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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Curso de Engenharia Geológica PETROLOGIA METAMÓRFICA RELATÓRIO DE CAMPO Integrantes: Leon Devereau Borges e Guilherme Sampaio Bacelo Pelotas Junho, 2016 Resumo O presente trabalho tem como intuito descrever e relatar as formações rochosas vistas em saída de campo, a qual realizou-se em dia 21 de Maio de 2016. Foram visitados três afloramentos, o primeiro próximo ao município de Caçapava do Sul, e o dois últimos nas proximidades de Santana da Boa Vista, todos pertencentes ao Escudo Rio Grandense (RS), com visitações à formações como Passo Feio, Encantadas e Porongos, com retorno no mesmo dia. A saída teve como principal objetivo a observação e analise de rochas metamórficas, em sua composição, estrutura e mineralogia. Além disso, houveram discussões sobre a geologia e história regional dos pontos visitados, portanto a interpretação do protolito e sua formação, também serão relatados neste trabalho. Palavras-chave: Geologia; Rochas metamórficas; Saída de Campo; Escudo Rio Grandense Introdução A saída de campo realizada no dia 21 de Maio de 2016, com saída ás 7 horas da manhã teve como destino conhecer as formações rochosas do Escudo Rio-Grandense, mais precisamente formações que possuem rochas metamórficas, tais como: Porongos, que ocorre na porção mais central do escudo, constituída, principalmente de rochas como gnaisses, xistos verdes, anfibolitos. Outras formações visitadas foram a Passo Feio, que é constituída basicamente de rochas ultrabásicas e metamorfítos Gnaisses; e Encantadas, que possui gnaisses e metagranitos. A saída teve três pontos, aonde foram descritas as rochas dessas formações. O primeiro ponto realizado em uma mina desativada pertence a Formação Passo Feio. Já o segundo ponto encontra-se próximo ao Arroio Santana de Boa Vista da formação Encantadas. E por ultimo foi descrito a formação Porongos, onde observou-se formações rochosas de grafita-xisto. Coordenada (UTM) Cota (m) Ponto 01 22J-0259397663011S 263 Ponto 02 22J-294499658220 264 Ponto 03 22J-299280657619 228 Tabela 01: Tabela com as coordenadas e as cotas dos pontos Figura 1- Posição geográfica dos pontos Geologia Regional Os locais estudados do presente trabalho, são pertencentes ao Escudo Sul Riograndense, que é a formação geológica mais antiga do estado do Rio Grande do Sul. Nessa saída de campo foram observadas três formações: Complexo Encantadas, Grupo Vacacaí e Complexo Porongos. O Complexo Encantadas apresenta metagranitos porfiríticos e equigranulares juntamente com os gnaisses dioriticos tonaliticos e trondhjemiticos, constituem uma associação magmática de ambiente de margem continental ativa, cujo magmatismo está associado a fontes mantélicas metassomatizadas por fluidos derivados de subducção litosférica durante o Paleoproterozóico (Lusa et al 2009). O Grupo Vacacaí contém sequencias metamórficas (de baixo á médio grau da porção oeste do escudo), metamorfitos, Vulcano-sedimentares e rochas básico-ultrabásicas. Já na década de 80, em face da descontinuidade física de exposição dos metamorfitos, passaram a ser utilizadas as seguintes denominações estratigráficas locais: Complexo Bossoroca, Complexo Passo Feio, Metamorfitos, Arroio da Porteira, Complexo Marmeleiro, Maciço Máfico- Ultramáfico, Cerro da Mantiqueira, Complexo Palma, Complexo Batovi e Complexo Ibaré (Ruppel et al 2010). Vale salientar ainda que a Formação Passo Feio, Grupo Vacacaí é uma sequência formada na era proterozoica. magalhães pinto Nota boa localização. Só sugiro colocar um mapa maior, como do Brasil ou do RS. magalhães pinto Realce magalhães pinto Nota cuidado com as nomenclaturas. Formações são inferiores estratigraficamente a Complexo e Grupos, então o melhor é falar três unidades... O Complexo Porongos é uma unidade estratigráfica de grande significado para o entendimento da evolução do Escudo Sul-Riograndense (Petry et al 2014). Nesta formação encontram-se serpentinitos, xistos pelíticos e xistos vulcânicos. Já a idade do Complexo tem sido interpretada como paleoproterozóica ou mais possivelmente neoproterozóica, ou seja, em torno de 780 Ma. I Figura 2-Perfil Geológico e trajeto dos pontos Estudados Metodologia Na metodologia foram utilizados os seguintes acessórios: caderneta de campo, GPS, lupa, bússola, martelo de geólogo, câmera digital e mapa geológico. . Descrições de Pontos magalhães pinto Nota legenda tem de ser revisada. O que é particulada? O ponto 3 está em unidade errada. Ponto 01: Mina desativada O referido ponto com coordenada 22J-0259397663011S de cota 263m e erro de aproximadamente dois metros às 10 horas e 42 minutos. O local em questão pertence a formação Passo Feio do grupo Vacacaí. Cujas rochas datam cerca 700 milhões de anos estimativamente, já que são rochas de difícil datação. Nesse afloramento encontrou-se Talco-Xisto, facilmente constatados por conta de sua untosidade e frágil ao risco à unha. Nesse ponto observaram-se duas variedades desta rocha com possivelmente grau metamórficos diferentes. Foto 01: Talco xisto no primeiro ponto A rocha talco-xisto (Foto 1) apresenta coloração verde escura, e por conta do intemperismo têm manchas marrons, apresenta xistosidade e estrutura anisotrópica. Sua mineralogia apresenta em menor quantidade feldspato e magnetita e maior quantidade de quartzo,talco e possibilidade de estaurolita, fluorilita, clorita e cromo . Rocha metamórfica de alto a médio grau, e protólito ígneo máfico. Também foram observados Talco-Xistos que continham alguns cristais bem formados de Magnetita (Foto2) possuindo aproximadamente 0,5 centímetros de diâmetro, chegou-se a essa conclusão com o auxilio de um imã e uma trena. Foto 02: Amostra da rocha com a presença de magnetita Constatou-se através de observações uma intrusões de veio de quartzo no Talco-Xisto (Foto 3). Foto 03: Veio de quartzo intrudindo na rocha Ponto 02: Gnaisse O ponto em questão localiza-se próximo ao Arroio Santana da Boa Vista. Com coordenadas: 22J294499658220, erro de aproximadamente 2 metros e cota 264m e horário 16 horas e 22 minutos. magalhães pinto Nota foto não mostra nada, e tem uma fita no meio? Nesse ponto encontrou-se rochas gnáissicas de médio à alto grau metamórfico, foliadas, anisotrópicas e com bandamento gnáissico, no qual contém duas bandas: Máfica e Félsica. A máfica possivelmente apresenta em sua estrutura mineralógica, minerais como: Biotita, piroxênio e Anfibolio. Já a Banda Félsica divide-se em duas colorações, uma em um tom mais roseado e outra esbranquiçada. A primeira é possivelmente composta por Feldspato e a segunda por Plagioclásio. A orientação é N64 e o mergulho de 50ºSE, anotação em Azimute (Foto 5). Foto 04: Gnaisse encontrado no ponto 2 com as bandas como foi descrito acima Foto 05: Em destaque as dobras na rocha PONTO 03: Beira de Estrada O ponto 3 de coordenada 22J-299280657619, com cota 228m, possuindo erro aproximado de 3 metros, às 17 horas e 52 minutos. Neste ponto foram observadas rochas metamórficas (Foto 06), cuja classificação de campo através de avaliações, constatou-se que se tratava de um grafita xisto (Foto 07). Observou-se também veios de quartzo deformados por dobras (Foto 08). Foto 06: Vista geral do afloramento Foto 07: Amostra do grafita xisto Foto 08: Grafita xisto e veios de quartzo deformados Conclusão: Conclui-se no presente trabalho, relacionando os pontos visitados em campo e os referidos artigos já citados na geologia regional do mesmo, que foi possível observar em campo rochas e características que foram descritasnos relatórios consultados. No ponto 1, descrito no relatório, foi observado Talco-Xisto, ou seja, rocha metamórfica de baixo à médio grau, como foi citado na geologia regional, mesmo tendo algumas rochas mais maciças, sendo assim, um indicativo de um grau mais elevado. Possivelmente, a formação dessas tenha ocorrido por metamorfismo de contato. Foi observado também dobras no Talco-Xisto, que tenham sido formados possivelmente por algum evento tectônico, além de um veio de quartzo intrudindo na rocha encaixante. Já no segundo ponto visitado em campo, do Complexo Encantadas, observou-se Gnaisses com bandeamento máfico e félsico. Segundo Lusa, encontrava-se gnaisse na região, que por conta da sua origem, pode ser derivado de subducção. Possivelmente por isto tenham sido encontradas dobras. No ponto três, pertencente ao Complexo Porongos, observou-se, como descrito no artigo de Petry, uma “variedade” de Xisto, que neste caso era um Grafita-Xisto, e por conta de ser uma rocha incompetente (dentre todas as estudadas), apresenta um alto número de dobras. Ainda está sendo estudada a história geotectônica do escudo sul- riograndense, mas a mais aceita é que a área foi desenvolvida com o contato dos crátons La Plata e Kalahary e mais eventos geológicos subsequentes como zonas de subducção, arcos de ilhas e micro-continentes. Esses acontecimentos aconteceram em um período extenso, que vai desde o Paleoproterozóico até o Neoproterozóico. magalhães pinto Realce magalhães pinto Nota coitado do Lusa, ele não disse estas confusões todas. Tá geologicamente ininteligível. Referências: PETRY, S.T. Evolução do Complexo de Porongos na Região do Capané com Base em Mapeamento Geológico, Petrografia, Geoquímica e Datação U-Pb de Zircão Detrítico no USP-SHRIMP-lle, Trabalho de Conclusão de Curso, Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2014 RUPPEL, V. M. L. Evolução Tectônica do Complexo Arroio da Porteira, Bagé-Rs, Trabalho de Conclusão de Curso, Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2010 LUSA, M. Geoquímica e Petrologia dos Metagranitos Porfiríticos e Equigranulares do Complexo Encantadas, Santana da Boa Vista, Rs, Tese de Mestrado, Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2009