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ESPORTES COLETIVOS I VOLEIBOL, BASQUETEBOL E HANDEBOL PROF. DR. WILLIAM FERNANDO GARCIA Reitor: Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira Pró-Reitoria Acadêmica Maria Albertina Ferreira do Nascimento Diretoria EAD: Prof.a Dra. Gisele Caroline Novakowski PRODUÇÃO DE MATERIAIS Diagramação: Alan Michel Bariani Thiago Bruno Peraro Revisão Textual: Fernando Sachetti Bomfim Marta Yumi Ando Produção Audiovisual: Adriano Vieira Marques Márcio Alexandre Júnior Lara Osmar da Conceição Calisto Gestão de Produção: Aliana de Araújo Camolez © Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo (a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá. Primeiramente, deixo uma frase de Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida.” Cada um de nós tem uma grande responsabilidade sobre as escolhas que fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica e profissional, refletindo diretamente em nossa vida pessoal e em nossas relações com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente e busca por tecnologia, informação e conhecimento advindos de profissionais que possuam novas habilidades para liderança e sobrevivência no mercado de trabalho. De fato, a tecnologia e a comunicação têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e nos proporcionando momentos inesquecíveis. Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a Distância, a proporcionar um ensino de qualidade, capaz de formar cidadãos integrantes de uma sociedade justa, preparados para o mercado de trabalho, como planejadores e líderes atuantes. Que esta nova caminhada lhes traga muita experiência, conhecimento e sucesso. Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira REITOR 33WWW.UNINGA.BR U N I D A D E 01 SUMÁRIO DA UNIDADE INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................5 1. HISTÓRICO DOS ESPORTES COLETIVOS ...............................................................................................................6 1.1 HISTÓRICO DO VOLEIBOL ...................................................................................................................................... 7 1.2 HISTÓRICO DO BASQUETEBOL .............................................................................................................................8 1.3 HISTÓRICO DO HANDEBOL .................................................................................................................................. 10 1.4 ANÁLISE ESTRUTURAL DOS ESPORTES COLETIVOS ....................................................................................... 11 1.4.1 ANÁLISE DAS DIFERENTES CONSTANTES ....................................................................................................... 11 1.4.1.1 A BOLA ................................................................................................................................................................ 11 1.4.1.2 A ÁREA DE JOGO .............................................................................................................................................. 11 1.4.1.3 AS BALIZAS ....................................................................................................................................................... 12 1.4.1.4 AS REGRAS ........................................................................................................................................................ 12 HISTÓRICO DO ESPORTE E ANÁLISE ESTRUTURAL DOS ESPORTES COLETIVOS PROF. DR. WILLIAM FERNANDO GARCIA ENSINO A DISTÂNCIA DISCIPLINA: ESPORTES COLETIVOS I VOLEIBOL, BASQUETEBOL E HANDEBOL 4WWW.UNINGA.BR 1.4.1.5 OS COMPANHEIROS ........................................................................................................................................ 12 1.4.1.6 OS ADVERSÁRIOS ............................................................................................................................................ 12 1.5 PRINCÍPIOS OPERACIONAIS DEFENSIVOS ....................................................................................................... 13 1.5.1 AS REGRAS DE AÇÃO .......................................................................................................................................... 14 1.5.1.1 AGIR .................................................................................................................................................................... 14 1.5.1.2 AGIR CONTINUAMENTE .................................................................................................................................. 15 1.5.1.3 AJUDA ................................................................................................................................................................ 16 1.6 PRINCÍPIOS OPERACIONAIS OFENSIVOS ......................................................................................................... 16 1.6.1 DESMARCAÇÃO ................................................................................................................................................... 17 1.6.2 POSICIONAMENTO EM QUADRA E A BUSCA POR ESPAÇOS LIVRES ......................................................... 17 1.6.3 A AJUDA ............................................................................................................................................................... 18 5WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA INTRODUÇÃO Ao longo da evolução histórica dos povos, as modalidades esportivas coletivas sempre ocuparam papel importante na vida e na cultura das pessoas. Em diferentes culturas, os esportes coletivos já desempenharam papéis relacionados a atividades com caráter higienista, com caráter de lazer e entretenimento, como manifestações políticas, culturais e educacionais, além do seu papel de origem, qual seja, modalidade meramente esportiva. As primeiras manifestações denominadas de esportes coletivos tiveram, primitivamente, seu surgimento por volta do século X a.C. e foram tomando diferentes conotações, passando por modificações, até que, ao final do século XIX, com o advento dos primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna (em 1896, na Grécia), os esportes coletivos se aproximaram da estrutura observada na atualidade. As modalidades voleibol, basquetebol e handebol surgiram ao final do século XIX e início do século XX na América do Norte e Europa. Foram tomando proporções internacionais, até alcançarem o patamar de modalidades esportivas olímpicas já nas primeiras edições dos jogos. Destaque-se, também, que tais esportes também eram praticados nas escolas, possuindo, assim, caráter educativo e pedagógico. Sob esse viés pedagógico dos esportes, tiveram início os estudos com abordagens acadêmicas com vistas a se investigarem os processos de ensino-aprendizagem comuns a diferentes modalidades esportivas e princípios específicos de cada jogo. Partindo-se disso, a presente unidade trará ao seu conhecimento a evolução das modalidades esportivas coletivas, especialmente, do voleibol, do basquetebol e do handebol, seguida pela análise estrutural das modalidades esportivas em uma perspectiva de totalidade, contemplando os princípios comuns às modalidades esportivas coletivas. 6WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 1. HISTÓRICO DOS ESPORTES COLETIVOS Os esportes coletivos têm sua origem nas manifestações esportivas mais antigas da sociedade, realizadas ainda pelos povos primitivos (BAYER, 1994). Inicialmente, as atividades físicas alicerçavam-se na necessidadede sobrevivência e na expressão de costumes e culturas dos povos antigos, de forma que o acervo motor dos nossos ancestrais era composto das atividades corriqueiras de caça, pesca, perseguições e fugas, danças e representações culturais, sem que houvesse regras rígidas para que elas acontecessem (DE ROSE JUNIOR, 2006). A fonte dos esportes coletivos são os jogos com bola, cujos primeiros registros encontrados foram os das civilizações centroamericanas, orientais e indígenas da América do Sul, além da civilização grega. Nas culturas orientais, os registros indicam que o tsu-Chu, na China, era um jogo cujo objetivo era lançar a bola para além de dois paus enterrados no solo. No Japão, no século X a.C., há registros de um jogo que seria o precursor do futebol, devido às características semelhantes com o esporte tal qual conhecemos atualmente. Esse precursor do futebol era denominado kemari, no qual os jogadores chutavam uma bola pequena. A história do século VII a.C., há um jogo chamado pok a tok, praticado pelas sociedades pré-colombianas dos maias, incas e astecas e que guarda semelhanças com o atual basquetebol. No jogo, havia um aro em pedra, suspenso a 3 ou 4 metros de altura, paralelamente a uma parede. O objetivo era fazer a bola entrar pelo orifício do aro, sem o auxílio de pés ou mãos. Na Grécia antiga, também há registros de jogos com bola, praticados em homenagens aos deuses, precursores do rúgbi e do voleibol (BAYER, 1994). A civilização árabe jogava o koura, as tribos da América do Norte praticavam o skinny, e os abexins (residentes da Abissínia, que, atualmente, corresponde à Etiópia) dedicavam-se ao jogo de malha, antepassado do lacrosse da Idade Média e do hóquei que conhecemos hoje. Na Idade Média, praticou-se o soule, considerado um antecedente do futebol (na Itália, era chamado de cálcio) (DE ROSE JUNIOR, 2006), o qual, na França, era jogado no gelo sobre patins, substituindo-se a bola pela patela, uma espécie de precursor do hóquei no gelo (BAYER, 1994). No mesmo período, principalmente na Europa, o polo a cavalo era uma modalidade esportiva comum nos momentos de lazer dos cavaleiros, bem como as corridas, lutas e esgrima. A partir do século XVIII, com a Revolução Industrial na Inglaterra, os esportes foram sendo estruturados até que alguns jogos regulamentados se tornaram as modalidades esportivas coletivas que conhecemos hoje, tais como futebol, críquete e rúgbi. Independentemente da época, da civilização e da forma como eram praticadas essas atividades entendidas como ancestrais dos esportes coletivos, podem-se observar os seguintes pontos em comum: a. bola (ou um objeto esférico feito por diversos materiais como: (a) resina negra, um antepassado da borracha, usada pelas civilizações astecas; (b) fibras de palmeira entrelaçadas, para os árabes; (c) couro, para os chineses; (d) madeira; (e) bexiga cheia de feno, ar, cinzas ou estofada; (f) e, até mesmo, cocos eram usados na Malásia. No século XIX, verificou-se a aparição da bexiga de porco, revestida com uma capa de couro, usada como bola a ser lançada pelo jogador com a mão, pé ou um instrumento); b. terreno demarcado, para limitar a atuação dos jogadores; c. alvo para atacar ou defender (círculos, espaço entre dois paus, como se fosse um gol, parede, limite traçado no solo, dentre outros); 7WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA d. parceiros que ajudam na progressão da bola com as diferentes partes do corpo (time); e. adversários a serem vencidos; f. regras a serem respeitadas, a variar de jogo para jogo e de localidade para localidade, já que, inicialmente, não havia estruturação universal das modalidades. A organização dos esportes coletivos se deu pela ação de professores ingleses, os quais participavam das competições juntamente com seus alunos para garantir que os jogos tivessem caráter educativo e não terminassem em violência. O pedagogo que formou as primeiras equipes e estruturou as primeiras federações esportivas (1823, de rúgbi, e 1863, de futebol) foi Thomas Arnold. Os Jogos Olímpicos foram reativados em 1896, quando o esporte passou a ter maior importância na cultura e nas sociedades; contudo, as modalidades coletivas somente foram incluídas dentre os esportes olímpicos oficiais a partir das Olimpíadas de Paris, em 1900. Em um breve retrospecto histórico, as modalidades coletivas que foram incluídas dentre os esportes olímpicos oficiais foram: críquete, futebol, rúgbi, polo e polo aquático (1900); basquetebol masculino (como demonstração) e lacrosse masculino (1904); hóquei masculino na grama (1908); basquetebol masculino (oficialmente) e handebol masculino (como demonstração) (1936); voleibol masculino e feminino (1964); handebol masculino (oficialmente, em 1972); basquetebol e handebol femininos (1976); hóquei na grama feminino (1980); basebol (1992) e, por fim, futebol feminino, softbol e voleibol de praia masculino e feminino (1996) (DE ROSE JUNIOR, 2006). 1.1 Histórico do Voleibol O voleibol é a adaptação americana de um jogo italiano difundido nos países latinos na Idade Média, entre os séculos V a XV. Em 1883, o esporte foi levado à Alemanha, onde ficou conhecido como faust-ball e, em 1885, chegou à América (BIZZOCCHI, 2004). O faust-ball era jogado por equipes de duas a nove pessoas, que devolviam a bola para o campo adversário por sobre uma rede, utilizando-se dos punhos (daí o nome, porque faust é palavra alemã que, em português, significa punho). Segundo a regra inicial, a bola poderia tocar o chão duas vezes antes de ser golpeada. Até o final do século XIX, as práticas esportivas eram realizadas pelos norte-americanos de acordo com as estações do ano: na primavera, praticava-se basebol; no outono, futebol americano; e, nos dias frios de inverno, as pessoas recolhiam-se nos ginásios fechados para sessões de ginástica (BIZZOCCHI, 2004). Para entreter os atletas no período em que a neve impedia a prática de esportes ao ar livre, a Associação Cristã de Moços, criada em 1891, em Springsfield, Massachussetts, desenvolveu o basquetebol, popularizado rapidamente nos Estados Unidos. Em 1895, William George Morgan, um atleta de futebol americano que integrava a Associação Cristã de Moços, começou a elaborar um jogo que fosse menos vigoroso que o basquetebol e mais recreativo que a ginástica, baseado no basquetebol e no tênis, a ser chamado de minonette. Esse jogo possuía 10 regras básicas e tinha uma rede de tênis elevada a aproximadamente 1,98m (um pouco acima da cabeça de um homem de estatura normal), utilizando-se a câmara da bola de basquete como um novo elemento do jogo criado. 8WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA O minonette foi bem aceito pelos alunos, que sugeriram algumas alterações, especialmente no tocante ao peso da bola (a câmara da bola de basquetebol era muito leve, e a bola de basquetebol era muito pesada), tendo sido desenvolvida pela empresa A.G. Spalding & Brothers uma bola especial, com peso intermediário, semelhante à utilizada hoje no voleibol (BIZZOCCHI, 2004). Com a adesão à nova modalidade recreativa, em 1886, o nome minonette foi alterado para voleibol, porque a bola permanecia em constante voleio sobre a rede. Porém, o basquetebol ainda era a preferência nacional, ressaltando-se que, até 1915, o voleibol foi pouco difundido nos Estados Unidos. O processo de desenvolvimento do voleibol foi lento. Somente a partir de 1915, a prática de voleibol passou a ser recomendada aos programas de educação física das escolas norte- americanas. Em 1922, foi realizado o primeiro campeonato nacional de voleibol, reunindo 27 núcleos da Associação Cristã de Moços de 11 estados norte-americanos. Mais tarde, em 1928, foi fundada a Associação de Voleibol dos Estados Unidos(USVBA), que promoveu torneios em diferentes níveis e cujo primeiro presidente foi George J. Fisher, ocupante do cargo por 24 anos. Em 1946, o voleibol foi considerado o quinto esporte mais praticado dos Estados Unidos pela Associação Nacional de Recreação. O voleibol começou a ser difundido internacionalmente quando a Associação Cristã de Moços se estabeleceu em núcleos fora dos Estados Unidos (Canadá – 1900; Cuba – 1905; Filipinas – 1908; Peru – 1910; Uruguai e Argentina, China, Japão e Porto Rico – 1912; Brasil – 1915; Europa – 1916 e México – 1917). No contexto mundial, até a Segunda Guerra, o voleibol era rotulado como um esporte recreativo, praticado por mulheres e pessoas de meia idade (afinal, a proposta inicial, assim que se criou a modalidade, era a de ser justamente um esporte menos vigoroso que o basquete e mais recreativo que a ginástica). Como o voleibol era uma prática comum entre os soldados norte- americanos, o mundo passou a enxergá-lo como um esporte vigoroso e dinâmico, adequado também para homens fortes (BIZZOCCHI, 2004). Com o início das disputas intercontinentais, reforçou-se a ideia de que, para jogar vôlei, eram necessárias condições técnicas, táticas e físicas bastante apuradas, o que contribuiu para a ascensão da modalidade. A Confederação Sul-Americana de Voleibol foi fundada em 12 de fevereiro de 1946, com sede inicialmente no Brasil, presidida por Célio Negreiros de Barros. A partir de 1960, a cada biênio, a sede e a presidência passaram a ser alteradas, seguindo-se um sistema de rodízio. O voleibol foi introduzido nos Jogos Pan-Americanos de 1955, no México. Nos anos de 1960, a modalidade foi considerada a mais popular em 25 países, atingindo o patamar de terceiro esporte coletivo mais praticado do mundo. Em 1962, o Comitê Olímpico Internacional aceitou o voleibol como esporte olímpico e, nos Jogos Olímpicos de 1964, realizados em Tóquio, o voleibol masculino e feminino foi incluído no programa oficial. A partir desse marco histórico, o vôlei começou a lotar os ginásios, despertando o interesse dos patrocinadores e investidores. Em 1990, foi disputada a primeira Liga Mundial de Voleibol (BIZZOCCHI, 2004). 1.2 Histórico do Basquetebol Como já mencionado anteriormente, até o final do século XIX, as práticas esportivas eram realizadas pelos norte-americanos de acordo com as estações do ano e, no inverno rigoroso, oferecia-se aos alunos apenas a modalidade de ginástica calistênica, o que acabou fazendo com que muitos alunos abandonassem as aulas de educação física no período. O basquetebol surgiu como alternativa para os períodos de inverno, já que a quadra em que se praticava a modalidade era um ambiente fechado e coberto, o que afastava a desmotivação que as baixas temperaturas provocavam nos alunos (DE ROSE JUNIOR, 2006). 9WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA O criador do basquetebol foi o canadense James Naismith, professor da Associação Cristã de Moços de Springsfield, Massachussetts, nos Estados Unidos, em 1981. Rapidamente, a modalidade se popularizou no país e no mundo. A evolução do esporte se deu a partir de uma relação direta entre as modificações das regras e a necessidade de se atender à dinâmica do jogo nos aspectos físicos, técnicos e táticos. A relação entre esses fatores faz do basquetebol um esporte complexo, que exige do praticante um desenvolvimento cognitivo apurado para entender à dinâmica específica da modalidade e tomar decisões muito rápidas frente às exigências do jogo (FERREIRA; DE ROSE JR., 2003). O basquetebol masculino foi incluído nos Jogos Olímpicos de 1904 como demonstração e oficializou-se nas Olimpíadas de 1936. Os campeonatos mundiais começaram a ser disputados em 1951, e o basquetebol universitário norte-americano, seguido pelas ligas profissionais masculinas e femininas (NBA e WNBA), contribuíram para a disseminação do esporte no mundo. A fim de aperfeiçoar o jogo em seus aspectos físicos, técnicos e táticos, as regras da modalidade sofreram muitas alterações ao longo do tempo até chegarem às que conhecemos atualmente. Hoje em dia, a modalidade conta com 8 regras divididas em 58 artigos e inúmeros parágrafos, sendo as mais complexas dentre as modalidades esportivas coletivas. Inicialmente, o basquetebol teve grande influência do futebol americano, do futebol e do rúgbi. Em 1897, passou a ser jogado com cinco jogadores em cada equipe (dois armadores – um fixo e um móvel –, dois laterais – um fixo e um móvel –, e um pivô). Até 1924, o lance livre era executado somente por um jogador designado pela equipe (geralmente, era o lateral móvel). A partir de 1924, criou-se a regra do lance livre executado pelo jogador que recebia a falta. Em 1932, entrou em vigor a regra dos três segundos, que limitava a ação dos atacantes na área restritiva. Um ponto interessante de alteração na regra da modalidade foi a introdução do fundo- bola após a cesta, a partir de meados da década de 1930. Até as Olimpíadas de 1936, após cada cesta, o jogo era reiniciado com a bola ao alto no centro da quadra, o que tornava o jogo muito truncado. A modificação trouxe mais agilidade ao jogo e alterou a tática das equipes, que, logo após a cesta, tinham que se organizar defensivamente para não serem surpreendidas com contra- ataques. Isso também aumentou consideravelmente os resultados (com a regra anterior, os jogos ficavam em torno dos 30 pontos). Outra modificação de regra interessante se deu na década de 1950, com o aparecimento do arremesso jump, que é, até hoje, um dos arremessos mais executados nas partidas de basquetebol por suas características de velocidade e precisão, partindo-se de um salto que dificulta a ação defensiva. A cesta de três pontos foi regra introduzida em meados da década de 1980, que, originalmente, visava a dar certa vantagem aos jogadores de menor estatura, os quais tinham mais dificuldade de adentrar a área restritiva. Atualmente, essa regra favorece a todos os jogadores, independentemente de estatura. Há que se falar, também, da evolução na tecnologia dos equipamentos do basquetebol. As tabelas, que passaram da madeira à tela, vidro, acrílico, até o material altamente resistente que é utilizado hoje. Igualmente, o aro é atualmente confeccionado com molas de alta pressão, resistente à força dos jogadores e à violência das enterradas. A bola, que, inicialmente, era a de futebol, foi aperfeiçoada para um material ao mesmo tempo resistente e suave, facilitando a empunhadura dos jogadores e a precisão dos movimentos de passes e arremessos. O sistema de cronometragem também evoluiu para um sistema sincronizado computadorizado acoplado à televisão e aos computadores que registram os dados estatísticos dos jogos, além da existência de sistemas de vídeos que permitem a observação de lances duvidosos e a reavaliação da decisão da arbitragem (isso é permitido nos jogos da NBA) (FERREIRA; DE ROSE JR., 2003). 10WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 1.3 Histórico do Handebol O handebol, como um esporte competitivo tal como conhecido atualmente, foi desenvolvido na Alemanha, por Karl Schelenz, em 1919. Antes disso, há registros históricos de jogos semelhantes ao handebol na Grécia Antiga (jogo de urânia, em que se utilizava uma bola do tamanho de uma maçã com as mãos e sem balizas, segundo narra Homero, na Odisseia) e no Império Romano (jogo praticado com as mãos, chamado hasparton). As pesquisas arqueológicas relatam, ainda, a prática de phenide e de ludere raptum, que consistiam na tentativa de arremessar a bola e desequilibrar o jogador ou tentar tomar-lhe a bola (DE ROSE JUNIOR, 2006). Na Idade Média, eram comuns os jogos com bola serem praticados com as mãos por homens e mulheres. Em 1898, o professor dinamarquêsHolger Nielsen criou, no Instituto de Ortrup, um jogo chamado handbold, praticado por equipes com 7 jogadores. Na mesma época, os tchecos praticavam um jogo semelhante denominado hazena, cujo principal objetivo era manejar a bola e marcar gols. Na Irlanda, havia um jogo similar e, no Uruguai, o sallon, sendo todos eles considerados precursores do handebol. Também há registros de um jogo praticado na China, chamado kemari, cujo objetivo era levar uma bola de couro cheia de pelos de animais até o campo adversário sem deixá-la cair, o que pode ser considerado uma das origens primitivas do handebol (SIMÕES, 2002). No início do século XX, era comum a prática pelas mulheres de um jogo denominado torball. O esporte se desenvolveu no período da I Guerra Mundial (1914 a 1918), até que a designação torball foi substituída por handball pelo alemão Karl Schelenz, em 1919 (DE ROSE JR., 2006). O handebol surgiu como uma combinação de vários tipos de jogos populares de fácil aceitação e assimilação de movimentos, utilizando-se a corrida, o salto, o bloqueio e o arremesso como capacidades coordenativas e condicionantes para a prática da modalidade (SIMÕES, 2006). Em 1920, o esporte se tornou modalidade oficial nas escolas da Alemanha e, em 1925, aconteceu o primeiro jogo internacional de handebol entre Alemanha e Áustria. Em 1934, o Comitê Olímpico Internacional (COI) admitiu o handebol como demonstração para as Olimpíadas de 1936, sediadas na Alemanha. Dois anos depois, em 1938, foi disputado o primeiro campeonato mundial de handebol na Alemanha. Após a II Guerra Mundial, o handebol ganhou mais força e foi fundada a Federação Internacional de Handebol (1946). Desde 1972, o handebol masculino é modalidade olímpica oficial (o handebol feminino o é desde 1976) (SIMÕES, 2002). Importante mencionar que, inicialmente, o handebol era praticado no campo e no salão. Foi somente a partir de 1966 que o esporte passou a ser praticado somente em salão, extinguindo- se a modalidade em gramado. No Brasil, a partir da década de 1960, o handebol saiu da esfera geográfica de São Paulo e passou a ser ensinado nas escolas de todo o País. Em 1971, o Ministério da Educação incluiu o handebol entre as modalidades dos Jogos Estudantis e Universitários Brasileiros (JEB´s e JUB´s). Isso favoreceu a disseminação do esporte pelo território nacional. A Confederação Brasileira de Handebol foi criada em 1979, o que fortaleceu a estruturação e organização da modalidade esportiva no País. 11WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 1.4 Análise Estrutural dos Esportes Coletivos 1.4.1 Análise das diferentes constantes Em todas as modalidades esportivas coletivas, alguns elementos, objetos ou, até mesmo, conceitos de jogo são comumente observados em vários (senão em todos os) esportes. Um exemplo disso é o fato de que, não raras vezes, podemos observar praticantes hábeis em um esporte que naturalmente têm sucesso em diversas modalidades esportivas, mesmo sem necessariamente as terem praticado. Há, portanto, algumas constantes que são comuns a diferentes modalidades esportivas coletivas, aproximando-as. Dentre tais constantes, citemos: 1.4.1.1 A bola A bola representa um objeto misterioso e impressionante que oferece experiências singulares aos praticantes de modalidades esportivas coletivas diversas, tornando-as experiências únicas, lúdicas e envolventes. Dentre tais experiências, cite-se o cativar de uma criança à sua necessidade de movimento ou, ainda, o catalisar da motricidade de um jovem praticante, incitando-o a agir, correr, saltar, driblar, fintar, chutar, arremessar, defender etc. Esse objeto esférico (ou, até mesmo, ovalado, como no caso do rúgbi) que por vezes se oferece e por vezes foge do praticante, pode ser manipulado, agarrado, apanhado, lançado por ele, possibilitando-lhe diversas configurações de movimentos e interações com sua bola (BAYER, 1994). 1.4.1.2 A área de jogo Espaço fechado, neutro e institucionalizado, a área de jogo é o local onde duas equipes se confrontam durante um jogo. Suas dimensões são rigorosas e precisas, padronizadas de maneira idêntica em todos os locais de disputa. Possui linhas traçadas sobre o solo, que propõem os limites autorizáveis à atuação de cada jogador. Os jogadores compartilham esse espaço com seus colegas de equipe bem como com seus adversários, buscando conquistar o campo adversário ou a defesa de seu próprio campo. Especialmente no caso do voleibol, a rede separa os dois campos, configurando-se como uma fronteira entre as equipes, de modo que as conquistas e defesas do território se dão por meio da bola, a qual deverá tocar o terreno adversário (DE ROSE JR., 2006). Em todas as áreas de jogo em que são disputadas as modalidades esportivas coletivas, existem zonas fixas de jogo e zonas variáveis. As zonas fixas são representadas de três formas distintas: a) interditadas: como nos casos de zonas em que o jogador não pode permanecer, como a zona de 6 metros no handebol, a rede de vôlei (zona vertical) e o garrafão no jogo de basquete (em que sua permanência é limitada a 3 segundos). b) zonas que devem ser alcançadas, como o caso da linha final no jogo de rúgbi. c) zonas no interior das quais os jogadores estão sujeitos a certas regras, como é o caso da zona de 6 metros do handebol (onde somente o goleiro pode jogar) ou, ainda, a linha de 3 metros do voleibol (onde os jogadores de defesa têm restrições para o ataque). 12WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Por outro lado, as zonas variáveis estão relacionadas aos espaços livres encontrados no campo de jogo (quando em situações ofensivas) e à ocupação desses espaços livres (quando em situações defensivas), que vão se modificando com a dinâmica da partida. Em situações ofensivas, os atacantes buscam as áreas livres visando ao melhor posicionamento e objetivo final (gol ou ponto). Em situações defensivas, os jogadores buscam vigiar e ocupar os espaços ao máximo, para que os jogadores adversários não tenham sucesso na conquista de seu objetivo (gol ou ponto) (BAYER, 1994). 1.4.1.3 As balizas Para que uma equipe vença a adversária, a vencedora deverá marcar mais pontos, o que sugere que deverá levar a bola ao alvo por mais vezes que seu adversário o fez. A natureza do objetivo varia em função do esporte: no voleibol, o próprio terreno é o alvo da equipe; no basquetebol, o objetivo é um material fixo (cesto), onde a bola deve fazer-se penetrar verticalmente de cima para baixo; no handebol e no futebol, a bola deve adentrar as balizas retangulares situadas nas extremidades do campo de jogo (BAYER, 1994). 1.4.1.4 As regras A estruturação de uma modalidade passa por um necessário código de regras a serem seguidas. Cada modalidade esportiva coletiva torna-se institucionalizada para todos os seus praticantes. Trata-se de regras relacionadas à circunferência, peso e material da bola, maneiras de jogá-la ou manipulá-la, a conduta dos jogadores, a dimensão do campo, a duração dos jogos e as sanções arbitrais. 1.4.1.5 Os companheiros Quando os praticantes jogam com outros praticantes em função de um objetivo comum, eles estão exercendo o princípio da cooperação. Durante o processo de aprendizagem dos esportes, os companheiros realizam diferentes interações tendo em vista não somente seu desenvolvimento motor, mas também o cognitivo. À medida que os praticantes adquirem mais experiência, as interações sociais e o valor dos conceitos de coesão de grupo tornam-se mais evidentes e mais efetivos. Um exemplo que ilustra isso bem são as primeiras experiências de aprendizagem de uma modalidade esportiva coletiva, quando o único objetivo do jovem praticante parece ser manter a permanência da posse de bola. Com o passar do tempo,no entanto, a posse de bola deixa de ser o objetivo fundamental do jogador (BAYER, 1994). 1.4.1.6 Os adversários Considerando que um jogo compreende a relação de forças entre duas equipes, duas forças podem aí atuar: as forças ofensivas, que buscam alcançar uma imposição tática a seu favor visando à obtenção de pontos, e as forças defensivas, que visam a manter o equilíbrio, não permitindo que a equipe que está atacando marque pontos e obtenha sucesso em suas ações. Tais relações de oposição, que, muitas vezes, são saturadas pelo elemento agressividade, fazem com que se veja o adversário, muitas vezes, como um rival (BAYER, 1994). 13WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 1.5 Princípios Operacionais Defensivos Pode-se dizer que o princípio defensivo de uma equipe tem seu início durante a realização de seu próprio ataque. A necessidade de garantir um equilíbrio ofensivo (relação de proporcionalidade entre jogadores atacantes e defensores na mesma equipe) e a previsão das respostas do adversário constituem-se em formas preventivas de ação. E assim ocorre para que a equipe não caia em uma situação de inferioridade operacional logo que perca a posse de bola (DE ROSE JR, 2006). Contudo, logo após a perda da posse de bola ou, até mesmo, após a passagem da bola para o lado da quadra da equipe adversária (como no caso do voleibol), aplicam-se três princípios operacionais defensivos, determinantes para que a equipe defensora tenha êxito em sua ação de não permitir que a equipe adversária tenha sucesso. Tais princípios são: recuperar a bola; dificultar a progressão do adversário para o alvo a ser defendido; e proteger o alvo (cesta ou gol) ou o campo (quadra) (BAYER, 1994). De acordo com o sistema tático utilizado, as intenções defensivas empreendidas por uma equipe podem ser diferentes (BAYER, 1994). Quanto às ações individuais, os marcadores podem realizar quatro procedimentos defensivos: a) interceptar a bola em situações de trocas imprecisas de passes entre dois atacantes. b) tirar (recuperar ou roubar) a bola dos pés ou das mãos do adversário, respeitando-se os limites determinados palas regras da modalidade. c) retardar os movimentos dos atacantes em direção ao alvo (gol, cesta ou quadra), não deixando espaços livres em quadra, especialmente, nas zonas que oferecem maior risco (à frente da área, como no caso do handebol, ou dentro do garrafão, como no caso do basquete), perseguindo adversários que efetuaram dribles, fintas e/ou demais movimentações, desviando a trajetória do adversário para espaços onde as ações ofensivas ofereçam menos riscos, ou, ainda, bloqueando o deslocamento dos atacantes por meio do contato corporal (conforme regras de algumas modalidades nas quais o contato físico é permitido). d) proteger a maior área da sua quadra de defesa, utilizando-se de partes do corpo (como no caso das ações de bloqueio no voleibol, que reduzem o campo de ataque em uma ação ofensiva da equipe adversária) (DE ROSE JR., 2006). Sistemas defensivos por zona privilegiam o elemento bola, ao passo que sistemas defensivos individuais preconizam uma defesa centrada essencialmente no jogador adversário, quer seja ele portador da bola ou não. Independentemente da utilização dos sistemas defensivos por zona, individuais, ou, ainda, combinados (quando a equipe utiliza os dois sistemas simultaneamente), o conceito “marcação” representa uma regra comum aos diferentes esportes coletivos. Seu objetivo principal é realizar a oposição conjunta por parte dos defensores em relação aos atacantes, por meio do posicionamento e deslocamento em quadra (campo), buscando-se incomodar ou paralisar as ações adversárias. 14WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 1.5.1 As regras de ação Para que os procedimentos defensivos possam ser realizados de maneira efetiva, três regras de ação devem ser consideradas, compreendendo atitudes de todo e qualquer defensor: 1) agir. A marcação deve ser ativa, de modo que o defensor realize a intervenção e não sofra, passivamente, as ações empreendidas pelo adversário. Portanto, o marcador não deve esperar pela falta do adversário, mas deve provocá-la por meio de uma atitude impositiva. 2) agir continuadamente. Deve-se, sempre, buscar realizar alguma ação defensiva mediante as informações percebidas por meio das ações realizadas pelo atacante. 3) ajudar. A ação da marcação, mesmo que individual, sempre está condicionada a uma ação coletiva total da equipe. Ressalte-se que os jogadores estão em conjunto e jogam com alguém, no sentido de realizarem articulações e ajustarem seu próprio comportamento às contingências de desenvolvimento do jogo (BAYER, 1994). 1.5.1.1 Agir A ação de intervenção em direção ao portador da bola visa a incomodar o atacante, impedindo-o de prosseguir em sua jogada. Quando essa intervenção é realizada dentro dos limites permitidos pela modalidade esportiva em questão, o jogador defensor inibe uma possível ação ofensiva de ataque 1 contra 1 e, ainda, impõe-se e obriga o jogador atacante a desenvolver sua ação em condições difíceis. Bayer (1994) mostra esquematicamente as diferentes intenções táticas de defesa que podem ocorrer durante o jogo. Figura 1 – As diferentes intenções táticas da defesa. Fonte: Bayer (1994). Na Figura 1, notam-se três formas de agir mediante uma situação ofensiva. Em relação aos passes realizados, o jogador defensor pode observar momentaneamente a movimentação dos jogadores da equipe adversária (dois ou mais jogadores). Em face da “leitura” e observação da movimentação tática da equipe adversária, o jogador defensor deve se movimentar rapidamente, interpondo-se entre as trajetórias de passe, objetivando a interceptação. Por outro lado, mesmo que a interceptação não seja realizada, caso o jogador defensor se posicione diante da trajetória da bola, os jogadores atacantes se sentirão dissuadidos de realizarem um passe, pois, caso o façam, arriscar-se-ão a perder a posse de bola. 15WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Na situação em que o jogador atacante está com a posse de bola, o marcador tem duas opções: (i) pressionar incisivamente o atacante, buscando a roubada de bola, forçando-o a passar a bola para outro jogador; (ii) ou, ainda, controlar a distância, de modo que o atacante não tenha a oportunidade de efetuar um drible e, assim, alcançar situação de vantagem numérica. Ambos os casos (pressionar ou controlar a distância) devem ser ponderados em cada contexto no qual ocorre a situação defensiva. Em situações nas quais a equipe defensiva já está em inferioridade numérica, pressionar o adversário pode implicar um drible ou passe por parte do atacante, o que resultaria em maior avanço em relação à meta defendida. Por sua vez, controlar a distância poderia ser estratégia mais efetiva, visto que proporcionaria mais tempo para que a equipe que está realizando a ação de defesa se equilibre defensivamente, com vistas a evitar ponto ou gol. Considerando que os sistemas defensivos são compostos por dois ou mais jogadores (dependendo da modalidade em questão), a ação coletiva de cobrir o companheiro pode ser uma estratégia necessária quando o jogador de ataque efetua um drible em um dos jogadores defensores. Em certas circunstâncias, a equipe que está atacando pode ser composta por jogadores muito habilidosos. Nesse caso, a equipe defensora necessitará dobrar a marcação para que a ação defensiva de pressionar ou controlar a distância seja mais efetiva. É importante frisar que tanto a ação de cobrir quanto a de dobrar a marcação podem resultar em desvantagem numérica para o sistema defensivo. Contudo, em alguns casos, é aúnica estratégia coletiva disponível para o momento. 1.5.1.2 Agir continuamente Para Bayer (1994), o ato de agir continuamente se refere a sempre buscar formas de atuar ativamente no jogo. Estar atento e disponível é imprescindível para o sucesso das ações defensivas. Considerando que as ações dos jogos coletivos se realizam, na maioria das vezes, por mais de uma dezena de jogadores envolvidos na mesma ação tática, a atenção é aspecto determinante na “leitura” dos momentos do jogo e no sucesso de uma ação defensiva (WEINBERG; GOULD, 2001). A atenção está relacionada a uma orientação e aplicação do ser humano centrado sobre suas próprias ações e sobre o mundo que o rodeia (BAYER, 1994). Nos esportes coletivos, é muito comum observarmos jogadores que, em alguns momentos, estão totalmente atentos ao jogo, ao passo que, em outros momentos, encontram-se totalmente dispersos. Em geral, na maior parte das ações ofensivas ou quando se tem a posse de bola, os jogadores ficam atentos (justamente pelo fato da busca pelo gol e da motivação em estar conduzindo o objeto de jogo). Uma metodologia difundida atualmente para aprimorar a capacidade de agir defensivamente é a estrutura funcional do jogo (GRECO, 1998). Esse método preconiza situações de jogo em que os processos de tomada de decisão se tornam facilitados, melhorando a criatividade, raciocínio e processamento da informação. Situações de 1x1 (um atacante contra um defensor), 2x2, 2x1, 3x2, 3x3, dentre outras, adaptam os níveis de dificuldade e complexidade das atividades. 16WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Contudo, em momento posterior, em que a equipe perde a posse de bola, os jogadores, muitas vezes, reduzem seus níveis de atenção em virtude da desmotivação momentânea. Em comparação aos jogadores menos experientes, há uma tendência de que os jogadores mais experientes se dispersem menos durante uma partida, o que ocorre não somente por conta da própria experiência na modalidade, mas, também, pelo fato de que os jogadores menos experientes ou mais jovens estão envolvidos por estímulos novos para eles. Visando a esse agir contínuo e atento, sugerem-se algumas diretrizes aos esportistas (BAYER, 1994): - estar sempre atento e continuamente concentrado, presente em todas as situações de jogo. - buscar boa capacidade técnica para concentrar sua atenção sobre as situações de jogo. - conduzir a atenção a aspectos essenciais do jogo, evitando-se dispersão por agentes externos (torcida, músicas), tudo objetivando a melhor discriminação das situações de jogo. 1.5.1.3 Ajuda Em uma ação defensiva, no processo de recuperação da posse de bola, embora o primeiro aspecto considerado pelo defensor esteja calcado na relação “jogar contra” (no sentido de o defensor jogar contra o atacante), não se deve deixar de lado outra atitude igualmente importante do ponto de vista tático, que é o “jogar com” (no sentido de que o defensor possui outros também defensores da mesma equipe, os quais podem auxiliá-lo durante o jogo). Toda forma de defesa, mesmo que uma marcação individual ou por zona, deve ser coletiva. Desde o momento em que o defensor atua na marcação, colocando o atacante em dificuldade, ele auxilia todo o sistema defensivo, pois os passes da equipe adversária ficam prejudicados e incertos, o que facilita a interceptação e a recuperação da bola. Ademais, uma boa ação defensiva acaba por diminuir a velocidade da ação ofensiva, tornando mais fácil uma possível intervenção dos outros defensores dentro de uma mesma situação de jogo. 1.6 Princípios Operacionais Ofensivos Uma ação ofensiva pode ter seu início em diferentes circunstâncias, tais como a perda de bola pela equipe adversária, a falta de ataque ou, até mesmo, um gol ou ponto marcado pelos jogadores da outra equipe. No entanto, após o início da ação ofensiva, a equipe que está com a posse de bola deve se preocupar em adotar alguns princípios: - conservação da posse de bola. - progressão para o alvo (gol, cesta ou quadra) adversário. - realização do ponto. Durante a aplicação desses três princípios, o jogador, sendo ele portador da bola ou não, deve levar em consideração estes elementos: posição da bola (o jogador sem a bola nunca deve estar na mesma posição da bola); busca de os espaços livres dentro da quadra; observação da posição dos companheiros de equipe; e objetivo de ataque (cesta, gol ou quadra adversária) (BAYER, 1994). 17WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 1.6.1 Desmarcação Dois problemas fundamentais devem ser resolvidos dentro da dinâmica de desmarcação desenvolvida durante um jogo. Primeiramente, o portador da bola deve se desvencilhar do adversário que o marca, ao passo que o não portador da bola deve se posicionar oportunamente no campo de jogo, com vistas a facilitar a troca de passes, à manutenção da bola e à progressão ofensiva da equipe (DE ROSE JR., 2006). 1.6.2 Posicionamento em quadra e a busca por espaços livres Em muitas situações de jogo, desde a iniciação até às fases de especialização, um problema comumente encontrado reside na dificuldade que os praticantes têm em se posicionar corretamente com vistas a buscar espaços livres para a recepção da bola e participação ativa no jogo. Bayer (1985) aponta que, na relação entre atacante portador da bola e marcador, existe um alinhamento (virtual) concebido como uma área em que as trocas de passe são inviáveis. Dessa forma, o passe para o companheiro somente se tornará possível se o jogador que busca receber a bola se afastar desse alinhamento (zona de intervenção) para estar apto a receber a bola. Para que isso ocorra, o não portador da bola nunca deve se conservar imóvel, estando sempre em uma região favorável para a recepção da bola. Para abordar esse aspecto, seja em uma aula de educação física seja em um treinamento desportivo, o professor poderá trabalhar tanto com situações reduzidas quanto com pequenos jogos. Inicialmente, situações com 2 atacantes e 1 defensor facilitam o processo de tomada de decisão (Figura 2), ao passo que situações mais complexas, contendo 3 atacantes e 2 defensores (Figura 3) ou, ainda, 2 atacantes e 2 defensores, exigirão maior habilidade por parte dos praticantes. Em uma perspectiva tática coletiva, a desmarcação está relacionada à movimentação do jogador no sentido de fugir das possibilidades de intervenção dos defensores. Ao mesmo tempo, o jogador busca estar acessível para receber a bola do colega de equipe, participando, assim, do processo de conservação e progressão da bola na busca pelo ponto ou gol. Já a desmarcação individual está relacionada a realizar o drible (ultrapassagem) sobre seu marcador para que, coletivamente, tenha superioridade numérica, o que facilitará a conclusão do ataque. 18WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Figura 2 – Ilustração de situação de ataque com dois atacantes (A e A’) contra um defensor (D). Fonte: Adaptado de Bayer (1994). Figura 3 – Ilustração de situação de ataque com três atacantes (A, A’ e A’’) contra um defensor (D e D’). Fonte: Adap- tado de Bayer (1994). O voleibol possui uma particularidade em relação à organização dos jogadores no espaço (quadra). A utilização dos espaços livres não está relacionada somente com o próprio campo (situar-se em relação aos companheiros), mas também em relação ao campo de jogo adversário (posicionamento dos adversários). Portanto, embora a separação das quadras pela rede implique o fato de que a equipe atacante não sofrerá perturbação imediata pelos jogadores defensores, a capacidade de ocupação de espaço (organização espaço-temporal) também é extremamente relevante para esse tipo deesporte, em que não se permitem invasões de quadra. 1.6.3 A ajuda Ao longo dos tópicos apresentados nesta unidade, foi possível observar que, nas modalidades esportivas coletivas, o ato de jogar coletivamente e auxiliar o companheiro no desenvolvimento das ações ofensivas é de suma importância ao sucesso tático da equipe. Dentre as diversas formas coletivas de ajuda, pode-se citar: (i) a execução de um bom passe, a facilitar o trabalho do receptor da bola; (ii) uma desmarcação efetiva para permitir ao colega de equipe a realização de um passe em condições seguras; (iii) diversas movimentações no campo de jogo com o objetivo de fragilizar o sistema defensivo da equipe adversária; e (iv) ajuda corporal, representada pelas cortinas e bloqueios (BAYER, 1994). 19WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA A Figura 4 ilustra as relações de cortina e bloqueio. Note que, na relação de cortina, o jogador “A” impede que o defensor “D” consiga atacar o portador da bola “A”, enquanto, no bloqueio, o jogador “A” interrompe a passagem do jogador “D”, facilitando a ultrapassagem do jogador “A”. Nas modalidades esportivas de basquetebol e handebol, ambas as estratégias são muito utilizadas no sentido de facilitar os dribles em progressão ao alvo (cesta ou o gol). Figura 4 – Ilustração de simulações ofensivas de cortina e bloqueio. Fonte: Bayer (1994). Face ao apresentado acerca dos princípios operacionais ofensivos e defensivos, a Figura 5 sintetiza as relações entre o paradigma ataque e defesa. Vale destacar que ambas as situações ocorrem dentro de uma partida em uma perspectiva de fluência de modo que, em alguns momentos, a equipe está com a posse de bola e realizando o ataque e, em momento posterior, está em situação defensiva. Compreender que as duas situações surgem dentro de um continuum dinâmico e, na maior parte das vezes, imprevisível (exceto para o caso do vôlei, em que se tem a opção de trabalhar a bola em campo próprio antes de passá-la) é o grande desafio de professores e treinadores para o processo de ensino-aprendizagem dos aspectos táticos para as modalidades esportivas coletivas. Figura 5 – Princípios gerais das modalidades esportivas coletivas. Fonte: Bayer (1994). 20WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Sugere-se a leitura da obra Iniciação esportiva universal: metodologia da iniciação esportiva na escola e no clube, de Pablo Juan Greco. 2121WWW.UNINGA.BR U N I D A D E 02 SUMÁRIO DA UNIDADE INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................23 1. REGRAS DE JOGO ....................................................................................................................................................24 1.1 ÁREA DE JOGO ........................................................................................................................................................24 1.1.1. REDE, POSTES E BOLA .......................................................................................................................................25 1.1.2. EQUIPES ..............................................................................................................................................................25 1.1.3. RESPONSÁVEIS PELA EQUIPE .........................................................................................................................26 1.1.4. PARA MARCAR UM PONTO, VENCER UM SET E A PARTIDA ........................................................................26 1.1.5. FORMAÇÃO INICIAL DAS EQUIPES ..................................................................................................................26 1.1.6. SITUAÇÕES DE JOGO .........................................................................................................................................27 1.1.7. TOQUES DA EQUIPE ...........................................................................................................................................27 1.1.8. BOLA E CONTATO EM RELAÇÃO À REDE ................................................................................................................. 28 1.1.9. GOLPE DE ATAQUE .............................................................................................................................................28 FUNDAMENTOS TÉCNICOS E TÁTICOS DO VOLEIBOL PROF. DR. WILLIAM FERNANDO GARCIA ENSINO A DISTÂNCIA DISCIPLINA: ESPORTES COLETIVOS I VOLEIBOL, BASQUETEBOL E HANDEBOL 22WWW.UNINGA.BR 1.1.10. BLOQUEIO ..........................................................................................................................................................28 1.1.11. O JOGADOR LÍBERO ...........................................................................................................................................28 2. A TÉCNICA DO VOLEIBOL .......................................................................................................................................29 2.1 A POSIÇÃO BÁSICA ................................................................................................................................................29 2.1.1 POSIÇÕES DE EXPECTATIVA BAIXA E MÉDIA ..................................................................................................29 2.1.2 POSIÇÃO DE EXPECTATIVA ALTA ......................................................................................................................29 3. AS MOVIMENTAÇÕES ESPECÍFICAS ....................................................................................................................29 3.1 O TOQUE POR CIMA .............................................................................................................................................. 31 3.1.1 TOQUE PARA A FRENTE ......................................................................................................................................32 3.1.2 TOQUE PARA TRÁS OU DE COSTAS ..................................................................................................................32 3.1.3 TOQUE EM SUSPENSÃO ....................................................................................................................................32 3.1.4 TOQUE LATERAL .................................................................................................................................................32 3.1.5 TOQUE COM UMA DAS MÃOS ...........................................................................................................................32 3.1.6 TOQUE SEGUIDO DE ROLAMENTO ...................................................................................................................32 3.2 A MANCHETE ........................................................................................................................................................32 3.2.1 MANCHETE ALTA ................................................................................................................................................33 3.2.2 MANCHETE INVERTIDA ....................................................................................................................................34 3.2.3 MANCHETE COM UM DOS BRAÇOS ................................................................................................................34 3.2.4 MANCHETE DE COSTAS ....................................................................................................................................34 3.2.5 MANCHETE SEGUIDA DE ROLAMENTO ..........................................................................................................343.3 O SAQUE.................................................................................................................................................................34 3.3.1 O SAQUE POR BAIXO ..........................................................................................................................................34 3.3.2 O SAQUE TIPO TÊNIS ........................................................................................................................................35 3.3.3 SAQUE FLUTUANTE E COM ROTAÇÃO ............................................................................................................36 3.3.4 O SAQUE BALANCEADO ....................................................................................................................................36 3.4 A CORTADA ............................................................................................................................................................37 3.5 O BLOQUEIO ..........................................................................................................................................................38 4 A TÁTICA DO VOLEIBOL ...........................................................................................................................................39 4.1 POSIÇÕES, SENTIDO DO RODÍZIO E LINHAS DE ...............................................................................................39 CORRESPONDÊNCIA ..................................................................................................................................................39 4.2 SISTEMAS DE RECEPÇÃO....................................................................................................................................40 4.3 SISTEMAS DE JOGO .............................................................................................................................................. 41 23WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA INTRODUÇÃO Até o final da década de 1970, o voleibol brasileiro, como esporte de alto rendimento, havia obtido resultados não expressivos, sendo esporte de pouca visibilidade para o brasileiro. A partir da década de 1980, a Geração de Prata iniciou um ciclo virtuoso de resultados expressivos para o voleibol brasileiro no cenário mundial, que culminou, em 1992, com o título masculino nos Jogos Olímpicos de Barcelona. Posteriormente a essa grande conquista, outros títulos mundiais e olímpicos continuaram a ser conquistados tanto pelas equipes masculinas como pelas equipes femininas nas quadras e areias. Em um período de aproximadamente 30 anos, o voleibol tornou-se a segunda modalidade esportiva coletiva mais importante para os brasileiros (perdendo, apenas, para o futebol), assumindo caráter de extrema importância não somente no alto nível esportivo como também nas atividades de lazer, na iniciação esportiva e na educação física escolar. Esta unidade está dividia em três blocos de conteúdo. A primeira seção traz uma descrição das principais regras do voleibol, sobretudo quando se pensa em processos de ensino- aprendizagem do voleibol como esporte educação (educação física escolar). A segunda seção trata dos fundamentos técnicos do voleibol, e a terceira seção contempla os conceitos táticos básicos. 24WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 1. REGRAS DE JOGO Em sua essência, o voleibol é um esporte jogado por duas equipes em uma quadra dividida por uma rede. Independentemente da versão de jogo adotada ou da quantidade de praticantes, o objetivo é enviar a bola, por cima da rede, de forma a fazê-la tocar parte do solo compreendido dentro da quadra adversária. Uma equipe deve impedir a adversária de realizar o mesmo intento. Cada equipe poderá usufruir de até três toques na bola (além do contato com o bloqueio) na tentativa de enviá-la ao adversário. Cada jogada se inicia com um toque inicial, realizado por um jogador (saque), o qual envia a bola por cima da rede em direção à quadra adversária. A disputa do ponto (rally) prossegue até que a bola toque o solo em área compreendida dentro da quadra de jogo, seja “enviada para fora” ou quaisquer das equipes execute uma tentativa frustrada de retornar a bola ao adversário. A equipe que vencer o rally em jogo marca um ponto, assim como obtém o direito de reiniciar o jogo com um saque. A equipe que vence o ponto no rally deve realizar o rodízio (ou rotação), em que cada jogador passa à posição seguinte em quadra, em sentido horário (ao todo, 6 posições). Posteriormente, apresentar-se-ão as principais regras do ponto de vista pedagógico, considerando a demanda com que o professor licenciado em Educação Física se depara no exercício das aulas de educação física em nível de educação básica, bem como os fundamentos para iniciação esportiva. 1.1 Área de Jogo A área de jogo compreende a quadra de jogo e a zona livre, devendo ser retangular e simétrica. A quadra de jogo é um retângulo medindo 18 metros x 9 metros, e sua superfície deve ser plana, horizontal, uniforme e não deve apresentar qualquer perigo de lesão aos jogadores. É proibido jogar sobre superfície rugosa ou escorregadia. Todas as linhas possuem largura de 5 centímetros e devem ser de cor clara, diferente da cor do piso da quadra ou de quaisquer outras linhas. Existem três classificações de linhas para as quadras de voleibol: a) linhas de delimitação da quadra de jogo, que são representadas por duas linhas laterais e duas linhas de fundo a delimitarem a quadra. b) linha central, que divide a quadra de jogo em duas quadras iguais, medindo 9 metros x 9 metros cada uma. c) linha de ataque, cuja extremidade posterior é desenhada a 3 metros de distância a partir do eixo da linha central, marcando a zona de frente. Para estudar de forma mais detalhada as regras oficiais e atualizadas do voleibol, leia o manual de Regras Oficiais de Voleibol, editado e atualizado pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). 25WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Em relação às principais zonas e áreas de jogo, destacam-se as seguintes: - Zona de frente: em cada quadra, a zona de frente é limitada pelo eixo da linha central e a extremidade posterior da linha de ataque. - Zona de saque: é uma área de 9 metros de largura, situada após cada linha de fundo. É limitada, lateralmente, por duas pequenas linhas, cada uma medindo 15 centímetros cada, traçadas a 20 centímetros após o término de cada linha de fundo no eixo de prolongamento imaginário das linhas laterais. - Zona de substituição: é delimitada pelo prolongamento imaginário de ambas as linhas de ataque até a mesa do apontador. - Zona de troca de líbero: é a parte da zona livre ao lado do banco das equipes, limitada pela extensão da linha de ataque até a linha de fundo. Não devem ser disputadas partidas em locais onde a temperatura mínima esteja abaixo de 10o C. 1.1.1. Rede, postes e bola A rede é colocada verticalmente sobre a linha central. Sua parte superior é ajustada a 2,43 metros do solo, para os homens, e 2,24 metros, para as mulheres. A rede possui 1 metro de altura por 9,5 a 10 metros de comprimento (com 25 a 50 centímetros adicionais além das faixas), sendo constituída de malhas quadradas pretas com 10 centímetros de lado. Nas partes superior e inferior da rede, haverá uma faixa horizontal de 7 e 5 centímetros de largura, respectivamente. Essa faixa consiste em uma lona branca dobrada ao meio. Duas faixas brancas são tensionadas verticalmente à rede e colocadas no prolongamento acima de cada linha lateral. Cada uma possui 5 centímetros de largura e 1 metro de altura e sãoconsideradas parte integrante da rede. Há também as antenas, representadas por varas flexíveis com 1,8 metro de comprimento e 10 milímetros de diâmetro, fabricadas em fibra de vidro ou material similar. Cada antena é amarrada de forma a tangenciar a parte externa de cada faixa lateral. As antenas são colocadas em lados opostos da rede. Os postes que sustentam a rede são colocados a uma distância de 0,5 metro a 1 metro de cada linha lateral. Possuem 2,55 metros de altura. A bola será esférica, dotada de uma capa flexível de couro ou couro sintético, além de uma câmara interior feita de borracha ou material similar. Sua circunferência será de 65 a 67 centímetros; seu peso, de 260 a 280 gramas; e sua pressão interna medirá entre 4,26 a 4,61 psi. 1.1.2. Equipes Para uma partida, a equipe pode ser composta por até 12 jogadores, além de até 3 membros na comissão técnica (1 técnico e 2 auxiliares técnicos) e 2 membros no corpo médico (um médico e um fisioterapeuta). Um dos jogadores, exceto o líbero (que não poderá ser o capitão de sua equipe), será o capitão da equipe, tendo seu nome indicado na súmula do jogo. O equipamento individual dos jogadores será composto de camiseta, calção, meias (o uniforme) e calçado esportivo. A cor e o design das camisetas, calções e meias devem ser iguais para os jogadores (exceto para o líbero). As camisetas dos jogadores serão numeradas de 1 a 20. Em situações extremas, o árbitro principal poderá autorizar os jogadores a jogar descalços, trocar o uniforme (caso esteja molhado ou danificado, desde que se conserve a mesma numeração, cor e modelo do anterior) e jogar de agasalho, caso a temperatura esteja muito baixa e todos os integrantes da equipe possuam a mesma vestimenta. 26WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Os jogadores podem utilizar óculos e lentes de contato, por sua conta e risco, bem como os aparatos de compressão estão autorizados. 1.1.3. Responsáveis pela equipe São atribuições do capitão: assinar a súmula e representar sua equipe no sorteio (antes da partida); dirigir-se ao árbitro para realização de solicitações técnicas e pedidos de autorização para diversas diligências (durante a partida); agradecer aos árbitros e assinar a súmula (após a partida). São atribuições do técnico: indicar a formação inicial de jogo, jogadores-reserva e realizar pedidos de tempo. 1.1.4. Para marcar um ponto, vencer um set e a partida Para marcar um ponto, a equipe deve obter êxito em fazer a bola tocar na quadra adversária ou fazer com que a equipe adversária cometa uma falta ou seja penalizada. A falta é marcada em todas as situações em que qualquer das equipes realiza transgressão de jogo. Na ocorrência do cometimento de duas ou mais faltas pelas duas equipes, é marcado falta dupla, e o rally é repetido. Rally é a sequência de ações de jogo, ocorrida desde o momento em que o saque é executado pelo jogador sacador até o momento em que a bola é considerada fora de jogo. Quando a equipe sacadora vence o rally, ela marca um ponto e continua a sacar. Porém, se a equipe receptora vence o rally, ela marca um ponto e deverá executar o próximo saque. Vencerá um set (exceto o 5º set, por seu caráter decisivo) a equipe que primeiro alcançar a marca de 25 pontos, com uma diferença mínima de 2 pontos. Em caso de empate 24 x 24, o jogo continua até que a diferença de dois pontos seja atingida (26 x 24, 27 x 25 etc.). Vencerá a partida a equipe que vencer três sets. Vale destacar que, no caso de empate em sets por 2 x 2, o set decisivo é jogado até que uma das equipes atinja 15 pontos, com uma diferença mínima de 2 pontos. 1.1.5. Formação inicial das equipes Cada equipe sempre apresentará seis jogadores em quadra, e a formação inicial da equipe indicará a ordem de rotação dos jogadores em quadra, a qual será mantida durante todo o set. Antes do início de cada set, o técnico deve gravar a formação inicial de sua equipe na papeleta de formação, assiná-la e entregá-la. Os jogadores que não constarem da papeleta de formação inicial de um set (excetuando-se os líberos) serão os reservas. Após a papeleta de formação inicial ser entregue ao segundo árbitro ou apontador, qualquer alteração na formação da equipe em quadra deverá ser efetuada por meio de uma substituição regular. As posições dos jogadores em quadra são numeradas da seguinte forma: três jogadores ao longo da extensão da rede formam a linha de frente e ocupam as posições 4 (frente-esquerda), 3 (frente-central) e 2 (frente-direita); os três restantes formam a linha de trás, ocupando as posições 5 (traseira-esquerda), 6 (traseira-central) e 1 (traseira-direita). Complementarmente às posições dos jogadores, as regras da modalidade permitem uma aproximação entre os atletas denominada “posição relativa”. Essa organização, por meio das posições relativas, permitirá que as equipes se adéquem de maneira taticamente mais otimizada tanto em situações defensivas quanto ofensivas. Para clarificação desse conceito, seguem exemplificações: 27WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - Cada jogador da linha de trás deve estar posicionado mais afastado da linha central do que seu jogador correspondente da linha de frente; - Os jogadores da linha de frente e os da linha de trás, respectivamente, devem estar posicionados lateralmente (referindo-se às posições 1 a 6); - As posições dos jogadores são determinadas e controladas conforme a posição do contato de seus pés com o solo, portanto, cada jogador da linha de frente deve ter, ao menos, parte de seu pé mais próximo à linha central que os pés do jogador correspondente da linha de trás. Cada jogador à direita ou esquerda das linhas de frente e de trás deve ter, ao menos, parte de seu pé mais próximo da linha lateral direita ou esquerda que os pés do jogador central naquela linha. Após o golpe do saque, os jogadores poderão se mover livremente dentro de sua quadra assim como na zona livre. A equipe que comete a falta em virtude do erro de posição será sancionada com um ponto, o saque será realizado pela equipe adversária e, ainda, o posicionamento da equipe faltosa deverá ser retificado. A ordem de rotação é determinada pela formação inicial da equipe e controlada pela ordem de saque e posição dos jogadores durante todo o set. Quando a equipe receptora ganha o direito de sacar, os jogadores avançam uma posição no sentido dos ponteiros do relógio: jogador na posição 2 avança para a posição 1 para sacar; jogador da 1 retorna para a posição 6. E assim por diante. 1.1.6. Situações de jogo - Bola em jogo: a bola se torna “em jogo” a partir do momento em que o sacador golpeia a bola, após a autorização de saque dada pelo 1º árbitro. - Bola fora de jogo: a bola se torna “fora de jogo” no momento em que há a ocorrência ou cometimento de uma falta e, na ausência de uma falta, ao soar do apito. - Bola dentro: considera-se bola “dentro” quando, em qualquer momento do contato, esta toca o solo da quadra de jogo, incluindo as linhas de delimitação da mesma. - Bola fora: considera-se bola “fora” quando parte da bola que entra em contato com o solo está completamente fora das linhas de delimitação da quadra, ou toca um objeto localizado fora da quadra de jogo (teto da quadra, uma pessoa que não esteja em jogo, a antena, as cordas de sustentação da rede, os postes, a parte da rede localizada além das faixas laterais), cruza o plano vertical da rede por fora do espaço de cruzamento, de forma total ou parcial e cruza, completamente, o espaço inferior abaixo da rede. 1.1.7. Toques da equipe Um toque é qualquer contato com a bola realizado por um jogador em jogo. Uma equipe terá direito a, no máximo, três toques (além do bloqueio) para enviar a bola ao adversário. Se mais de três são utilizados,a equipe comete falta (quatro toques). Um jogador não poderá tocar a bola duas vezes de forma consecutiva (pois realizará dois toques), exceto em alguns casos, como as ações de bloqueio em que a bola toca no bloqueador e ele realiza mais um toque. 28WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 1.1.8. Bola e contato em relação à rede A bola enviada para a quadra adversária deve passar por cima da rede, dentro do espaço de cruzamento. O espaço de cruzamento é a parte do plano vertical da rede, assim delimitado: abaixo, pelo bordo superior da rede; lateralmente, pelas antenas e seu prolongamento imaginário; acima, pelo teto. Destaque-se que, ao cruzar a rede, a bola poderá tocá-la. O contato de um jogador com a rede, no espaço compreendido entre as antenas, durante uma ação de jogar a bola, é considerado falta. 1.1.9. Golpe de ataque Todas as ações que enviem a bola ao adversário, excetuando o saque e o bloqueio, são consideradas golpes de ataque. O golpe de ataque se torna completo no momento em que a bola cruza completamente o plano vertical da rede ou é tocada por um adversário. Os jogadores da linha de frente podem completar um golpe de ataque a qualquer altura, desde que o contato com a bola tenha ocorrido dentro do espaço de jogo da sua equipe. Já o jogador da linha de trás pode completar um ataque, a qualquer altura, atrás da zona de frente (linha dos 3 metros) se, no seu impulso, o(s) pé(s) do jogador não tiver(em) tocado nem ultrapassado a linha de ataque. Um jogador da linha de trás também poderá completar um golpe de ataque na zona de frente se, no momento do contato, parte da bola está abaixo do topo da rede. Vale ressaltar que nenhum jogador pode completar um golpe de ataque ao saque adversário quando a bola está na zona de frente e completamente acima do bordo superior da rede. 1.1.10. Bloqueio Bloquear é a ação dos jogadores próximos à rede para interceptar a bola vinda do adversário, estendendo-se acima do bordo superior da rede, não importando a altura em que se dá o contato com a bola. Somente aos jogadores da linha de frente é permitido completar um bloqueio. Ao bloquear, o jogador pode colocar suas mãos e braços além da rede, desde que sua ação não interfira na jogada do adversário. É proibido bloquear o saque adversário. 1.1.11. O jogador líbero Cada equipe tem o direito de designar, dentre os jogadores constantes da súmula, até dois jogadores especialistas em defesa (líberos); contudo, somente um líbero poderá estar em quadra em qualquer momento do jogo. Os uniformes devem possuir uma cor dominante, diferente de qualquer outra cor do uniforme do resto da equipe. Seu uniforme, portanto, deve contrastar, claramente, com o resto da equipe. O líbero poderá efetuar a troca com qualquer jogador que ocupe uma posição da linha de trás. Ele tem atuação restrita às posições da linha de trás e não poderá completar um golpe de ataque, de qualquer parte da quadra ou da zona livre, se, no momento do contato com a bola, esta esteja totalmente acima do bordo superior da rede. Ele não poderá sacar, bloquear ou tentar bloquear e também não poderá realizar levantamentos por meio de toque com a ponta dos dedos dentro da zona de ataque. As trocas com o líbero não são contabilizadas como substituições. 29WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 2. A TÉCNICA DO VOLEIBOL 2.1 A Posição Básica A posição básica é também chamada de posição de expectativa, que é a postura que o corpo assume a fim de partir prontamente para a execução de determinada ação na dinâmica do jogo. É o estado de prontidão que jogador assume para que possa agir em condições ideais de velocidade e qualidade de movimento, quando necessário. De acordo com a postura do corpo e da situação do jogo, é dividida em três tipos: baixa, média e alta (BIZZOCCHI, 2004). 2.1.1 Posições de expectativa baixa e média São utilizadas nas situações que antecedem a defesa, a proteção de ataque, recepção de saque e levantamento. As pernas ficam afastadas lateralmente, em sentido ântero-posterior e semiflexionadas, mantendo-se uma angulação de 90º a 100º entre coxas e pernas. Embora as posições de expectativa baixa e média sejam muito semelhantes quanto à técnica, a diferença entre elas é que, na posição de expectativa média, o centro de gravidade fica mais alto e mais para dentro do corpo, com membros inferiores e tronco menos flexionados. É como se o executante fosse puxado mais para cima, ficando mais equilibrado, em posição mais cômoda (BIZZOCCHI, 2004). Figura 1 – Ilustração da posição de expectativa. Fonte: Bizzocchi (2004). 2.1.2 Posição de expectativa alta É utilizada pelos bloqueadores que aguardam a definição do adversário e na preparação dos atacantes, que analisam o passe e o levantamento para iniciarem a corrida. 3. AS MOVIMENTAÇÕES ESPECÍFICAS São os deslocamentos utilizados pelo jogador para chegar à bola em condições favoráveis de tempo, espaço e postura, que lhe permitam executar determinado fundamento com precisão. Envolvem capacidades físicas como agilidade, coordenação dinâmica geral, velocidade de reação, coordenação viso-motora, velocidade de deslocamento, equilíbrio, força excêntrica e isométrica de membros inferiores, dentre outras (BIZZOCCHI, 2004). 30WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA As movimentações podem ser classificadas em: a. corrida normal: usada para ganhar mais velocidade ou impulsão. b. galope: deslocamento curto e de ajuste, em que os pés não se cruzam, possibilitando equilíbrio do corpo. Há um “chute” intermediário entre as passadas, que permite um ajuste imediato à posição ideal para executar o fundamento. Figura 2 – Ilustração da movimentação galope. Fonte: Bizzocchi (2004). c. passada lateral: deslocamento curto e de ajuste, sem cruzamento dos pés e sem o impulso (“chute”) que caracteriza o galope. d. passada cruzada: deslocamento lateral com alternância de pés, usado em distâncias maiores, em que o galope lateral despenderia maior tempo. Figura 3 – Ilustração de movimentação com passada cruzada. Fonte: Bizzocchi (2004). e. passada mista: usada para distâncias maiores, em situações nas quais é preciso ganhar velocidade (corrida normal ou cruzada) e, depois, ajustar-se à bola (galope ou passada lateral). f. saltito: pequeno salto para se chegar ao local desejado. É a possibilidade que se abre aos bloqueadores quando não possuem tempo para abrir a passada. Podem ser feitos para frente (curtos ou longos, velozes ou de ajuste, em corrida normal, galope ou passada mista), para trás (geralmente, curtos quando não há condições técnicas ou físicas para executar um giro, deslocando-se da frente até atrás, muito utilizado quando o jogador sai de um bloqueio e posiciona-se mais para trás para contra-ataques), para os lados (curtos, de ajuste ou ganho de velocidade) e para as diagonais (para distâncias curtas, mesclando passadas dos deslocamentos para a frente e para os lados, realizados em galope com passada cruzada ou mista). 31WWW.UNINGA.BR ES PO RT ES C OL ET IV OS I – VO LE IB OL , B AS QU ET EB OL E H AN DE BO L | U NI DA DE 2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 3.1 O Toque por Cima É feito na altura da cabeça ou acima dela, flexionando-se as mãos para trás, deixando que a bola se encaixe nos dedos e seja direcionada para o local desejado. O toque é mais preciso que a manchete e possui as seguintes fases de execução (BOJIKIAN; BOJIKIAN, 2008): a. posição de expectativa: varia de acordo com a dificuldade para recuperar a bola endereçada ao executante. b. deslocamento para a bola: varia de acordo com os movimentos já mencionados no tópico 3. c. posicionamento do corpo sob
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