãos integrantes de uma 
sociedade justa, preparados para o mercado de 
trabalho, como planejadores e líderes atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................5
1. HISTÓRICO DOS ESPORTES COLETIVOS ...............................................................................................................6
1.1 HISTÓRICO DO VOLEIBOL ...................................................................................................................................... 7
1.2 HISTÓRICO DO BASQUETEBOL .............................................................................................................................8
1.3 HISTÓRICO DO HANDEBOL .................................................................................................................................. 10
1.4 ANÁLISE ESTRUTURAL DOS ESPORTES COLETIVOS ....................................................................................... 11
1.4.1 ANÁLISE DAS DIFERENTES CONSTANTES ....................................................................................................... 11
1.4.1.1 A BOLA ................................................................................................................................................................ 11
1.4.1.2 A ÁREA DE JOGO .............................................................................................................................................. 11
1.4.1.3 AS BALIZAS ....................................................................................................................................................... 12
1.4.1.4 AS REGRAS ........................................................................................................................................................ 12
HISTÓRICO DO ESPORTE E ANÁLISE 
ESTRUTURAL DOS ESPORTES COLETIVOS
PROF. DR. WILLIAM FERNANDO GARCIA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
ESPORTES COLETIVOS I
VOLEIBOL, BASQUETEBOL E HANDEBOL
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1.4.1.5 OS COMPANHEIROS ........................................................................................................................................ 12
1.4.1.6 OS ADVERSÁRIOS ............................................................................................................................................ 12
1.5 PRINCÍPIOS OPERACIONAIS DEFENSIVOS ....................................................................................................... 13
1.5.1 AS REGRAS DE AÇÃO .......................................................................................................................................... 14
1.5.1.1 AGIR .................................................................................................................................................................... 14
1.5.1.2 AGIR CONTINUAMENTE .................................................................................................................................. 15
1.5.1.3 AJUDA ................................................................................................................................................................ 16
1.6 PRINCÍPIOS OPERACIONAIS OFENSIVOS ......................................................................................................... 16
1.6.1 DESMARCAÇÃO ................................................................................................................................................... 17
1.6.2 POSICIONAMENTO EM QUADRA E A BUSCA POR ESPAÇOS LIVRES ......................................................... 17
1.6.3 A AJUDA ............................................................................................................................................................... 18
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Ao longo da evolução histórica dos povos, as modalidades esportivas coletivas sempre 
ocuparam papel importante na vida e na cultura das pessoas. Em diferentes culturas, os esportes 
coletivos já desempenharam papéis relacionados a atividades com caráter higienista, com caráter 
de lazer e entretenimento, como manifestações políticas, culturais e educacionais, além do seu 
papel de origem, qual seja, modalidade meramente esportiva. 
As primeiras manifestações denominadas de esportes coletivos tiveram, primitivamente, 
seu surgimento por volta do século X a.C. e foram tomando diferentes conotações, passando por 
modificações, até que, ao final do século XIX, com o advento dos primeiros Jogos Olímpicos da 
Era Moderna (em 1896, na Grécia), os esportes coletivos se aproximaram da estrutura observada 
na atualidade. 
As modalidades voleibol, basquetebol e handebol surgiram ao final do século XIX e início 
do século XX na América do Norte e Europa. Foram tomando proporções internacionais, até 
alcançarem o patamar de modalidades esportivas olímpicas já nas primeiras edições dos jogos. 
Destaque-se, também, que tais esportes também eram praticados nas escolas, possuindo, assim, 
caráter educativo e pedagógico.
Sob esse viés pedagógico dos esportes, tiveram início os estudos com abordagens 
acadêmicas com vistas a se investigarem os processos de ensino-aprendizagem comuns a 
diferentes modalidades esportivas e princípios específicos de cada jogo. 
Partindo-se disso, a presente unidade trará ao seu conhecimento a evolução das 
modalidades esportivas coletivas, especialmente, do voleibol, do basquetebol e do handebol, 
seguida pela análise estrutural das modalidades esportivas em uma perspectiva de totalidade, 
contemplando os princípios comuns às modalidades esportivas coletivas.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1. HISTÓRICO DOS ESPORTES COLETIVOS
Os esportes coletivos têm sua origem nas manifestações esportivas mais antigas da 
sociedade, realizadas ainda pelos povos primitivos (BAYER, 1994). Inicialmente, as atividades 
físicas alicerçavam-se na necessidadede sobrevivência e na expressão de costumes e culturas dos 
povos antigos, de forma que o acervo motor dos nossos ancestrais era composto das atividades 
corriqueiras de caça, pesca, perseguições e fugas, danças e representações culturais, sem que 
houvesse regras rígidas para que elas acontecessem (DE ROSE JUNIOR, 2006).
A fonte dos esportes coletivos são os jogos com bola, cujos primeiros registros encontrados 
foram os das civilizações centroamericanas, orientais e indígenas da América do Sul, além da 
civilização grega.
Nas culturas orientais, os registros indicam que o tsu-Chu, na China, era um jogo cujo 
objetivo era lançar a bola para além de dois paus enterrados no solo. No Japão, no século X a.C., há 
registros de um jogo que seria o precursor do futebol, devido às características semelhantes com 
o esporte tal qual conhecemos atualmente. Esse precursor do futebol era denominado kemari, no 
qual os jogadores chutavam uma bola pequena.
A história do século VII a.C., há um jogo chamado pok a tok, praticado pelas sociedades 
pré-colombianas dos maias, incas e astecas e que guarda semelhanças com o atual basquetebol. 
No jogo, havia um aro em pedra, suspenso a 3 ou 4 metros de altura, paralelamente a uma parede. 
O objetivo era fazer a bola entrar pelo orifício do aro, sem o auxílio de pés ou mãos. 
Na Grécia antiga, também há registros de jogos com bola, praticados em homenagens aos 
deuses, precursores do rúgbi e do voleibol (BAYER, 1994). 
A civilização árabe jogava o koura, as tribos da América do Norte praticavam o skinny, 
e os abexins (residentes da Abissínia, que, atualmente, corresponde à Etiópia) dedicavam-se ao 
jogo de malha, antepassado do lacrosse da Idade Média e do hóquei que conhecemos hoje. 
Na Idade Média, praticou-se o soule, considerado um antecedente do futebol (na Itália, 
era chamado de cálcio) (DE ROSE JUNIOR, 2006), o qual, na França, era jogado no gelo sobre 
patins, substituindo-se a bola pela patela, uma espécie de precursor do hóquei no gelo (BAYER, 
1994). No mesmo período, principalmente na Europa, o polo a cavalo era uma modalidade 
esportiva comum nos momentos de lazer dos cavaleiros, bem como as corridas, lutas e esgrima.
A partir do século XVIII, com a Revolução Industrial na Inglaterra, os esportes foram 
sendo estruturados até que alguns jogos regulamentados se tornaram as modalidades esportivas 
coletivas que conhecemos hoje, tais como futebol, críquete e rúgbi. 
Independentemente da época, da civilização e da forma como eram praticadas essas 
atividades entendidas como ancestrais dos esportes coletivos, podem-se observar os seguintes 
pontos em comum:
a. bola (ou um objeto esférico feito por diversos materiais como: (a) resina negra, um 
antepassado da borracha, usada pelas civilizações astecas; (b) fibras de palmeira 
entrelaçadas, para os árabes; (c) couro, para os chineses; (d) madeira; (e) bexiga cheia de 
feno, ar, cinzas ou estofada; (f) e, até mesmo, cocos eram usados na Malásia. No século 
XIX, verificou-se a aparição da bexiga de porco, revestida com uma capa de couro, usada 
como bola a ser lançada pelo jogador com a mão, pé ou um instrumento);
b. terreno demarcado, para limitar a atuação dos jogadores;
c. alvo para atacar ou defender (círculos, espaço entre dois paus, como se fosse um gol, 
parede, limite traçado no solo, dentre outros);
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d. parceiros que ajudam na progressão da bola com as diferentes partes do corpo (time);
e. adversários a serem vencidos;
f. regras a serem respeitadas, a variar de jogo para jogo e de localidade para localidade, já 
que, inicialmente, não havia estruturação universal das modalidades. 
A organização dos esportes coletivos se deu pela ação de professores ingleses, os quais 
participavam das competições juntamente com seus alunos para garantir que os jogos tivessem 
caráter educativo e não terminassem em violência. O pedagogo que formou as primeiras equipes 
e estruturou as primeiras federações esportivas (1823, de rúgbi, e 1863, de futebol) foi Thomas 
Arnold.
Os Jogos Olímpicos foram reativados em 1896, quando o esporte passou a ter maior 
importância na cultura e nas sociedades; contudo, as modalidades coletivas somente foram 
incluídas dentre os esportes olímpicos oficiais a partir das Olimpíadas de Paris, em 1900. 
Em um breve retrospecto histórico, as modalidades coletivas que foram incluídas dentre 
os esportes olímpicos oficiais foram: críquete, futebol, rúgbi, polo e polo aquático (1900); 
basquetebol masculino (como demonstração) e lacrosse masculino (1904); hóquei masculino na 
grama (1908); basquetebol masculino (oficialmente) e handebol masculino (como demonstração) 
(1936); voleibol masculino e feminino (1964); handebol masculino (oficialmente, em 1972); 
basquetebol e handebol femininos (1976); hóquei na grama feminino (1980); basebol (1992) e, 
por fim, futebol feminino, softbol e voleibol de praia masculino e feminino (1996) (DE ROSE 
JUNIOR, 2006).
1.1 Histórico do Voleibol
O voleibol é a adaptação americana de um jogo italiano difundido nos países latinos na 
Idade Média, entre os séculos V a XV. Em 1883, o esporte foi levado à Alemanha, onde ficou 
conhecido como faust-ball e, em 1885, chegou à América (BIZZOCCHI, 2004).
O faust-ball era jogado por equipes de duas a nove pessoas, que devolviam a bola para 
o campo adversário por sobre uma rede, utilizando-se dos punhos (daí o nome, porque faust é 
palavra alemã que, em português, significa punho). Segundo a regra inicial, a bola poderia tocar 
o chão duas vezes antes de ser golpeada. 
Até o final do século XIX, as práticas esportivas eram realizadas pelos norte-americanos 
de acordo com as estações do ano: na primavera, praticava-se basebol; no outono, futebol 
americano; e, nos dias frios de inverno, as pessoas recolhiam-se nos ginásios fechados para 
sessões de ginástica (BIZZOCCHI, 2004). 
Para entreter os atletas no período em que a neve impedia a prática de esportes ao ar livre, 
a Associação Cristã de Moços, criada em 1891, em Springsfield, Massachussetts, desenvolveu o 
basquetebol, popularizado rapidamente nos Estados Unidos.
Em 1895, William George Morgan, um atleta de futebol americano que integrava 
a Associação Cristã de Moços, começou a elaborar um jogo que fosse menos vigoroso que o 
basquetebol e mais recreativo que a ginástica, baseado no basquetebol e no tênis, a ser chamado de 
minonette. Esse jogo possuía 10 regras básicas e tinha uma rede de tênis elevada a aproximadamente 
1,98m (um pouco acima da cabeça de um homem de estatura normal), utilizando-se a câmara da 
bola de basquete como um novo elemento do jogo criado. 
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O minonette foi bem aceito pelos alunos, que sugeriram algumas alterações, especialmente 
no tocante ao peso da bola (a câmara da bola de basquetebol era muito leve, e a bola de basquetebol 
era muito pesada), tendo sido desenvolvida pela empresa A.G. Spalding & Brothers uma bola 
especial, com peso intermediário, semelhante à utilizada hoje no voleibol (BIZZOCCHI, 2004).
Com a adesão à nova modalidade recreativa, em 1886, o nome minonette foi alterado 
para voleibol, porque a bola permanecia em constante voleio sobre a rede. Porém, o basquetebol 
ainda era a preferência nacional, ressaltando-se que, até 1915, o voleibol foi pouco difundido nos 
Estados Unidos. 
O processo de desenvolvimento do voleibol foi lento. Somente a partir de 1915, a prática 
de voleibol passou a ser recomendada aos programas de educação física das escolas norte-
americanas. Em 1922, foi realizado o primeiro campeonato nacional de voleibol, reunindo 27 
núcleos da Associação Cristã de Moços de 11 estados norte-americanos. Mais tarde, em 1928, 
foi fundada a Associação de Voleibol dos Estados Unidos(USVBA), que promoveu torneios em 
diferentes níveis e cujo primeiro presidente foi George J. Fisher, ocupante do cargo por 24 anos. 
Em 1946, o voleibol foi considerado o quinto esporte mais praticado dos Estados Unidos 
pela Associação Nacional de Recreação. 
O voleibol começou a ser difundido internacionalmente quando a Associação Cristã 
de Moços se estabeleceu em núcleos fora dos Estados Unidos (Canadá – 1900; Cuba – 1905; 
Filipinas – 1908; Peru – 1910; Uruguai e Argentina, China, Japão e Porto Rico – 1912; Brasil – 
1915; Europa – 1916 e México – 1917). 
No contexto mundial, até a Segunda Guerra, o voleibol era rotulado como um esporte 
recreativo, praticado por mulheres e pessoas de meia idade (afinal, a proposta inicial, assim que 
se criou a modalidade, era a de ser justamente um esporte menos vigoroso que o basquete e mais 
recreativo que a ginástica). Como o voleibol era uma prática comum entre os soldados norte-
americanos, o mundo passou a enxergá-lo como um esporte vigoroso e dinâmico, adequado 
também para homens fortes (BIZZOCCHI, 2004). Com o início das disputas intercontinentais, 
reforçou-se a ideia de que, para jogar vôlei, eram necessárias condições técnicas, táticas e físicas 
bastante apuradas, o que contribuiu para a ascensão da modalidade. 
A Confederação Sul-Americana de Voleibol foi fundada em 12 de fevereiro de 1946, com 
sede inicialmente no Brasil, presidida por Célio Negreiros de Barros. A partir de 1960, a cada 
biênio, a sede e a presidência passaram a ser alteradas, seguindo-se um sistema de rodízio.
O voleibol foi introduzido nos Jogos Pan-Americanos de 1955, no México. Nos anos de 
1960, a modalidade foi considerada a mais popular em 25 países, atingindo o patamar de terceiro 
esporte coletivo mais praticado do mundo. Em 1962, o Comitê Olímpico Internacional aceitou o 
voleibol como esporte olímpico e, nos Jogos Olímpicos de 1964, realizados em Tóquio, o voleibol 
masculino e feminino foi incluído no programa oficial. A partir desse marco histórico, o vôlei 
começou a lotar os ginásios, despertando o interesse dos patrocinadores e investidores. Em 1990, 
foi disputada a primeira Liga Mundial de Voleibol (BIZZOCCHI, 2004).
 
1.2 Histórico do Basquetebol
Como já mencionado anteriormente, até o final do século XIX, as práticas esportivas 
eram realizadas pelos norte-americanos de acordo com as estações do ano e, no inverno rigoroso, 
oferecia-se aos alunos apenas a modalidade de ginástica calistênica, o que acabou fazendo com 
que muitos alunos abandonassem as aulas de educação física no período.
O basquetebol surgiu como alternativa para os períodos de inverno, já que a quadra em 
que se praticava a modalidade era um ambiente fechado e coberto, o que afastava a desmotivação 
que as baixas temperaturas provocavam nos alunos (DE ROSE JUNIOR, 2006).
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O criador do basquetebol foi o canadense James Naismith, professor da Associação 
Cristã de Moços de Springsfield, Massachussetts, nos Estados Unidos, em 1981. Rapidamente, a 
modalidade se popularizou no país e no mundo. 
A evolução do esporte se deu a partir de uma relação direta entre as modificações das 
regras e a necessidade de se atender à dinâmica do jogo nos aspectos físicos, técnicos e táticos. A 
relação entre esses fatores faz do basquetebol um esporte complexo, que exige do praticante um 
desenvolvimento cognitivo apurado para entender à dinâmica específica da modalidade e tomar 
decisões muito rápidas frente às exigências do jogo (FERREIRA; DE ROSE JR., 2003). 
O basquetebol masculino foi incluído nos Jogos Olímpicos de 1904 como demonstração e 
oficializou-se nas Olimpíadas de 1936. Os campeonatos mundiais começaram a ser disputados em 
1951, e o basquetebol universitário norte-americano, seguido pelas ligas profissionais masculinas 
e femininas (NBA e WNBA), contribuíram para a disseminação do esporte no mundo. 
A fim de aperfeiçoar o jogo em seus aspectos físicos, técnicos e táticos, as regras da 
modalidade sofreram muitas alterações ao longo do tempo até chegarem às que conhecemos 
atualmente. Hoje em dia, a modalidade conta com 8 regras divididas em 58 artigos e inúmeros 
parágrafos, sendo as mais complexas dentre as modalidades esportivas coletivas. 
Inicialmente, o basquetebol teve grande influência do futebol americano, do futebol e do 
rúgbi. Em 1897, passou a ser jogado com cinco jogadores em cada equipe (dois armadores – um 
fixo e um móvel –, dois laterais – um fixo e um móvel –, e um pivô). Até 1924, o lance livre era 
executado somente por um jogador designado pela equipe (geralmente, era o lateral móvel). A 
partir de 1924, criou-se a regra do lance livre executado pelo jogador que recebia a falta. Em 1932, 
entrou em vigor a regra dos três segundos, que limitava a ação dos atacantes na área restritiva. 
Um ponto interessante de alteração na regra da modalidade foi a introdução do fundo-
bola após a cesta, a partir de meados da década de 1930. Até as Olimpíadas de 1936, após cada 
cesta, o jogo era reiniciado com a bola ao alto no centro da quadra, o que tornava o jogo muito 
truncado. A modificação trouxe mais agilidade ao jogo e alterou a tática das equipes, que, logo 
após a cesta, tinham que se organizar defensivamente para não serem surpreendidas com contra-
ataques. Isso também aumentou consideravelmente os resultados (com a regra anterior, os jogos 
ficavam em torno dos 30 pontos).
Outra modificação de regra interessante se deu na década de 1950, com o aparecimento do 
arremesso jump, que é, até hoje, um dos arremessos mais executados nas partidas de basquetebol 
por suas características de velocidade e precisão, partindo-se de um salto que dificulta a ação 
defensiva. 
A cesta de três pontos foi regra introduzida em meados da década de 1980, que, 
originalmente, visava a dar certa vantagem aos jogadores de menor estatura, os quais tinham mais 
dificuldade de adentrar a área restritiva. Atualmente, essa regra favorece a todos os jogadores, 
independentemente de estatura. 
Há que se falar, também, da evolução na tecnologia dos equipamentos do basquetebol. 
As tabelas, que passaram da madeira à tela, vidro, acrílico, até o material altamente resistente 
que é utilizado hoje. Igualmente, o aro é atualmente confeccionado com molas de alta pressão, 
resistente à força dos jogadores e à violência das enterradas. A bola, que, inicialmente, era a 
de futebol, foi aperfeiçoada para um material ao mesmo tempo resistente e suave, facilitando a 
empunhadura dos jogadores e a precisão dos movimentos de passes e arremessos. O sistema de 
cronometragem também evoluiu para um sistema sincronizado computadorizado acoplado à 
televisão e aos computadores que registram os dados estatísticos dos jogos, além da existência de 
sistemas de vídeos que permitem a observação de lances duvidosos e a reavaliação da decisão da 
arbitragem (isso é permitido nos jogos da NBA) (FERREIRA; DE ROSE JR., 2003). 
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1.3 Histórico do Handebol
O handebol, como um esporte competitivo tal como conhecido atualmente, foi 
desenvolvido na Alemanha, por Karl Schelenz, em 1919. Antes disso, há registros históricos de 
jogos semelhantes ao handebol na Grécia Antiga (jogo de urânia, em que se utilizava uma bola 
do tamanho de uma maçã com as mãos e sem balizas, segundo narra Homero, na Odisseia) e no 
Império Romano (jogo praticado com as mãos, chamado hasparton). As pesquisas arqueológicas 
relatam, ainda, a prática de phenide e de ludere raptum, que consistiam na tentativa de arremessar 
a bola e desequilibrar o jogador ou tentar tomar-lhe a bola (DE ROSE JUNIOR, 2006).
Na Idade Média, eram comuns os jogos com bola serem praticados com as mãos por 
homens e mulheres. Em 1898, o professor dinamarquêsHolger Nielsen criou, no Instituto de 
Ortrup, um jogo chamado handbold, praticado por equipes com 7 jogadores. Na mesma época, 
os tchecos praticavam um jogo semelhante denominado hazena, cujo principal objetivo era 
manejar a bola e marcar gols. Na Irlanda, havia um jogo similar e, no Uruguai, o sallon, sendo 
todos eles considerados precursores do handebol. Também há registros de um jogo praticado na 
China, chamado kemari, cujo objetivo era levar uma bola de couro cheia de pelos de animais até 
o campo adversário sem deixá-la cair, o que pode ser considerado uma das origens primitivas do 
handebol (SIMÕES, 2002). 
No início do século XX, era comum a prática pelas mulheres de um jogo denominado 
torball. O esporte se desenvolveu no período da I Guerra Mundial (1914 a 1918), até que a 
designação torball foi substituída por handball pelo alemão Karl Schelenz, em 1919 (DE ROSE 
JR., 2006). 
O handebol surgiu como uma combinação de vários tipos de jogos populares de fácil 
aceitação e assimilação de movimentos, utilizando-se a corrida, o salto, o bloqueio e o arremesso 
como capacidades coordenativas e condicionantes para a prática da modalidade (SIMÕES, 2006).
Em 1920, o esporte se tornou modalidade oficial nas escolas da Alemanha e, em 1925, 
aconteceu o primeiro jogo internacional de handebol entre Alemanha e Áustria. Em 1934, o Comitê 
Olímpico Internacional (COI) admitiu o handebol como demonstração para as Olimpíadas de 
1936, sediadas na Alemanha. Dois anos depois, em 1938, foi disputado o primeiro campeonato 
mundial de handebol na Alemanha. Após a II Guerra Mundial, o handebol ganhou mais força e 
foi fundada a Federação Internacional de Handebol (1946). Desde 1972, o handebol masculino é 
modalidade olímpica oficial (o handebol feminino o é desde 1976) (SIMÕES, 2002).
Importante mencionar que, inicialmente, o handebol era praticado no campo e no salão. 
Foi somente a partir de 1966 que o esporte passou a ser praticado somente em salão, extinguindo-
se a modalidade em gramado. 
No Brasil, a partir da década de 1960, o handebol saiu da esfera geográfica de São Paulo 
e passou a ser ensinado nas escolas de todo o País. Em 1971, o Ministério da Educação incluiu o 
handebol entre as modalidades dos Jogos Estudantis e Universitários Brasileiros (JEB´s e JUB´s). 
Isso favoreceu a disseminação do esporte pelo território nacional. 
A Confederação Brasileira de Handebol foi criada em 1979, o que fortaleceu a estruturação 
e organização da modalidade esportiva no País.
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1.4 Análise Estrutural dos Esportes Coletivos
1.4.1 Análise das diferentes constantes
Em todas as modalidades esportivas coletivas, alguns elementos, objetos ou, até mesmo, 
conceitos de jogo são comumente observados em vários (senão em todos os) esportes. Um exemplo 
disso é o fato de que, não raras vezes, podemos observar praticantes hábeis em um esporte que 
naturalmente têm sucesso em diversas modalidades esportivas, mesmo sem necessariamente as 
terem praticado. Há, portanto, algumas constantes que são comuns a diferentes modalidades 
esportivas coletivas, aproximando-as. Dentre tais constantes, citemos:
 
1.4.1.1 A bola
A bola representa um objeto misterioso e impressionante que oferece experiências 
singulares aos praticantes de modalidades esportivas coletivas diversas, tornando-as experiências 
únicas, lúdicas e envolventes. Dentre tais experiências, cite-se o cativar de uma criança à sua 
necessidade de movimento ou, ainda, o catalisar da motricidade de um jovem praticante, 
incitando-o a agir, correr, saltar, driblar, fintar, chutar, arremessar, defender etc. 
Esse objeto esférico (ou, até mesmo, ovalado, como no caso do rúgbi) que por vezes se 
oferece e por vezes foge do praticante, pode ser manipulado, agarrado, apanhado, lançado por 
ele, possibilitando-lhe diversas configurações de movimentos e interações com sua bola (BAYER, 
1994). 
1.4.1.2 A área de jogo 
Espaço fechado, neutro e institucionalizado, a área de jogo é o local onde duas equipes se 
confrontam durante um jogo. Suas dimensões são rigorosas e precisas, padronizadas de maneira 
idêntica em todos os locais de disputa. Possui linhas traçadas sobre o solo, que propõem os 
limites autorizáveis à atuação de cada jogador. Os jogadores compartilham esse espaço com seus 
colegas de equipe bem como com seus adversários, buscando conquistar o campo adversário ou 
a defesa de seu próprio campo. Especialmente no caso do voleibol, a rede separa os dois campos, 
configurando-se como uma fronteira entre as equipes, de modo que as conquistas e defesas do 
território se dão por meio da bola, a qual deverá tocar o terreno adversário (DE ROSE JR., 2006). 
Em todas as áreas de jogo em que são disputadas as modalidades esportivas coletivas, 
existem zonas fixas de jogo e zonas variáveis. As zonas fixas são representadas de três formas 
distintas: 
a) interditadas: como nos casos de zonas em que o jogador não pode permanecer, como 
a zona de 6 metros no handebol, a rede de vôlei (zona vertical) e o garrafão no jogo de basquete 
(em que sua permanência é limitada a 3 segundos).
b) zonas que devem ser alcançadas, como o caso da linha final no jogo de rúgbi.
c) zonas no interior das quais os jogadores estão sujeitos a certas regras, como é o caso da 
zona de 6 metros do handebol (onde somente o goleiro pode jogar) ou, ainda, a linha de 3 metros 
do voleibol (onde os jogadores de defesa têm restrições para o ataque). 
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Por outro lado, as zonas variáveis estão relacionadas aos espaços livres encontrados no 
campo de jogo (quando em situações ofensivas) e à ocupação desses espaços livres (quando em 
situações defensivas), que vão se modificando com a dinâmica da partida. Em situações ofensivas, 
os atacantes buscam as áreas livres visando ao melhor posicionamento e objetivo final (gol ou 
ponto). Em situações defensivas, os jogadores buscam vigiar e ocupar os espaços ao máximo, 
para que os jogadores adversários não tenham sucesso na conquista de seu objetivo (gol ou 
ponto) (BAYER, 1994).
1.4.1.3 As balizas
Para que uma equipe vença a adversária, a vencedora deverá marcar mais pontos, o que 
sugere que deverá levar a bola ao alvo por mais vezes que seu adversário o fez. A natureza do objetivo 
varia em função do esporte: no voleibol, o próprio terreno é o alvo da equipe; no basquetebol, 
o objetivo é um material fixo (cesto), onde a bola deve fazer-se penetrar verticalmente de cima 
para baixo; no handebol e no futebol, a bola deve adentrar as balizas retangulares situadas nas 
extremidades do campo de jogo (BAYER, 1994).
1.4.1.4 As regras
A estruturação de uma modalidade passa por um necessário código de regras a serem 
seguidas. Cada modalidade esportiva coletiva torna-se institucionalizada para todos os seus 
praticantes. Trata-se de regras relacionadas à circunferência, peso e material da bola, maneiras de 
jogá-la ou manipulá-la, a conduta dos jogadores, a dimensão do campo, a duração dos jogos e as 
sanções arbitrais.
1.4.1.5 Os companheiros
Quando os praticantes jogam com outros praticantes em função de um objetivo comum, 
eles estão exercendo o princípio da cooperação. Durante o processo de aprendizagem dos esportes, 
os companheiros realizam diferentes interações tendo em vista não somente seu desenvolvimento 
motor, mas também o cognitivo. À medida que os praticantes adquirem mais experiência, as 
interações sociais e o valor dos conceitos de coesão de grupo tornam-se mais evidentes e mais 
efetivos. Um exemplo que ilustra isso bem são as primeiras experiências de aprendizagem de uma 
modalidade esportiva coletiva, quando o único objetivo do jovem praticante parece ser manter a 
permanência da posse de bola. Com o passar do tempo,no entanto, a posse de bola deixa de ser 
o objetivo fundamental do jogador (BAYER, 1994).
1.4.1.6 Os adversários
Considerando que um jogo compreende a relação de forças entre duas equipes, duas 
forças podem aí atuar: as forças ofensivas, que buscam alcançar uma imposição tática a seu 
favor visando à obtenção de pontos, e as forças defensivas, que visam a manter o equilíbrio, não 
permitindo que a equipe que está atacando marque pontos e obtenha sucesso em suas ações. Tais 
relações de oposição, que, muitas vezes, são saturadas pelo elemento agressividade, fazem com 
que se veja o adversário, muitas vezes, como um rival (BAYER, 1994). 
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1.5 Princípios Operacionais Defensivos
Pode-se dizer que o princípio defensivo de uma equipe tem seu início durante a 
realização de seu próprio ataque. A necessidade de garantir um equilíbrio ofensivo (relação de 
proporcionalidade entre jogadores atacantes e defensores na mesma equipe) e a previsão das 
respostas do adversário constituem-se em formas preventivas de ação. E assim ocorre para que 
a equipe não caia em uma situação de inferioridade operacional logo que perca a posse de bola 
(DE ROSE JR, 2006).
Contudo, logo após a perda da posse de bola ou, até mesmo, após a passagem da bola 
para o lado da quadra da equipe adversária (como no caso do voleibol), aplicam-se três princípios 
operacionais defensivos, determinantes para que a equipe defensora tenha êxito em sua ação 
de não permitir que a equipe adversária tenha sucesso. Tais princípios são: recuperar a bola; 
dificultar a progressão do adversário para o alvo a ser defendido; e proteger o alvo (cesta ou gol) 
ou o campo (quadra) (BAYER, 1994).
De acordo com o sistema tático utilizado, as intenções defensivas empreendidas por uma 
equipe podem ser diferentes (BAYER, 1994).
Quanto às ações individuais, os marcadores podem realizar quatro procedimentos 
defensivos: 
a) interceptar a bola em situações de trocas imprecisas de passes entre dois atacantes.
b) tirar (recuperar ou roubar) a bola dos pés ou das mãos do adversário, respeitando-se 
os limites determinados palas regras da modalidade.
c) retardar os movimentos dos atacantes em direção ao alvo (gol, cesta ou quadra), 
não deixando espaços livres em quadra, especialmente, nas zonas que oferecem maior risco (à 
frente da área, como no caso do handebol, ou dentro do garrafão, como no caso do basquete), 
perseguindo adversários que efetuaram dribles, fintas e/ou demais movimentações, desviando a 
trajetória do adversário para espaços onde as ações ofensivas ofereçam menos riscos, ou, ainda, 
bloqueando o deslocamento dos atacantes por meio do contato corporal (conforme regras de 
algumas modalidades nas quais o contato físico é permitido). 
d) proteger a maior área da sua quadra de defesa, utilizando-se de partes do corpo (como 
no caso das ações de bloqueio no voleibol, que reduzem o campo de ataque em uma ação ofensiva 
da equipe adversária) (DE ROSE JR., 2006).
Sistemas defensivos por zona privilegiam o elemento bola, ao passo que sistemas 
defensivos individuais preconizam uma defesa centrada essencialmente no 
jogador adversário, quer seja ele portador da bola ou não. Independentemente da 
utilização dos sistemas defensivos por zona, individuais, ou, ainda, combinados 
(quando a equipe utiliza os dois sistemas simultaneamente), o conceito “marcação” 
representa uma regra comum aos diferentes esportes coletivos. Seu objetivo 
principal é realizar a oposição conjunta por parte dos defensores em relação aos 
atacantes, por meio do posicionamento e deslocamento em quadra (campo), 
buscando-se incomodar ou paralisar as ações adversárias. 
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1.5.1 As regras de ação
Para que os procedimentos defensivos possam ser realizados de maneira efetiva, três 
regras de ação devem ser consideradas, compreendendo atitudes de todo e qualquer defensor: 
1) agir. A marcação deve ser ativa, de modo que o defensor realize a intervenção e não 
sofra, passivamente, as ações empreendidas pelo adversário. Portanto, o marcador não deve 
esperar pela falta do adversário, mas deve provocá-la por meio de uma atitude impositiva.
2) agir continuadamente. Deve-se, sempre, buscar realizar alguma ação defensiva 
mediante as informações percebidas por meio das ações realizadas pelo atacante.
3) ajudar. A ação da marcação, mesmo que individual, sempre está condicionada a uma 
ação coletiva total da equipe. Ressalte-se que os jogadores estão em conjunto e jogam com alguém, 
no sentido de realizarem articulações e ajustarem seu próprio comportamento às contingências 
de desenvolvimento do jogo (BAYER, 1994).
1.5.1.1 Agir
A ação de intervenção em direção ao portador da bola visa a incomodar o atacante, 
impedindo-o de prosseguir em sua jogada. Quando essa intervenção é realizada dentro dos 
limites permitidos pela modalidade esportiva em questão, o jogador defensor inibe uma possível 
ação ofensiva de ataque 1 contra 1 e, ainda, impõe-se e obriga o jogador atacante a desenvolver 
sua ação em condições difíceis. Bayer (1994) mostra esquematicamente as diferentes intenções 
táticas de defesa que podem ocorrer durante o jogo.
Figura 1 – As diferentes intenções táticas da defesa. Fonte: Bayer (1994).
Na Figura 1, notam-se três formas de agir mediante uma situação ofensiva. Em relação 
aos passes realizados, o jogador defensor pode observar momentaneamente a movimentação dos 
jogadores da equipe adversária (dois ou mais jogadores). Em face da “leitura” e observação da 
movimentação tática da equipe adversária, o jogador defensor deve se movimentar rapidamente, 
interpondo-se entre as trajetórias de passe, objetivando a interceptação. Por outro lado, mesmo 
que a interceptação não seja realizada, caso o jogador defensor se posicione diante da trajetória da 
bola, os jogadores atacantes se sentirão dissuadidos de realizarem um passe, pois, caso o façam, 
arriscar-se-ão a perder a posse de bola.
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Na situação em que o jogador atacante está com a posse de bola, o marcador tem duas 
opções: (i) pressionar incisivamente o atacante, buscando a roubada de bola, forçando-o a passar 
a bola para outro jogador; (ii) ou, ainda, controlar a distância, de modo que o atacante não tenha 
a oportunidade de efetuar um drible e, assim, alcançar situação de vantagem numérica. Ambos 
os casos (pressionar ou controlar a distância) devem ser ponderados em cada contexto no qual 
ocorre a situação defensiva. Em situações nas quais a equipe defensiva já está em inferioridade 
numérica, pressionar o adversário pode implicar um drible ou passe por parte do atacante, o 
que resultaria em maior avanço em relação à meta defendida. Por sua vez, controlar a distância 
poderia ser estratégia mais efetiva, visto que proporcionaria mais tempo para que a equipe que 
está realizando a ação de defesa se equilibre defensivamente, com vistas a evitar ponto ou gol.
Considerando que os sistemas defensivos são compostos por dois ou mais jogadores 
(dependendo da modalidade em questão), a ação coletiva de cobrir o companheiro pode ser 
uma estratégia necessária quando o jogador de ataque efetua um drible em um dos jogadores 
defensores. Em certas circunstâncias, a equipe que está atacando pode ser composta por jogadores 
muito habilidosos. Nesse caso, a equipe defensora necessitará dobrar a marcação para que a ação 
defensiva de pressionar ou controlar a distância seja mais efetiva. É importante frisar que tanto 
a ação de cobrir quanto a de dobrar a marcação podem resultar em desvantagem numérica para 
o sistema defensivo. Contudo, em alguns casos, é aúnica estratégia coletiva disponível para o 
momento.
1.5.1.2 Agir continuamente
Para Bayer (1994), o ato de agir continuamente se refere a sempre buscar formas de atuar 
ativamente no jogo. Estar atento e disponível é imprescindível para o sucesso das ações defensivas. 
Considerando que as ações dos jogos coletivos se realizam, na maioria das vezes, por mais 
de uma dezena de jogadores envolvidos na mesma ação tática, a atenção é aspecto determinante 
na “leitura” dos momentos do jogo e no sucesso de uma ação defensiva (WEINBERG; GOULD, 
2001). 
A atenção está relacionada a uma orientação e aplicação do ser humano centrado sobre 
suas próprias ações e sobre o mundo que o rodeia (BAYER, 1994). Nos esportes coletivos, é muito 
comum observarmos jogadores que, em alguns momentos, estão totalmente atentos ao jogo, ao 
passo que, em outros momentos, encontram-se totalmente dispersos. Em geral, na maior parte 
das ações ofensivas ou quando se tem a posse de bola, os jogadores ficam atentos (justamente pelo 
fato da busca pelo gol e da motivação em estar conduzindo o objeto de jogo). 
Uma metodologia difundida atualmente para aprimorar a capacidade de agir 
defensivamente é a estrutura funcional do jogo (GRECO, 1998). Esse método 
preconiza situações de jogo em que os processos de tomada de decisão se tornam 
facilitados, melhorando a criatividade, raciocínio e processamento da informação. 
Situações de 1x1 (um atacante contra um defensor), 2x2, 2x1, 3x2, 3x3, dentre 
outras, adaptam os níveis de dificuldade e complexidade das atividades.
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Contudo, em momento posterior, em que a equipe perde a posse de bola, os jogadores, muitas 
vezes, reduzem seus níveis de atenção em virtude da desmotivação momentânea. Em comparação 
aos jogadores menos experientes, há uma tendência de que os jogadores mais experientes se 
dispersem menos durante uma partida, o que ocorre não somente por conta da própria experiência 
na modalidade, mas, também, pelo fato de que os jogadores menos experientes ou mais jovens 
estão envolvidos por estímulos novos para eles. 
Visando a esse agir contínuo e atento, sugerem-se algumas diretrizes aos esportistas 
(BAYER, 1994): 
- estar sempre atento e continuamente concentrado, presente em todas as situações de 
jogo.
- buscar boa capacidade técnica para concentrar sua atenção sobre as situações de jogo.
- conduzir a atenção a aspectos essenciais do jogo, evitando-se dispersão por agentes 
externos (torcida, músicas), tudo objetivando a melhor discriminação das situações de jogo.
1.5.1.3 Ajuda
Em uma ação defensiva, no processo de recuperação da posse de bola, embora o primeiro 
aspecto considerado pelo defensor esteja calcado na relação “jogar contra” (no sentido de o 
defensor jogar contra o atacante), não se deve deixar de lado outra atitude igualmente importante 
do ponto de vista tático, que é o “jogar com” (no sentido de que o defensor possui outros também 
defensores da mesma equipe, os quais podem auxiliá-lo durante o jogo). Toda forma de defesa, 
mesmo que uma marcação individual ou por zona, deve ser coletiva. Desde o momento em que 
o defensor atua na marcação, colocando o atacante em dificuldade, ele auxilia todo o sistema 
defensivo, pois os passes da equipe adversária ficam prejudicados e incertos, o que facilita a 
interceptação e a recuperação da bola. Ademais, uma boa ação defensiva acaba por diminuir a 
velocidade da ação ofensiva, tornando mais fácil uma possível intervenção dos outros defensores 
dentro de uma mesma situação de jogo.
1.6 Princípios Operacionais Ofensivos
Uma ação ofensiva pode ter seu início em diferentes circunstâncias, tais como a perda 
de bola pela equipe adversária, a falta de ataque ou, até mesmo, um gol ou ponto marcado pelos 
jogadores da outra equipe. No entanto, após o início da ação ofensiva, a equipe que está com a 
posse de bola deve se preocupar em adotar alguns princípios: 
- conservação da posse de bola.
- progressão para o alvo (gol, cesta ou quadra) adversário.
- realização do ponto. 
Durante a aplicação desses três princípios, o jogador, sendo ele portador da bola ou 
não, deve levar em consideração estes elementos: posição da bola (o jogador sem a bola nunca 
deve estar na mesma posição da bola); busca de os espaços livres dentro da quadra; observação 
da posição dos companheiros de equipe; e objetivo de ataque (cesta, gol ou quadra adversária) 
(BAYER, 1994).
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1.6.1 Desmarcação
Dois problemas fundamentais devem ser resolvidos dentro da dinâmica de desmarcação 
desenvolvida durante um jogo. Primeiramente, o portador da bola deve se desvencilhar do 
adversário que o marca, ao passo que o não portador da bola deve se posicionar oportunamente 
no campo de jogo, com vistas a facilitar a troca de passes, à manutenção da bola e à progressão 
ofensiva da equipe (DE ROSE JR., 2006).
1.6.2 Posicionamento em quadra e a busca por espaços livres
Em muitas situações de jogo, desde a iniciação até às fases de especialização, um 
problema comumente encontrado reside na dificuldade que os praticantes têm em se posicionar 
corretamente com vistas a buscar espaços livres para a recepção da bola e participação ativa no 
jogo. Bayer (1985) aponta que, na relação entre atacante portador da bola e marcador, existe um 
alinhamento (virtual) concebido como uma área em que as trocas de passe são inviáveis. Dessa 
forma, o passe para o companheiro somente se tornará possível se o jogador que busca receber 
a bola se afastar desse alinhamento (zona de intervenção) para estar apto a receber a bola. Para 
que isso ocorra, o não portador da bola nunca deve se conservar imóvel, estando sempre em uma 
região favorável para a recepção da bola.
Para abordar esse aspecto, seja em uma aula de educação física seja em um treinamento 
desportivo, o professor poderá trabalhar tanto com situações reduzidas quanto com pequenos 
jogos. Inicialmente, situações com 2 atacantes e 1 defensor facilitam o processo de tomada de 
decisão (Figura 2), ao passo que situações mais complexas, contendo 3 atacantes e 2 defensores 
(Figura 3) ou, ainda, 2 atacantes e 2 defensores, exigirão maior habilidade por parte dos praticantes.
Em uma perspectiva tática coletiva, a desmarcação está relacionada à 
movimentação do jogador no sentido de fugir das possibilidades de intervenção 
dos defensores. Ao mesmo tempo, o jogador busca estar acessível para receber 
a bola do colega de equipe, participando, assim, do processo de conservação e 
progressão da bola na busca pelo ponto ou gol. 
Já a desmarcação individual está relacionada a realizar o drible (ultrapassagem) 
sobre seu marcador para que, coletivamente, tenha superioridade numérica, o que 
facilitará a conclusão do ataque.
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Figura 2 – Ilustração de situação de ataque com dois atacantes (A e A’) contra um defensor (D). Fonte: Adaptado de 
Bayer (1994).
Figura 3 – Ilustração de situação de ataque com três atacantes (A, A’ e A’’) contra um defensor (D e D’). Fonte: Adap-
tado de Bayer (1994).
O voleibol possui uma particularidade em relação à organização dos jogadores no espaço 
(quadra). A utilização dos espaços livres não está relacionada somente com o próprio campo 
(situar-se em relação aos companheiros), mas também em relação ao campo de jogo adversário 
(posicionamento dos adversários). Portanto, embora a separação das quadras pela rede implique 
o fato de que a equipe atacante não sofrerá perturbação imediata pelos jogadores defensores, 
a capacidade de ocupação de espaço (organização espaço-temporal) também é extremamente 
relevante para esse tipo deesporte, em que não se permitem invasões de quadra.
1.6.3 A ajuda
Ao longo dos tópicos apresentados nesta unidade, foi possível observar que, nas 
modalidades esportivas coletivas, o ato de jogar coletivamente e auxiliar o companheiro no 
desenvolvimento das ações ofensivas é de suma importância ao sucesso tático da equipe. Dentre 
as diversas formas coletivas de ajuda, pode-se citar: (i) a execução de um bom passe, a facilitar 
o trabalho do receptor da bola; (ii) uma desmarcação efetiva para permitir ao colega de equipe 
a realização de um passe em condições seguras; (iii) diversas movimentações no campo de 
jogo com o objetivo de fragilizar o sistema defensivo da equipe adversária; e (iv) ajuda corporal, 
representada pelas cortinas e bloqueios (BAYER, 1994).
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A Figura 4 ilustra as relações de cortina e bloqueio. Note que, na relação de cortina, 
o jogador “A” impede que o defensor “D” consiga atacar o portador da bola “A”, enquanto, no 
bloqueio, o jogador “A” interrompe a passagem do jogador “D”, facilitando a ultrapassagem do 
jogador “A”. Nas modalidades esportivas de basquetebol e handebol, ambas as estratégias são 
muito utilizadas no sentido de facilitar os dribles em progressão ao alvo (cesta ou o gol).
Figura 4 – Ilustração de simulações ofensivas de cortina e bloqueio. Fonte: Bayer (1994).
 Face ao apresentado acerca dos princípios operacionais ofensivos e defensivos, 
a Figura 5 sintetiza as relações entre o paradigma ataque e defesa. Vale destacar que ambas as 
situações ocorrem dentro de uma partida em uma perspectiva de fluência de modo que, em alguns 
momentos, a equipe está com a posse de bola e realizando o ataque e, em momento posterior, 
está em situação defensiva. Compreender que as duas situações surgem dentro de um continuum 
dinâmico e, na maior parte das vezes, imprevisível (exceto para o caso do vôlei, em que se tem a 
opção de trabalhar a bola em campo próprio antes de passá-la) é o grande desafio de professores 
e treinadores para o processo de ensino-aprendizagem dos aspectos táticos para as modalidades 
esportivas coletivas.
Figura 5 – Princípios gerais das modalidades esportivas coletivas. Fonte: Bayer (1994).
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Sugere-se a leitura da obra Iniciação esportiva universal: metodologia da iniciação 
esportiva na escola e no clube, de Pablo Juan Greco.
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U N I D A D E
02
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................23
1. REGRAS DE JOGO ....................................................................................................................................................24
1.1 ÁREA DE JOGO ........................................................................................................................................................24
1.1.1. REDE, POSTES E BOLA .......................................................................................................................................25
1.1.2. EQUIPES ..............................................................................................................................................................25
1.1.3. RESPONSÁVEIS PELA EQUIPE .........................................................................................................................26
1.1.4. PARA MARCAR UM PONTO, VENCER UM SET E A PARTIDA ........................................................................26
1.1.5. FORMAÇÃO INICIAL DAS EQUIPES ..................................................................................................................26
1.1.6. SITUAÇÕES DE JOGO .........................................................................................................................................27
1.1.7. TOQUES DA EQUIPE ...........................................................................................................................................27
1.1.8. BOLA E CONTATO EM RELAÇÃO À REDE ................................................................................................................. 28
1.1.9. GOLPE DE ATAQUE .............................................................................................................................................28
FUNDAMENTOS TÉCNICOS E TÁTICOS 
DO VOLEIBOL
PROF. DR. WILLIAM FERNANDO GARCIA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
ESPORTES COLETIVOS I
VOLEIBOL, BASQUETEBOL E HANDEBOL
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1.1.10. BLOQUEIO ..........................................................................................................................................................28
1.1.11. O JOGADOR LÍBERO ...........................................................................................................................................28
2. A TÉCNICA DO VOLEIBOL .......................................................................................................................................29
2.1 A POSIÇÃO BÁSICA ................................................................................................................................................29
2.1.1 POSIÇÕES DE EXPECTATIVA BAIXA E MÉDIA ..................................................................................................29
2.1.2 POSIÇÃO DE EXPECTATIVA ALTA ......................................................................................................................29
3. AS MOVIMENTAÇÕES ESPECÍFICAS ....................................................................................................................29
3.1 O TOQUE POR CIMA .............................................................................................................................................. 31
3.1.1 TOQUE PARA A FRENTE ......................................................................................................................................32
3.1.2 TOQUE PARA TRÁS OU DE COSTAS ..................................................................................................................32
3.1.3 TOQUE EM SUSPENSÃO ....................................................................................................................................32
3.1.4 TOQUE LATERAL .................................................................................................................................................32
3.1.5 TOQUE COM UMA DAS MÃOS ...........................................................................................................................32
3.1.6 TOQUE SEGUIDO DE ROLAMENTO ...................................................................................................................32
3.2 A MANCHETE ........................................................................................................................................................32
3.2.1 MANCHETE ALTA ................................................................................................................................................33
3.2.2 MANCHETE INVERTIDA ....................................................................................................................................34
3.2.3 MANCHETE COM UM DOS BRAÇOS ................................................................................................................34
3.2.4 MANCHETE DE COSTAS ....................................................................................................................................34
3.2.5 MANCHETE SEGUIDA DE ROLAMENTO ..........................................................................................................343.3 O SAQUE.................................................................................................................................................................34
3.3.1 O SAQUE POR BAIXO ..........................................................................................................................................34
3.3.2 O SAQUE TIPO TÊNIS ........................................................................................................................................35
3.3.3 SAQUE FLUTUANTE E COM ROTAÇÃO ............................................................................................................36
3.3.4 O SAQUE BALANCEADO ....................................................................................................................................36
3.4 A CORTADA ............................................................................................................................................................37
3.5 O BLOQUEIO ..........................................................................................................................................................38
4 A TÁTICA DO VOLEIBOL ...........................................................................................................................................39
4.1 POSIÇÕES, SENTIDO DO RODÍZIO E LINHAS DE ...............................................................................................39
CORRESPONDÊNCIA ..................................................................................................................................................39
4.2 SISTEMAS DE RECEPÇÃO....................................................................................................................................40
4.3 SISTEMAS DE JOGO .............................................................................................................................................. 41
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INTRODUÇÃO
Até o final da década de 1970, o voleibol brasileiro, como esporte de alto rendimento, 
havia obtido resultados não expressivos, sendo esporte de pouca visibilidade para o brasileiro. A 
partir da década de 1980, a Geração de Prata iniciou um ciclo virtuoso de resultados expressivos 
para o voleibol brasileiro no cenário mundial, que culminou, em 1992, com o título masculino nos 
Jogos Olímpicos de Barcelona. Posteriormente a essa grande conquista, outros títulos mundiais 
e olímpicos continuaram a ser conquistados tanto pelas equipes masculinas como pelas equipes 
femininas nas quadras e areias. Em um período de aproximadamente 30 anos, o voleibol tornou-se 
a segunda modalidade esportiva coletiva mais importante para os brasileiros (perdendo, apenas, 
para o futebol), assumindo caráter de extrema importância não somente no alto nível esportivo 
como também nas atividades de lazer, na iniciação esportiva e na educação física escolar.
Esta unidade está dividia em três blocos de conteúdo. A primeira seção traz uma 
descrição das principais regras do voleibol, sobretudo quando se pensa em processos de ensino-
aprendizagem do voleibol como esporte educação (educação física escolar). A segunda seção 
trata dos fundamentos técnicos do voleibol, e a terceira seção contempla os conceitos táticos 
básicos. 
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1. REGRAS DE JOGO
Em sua essência, o voleibol é um esporte jogado por duas equipes em uma quadra dividida 
por uma rede. Independentemente da versão de jogo adotada ou da quantidade de praticantes, o 
objetivo é enviar a bola, por cima da rede, de forma a fazê-la tocar parte do solo compreendido 
dentro da quadra adversária. Uma equipe deve impedir a adversária de realizar o mesmo intento. 
Cada equipe poderá usufruir de até três toques na bola (além do contato com o bloqueio) na 
tentativa de enviá-la ao adversário. Cada jogada se inicia com um toque inicial, realizado por um 
jogador (saque), o qual envia a bola por cima da rede em direção à quadra adversária. A disputa 
do ponto (rally) prossegue até que a bola toque o solo em área compreendida dentro da quadra 
de jogo, seja “enviada para fora” ou quaisquer das equipes execute uma tentativa frustrada de 
retornar a bola ao adversário. A equipe que vencer o rally em jogo marca um ponto, assim como 
obtém o direito de reiniciar o jogo com um saque. A equipe que vence o ponto no rally deve 
realizar o rodízio (ou rotação), em que cada jogador passa à posição seguinte em quadra, em 
sentido horário (ao todo, 6 posições).
Posteriormente, apresentar-se-ão as principais regras do ponto de vista pedagógico, 
considerando a demanda com que o professor licenciado em Educação Física se depara no 
exercício das aulas de educação física em nível de educação básica, bem como os fundamentos 
para iniciação esportiva. 
1.1 Área de Jogo
A área de jogo compreende a quadra de jogo e a zona livre, devendo ser retangular e 
simétrica. A quadra de jogo é um retângulo medindo 18 metros x 9 metros, e sua superfície deve 
ser plana, horizontal, uniforme e não deve apresentar qualquer perigo de lesão aos jogadores. É 
proibido jogar sobre superfície rugosa ou escorregadia.
Todas as linhas possuem largura de 5 centímetros e devem ser de cor clara, diferente da 
cor do piso da quadra ou de quaisquer outras linhas. Existem três classificações de linhas para as 
quadras de voleibol: 
a) linhas de delimitação da quadra de jogo, que são representadas por duas linhas laterais 
e duas linhas de fundo a delimitarem a quadra.
b) linha central, que divide a quadra de jogo em duas quadras iguais, medindo 9 metros 
x 9 metros cada uma.
c) linha de ataque, cuja extremidade posterior é desenhada a 3 metros de distância a 
partir do eixo da linha central, marcando a zona de frente.
Para estudar de forma mais detalhada as regras oficiais e atualizadas do voleibol, 
leia o manual de Regras Oficiais de Voleibol, editado e atualizado pela Confederação 
Brasileira de Voleibol (CBV).
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Em relação às principais zonas e áreas de jogo, destacam-se as seguintes:
- Zona de frente: em cada quadra, a zona de frente é limitada pelo eixo da linha central e 
a extremidade posterior da linha de ataque.
- Zona de saque: é uma área de 9 metros de largura, situada após cada linha de fundo. 
É limitada, lateralmente, por duas pequenas linhas, cada uma medindo 15 centímetros cada, 
traçadas a 20 centímetros após o término de cada linha de fundo no eixo de prolongamento 
imaginário das linhas laterais.
- Zona de substituição: é delimitada pelo prolongamento imaginário de ambas as linhas 
de ataque até a mesa do apontador.
- Zona de troca de líbero: é a parte da zona livre ao lado do banco das equipes, limitada 
pela extensão da linha de ataque até a linha de fundo.
Não devem ser disputadas partidas em locais onde a temperatura mínima esteja abaixo 
de 10o C. 
1.1.1. Rede, postes e bola
A rede é colocada verticalmente sobre a linha central. Sua parte superior é ajustada a 
2,43 metros do solo, para os homens, e 2,24 metros, para as mulheres. A rede possui 1 metro de 
altura por 9,5 a 10 metros de comprimento (com 25 a 50 centímetros adicionais além das faixas), 
sendo constituída de malhas quadradas pretas com 10 centímetros de lado. Nas partes superior 
e inferior da rede, haverá uma faixa horizontal de 7 e 5 centímetros de largura, respectivamente. 
Essa faixa consiste em uma lona branca dobrada ao meio. 
Duas faixas brancas são tensionadas verticalmente à rede e colocadas no prolongamento 
acima de cada linha lateral. Cada uma possui 5 centímetros de largura e 1 metro de altura e sãoconsideradas parte integrante da rede. Há também as antenas, representadas por varas flexíveis 
com 1,8 metro de comprimento e 10 milímetros de diâmetro, fabricadas em fibra de vidro ou 
material similar. Cada antena é amarrada de forma a tangenciar a parte externa de cada faixa 
lateral. As antenas são colocadas em lados opostos da rede. 
Os postes que sustentam a rede são colocados a uma distância de 0,5 metro a 1 metro de 
cada linha lateral. Possuem 2,55 metros de altura.
A bola será esférica, dotada de uma capa flexível de couro ou couro sintético, além de 
uma câmara interior feita de borracha ou material similar. Sua circunferência será de 65 a 67 
centímetros; seu peso, de 260 a 280 gramas; e sua pressão interna medirá entre 4,26 a 4,61 psi.
1.1.2. Equipes
Para uma partida, a equipe pode ser composta por até 12 jogadores, além de até 3 membros 
na comissão técnica (1 técnico e 2 auxiliares técnicos) e 2 membros no corpo médico (um médico 
e um fisioterapeuta). Um dos jogadores, exceto o líbero (que não poderá ser o capitão de sua 
equipe), será o capitão da equipe, tendo seu nome indicado na súmula do jogo.
O equipamento individual dos jogadores será composto de camiseta, calção, meias (o 
uniforme) e calçado esportivo. A cor e o design das camisetas, calções e meias devem ser iguais 
para os jogadores (exceto para o líbero). As camisetas dos jogadores serão numeradas de 1 a 20.
Em situações extremas, o árbitro principal poderá autorizar os jogadores a jogar descalços, 
trocar o uniforme (caso esteja molhado ou danificado, desde que se conserve a mesma numeração, 
cor e modelo do anterior) e jogar de agasalho, caso a temperatura esteja muito baixa e todos os 
integrantes da equipe possuam a mesma vestimenta.
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Os jogadores podem utilizar óculos e lentes de contato, por sua conta e risco, bem como 
os aparatos de compressão estão autorizados.
1.1.3. Responsáveis pela equipe
São atribuições do capitão: assinar a súmula e representar sua equipe no sorteio (antes 
da partida); dirigir-se ao árbitro para realização de solicitações técnicas e pedidos de autorização 
para diversas diligências (durante a partida); agradecer aos árbitros e assinar a súmula (após a 
partida).
São atribuições do técnico: indicar a formação inicial de jogo, jogadores-reserva e realizar 
pedidos de tempo. 
1.1.4. Para marcar um ponto, vencer um set e a partida
Para marcar um ponto, a equipe deve obter êxito em fazer a bola tocar na quadra adversária 
ou fazer com que a equipe adversária cometa uma falta ou seja penalizada.
A falta é marcada em todas as situações em que qualquer das equipes realiza transgressão 
de jogo. Na ocorrência do cometimento de duas ou mais faltas pelas duas equipes, é marcado falta 
dupla, e o rally é repetido.
Rally é a sequência de ações de jogo, ocorrida desde o momento em que o saque é executado 
pelo jogador sacador até o momento em que a bola é considerada fora de jogo. Quando a equipe 
sacadora vence o rally, ela marca um ponto e continua a sacar. Porém, se a equipe receptora vence 
o rally, ela marca um ponto e deverá executar o próximo saque.
Vencerá um set (exceto o 5º set, por seu caráter decisivo) a equipe que primeiro alcançar a 
marca de 25 pontos, com uma diferença mínima de 2 pontos. Em caso de empate 24 x 24, o jogo 
continua até que a diferença de dois pontos seja atingida (26 x 24, 27 x 25 etc.). Vencerá a partida 
a equipe que vencer três sets. Vale destacar que, no caso de empate em sets por 2 x 2, o set decisivo 
é jogado até que uma das equipes atinja 15 pontos, com uma diferença mínima de 2 pontos.
1.1.5. Formação inicial das equipes
Cada equipe sempre apresentará seis jogadores em quadra, e a formação inicial da equipe 
indicará a ordem de rotação dos jogadores em quadra, a qual será mantida durante todo o set. 
Antes do início de cada set, o técnico deve gravar a formação inicial de sua equipe na papeleta de 
formação, assiná-la e entregá-la. Os jogadores que não constarem da papeleta de formação inicial 
de um set (excetuando-se os líberos) serão os reservas. Após a papeleta de formação inicial ser 
entregue ao segundo árbitro ou apontador, qualquer alteração na formação da equipe em quadra 
deverá ser efetuada por meio de uma substituição regular.
As posições dos jogadores em quadra são numeradas da seguinte forma:
três jogadores ao longo da extensão da rede formam a linha de frente e ocupam as posições 
4 (frente-esquerda), 3 (frente-central) e 2 (frente-direita); os três restantes formam a linha de trás, 
ocupando as posições 5 (traseira-esquerda), 6 (traseira-central) e 1 (traseira-direita).
Complementarmente às posições dos jogadores, as regras da modalidade permitem uma 
aproximação entre os atletas denominada “posição relativa”. Essa organização, por meio das 
posições relativas, permitirá que as equipes se adéquem de maneira taticamente mais otimizada 
tanto em situações defensivas quanto ofensivas. Para clarificação desse conceito, seguem 
exemplificações:
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- Cada jogador da linha de trás deve estar posicionado mais afastado da linha central do 
que seu jogador correspondente da linha de frente;
- Os jogadores da linha de frente e os da linha de trás, respectivamente, devem estar 
posicionados lateralmente (referindo-se às posições 1 a 6);
- As posições dos jogadores são determinadas e controladas conforme a posição do 
contato de seus pés com o solo, portanto, cada jogador da linha de frente deve ter, ao menos, parte 
de seu pé mais próximo à linha central que os pés do jogador correspondente da linha de trás. 
Cada jogador à direita ou esquerda das linhas de frente e de trás deve ter, ao menos, parte de seu 
pé mais próximo da linha lateral direita ou esquerda que os pés do jogador central naquela linha.
Após o golpe do saque, os jogadores poderão se mover livremente dentro de sua quadra 
assim como na zona livre. 
A equipe que comete a falta em virtude do erro de posição será sancionada com um 
ponto, o saque será realizado pela equipe adversária e, ainda, o posicionamento da equipe faltosa 
deverá ser retificado.
A ordem de rotação é determinada pela formação inicial da equipe e controlada pela 
ordem de saque e posição dos jogadores durante todo o set. Quando a equipe receptora ganha o 
direito de sacar, os jogadores avançam uma posição no sentido dos ponteiros do relógio: jogador 
na posição 2 avança para a posição 1 para sacar; jogador da 1 retorna para a posição 6. E assim 
por diante.
1.1.6. Situações de jogo
- Bola em jogo: a bola se torna “em jogo” a partir do momento em que o sacador golpeia 
a bola, após a autorização de saque dada pelo 1º árbitro.
- Bola fora de jogo: a bola se torna “fora de jogo” no momento em que há a ocorrência ou 
cometimento de uma falta e, na ausência de uma falta, ao soar do apito.
- Bola dentro: considera-se bola “dentro” quando, em qualquer momento do contato, esta 
toca o solo da quadra de jogo, incluindo as linhas de delimitação da mesma.
- Bola fora: considera-se bola “fora” quando parte da bola que entra em contato com o 
solo está completamente fora das linhas de delimitação da quadra, ou toca um objeto localizado 
fora da quadra de jogo (teto da quadra, uma pessoa que não esteja em jogo, a antena, as cordas 
de sustentação da rede, os postes, a parte da rede localizada além das faixas laterais), cruza o 
plano vertical da rede por fora do espaço de cruzamento, de forma total ou parcial e cruza, 
completamente, o espaço inferior abaixo da rede.
1.1.7. Toques da equipe
Um toque é qualquer contato com a bola realizado por um jogador em jogo. Uma equipe 
terá direito a, no máximo, três toques (além do bloqueio) para enviar a bola ao adversário. Se 
mais de três são utilizados,a equipe comete falta (quatro toques). Um jogador não poderá tocar a 
bola duas vezes de forma consecutiva (pois realizará dois toques), exceto em alguns casos, como 
as ações de bloqueio em que a bola toca no bloqueador e ele realiza mais um toque.
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1.1.8. Bola e contato em relação à rede
A bola enviada para a quadra adversária deve passar por cima da rede, dentro do espaço 
de cruzamento. O espaço de cruzamento é a parte do plano vertical da rede, assim delimitado: 
abaixo, pelo bordo superior da rede; lateralmente, pelas antenas e seu prolongamento imaginário; 
acima, pelo teto. Destaque-se que, ao cruzar a rede, a bola poderá tocá-la. 
O contato de um jogador com a rede, no espaço compreendido entre as antenas, durante 
uma ação de jogar a bola, é considerado falta.
1.1.9. Golpe de ataque
Todas as ações que enviem a bola ao adversário, excetuando o saque e o bloqueio, são 
consideradas golpes de ataque. O golpe de ataque se torna completo no momento em que a bola 
cruza completamente o plano vertical da rede ou é tocada por um adversário. Os jogadores da 
linha de frente podem completar um golpe de ataque a qualquer altura, desde que o contato com 
a bola tenha ocorrido dentro do espaço de jogo da sua equipe. Já o jogador da linha de trás pode 
completar um ataque, a qualquer altura, atrás da zona de frente (linha dos 3 metros) se, no seu 
impulso, o(s) pé(s) do jogador não tiver(em) tocado nem ultrapassado a linha de ataque. Um 
jogador da linha de trás também poderá completar um golpe de ataque na zona de frente se, 
no momento do contato, parte da bola está abaixo do topo da rede. Vale ressaltar que nenhum 
jogador pode completar um golpe de ataque ao saque adversário quando a bola está na zona de 
frente e completamente acima do bordo superior da rede.
1.1.10. Bloqueio
Bloquear é a ação dos jogadores próximos à rede para interceptar a bola vinda do 
adversário, estendendo-se acima do bordo superior da rede, não importando a altura em que 
se dá o contato com a bola. Somente aos jogadores da linha de frente é permitido completar um 
bloqueio. Ao bloquear, o jogador pode colocar suas mãos e braços além da rede, desde que sua 
ação não interfira na jogada do adversário. É proibido bloquear o saque adversário.
1.1.11. O jogador líbero
Cada equipe tem o direito de designar, dentre os jogadores constantes da súmula, até dois 
jogadores especialistas em defesa (líberos); contudo, somente um líbero poderá estar em quadra 
em qualquer momento do jogo. Os uniformes devem possuir uma cor dominante, diferente de 
qualquer outra cor do uniforme do resto da equipe. Seu uniforme, portanto, deve contrastar, 
claramente, com o resto da equipe.
O líbero poderá efetuar a troca com qualquer jogador que ocupe uma posição da linha 
de trás. Ele tem atuação restrita às posições da linha de trás e não poderá completar um golpe 
de ataque, de qualquer parte da quadra ou da zona livre, se, no momento do contato com a bola, 
esta esteja totalmente acima do bordo superior da rede. Ele não poderá sacar, bloquear ou tentar 
bloquear e também não poderá realizar levantamentos por meio de toque com a ponta dos dedos 
dentro da zona de ataque. As trocas com o líbero não são contabilizadas como substituições.
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2. A TÉCNICA DO VOLEIBOL
2.1 A Posição Básica
A posição básica é também chamada de posição de expectativa, que é a postura que o 
corpo assume a fim de partir prontamente para a execução de determinada ação na dinâmica 
do jogo. É o estado de prontidão que jogador assume para que possa agir em condições ideais de 
velocidade e qualidade de movimento, quando necessário. De acordo com a postura do corpo e 
da situação do jogo, é dividida em três tipos: baixa, média e alta (BIZZOCCHI, 2004).
2.1.1 Posições de expectativa baixa e média
São utilizadas nas situações que antecedem a defesa, a proteção de ataque, recepção de 
saque e levantamento. As pernas ficam afastadas lateralmente, em sentido ântero-posterior e 
semiflexionadas, mantendo-se uma angulação de 90º a 100º entre coxas e pernas. Embora as 
posições de expectativa baixa e média sejam muito semelhantes quanto à técnica, a diferença 
entre elas é que, na posição de expectativa média, o centro de gravidade fica mais alto e mais para 
dentro do corpo, com membros inferiores e tronco menos flexionados. É como se o executante 
fosse puxado mais para cima, ficando mais equilibrado, em posição mais cômoda (BIZZOCCHI, 
2004). 
Figura 1 – Ilustração da posição de expectativa. Fonte: Bizzocchi (2004).
2.1.2 Posição de expectativa alta
É utilizada pelos bloqueadores que aguardam a definição do adversário e na preparação 
dos atacantes, que analisam o passe e o levantamento para iniciarem a corrida. 
3. AS MOVIMENTAÇÕES ESPECÍFICAS
São os deslocamentos utilizados pelo jogador para chegar à bola em condições favoráveis 
de tempo, espaço e postura, que lhe permitam executar determinado fundamento com precisão. 
Envolvem capacidades físicas como agilidade, coordenação dinâmica geral, velocidade de reação, 
coordenação viso-motora, velocidade de deslocamento, equilíbrio, força excêntrica e isométrica 
de membros inferiores, dentre outras (BIZZOCCHI, 2004). 
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As movimentações podem ser classificadas em:
a. corrida normal: usada para ganhar mais velocidade ou impulsão.
b. galope: deslocamento curto e de ajuste, em que os pés não se cruzam, possibilitando 
equilíbrio do corpo. Há um “chute” intermediário entre as passadas, que permite um 
ajuste imediato à posição ideal para executar o fundamento.
Figura 2 – Ilustração da movimentação galope. Fonte: Bizzocchi (2004).
c. passada lateral: deslocamento curto e de ajuste, sem cruzamento dos pés e sem o impulso 
(“chute”) que caracteriza o galope.
d. passada cruzada: deslocamento lateral com alternância de pés, usado em distâncias 
maiores, em que o galope lateral despenderia maior tempo.
Figura 3 – Ilustração de movimentação com passada cruzada. Fonte: Bizzocchi (2004).
e. passada mista: usada para distâncias maiores, em situações nas quais é preciso ganhar 
velocidade (corrida normal ou cruzada) e, depois, ajustar-se à bola (galope ou passada 
lateral).
f. saltito: pequeno salto para se chegar ao local desejado. É a possibilidade que se abre aos 
bloqueadores quando não possuem tempo para abrir a passada. Podem ser feitos para 
frente (curtos ou longos, velozes ou de ajuste, em corrida normal, galope ou passada 
mista), para trás (geralmente, curtos quando não há condições técnicas ou físicas para 
executar um giro, deslocando-se da frente até atrás, muito utilizado quando o jogador sai 
de um bloqueio e posiciona-se mais para trás para contra-ataques), para os lados (curtos, 
de ajuste ou ganho de velocidade) e para as diagonais (para distâncias curtas, mesclando 
passadas dos deslocamentos para a frente e para os lados, realizados em galope com 
passada cruzada ou mista).
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3.1 O Toque por Cima
É feito na altura da cabeça ou acima dela, flexionando-se as mãos para trás, deixando que 
a bola se encaixe nos dedos e seja direcionada para o local desejado. O toque é mais preciso que a 
manchete e possui as seguintes fases de execução (BOJIKIAN; BOJIKIAN, 2008):
a. posição de expectativa: varia de acordo com a dificuldade para recuperar a bola 
endereçada ao executante.
b. deslocamento para a bola: varia de acordo com os movimentos já mencionados no 
tópico 3.
c. posicionamento do corpo sob

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