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Logística Integrada: Conceitos e Evolução

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Prévia do material em texto

Autor: Prof. José Humberto Ataulo Nunes
Colaboradores: Prof. Santiago Valverde
Profa. Lérida Gherardini Malagueta
Prof. Livaldo dos Santos
Logística Integrada
Professor conteudista: José Humberto Ataulo Nunes
José Humberto Ataulo Nunes, natural de São Paulo (SP), é bacharel em Ciências Econômicas pela 
Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP) e mestrando em Ciências Sociais pela Universidade de São 
Paulo (USP). Professor da Universidade Paulista (UNIP) desde 2007, lecionando as disciplinas Logística 
Integrada, Logística para Importação e Exportação e Administração de Operações Produtivas.
Atuou em empresas de grande porte, como BASF, AKZO, CROMOS e ARINOS, exercendo cargos 
de liderança nas áreas de Logística, Produção, PCP e Materiais.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
N972l Nunes, José Humberto Ataulo
Logística integrada / José Humberto Ataulo Nunes. - São Paulo: 
Editora Sol, 2013. 
136 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XVII, n. 2-059/13, ISSN 1517-9230. 
1. Logística Integrada. 2. Cadeia de Suprimentos 3. Distribuição 
Física I.Título
CDU 658.78
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Andréia Andrade
 Amanda Casale
Sumário
Logística Integrada
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................8
Unidade I
1 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA ............................................................................................................................9
1.1 A logística e o valor aos clientes .................................................................................................... 10
1.2 O conceito de logística ....................................................................................................................... 11
1.3 Evolução histórica ................................................................................................................................ 13
1.4 Missão e objetivos ................................................................................................................................ 15
1.5 A integração das operações ............................................................................................................. 17
1.6 Composição da Logística ................................................................................................................... 18
2 A INTEGRAÇÃO DA LOGÍSTICA COM PRODUÇÃO E MARKETING ................................................ 20
2.1 Atividades-chave e atividades de apoio ..................................................................................... 21
2.2 Logística de suprimentos .................................................................................................................. 22
2.3 Administração de materiais e estoques ...................................................................................... 25
2.4 Logística de apoio à manufatura ................................................................................................... 28
2.5 Logística de distribuição física ........................................................................................................ 29
Unidade II
3 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA INTEGRADA ................................................................................................ 36
3.1 A necessidade de integração das operações ............................................................................. 37
3.2 A Logística Integrada .......................................................................................................................... 37
3.3 A gestão dos custos na Logística Integrada .............................................................................. 40
3.4 Logística Integrada e Marketing .................................................................................................... 41
3.5 Os custos logísticos ............................................................................................................................. 43
3.6 A questão dos trade-offs .................................................................................................................. 45
4 O SERVIÇO AO CLIENTE ................................................................................................................................. 46
4.1 Objetivos do serviço ao cliente ....................................................................................................... 47
4.2 O Nível de Serviço Logístico (NS) ................................................................................................... 49
4.3 Custos do Nível de Serviço Logístico ............................................................................................ 51
4.4 Indicadores de desempenho ............................................................................................................ 52
Unidade III
5. DISTRIBUIÇÃO FÍSICA E ARMAZENAGEM ............................................................................................. 59
5.1 Distribuição física ................................................................................................................................. 59
5.2 Os transportes na distribuição física ............................................................................................ 63
5.3 A terceirização dos serviços logísticos ......................................................................................... 66
5.4 Logística reversa.................................................................................................................................... 70
5.4.1 Logística reversa de pós-consumo .................................................................................................. 74
5.4.2 Logística reversa de pós-venda ......................................................................................................... 75
5.5 Armazenagem de produtos .............................................................................................................. 77
5.5.1 A armazenagem na cadeia de suprimentos ................................................................................. 80
5.5.2 Sistemas de armazenagem ................................................................................................................. 81
6 TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO APLICADAS À LOGÍSTICA ........................................................... 85
6.1 Internet .....................................................................................................................................................86
6.2 Principais sistemas/aplicativos em Logística ............................................................................. 88
Unidade IV
7 INTRODUÇÃO À GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS (SCM) ................................................... 95
7.1 O conceito de cadeia de suprimentos .......................................................................................... 96
7.2 Estrutura da cadeia de suprimentos ...........................................................................................100
7.3 O conceito de cadeia de valor .......................................................................................................101
7.4 Objetivos da cadeia de suprimentos ...........................................................................................102
7.5 A gestão da demanda .......................................................................................................................105
7.6 A previsão de vendas ........................................................................................................................107
8. TÉCNICAS DE PROGRAMAÇÃO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS ..........................................113
8.1 Gestão da qualidade .........................................................................................................................116
7
APreseNtAÇÃO
Prezados(as) alunos(as),
A disciplina Logística Integrada tem o objetivo de transmitir aos alunos os conhecimentos atuais 
relativos a uma área que está em grande destaque nas empresas: a Logística.
Hoje, classificamos Logística como uma atividade empresarial fundamental e importante para a 
eficiência e sobrevivência das empresas no atual mercado globalizado de bens e serviços.
O objetivo deste livro-texto é apresentar a base teórica e ilustrar como a área de logística atua 
dentro das empresas. Buscaremos demonstrar sua importância para atingir os resultados como parte 
dos objetivos estratégicos das empresas.
Dividimos o presente livro-texto em quatro unidades principais que irão abordar as atividades dessa 
importante área empresarial.
Unidade I - Introdução à logística
Nessa unidade, apresentamos definições, conceitos e o histórico recente, analisando a estrutura da área 
de logística e sua composição, destacando a integração operacional com as outras áreas das empresas.
Unidade II - Logística integrada
No Brasil, as empresas que atuam no setor de varejo e atacado enfrentam um período de crescimento. 
Veremos, nessa unidade, a gestão integrada dos serviços logísticos no setor atacadista/varejista como 
um ponto de ligação com os fabricantes na cadeia de suprimentos, com objetivo de agregar valor aos 
clientes como um canal de distribuição e alcançar melhores resultados.
Unidade III - Distribuição física e armazenagem
Nessa unidade, apresentamos as principais funções dessa parte da logística moderna, com uma 
descrição detalhada das operações de distribuição física de produtos aos clientes, além de uma análise 
das atuais formas de armazenagem e transportes.
Veremos também os principais sistemas computacionais utilizados nas operações e uma avaliação 
de uma área que vem ganhando força em função da questão ambiental de descarte de resíduos sólidos, 
conhecida como Logística reversa de produtos.
Unidade IV - Gestão da cadeia de suprimentos
Apresentamos, nessa unidade, os fundamentos desse modelo de gestão de materiais e informações, 
sua origem e estrutura, e concluímos com uma avaliação de seus impactos na gestão interna das 
empresas e para os fornecedores e clientes.
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A disciplina Logística Integrada estuda a maneira pela qual a gestão da logística tradicional e 
independente de suprimento e distribuição evoluiu para o conceito de logística integrada, conceito esse 
que iremos abordar com detalhes e que vem para aprimorar o desempenho das empresas junto aos clientes 
e ao mercado, atuando com maior eficiência, custos menores e melhor atendimento dos pedidos.
Esperamos que gostem dos temas abordados e desejamos a todos bons estudos!
INtrOduÇÃO
Caro aluno, algumas observações importantes sobre a disciplina Logística Integrada: a disciplina 
propõe-se a contextualizar a qualidade no processo logístico, observando seus sistemas, a cadeia 
logística, a distribuição e os transportes, a fim de encontrar o melhor gerenciamento dos suprimentos, 
com a utilização de recursos e mecanismos, englobando a visão empresarial.
Quando nos referimos à “qualidade no processo logístico”, de fato, podemos depreender a 
complexidade das articulações necessárias para atingirmos algum grau de qualidade percebida, 
considerando que a logística é a área responsável por prover recursos, equipamentos e informações 
para a execução efetiva das atividades coordenadas por uma organização. 
Portanto, faz parte das atribuições da logística o gerenciamento da cadeia de abastecimento. Isso 
significa que os gestores de logística devem ser capazes de planejar, implantar e controlar o fluxo de 
armazenagem de maneira eficiente e econômica das matérias-primas, insumos e produtos acabados. 
A partir dos anos 1960, pudemos observar que o desenvolvimento mercadológico passou a ter como tônica 
a preocupação com a satisfação do cliente. Constata-se desde então que a exigência para a manutenção da 
vantagem competitiva empresarial tem sido cada vez mais acirrada. Por esse motivo, passou a fazer parte 
também das atribuições desse gestor acompanhar esse processo desde sua origem até o ponto de consumo. 
Vale ressaltar que esse acompanhamento tem um caráter estratégico e isso se dá na prática por 
meio da integração e aplicação dos conceitos de marketing e logística simultaneamente. Nasce então 
a Logística Integrada. Foi nos anos 1970 que aconteceu a consolidação dos conceitos como o MRP 
(Material Requirements Planning). E a partir dos anos 1980 a Logística passa por um desenvolvimento 
revolucionário motivado pela globalização.
A Logística Integrada apoia-se principalmente em um sistema composto por tecnológica da 
informação e na qualificação da prestação de serviços de distribuição. Para desenvolvermos nossos 
conhecimentos nessa área, vamos abordar nessa disciplina assuntos como: funções da logística, indústria 
e varejo, integração do supply chain e seu gerenciamento, performance e parcerias logística, custos, 
modais, tecnologia aplicada à logística, logística reversa, entre outros. 
O principal objetivo dessa disciplina será elucidar as competências necessárias para o gerenciamento 
da Logística Integrada, contribuindo dessa forma para o desenvolvimento dos profissionais da área e 
para a continuidade da reflexão sobre novas possibilidades de aplicação da logística em consonância 
com as preocupações com o meio ambiente. 
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Logística integrada
Unidade I
1INtrOduÇÃO À LOGÍstICA
De acordo com o Dicionário Aurélio, a palavra logística tem origem no idioma francês Logistique e 
se define de forma militar, sendo uma parte estratégica para alcançar objetivos de guerra e conquista, 
tratando das funções de planejar e realizar atividades militares.
Com a evolução da integração econômica mundial a partir dos anos 1990, processo esse conhecido 
como globalização, as empresas localizadas no Brasil estão sendo pressionadas por concorrentes de 
várias regiões do mundo, que, de forma rápida e inesperada, estão disputando os mercados com as 
empresas brasileiras, produzindo e importando produtos de boa qualidade com preços competitivos e 
prazos de entrega rápidos.
Até 1990, as vantagens competitivas tradicionais das empresas nacionais eram menores prazos de 
entrega e pronta disponibilidadede estoques. Porém, essas vantagens passaram a ser questionadas, já 
que as novas concorrentes, recém-chegadas, conseguem também, com um eficiente planejamento de 
vendas, produção e estoques, garantir entregas rápidas e confiáveis.
Como resultado desse processo, as empresas nacionais precisam dar uma resposta à crescente 
complexidade do mercado e sentem a necessidade de serem mais eficientes para enfrentar a concorrência 
nacional e internacional.
Logística–Macrofluxo de Operações
Objetivos 
estratégicos
Restrições de 
capacidade
Necessidades 
logísticas
Necessidades de 
fabricação
Necessidades de 
suprimento
Projeções
Gerenciamento 
de pedidos
Processamento de 
pedidos
Operações de 
distribuição
Transporte e 
expedição Suprimento
Posicionamento 
de estoque
Gerenciamento 
de estoque
Figura 1–Fluxo de informações operacionais
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Empresas e consumidores demandam produtos e serviços, como entregas pontuais, produtos de 
qualidade, estoques reduzidos, baixos custos, rentabilidade e preços competitivos.
Para atender ao mercado nesse nível de atendimento e eficiência, as empresas precisam 
desenvolver eficientes processos administrativos que sejam organizados de forma a prover uma 
rápida reposição de pedidos junto aos fornecedores nacionais e internacionais, aliando conceitos 
importantes, como gestão de demanda, estoques equilibrados, com um sistema de transporte ágil 
e eficiente.
A Logística é uma área em crescimento permanente que busca conquistar ganhos de produtividade 
com redução de custos, prestando um serviço satisfatório ao cliente, e, para isso, precisa reagir aos 
desafios das alterações constantes no mercado.
Até pouco tempo, era considerada uma área de apoio e, portanto, acessória; mas, hoje, é vista como 
uma área de perfil estratégico, em função dos altos custos que administra e das repercussões que suas 
ações são percebidas pelos clientes.
1.1 A logística e o valor aos clientes
Nos últimos anos, as necessidades e exigências dos clientes cresceram, e as empresas são pressionadas 
por essas novas demandas e concorrentes em escala global.
Como clientes, quando vamos ao mercado de produtos e serviços, temos a expectativa de 
que os produtos estejam disponíveis naquele momento a um custo acessível para atender nossas 
necessidades.
Quando isso acontece, há uma transação comercial (venda) que foi possível porque a logística atuou 
para que os produtos estivessem disponíveis no momento necessário.
A logística, portanto, é uma competência qualitativa que as empresas devem desenvolver 
para fazer uma ligação direta entre clientes e fornecedores, agregando valor ao produto. 
Valor esse que para os clientes é percebido quando ele pode reduzir tempos gastos, agregar 
confiabilidade na entrega e diminuir custos financeiros referentes a estoques e a manuseio de 
produtos.
Mas, apesar de adquirirmos produtos e serviços de empresas, a criação de valor nas atividades 
logísticas precisa de um conjunto de processos e informações que fazem parte de uma cadeia de 
suprimentos.
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Logística integrada
O processo de valor aos clientes
Benefícios percebidos
 Entrega no prazo
 “Lead Times” menores
 Resposta flexível
Custo da propriedade (capital)
 Estoques menores
 Menores custos de pedidos
 Menores custos de manuseio
VALOR PARA O CLIENTE
Figura 2
No mercado atual, a logística é considerada uma atividade estratégica que pode ser fonte de uma 
vantagem competitiva no mercado.
Para Porter (1989), a capacidade de uma empresa ser competitiva depende de sua cadeia de valor, 
isto é, para o conjunto das atividades da empresa que criam valor para o cliente de forma visível e real.
Ainda para Porter (1989, p. 36), a vantagem competitiva não pode ser compreendida olhando-se 
para a empresa como um todo. Ela deriva de muitas atividades discretas, e cada uma pode contribuir 
para a posição de custos e criar a base para a diferenciação.
Conforme podemos ver, as empresas precisam agregar valor aos clientes, operando de forma mais 
eficiente do que os concorrentes, e a logística tem potencial para criar essa vantagem.
 Lembrete
Quando estudamos a logística moderna e suas funções nas empresas, 
devemos ter em mente sempre dois paradigmas de eficiência, que 
são: tempo e lugar. Hoje, com as novas tecnologias de informação e 
comunicação, como a internet, os desafios de eficiência em relação a esses 
dois paradigmas são cada vez maiores e exigem ações e profissionais cada 
vez mais qualificados. 
1.2 O conceito de logística
A Logística, como várias áreas empresariais, está em evolução e busca atingir objetivos de alta 
produtividade a custos reduzidos e, que em função do agressivo ambiente empresarial, enfrenta 
desafios.
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Conforme vimos, a origem do termo Logística remonta aos meios militares e estava vinculada 
às necessidades de abastecer tropas militares na França em combate, e é importante sabermos que 
guerras e batalhas foram e serão ganhas ou perdidas como consequência de eficientes sistemas 
logísticos.
Os generais precisavam que as tropas avançassem de forma decidida e, para 
tal, é preciso haver uma equipe de retaguarda que levasse suprimentos de 
víveres, munição e socorro médico e que por ser um trabalho de suporte 
apenas atuava sem glamour (NOVAES, 2007, p. 32).
Essa visão militar alterou-se e, com o tempo de uma função complementar, é hoje considerada parte 
de uma boa estratégica empresarial.
Ao longo dos últimos anos, vários pesquisadores têm definido a área de Logística conforme sua visão 
e a evolução de suas atribuições nas empresas. Uma definição inicial foi atribuída por Bowersox (2004), 
que declara que a logística é:
O processo de gerenciamento de todas as atividades necessárias para 
movimentar estrategicamente matérias-primas, peças e componentes e 
produtos acabados de vendedores, entre instalações de empresas e para 
consumidores.
Para outro autor, Copacino (1997), em uma definição simples, afirma que logística é: “Processo de 
administração do fluxo de produtos da fonte ao ponto de uso”.
Utilizaremos, para efeito de nosso estudo, a definição do Council of Logistics Management (1998), 
que define:
Logística é a parte do processo da cadeia de abastecimento que planeja, 
implanta e controla o fluxo eficiente e eficaz de matérias-primas, estoques 
em processo, produtos acabados e informações relacionadas, desde seu 
ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender os 
requisitos dos clientes.
A logística, hoje, é uma área de prestação de serviços (serviços logísticos) que busca na execução 
de suas funções operacionais desenvolver uma integração entre o fluxo de materiais que ocorre 
internamente com um fluxo de informações, integrando-os de forma a atingir objetivos estratégicos 
definidos, como atuar com eficiência e a baixos custos.
Entre as tradicionais funções operacionais da logística, podemos citar a gestão das áreas de 
transportes, estoques, processamento de pedidos, armazenagem, expedição e compras.
Entre os fatores que impulsionam seu desenvolvimento, destacamos a busca por ganhos de 
produtividade e redução de custos, que precisam ser alcançados em um momento em que há uma 
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Logística integrada
redução no tempo de vida útil dos produtos e uma maior exigência deserviços e produtos de qualidade 
por parte dos clientes.
Ao contrário da área de produção, que tem como objetivo ser uma vantagem competitiva através 
dos custos, a área de logística, que é um elo entre as pontas do fornecimento e do mercado, deve unir 
as pontas de forma eficiente e com qualidade.
Em termos gerais, a logística responde por cerca de 5 a 35% do valor das vendas, sendo uma das 
maiores partes dos custos totais das empresas, e é nesse contexto que precisamos entendê-la em seus 
esforços para atingir objetivos estratégicos necessários às empresas na competição de mercado atual.
1.3 evolução histórica
A Segunda Guerra Mundial é considerada um divisor de águas no desenvolvimento da Logística, pois, 
tal qual uma representação do mercado mundial, desencadeou reações no mundo inteiro, demandou 
grandes deslocamentos de tropas, uma produção industrial e agrícola em larga escala, aliadas a um 
grande esforço de produção industrial e de produtos da incipiente, naquele momento, indústria que 
viria a ser conhecida como microeletrônica e depois informática.
Até pouco tempo, a Logística tinha suas atribuições vinculadas à gestão dos transportes e de 
armazéns; porém, hoje, seu desenvolvimento como parte da evolução empresarial evoluiu de forma 
crescente.
Quadro 1 - Evolução conceitual
Década Ambiente Focos Setoriais Foco de Logística
50 Produção/Volume Custos Estoques
60 Vendas/Marketing Serviços Distribuição
70 Disposição de Capital Lucratividade Produção
80 Competição Qualidade Compras/Produção/Venda
90 Globalização, Parcerias, Ecologia Tempo Processo de Negócios
Fonte: Ballou (2002).
Até a década de 1950
Após a Segunda Guerra Mundial, as empresas industriais recomeçaram a operar e a buscar 
novos mercados para colocar seus produtos. Nesse período, o desenvolvimento industrial era a força 
da economia mundial e havia, dentro das organizações, uma clara separação entre as atividades de 
logística na organização interna das empresas, que assumiram as responsabilidades das atividades de 
forma segmentada e fracionada, sem grande integração interna. Podemos destacar as responsabilidades 
conforme divisão a seguir:
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Quadro 2 - Anos 1950 – Funções independentes
Marketing Finanças Produção
Distribuição, 
Atendimento Custos de estoques
Suprimentos, Manufatura, 
Armazenagem, Transporte
Cada área desenvolve suas atividades de forma isolada e sem grande coordenação interna, buscando 
atingir objetivos setoriais e isolados.
Entre 1950 e 1970
Com o fim da Segunda Guerra, a economia mundial cresceu bastante, e a logística ganhou destaque 
nas empresas em função da necessidade de atingir mercados mais distantes e maiores.
Lentamente, o conceito de logística voltada para a produção começa a perder espaço para uma 
visão dos clientes, como a parte da cadeia que determina o mercado. Nesse período, identificamos um 
claro desenvolvimento das atividades logísticas, em que atuam como fatores decisivos de mudança no 
ambiente empresarial:
1) Evolução qualitativa nas exigências dos consumidores.
2) Necessidade de aumento da eficiência e redução de custos.
3) Surgimento de novas tecnologias de informação.
4) Histórico militar.
Entre 1970 e 1990
Nesse período, surgem novas técnicas de comunicação e as indústrias passam a produzir produtos 
variados. Com o crescimento do mercado, as empresas se ressentem de uma nova forma de distribuição, 
em que o importante é entregar.
Na década de 1990, surgiu uma nova visão e um novo conceito, o de Logística empresarial, 
definido por Ballou (1992) como “área que trata de todas as atividades de movimentação e 
armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição até o consumo 
final”.
Para o autor, nesse período, a logística assume o conceito de gerir de forma integrada suas 
responsabilidades tradicionais, como transportes, armazenagem, compras e administração de materiais, 
com a parte da logística de distribuição externa, conhecida como distribuição física. E vemos surgir nas 
empresas estruturas unificadas de logística com gestão e comando sob a responsabilidade da mesma 
diretoria e gerência operacional.
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Logística integrada
Na origem das mudanças que induziram ao novo modelo organizacional, destacamos:
• Concorrência acirrada em termos de preço, quantidade, prazos.
• Inovações tecnológicas que criam novas oportunidades e mudam as condições de produção nas empresas.
• Mudanças das indústrias para um perfil globalizado e virtual.
• Desenvolvimento de novas tecnologias de produção.
• Redução dos tempos nas operações entre produção, compras e distribuição.
Concorrência externa
No modelo de logística atual, suas responsabilidades ampliaram-se, gerenciando agora uma ampla gama 
de informações, e convergem para a integração com fornecedores e clientes através de canais de distribuição 
mais eficientes e levando em conta atividades como logística reversa, reciclagem, descarte de resíduos.
 saiba mais
Para você ter uma ideia melhor da utilidade militar do que hoje 
chamamos Logística e suas origens militares, recomendamos um famoso 
filme, ganhador de cinco Oscars, inspirado em uma história real da Segunda 
Guerra Mundial, que demonstra como suas operações desenvolveram-se ao 
longo da história. Não deixe de assistir!
SPIELBERG, Steven. O resgate do soldado Ryan. Estados Unidos, 1998. 
Paramount Pictures.
 
1.4 Missão e objetivos
Um bom desempenho em logística é uma competência que as empresas precisam desenvolver para 
que seja possível oferecer produtos e serviços de qualidade com eficiência operacional.
Além de produtos e serviços fabricados e desenvolvidos pelas áreas de vendas, marketing e novos 
produtos, as empresas precisam oferecer aos seus clientes serviços logísticos de qualidade.
A logística atua diretamente com a responsabilidade de fornecer produtos, serviços, matérias-primas 
aos locais necessários e no momento correto em que foram pedidos, e responder às questões de volumes, 
prazos e informações são as principais respostas que a logística deve suportar dentro das empresas.
Logística – principais questões operacionais
• O que produzir e comprar.
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• Quanto produzir e comprar.
• Quando produzir e comprar.
• Com que recursos produzir.
Além das questões básicas listadas, a logística deve se preocupar com outras questões, como:
• Onde comprar materiais e componentes
• Qual deve ser o tamanho da frota de veículos
• Onde e como estocar produtos e matérias-primas
• Qual o nível de serviço prestado e seu custo operacional
• Qual tipo de transporte usar
Os serviços logísticos são, hoje, um fator de diferenciação da concorrência e agregam valor aos 
produtos e serviços, vendidos em um mercado competitivo em que há variedade de produtos a preços 
semelhantes. E a Logística, por sua vez, no exercício das suas atribuições, precisa acompanhar o mercado 
empresarial oferecendo serviços de qualidade ao menor custo total.
Devem ser eficientes e prover aos clientes as atividades de transporte, administração de estoques, 
compras, gerenciar pedidos de vendas e compras, prover locais de armazenagem, gerir a expedição dos 
produtos e planejar a disposição das embalagens.
Além dessas atividades-chaves relacionadas ao fluxo de materiais, ela precisa gerir e prover a todas 
as áreas da empresa um sistema de informações gerenciais (SIG) sobre o andamento das operações 
(status) envolvidas.
Resumindo,as empresas devem, por meio da prestação dos serviços logísticos, fornecer 
produtos e serviços certos, no momento certo, conforme os requisitos de qualidade solicitados 
pelos clientes.
Para Bowersox (2001), o objetivo central da logística é “atingir o melhor nível desejado de serviço ao 
cliente pelo menor custo total”.
Nesse contexto de mercado, a logística é fundamental para que as empresas operem no mercado 
com lucros, eficiência operacional e alto nível de serviço aos clientes.
Fluxo da logística tradicional
1 Fontes 2 Fornecedores 3 Fábricas 4 Distribuidores 5 Varejistas 6 Clientes
Para a logística é preciso conciliar os objetivos citados com um nível de serviço 
elevado aos clientes onde o desempenho em logística pode fazer a diferença 
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Logística integrada
e ser um diferencial competitivo e de lucros de forma equilibrada entre os 
desejos dos clientes e os resultados previstos (BOWERSOX, 2004, p. 23).
Assim, a principal missão da área de Logística, como parte integrante da estratégia empresarial que 
visa conquistar e manter clientes, é atuar de forma determinada para atender às condições abaixo:
1. Atendimento Just In Time (quantidade, lugar, tempo certo).
2. Dispor o produto certo aos clientes (nível de serviço).
3. Fornecer nas quantidades solicitadas.
4. Entregar nas condições estabelecidas pelos clientes nos pedidos de venda.
5. Atender conforme os locais solicitados.
6. Entregar para o cliente correto.
7. Redução de custos.
 saiba mais
Recomendamos, para reforço extra dos conceitos e das funções da 
Logística, um artigo do site Logística Descomplicada sobre inovação e um breve 
vídeo mostrando como funciona o centro de distribuição de uma das maiores 
empresas de logística do mundo, a UPS, dos EUA. Não deixe de ler e ver!
COELHO, L. C. 7 ideias para gerar valor na sua empresa. Logística 
Descomplicada, 31 mai. 2010. Disponível em: <http://www.
logisticadescomplicada.com/7-ideias-para-gerar-valor-na-sua-empresa/> 
Acesso em: 28 mai 2013.
1.5 A integração das operações
Para Bowersox (2001, p. 36), a Logística de uma empresa atua de forma integrada quando ocorrem 
dois fluxos no processo de atendimento aos clientes:
– Fluxo de materiais físico, que envolve os suprimentos, a produção e todos os processos internos.
– Fluxo de informação, que atua em todos os processos e setores, de planejamento, produção, 
vendas e distribuição de produtos. Como suporte, utiliza-se sistemas ERP de controle, que 
fornecem informações on-line sobre as operações totais.
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Macrofluxo de materiais e informação
FORNECEDOR MANUFATURA DISTRIBUIDOR VAREJISTA CONSUMIDOR
Fluxo de Informação
Fluxo de Materiais
Fluxo de Dinheiro
Figura 3
Um sistema logístico integrado reduz custos e otimiza as operações, melhora o relacionamento 
pessoal dos colaboradores, que percebem melhor a necessidade de somar forças com um objetivo em 
que cada um faz parte de um objetivo final, proporciona aos líderes um aumento do controle gerencial 
e administrativo, e os resultados aparecem a médio prazo e são percebidos pelos clientes como valor 
agregado e perceptível.
1.6 Composição da Logística
A área de logística deve ser desenhada em sua estrutura para atender às necessidades 
individuais de cada empresa e sua condição de mercado. Como são atividades operacionais 
e que envolvem o dia a dia, precisam ser bem organizadas para que sejam alcançados os 
objetivos.
Conforme vimos, a logística desempenha atividades operacionais em que interagem de forma 
integrada dois fluxos básicos: de materiais e de informações. Vejamos, em detalhes, o fluxo de materiais, 
que está dividido em três setores:
– Logística de suprimentos
– Logística de apoio à manufatura
– Logística de distribuição física
A execução dessas atividades deve ser realizada de forma integrada, de modo que as empresas 
atendam rapidamente aos pedidos dos clientes, com o menor custo possível em estoques, com qualidade 
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Logística integrada
e que contribua para atingir os objetivos da área e da empresa. As atividades logísticas, apesar de 
desempenharem operações específicas, precisam estar coordenadas.
No fluxo de materiais, as operações de suprimentos, manufatura e distribuição física acontecem 
ao mesmo tempo e, para termos um bom resultado, é preciso que essas operações sejam realizadas de 
forma eficiente e integradas entre si.
Por fazerem parte de um grupo, as atividades logísticas mantêm uma relação direta entre si, em 
que, a partir das necessidades solicitadas pelo mercado (previsão de vendas), acionamos a área de 
distribuição física, para em seguida executarem-se as atividades de produção ou manufatura, em que as 
necessidades dos clientes serão produzidas.
Após a produção prevista, serão desenvolvidas as atividades de suprimentos no sentido puxado da 
produção.
Importante destacar que essas atividades operam dentro das empresas de forma simultânea e 
precisam ser coordenadas ou integradas para que os objetivos das empresas, de atender os clientes no 
menor custo e no melhor nível de serviço, sejam alcançados.
No fluxo de suprimentos, são realizadas as operações de compra, recebimento, transportes, 
desenvolvimento de novos fornecedores, importação, exportação, identificação de fontes de suprimentos, 
negociações comerciais, colocação de pedidos e acompanhamento geral das entregas previstas e 
necessárias para suporte aos processos de manufatura.
No fluxo de apoio à manufatura, são desenvolvidas as operações que dão suporte à área industrial 
e produtiva. O objetivo central dessas atividades é manter um fluxo regular e contínuo de suprimentos 
e de retirada de produtos acabados da área produtiva, de forma a otimizar o ritmo de produção sem 
interrupções e restrições físicas de espaço.
Ao contrário das atividades de suprimentos e distribuição física, as operações de apoio à produção 
são internas e se realizam com recursos próprios.
Uma situação que exige uma logística de apoio à manufatura especial é quando a empresa possui 
mais de uma unidade produtiva, que deve ser suportada pelas áreas de suprimentos e distribuição física, 
de modo especial e de caráter multifacetado.
No fluxo de distribuição física, são executadas as atividades específicas, como o processamento de 
pedidos de venda e as entregas dos produtos e serviços aos clientes. Na distribuição física, a base para 
o início das operações é a colocação do pedido, a separação física dos produtos nos armazéns e o envio 
ao setor de expedição, que providenciará o transporte e a entrega.
Caráter estratégico deve ser dado a essa atividade, visto sua integração com a área de vendas e 
marketing, que em suas atividades coordenam informações aos clientes, como prazos de entrega e de 
atendimento, como parte dos esforços em criar um diferencial competitivo.
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Logística Integrada
Fornecedor Logística Suprimento Manufatura Cliente Consumidor
Logística 
Distribuição
Administrar 
materiais
Administrar 
materiais junto a 
manufatura
Atividades de 
distribuição c/ 
manufatura
Atividade 
específica 
distribuição 
física
Atividades 
distribuição 
física junto 
ao cliente do 
fornecedor
Atividades da 
distribuição 
física junto ao 
consumidor
Figura 4
De forma efetiva, somente com a integração das atividades operacionaisinternas (suprimentos, 
manufatura e distribuição) com atividades externas (fornecedores, transportadoras etc.) é possível as 
empresas atingirem um desempenho superior na sua logística e, portanto, junto aos clientes.
Portanto, “superar a concorrência com base na competência logística significa fornecer um nível de 
serviço superior aos clientes” (BOWERSOX, 2004).
Para atingir um bom nível de integração em logística, as empresas devem contar com a colaboração 
e o apoio de clientes, fornecedores e prestadores de serviço, considerando toda a cadeia de suprimentos.
2 A INteGrAÇÃO dA LOGÍstICA COM PrOduÇÃO e MArKetING
Na logística atual, há a necessidade de integração entre áreas internas envolvidas com as áreas de 
produção e marketing, que são consideradas estratégicas em suas ações para o bom desempenho da 
logística.
Pontos de interesse mútuo ocorrem entre as áreas, principalmente em relação ao nível de serviço 
desejado aos clientes, que é influenciado por ações tomadas sobre transportes, frota ou entregas 
terceirizadas, a definição de centros de distribuição avançados.
Os serviços logísticos, para atingirem seus objetivos, precisam estar integrados às áreas de vendas, 
operações, produção e marketing, visto que há uma interligação que, em certas ocasiões, pode ser 
conflitante.
Quadro 3
Produção Logística e Produção Logística Logística e Marketing Marketing
Controle de qualidade Programação de 
produto
Transporte Padrões de serviço aos 
clientes
Promoção
Programação 
detalhada da produção
Localização da fábrica Manutenção de 
estoques
Precificação Pesquisa de 
mercados
Manutenção de 
equipamentos
Compras Processamento de 
pedidos
Embalamento Composto de 
produtos
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Logística integrada
Produção Logística e Produção Logística Logística e Marketing Marketing
Planejamento de 
Capacidade
Armazenagem Localização do varejo Administração da 
força de vendas
Projeto de trabalho Manuseio de 
materiais
Fonte: Ballou (2002).
Na integração com a área de produção, a ligação direta estabelece-se principalmente na programação 
da produção, na qual volumes e prazos são determinados. Esse trabalho é coordenado pela área de PCP 
(Programação e Controle da Produção), e as programações das entregas de pedidos dos clientes que 
saem da linha de produção serão usadas pelos setores de estoque e transporte.
Na integração com a área de marketing, as principais ligações se dão em função das atividades que 
podem influenciar ações de logística, como a definição dos pontos de vendas, as previsões de volumes 
a serem vendidos e os prazos de entrega, além de ações de promoção comercial, políticas de divulgação 
pública e campanhas publicitárias em geral.
Os três setores, logística, produção e marketing, devem atuar de forma conjunta e buscar atingir 
os objetivos a que se propõem: gerar os lucros que as empresas precisam para manter uma trajetória 
sustentável.
2.1 Atividades‑chave e atividades de apoio
Na configuração atual, além das atividades típicas de logística, algumas outras estão incorporadas 
no conjunto das atividades. Podemos dividir as atividades em dois grupos, atividades-chave ou principais 
e atividades de apoio ou auxiliares.
Quadro 4
ATIVIDADES-CHAVE ATIVIDADES DE APOIO
Padrões de serviço aos clientes cooperando com o 
marketing ao
– determinar as necessidades e os desejos dos 
clientes em relação aos serviços logísticos;
– determinar a resposta do cliente ao serviço;
– estabelecer os níveis de serviço aos clientes.
– Armazenagem.
– Determinação de espaço.
– Layout de estocagem e projeto de docas (dock).
– Configuração do armazém.
– Localização de estoques.
Transporte
– Seleção do modo e serviços de transporte.
– Consolidação de cargas.
– Roteirização de transportadores.
– Programação de veículos.
– Seleção de equipamentos.
– Processamento de reclamações.
– Auditoria de taxas.
Manuseio de materiais
– Seleção de equipamentos.
– Políticas de substituição de equipamentos.
– Procedimentos de realização (picking) de pedidos.
– Armazenamento e recuperação de estoque.
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ATIVIDADES-CHAVE ATIVIDADES DE APOIO
Gerenciamento de inventário
– Políticas de estocagem de matérias-primas e 
produtos acabados.
– Previsões de vendas de curto prazo.
– Composto (mix) de produtos nos pontos de 
estocagem.
– Número, tamanho e localização dos pontos de 
estocagem.
– Estratégias de Just In Time, “empurrar” e “puxar” 
produção.
Compras
– Seleção da fonte de suprimento.
– Oportunidade (timing) de suprimento.
– Quantidades de compra.
Embalamento de proteção. Projeto para
– manuseio;
– estocagem;
– proteção contra perdas e danos.
Processamento de pedidos
– Procedimento de interface entre vendas e pedidos 
de inventário.
– Métodos de transmissão de informações de 
pedidos.
– Regras de elaboração de pedidos.
Cooperação com a produção para
– especificação de quantidades agregadas;
– sequenciamento e tempo do resultado da produção.
Manutenção da informação
– Coleta, armazenamento e manipulação de informações.
– Análise de dados.
– Procedimento de controle.
Fonte: Ballou (2002).
Conforme vimos, as diversas atividades desenvolvidas pela Logística podem ser descritas em 
atividades de suprimentos, manufatura (produção) e distribuição física.
2.2 Logística de suprimentos
Considerada a parte de abastecimento das atividades produtivas, nesse segmento, que compreende 
atividades de suprimento de matérias-primas e materiais auxiliares das operações produtivas das 
empresas (Supply Chain), são realizadas as atividades de aquisição com fornecedores (compras), além da 
administração de materiais e estoques.
Fluxograma da Logística de Suprimentos
Fontes de
suprimento
Colocação 
de pedidos
TransporteRecebimento
Fornecedor
Figura 5
No fluxo acima, vemos a relação entre as empresas consumidoras e fornecedoras por meio de um 
fluxo contínuo de colocação de pedidos e materiais, que estabelece um suprimento sempre em operação 
e que precisa ser mantido para que não ocorram interrupções no fluxo interno (produção) e no fluxo 
externo (clientes).
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Logística integrada
Etapas do fluxo de materiais em suprimentos
As principais atividades operacionais na área de suprimentos consistem nas seguintes etapas:
1. Receber e analisar as solicitações de compra (SC) das áreas solicitantes (produção, venda, PCP, 
almoxarifado).
2. Selecionar os fornecedores, efetuar as cotações e definir a empresa escolhida.
3. Emitir o pedido de compra (PC).
4. Realizar o acompanhamento preventivo das entregas para garantir os prazos solicitados.
5. Aprovar os pagamentos aos fornecedores.
A moderna gestão de suprimentos
Nos últimos anos, está ocorrendo um intenso processo de fusões e aquisições de empresas de 
segmentos idênticos, e mesmo de setores bem distintos, e uma consequência, para vários setores, tem 
sido a redução do número de fornecedores no mercado.
A tendência atual em suprimentos é a redução do número de fornecedores e a entrada de novas 
empresas do exterior (Global Sourcing), em que as empresas e seus fornecedores buscam desenvolver 
parcerias estratégicas que resultem em ganhos para todos na forma de maior eficiência, qualidade, 
custo e serviço.
Ao mesmo tempo em que criam uma base menor de fornecedores, as relações de parceria se 
aprofundam a ponto de empresas de grande porte colocarem seus fornecedoresdentro de suas fábricas, 
realizando a gestão dos suprimentos fornecidos e o controle de qualidade.
O setor de suprimentos desenvolve uma função importante para o andamento das operações e 
dos resultados finais da empresa; portanto, deve ser tratado como área estratégica dentro do contexto 
de logística e da empresa. Além de suprir a empresa com os recursos necessários para atender os 
clientes, esse setor precisa fornecer os materiais dentro dos prazos solicitados pela área requisitante, 
com o melhor nível de custos possível, e dentro das especificações corretas contribuirá para a melhor 
performance possível.
As atividades de compras desenvolvem as etapas de negociação e aquisição dos suprimentos 
necessários às operações das empresas. Podemos classificar os materiais a serem adquiridos em 
produtivos (matérias-primas) e improdutivos (material de escritório).
No fluxo operacional padrão, a área de suprimentos deve:
1. Atender às necessidades da área solicitante.
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2. Selecionar de onde virão os suprimentos.
3. Conseguir melhores condições de preço e de pagamento.
4. Emitir e administrar os pedidos de compras.
5. Fazer o follow-up preventivo e corretivo das entregas.
6. Conferir preços e prazos das entregas.
7. Desenvolver novos fornecedores local e internacional.
Na gestão da logística, existem funções que podem ter reflexos na performance da empresa. Uma 
função importante é selecionar fornecedores, o que envolve definir preços, prazos, qualidade e localização 
de onde virá o suprimento, afetando o trabalho da gestão de estoques e de armazenagem.
Veja como exemplo a situação de um item importado com entregas semanais comparado a itens 
nacionais de reposição diária.
Podemos apontar como objetivos principais da área de suprimentos:
1. Manter suprimento de materiais de forma contínua, sem interrupções.
2. Equilibrar o fluxo de investimentos em estoques ao mínimo possível.
3. Comprar materiais ao menor custo possível.
4. Reduzir o índice de perdas na operação e os vencimentos dos lotes.
5. Desenvolver novos fornecedores e materiais novos.
6. Global Sourcing (fornecimento internacional).
Além das atividades acima, a área de suprimentos deve trabalhar em conjunto com as áreas de vendas, 
engenharia, finanças, PCP, produção e armazenagem, de forma a estabelecer um controle completo e efetivo 
sobre as operações, bem como estabelecer um fluxo de informações sobre os pedidos e os estoques.
Custos da logística de suprimentos
Os custos das empresas em função das atividades de suprimentos são altos e merecem melhor 
observação. Os custos de suprir estão ligados a dois processos, a saber, os custos de aquisição e estocagem 
(armazenagem) e os custos de movimentação (embalamento/handling), no sentido dos fornecedores às 
empresas produtoras.
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Logística integrada
1. Custos de aquisição de matérias-primas e insumos.
2. Custos de manutenção de estoques.
3. Custos de materiais danificados e vencidos.
4. Custos de manter equipamentos à disposição, como empilhadeiras, carrinhos, EPIs, pessoas.
Considerando os valores envolvidos nas operações citadas, as empresas precisam ter rígidos controles 
e gestão atuante, estudando possibilidades de redução, como a implantação de técnicas modernas 
de estoque. E também buscar com os fornecedores reduções de custos por meio do aumento da 
produtividade, em função dos volumes comprados, e avaliar a implantação de centros de distribuição 
de matérias-primas e acabados para evitar estoques altos.
2.3 Administração de materiais e estoques
A administração de materiais tem o objetivo de fornecer recursos para a produção e deve atuar para 
que não falte material na produção e para os clientes.
Ao mesmo tempo, deve atuar de forma que evite imobilização de recursos financeiros em estoques; 
na administração de materiais desenvolvem-se as seguintes atividades:
1. Planejamento das necessidades de materiais e insumos.
2. Gestão e controle dos estoques.
3. Planejamento das necessidades de produção.
4. Administração de almoxarifados.
Administração de materiais
Previsão de vendas
Distribuição de 
produção
Planejamento de 
produção
Produção
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Na gestão de estoques, um foco que as empresas precisam ter é gerir volumes e valores, os quais, se 
não forem bem administrados, podem afetar negativamente resultados operacionais e financeiros.
No caso dos estoques, existem alguns custos, como comprar e mantê-los em uma área física 
(almoxarifados). Para isso, é necessário um sistema de planejamento que deve definir quando e quanto 
de cada item deverá ser mantido nos estoques da empresa.
Quando as empresas mantêm estoques elevados para atender à demanda, isso implica aumentar as 
necessidades de espaço e capital de giro; no caso de estoques baixos, a empresa poderá ter custos, faltas, 
atrasos nas entregas e insatisfação do cliente.
Uma administração de materiais ineficaz aparece quando os produtos necessários não estão 
disponíveis no momento exato e correto para atender às necessidades de mercado.
Cabe à administração de materiais gerenciar, de forma integrada, a gestão dos suprimentos com as 
exigências de produção e atuar de forma que os custos sejam mínimos.
Além do transporte, dos estoques e do processamento dos pedidos, existem outras atividades que 
compõem a administração de materiais, como obtenção, embalagem de proteção, armazenagem, 
manuseios de materiais e manutenção de informações.
Em um contexto de gestão de serviços logísticos, a administração integrada pode melhorar a 
coordenação das atividades, dando-lhe maior produtividade, e diminuir o custo administrativo.
Gestão de estoques
Planejar e controlar a gestão de materiais e estoques é muito importante para a gestão do processo 
produtivo e do atendimento aos clientes, e deve atuar sobre disponibilidade, volumes, prazos, qualidade, 
informações.
Entre os objetivos, um dos principais deve ser não deixar faltar material na produção e para isso 
modernas filosofias japonesas, como JIT (Just in Time), Kanban, ECR, VMI e sistemas computacionais tipo 
ERP, APS, permitem desenvolver práticas dentro e fora da empresa para atingir resultados positivos.
Motivos para manutenção de estoques
As empresas podem, em determinadas situações, decidir manter estoques de produtos acabados e 
matérias-primas, seja para atender pedidos de vendas acima do previsto ou para garantir o fluxo regular 
de produção. A seguir, um resumo com as razões para manter estoques:
– Assegurar o suprimento adequado de matéria-prima, material auxiliar, peças e insumos ao 
processo de fabricação.
– Manter o estoque o mais baixo possível para atendimento compatível às necessidades vendidas.
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Logística integrada
– Identificar itens obsoletos e defeituosos em estoques, para eliminá-los.
– Não permitir condições de falta ou excesso em relação à demanda de vendas.
– Prevenir-se contra perdas, danos, extravios ou mau uso.
– Manter as quantidades em relação às necessidades e aos registros.
– Fornecer bases concretas para a elaboração de dados ao planejamento de curto, médio e longo 
prazos das necessidades de estoque.
– Manter os custos nos níveis mais baixos possíveis, levando em conta os volumes de vendas, 
prazos, recursos e seu efeito sobre o custo de venda do produto.Quadro 5 
PRINCIPAIS FATORES QUE AFETAM A LOCALIZAÇÃO DE ESTOQUES
Giro de estoque Quanto maior o giro, maior a tendência à descentralização e menores são os 
custos de armazenagem e os riscos de obsolescência.
Lead Time Quanto maior o tempo de resposta, maior a tendência à descentralização.
Nível de disponibilidade Quanto maior o nível de serviço, maior a tendência a posicionar os produtos 
perto do cliente.
Valor agregado Quanto maior o valor dos produtos, maior a tendência à centralização.
Fonte: Wanke (s.d.).
Locais de armazenagem
Apesar do recente desenvolvimento de novas formas de suprimentos e entregas diretas, os armazéns 
continuam desempenhando a função de receber e administrar os estoques.
Os custos de manutenção de suas operações e a necessidade de investir em áreas grandes ainda são 
fatores de pressão sobre os custos de logística.
A localização dos armazéns deve ser bem planejada, de forma a garantir um suprimento contínuo 
entre os fabricantes e os clientes.
Os almoxarifados dividem-se em dois tipos, almoxarifado de matérias-primas e almoxarifado de acabados.
 Observação
Na gestão de armazenagem, os três tipos principais de estoque, a saber: 
produtos acabados, intermediários e matérias-primas, precisam estar 
claramente separados, identificados e codificados, de forma a permitir uma 
gestão consistente sem faltas ou excessos, em qualquer um dos três níveis, 
sem onerar os recursos financeiros das empresas. 
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Almoxarifado de matérias-primas/insumos
Manter estoques de matérias-primas usadas na produção é importante para garantir um fluxo 
regular e estável de produção, e os estoques devem estar próximos aos locais de produção, de forma a 
permitir o suprimento às linhas de produção.
Matérias-primas são itens que entram no processo de produção da fábrica e, após passar pelo 
processo de transformação, será produto acabado.
Almoxarifado de produtos acabados
Considerado estoque de reserva em várias empresas, nesse local são armazenados os produtos 
prontos dos clientes.
A quantidade em estoque será função do planejamento dos estoques elaborado pelo PCP junto com 
a área de vendas e marketing.
O planejamento e o controle são críticos, pois material parado em estoque onera o custo do produto.
 Lembrete
Na administração de materiais e estoques, a função planejamento 
operacional é fator crítico para o sucesso; para isso, as empresas precisam 
ter atenção aos processos de planejamento da previsão de vendas, a fim de 
evitar estoques em excesso ou faltantes, bem como locais de armazenagem 
desnecessários ou insuficientes. 
2.4 Logística de apoio à manufatura
A logística de apoio à manufatura executa atividades operacionais internas que prestam serviços de 
suporte à produção e à manufatura. Esses serviços podem ser divididos em dois grupos, as atividades 
de PCP (Planejamento e Controle da Produção), em que se elaboram o planejamento dos volumes e os 
prazos a serem produzidos, e as atividades de movimentação de materiais e produtos acabados, como 
abastecimento das linhas de produção, retirada de produto acabado e armazenagem nos almoxarifados.
A gestão dos estoques de matérias-primas, produtos em processo e produtos acabados é o principal 
suporte para a área de produção e manufatura, pois um sistema de abastecimento contínuo é preciso 
para que a produção não seja interrompida.
Os custos logísticos para apoio à manufatura são os custos de dar o correto apoio operacional 
às atividades produtivas, como custos de recebimento,de PCP, de estoques de insumos para uso nas 
fábricas, de equipamentos dedicados, de manuseio e mão de obra.
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Logística integrada
2.5 Logística de distribuição física
A distribuição é muito importante para o sucesso das empresas no mercado e para o atendimento 
aos clientes, pois é na distribuição física que se desenvolvem atividades de movimentação de produtos 
e sua entrega para os clientes.
Para que essa função aconteça, é de vital importância que os produtos a serem entregues estejam 
disponíveis no momento necessário ao carregamento e que os pedidos de vendas estejam devidamente 
programados e prontos para o embarque.
É importante destacar que é na distribuição física de produtos que os clientes e o mercado formam a maior 
parte da percepção sobre seus fornecedores, o que já denota o caráter estratégico dessa parte operacional.
A distribuição física estabelece um canal entre o marketing das empresas 
e seus clientes através de um extenso e complexo sistema logístico entre 
empresas que une fabricantes, atacadistas, varejistas e prestadores de 
serviços (BOWERSOX, 2004, p. 45).
A distribuição física desenvolve as atividades de transporte, armazenagem, movimentação física, 
gestão dos estoques, gestão de locais de estoques, processamento de pedidos de vendas e atendimento 
aos clientes.
Representa uma parcela significativa dos custos logísticos totais das empresas, contribuindo para 
atingir objetivos comerciais e financeiros.
As características de uma área de distribuição física são:
1. Confiabilidade na operação e nas informações.
2. Rapidez nas entregas e nas retiradas.
3. Controle de custos apurados e precisos.
4. Rastreabilidade e monitoramento dos pedidos de vendas e entregas.
 Observação
É na distribuição física que se concebe grande parte da percepção que 
os clientes formam de seus fornecedores de produtos e serviços; portanto, 
especial atenção deve ser dada à parte final da entrega com relação aos 
prazos e especificações solicitadas pelos clientes, e que não comprometam 
a entrada de novos pedidos. 
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Na composição dos custos totais da distribuição física, que vão desde a armazenagem dos produtos 
até a entrega efetiva, a gestão dos transportes representa até 2/3 dos custos totais e, de forma geral, são 
custos elevados para as empresas.
Conceituamos custos de distribuição todos aqueles que ocorrem após o processo produtivo; 
destacamos:
– custos de transferência para outros centros de distribuição;
– custos operacionais de distribuição;
– transportes;
– custos de manutenção de centros de distribuição;
– motoboys e serviços expressos.
Realizar a gestão dos transportes exige dos administradores conhecimentos técnicos sobre os 
materiais a serem transportados, as possibilidades de utilização de modal para uma determinada 
localidade (rodoviário, aquaviário, ferroviário, aéreo, multimodal), bem como os tempos de entrega e 
retirada de cada local/ destino.
Para a definição do melhor modal de transportes, o gestor deve conhecer a disponibilidade de vias 
para o local da entrega, as características físicas dos produtos, os volumes que devem ser entregues, a 
frequência das entregas, os custos envolvidos e a confiabilidade.
Para o atendimento de cada pedido de venda, a área de distribuição física deve analisar as opções e 
as possibilidades de entrega, de modo a atender os clientes ao menor custo operacional.
Fluxograma da distribuição física
Processamento de pedidos Transmissão de pedidos Pedido do cliente
Entrega ao clienteTransporte do pedido (mercadoria)Separação de pedidos
Figura 7
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Logística integrada
O ponto de partida para compreensão da distribuição física é a iniciativa, por parte dos clientes, na 
colocação de seus pedidos de compra, e as empresas fornecedoras atuama partir dessas demandas em 
seus processos internos, conforme vimos no fluxograma.
De forma simplificada, podemos afirmar que a distribuição física compreende as operações entre a 
colocação dos pedidos pelos clientes e sua entrega efetiva.
Para Bowersox (2001, p. 57), como a distribuição física lida com as necessidades dos clientes, significa 
que estão mais sujeitos a erro do que as atividades de produção e suprimentos.
Exemplo de aplicação
1. A integração das atividades internas da Logística nas empresas é estabelecida por meio da 
integração entre os fluxos de materiais e de informações. Entre os fluxos de materiais, aquele que 
se encarrega de prover recursos junto aos fornecedores é denominado:
a) Distribuição física.
b) Suprimentos.
c) Marketing.
d) Apoio à manufatura.
e) Produção.
Resposta do exercício de aplicação
b) Suprimentos
Conforme vimos no texto, a logística interna é composta de três fluxos de materiais, suprimentos, 
apoio à manufatura e distribuição física. A área de suprimentos é responsável por estabelecer contatos 
com os fornecedores e colocar os pedidos de compras de matérias-primas e insumos para a produção.
 resumo
Podemos concluir, conforme aprendemos nesta unidade, que a área de 
Logística evoluiu rapidamente em suas funções e atribuições nos últimos 
anos, devido ao avanço de novas tecnologias de gestão e produção, 
agregando novas funções dentro das empresas.
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A Logística é considerada, atualmente, uma área que colabora e atua de 
forma decisiva para o alcance das metas que fazem parte do planejamento 
estratégico das empresas.
Essa colaboração deve ser desenvolvida em duas frentes principais de 
ação, a saber, no atendimento aos pedidos dos clientes dentro dos padrões 
de qualidade e nos atendimentos solicitados e na gestão dos custos 
logísticos, principalmente os de estoques, transportes e armazenagem, que 
compõem grande parte dos custos operacionais totais das empresas.
Vimos também que a moderna gestão logística aponta para uma gestão 
que procura organizar as atividades internas da empresa, que fazem parte 
das funções operacionais, ou seja, a logística de suprimentos, apoio à 
produção e distribuição física, visando maior integração entre os setores 
envolvidos, principalmente os departamentos de vendas, marketing, 
produção e finanças, que passam a assumir de forma conjunta as decisões 
e os projetos da logística.
 exercícios
Questão 1. (Enade, 2006, Administração, Questão 13) Na última reunião de direção da Empresa 
MC – Moderna e Competente, foi analisado o seguinte quadro, elaborado pela Unidade de Inteligência 
Competitiva:
Quadro 6
Empresa MC Concorrente principal Todo o setor
Ano (*)
20
04
20
05
20
06
20
04
20
05
20
06
20
04
20
05
20
06
Participação de 
mercado (%) 20 25 30 25 20 10 - - -
Margem de 
contribuição média (%) 30 30 30 34 38 42 36 36 36
Idade média dos 
equipamentos (anos) 10 ? 5 12 13 14 15 14 13
(*) Dados estimados para 2006.
Levando em consideração estas informações, a direção da MC pode afirmar que:
A) A modernização tecnológica ocorreu de forma mais intensa no concorrente principal, quando 
comparado com a Empresa MC.
B) A estratégia competitiva do concorrente principal é ampliar a base de mercado.
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Logística integrada
C) A Empresa MC apresenta desempenho mercadológico superior e possui equipamentos mais novos, 
quando comparada com o principal concorrente.
D) O setor apresenta instabilidade em termos de rentabilidade, associada a uma lenta modernização 
tecnológica.
E) Se os custos variáveis, como os de mão-de-obra direta e matérias-primas, são equivalentes nas 
empresas, os preços da Empresa MC são mais elevados.
Resposta correta: alternativa C.
Análise das alternativas
A – Alternativa incorreta.
Justificativa: a idade média dos equipamentos do principal concorrente varia para mais um ano 
a cada ano transcorrido. A concorrência substituiu menos os equipamentos do que a MC. Nessa 
empresa a idade média dos equipamentos caiu entre 2004 e 2006, evidenciando a substituição dos 
mais velhos por outros, mais novos e provavelmente mais modernos. É possível que, ao contrário 
da MC, não tenha ocorrido modernização tecnológica no principal concorrente. A alternativa, 
portanto, está errada.
B – Alternativa incorreta.
Justificativa; a participação de mercado do principal concorrente caiu de 25% em 2004 para 10% 
em 2006, enquanto a margem de contribuição média subiu, no mesmo período, de 34% para 42%. Os 
dados indicam que o principal concorrente optou por reduzir sua participação no mercado, o que torna 
a afirmativa incorreta.
C – Alternativa correta.
Justificativa: a empresa MC aumentou sua participação de mercado de 20% para 30%, entre 2004 e 
2006. No mesmo período o concorrente principal reduziu essa participação de 25% para 10%. Pode-se 
concluir que a MC apresentou melhor desempenho mercadológico. A idade média dos equipamentos da 
MC é de cinco anos, enquanto a do principal concorrente é de 14 anos: dessa forma, os equipamentos 
da MC são muito mais novos.
D – Alternativa incorreta.
Justificativa: o setor apresenta estabilidade total em termos de rentabilidade, expressa pela margem 
de contribuição mantida constante entre os anos de 2004 e 2006. Quanto à evolução tecnológica, 
ela possivelmente é a responsável pela redução da idade média de equipamentos de 15 pra 13 anos. 
Informações complementares poderiam qualificar se essa evolução é lenta ou rápida.
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E – Alternativa incorreta.
Justificativa: a margem de contribuição resulta do preço de venda, do qual se deve subtrair os custos 
variáveis por unidade. Se esses custos forem iguais para ambas as empresas, significa que terá maior 
preço aquela que tiver a maior margem de contribuição, ou seja, a principal concorrente, conforme 
segue.
A margem de contribuição é dada por: Mc = PV – Cv ∴ Cv = PV – Mc.
Logo, no caso da empresa MC, PVMC – McMc = PVMC – 30; no que respeita ao principal concorrente, 
Cv = PVPC – MCPC = PVPC – 42.
Como os custos variáveis são iguais, podemos igualar as expressões:
PVMC – 30 = PVPC – 42 → PVMC = PVPC – 42 + 30 → PVMC = PVPC – 12
Portanto, o preço de venda da empresa MC é 12% mais baixo que o da concorrente principal. 
Consequentemente, a afirmativa está incorreta.
Questão 2. Leia a charge a seguir:
Figura 8
Disponível em: <http://dilbertbrasil.blogspot.com.br/2009_02_01_archive.html>. Acesso em: 3 mai. 2012.
A charge demonstra o efeito drástico de um raciocínio integrado, relacionado às atividades de 
logística nas empresas. O caráter de integração desse raciocínio é revelado quando a logística:
I – responde por entre 5 e 35% do valor das vendas, representando uma grande parte dos custos 
totais das operações em seus esforços para atingir objetivos estratégicos e competitivos, atualmente 
necessários às empresas.
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Logística integrada
II – atua diretamente com a responsabilidade de fornecer à produção as matérias-primas necessárias, 
no momento específico em que foram pedidas.
III – provê aos clientes as atividades de administração de estoques e de compras, gerencia pedidos 
de vendas e de compras, provê locais de armazenagem, gere a expedição dos produtos e planeja a 
disposição das embalagens.
IV – exerce uma funçãooperacional muito importante e tradicional, que compreende a gestão da 
área de transporte.
Estão corretas apenas as afirmativas:
A) I, II e IV.
B) I, II, III e IV.
C) I e III.
D) II e III.
E) II e IV.
Resolução desta questão na plataforma.

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